DO ABUSO DE DIREITO COMO FATO GERADOR DA RESPONSABILIDADE CIVIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DO ABUSO DE DIREITO COMO FATO GERADOR DA RESPONSABILIDADE CIVIL"

Transcrição

1 DO ABUSO DE DIREITO COMO FATO GERADOR DA RESPONSABILIDADE CIVIL Sharline Campos Duarte de Melo * RESUMO O assunto discutido neste artigo é o abuso de direito no âmbito cível, que se configura com o dano. O abuso de direito é uma ilicitude, pois da transgressão do direito, surge o abuso. O sistema, excepcionalmente, não considera o exercício regular de direito um ato nocivo, é sim um ato previsto na legislação pátria. Logo, o modo pelo qual se exerce um direito é que qualifica um abuso, já que aquele possui limites. Assim, quando extrapolado esse direito subjetivo e ocorrer o dano há o dever de indenizar, que corresponde a responsabilidade civil. Palavras-chave: Abuso de direito. Ilicitude. Dano. Responsabilidade civil. ABSTRACT This article an issue includes the abuse of right in civil, which is configured with the damage. The abuse of right is an illegality, the result of transgression of a right, the abuse occur. The system, exceptionally, does not consider the pursuit of law an act harmful, but a lawful act. Therefore, the way it pursues a claim that qualifies is an abuse, since he has limits. Therefore, this abuse of right becomes an unlawful act resulting in liability to indemnify the damage caused, with focus a civil law, is civil liability. Keywords: Abuse of right. Illegality. Damages. Civil liability. * Pós-graduanda em Direito Civil e Processo Civil pela UEL. Co-autora da obra: Práticas Abusivas em Cartões de Crédito. São Paulo: Scortecci, sharlineduarte@gmail.com.

2 2 1 INTRODUÇÃO O direito sempre se modifica, e isso denota na sua ampliação para compreender as situações originadas em razão do crescimento de problemas sociais. Assim, no presente trabalho, será discutido como o Novo Código Civil passou a tratá-lo, não tendo como intuito de esgotar as discussões acerca do tema. Desse modo, discute-se como o abuso de direito ingressa pelo ordenamento pátrio, partindo das teorias desenvolvidas em torno do seu reconhecimento e sua aplicação no caso concreto, apesar de nem todos os Estados o reconhecerem expressamente no texto legal. O segundo tópico desenvolverá a conceituação do abuso de direito confrontando-o com o exercício irregular do direito e o ato ilícito. Por fim, no último capítulo, examina-se o que decorre do abuso de direito, e como se perfaz essa responsabilidade acarretada por esse ato na área civil, observando qual será a teoria a ser justapor no momento da reparação do dano. Desse modo, busca-se a entender a relação estabelecida entre a responsabilidade civil e a necessidade do elemento culpa na consciência do causador do incidente abusivo, e suas implicações, debatendo as posições divergentes na doutrina. 2 CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES SOBRE O ABUSO DO DIREITO A discussão acerca do abuso de direito já existia entre os romanos. Sua aplicação se incorporou na Rússia, Argentina e Portugal, influenciando o ordenamento pátrio, contudo na França o legislador ainda não o incorporou (COELHO, 2004, p. 312). A não recepção pela lei francesa é resquício do direito da propriedade, preponderante no meio liberal do século XIX. Mesmo assim, o abuso do direito ganhou relevância nesse período em razão dos prejuízos suportados por terceiros, já que a individualidade era preponderante e não havia limitações sobre como usar e dispor esse direito, através de pareceres (COELHO, 2003, p ). Assemelham-se a essa posição a Bélgica, Espanha e Itália que incluíram a tese do abuso de direito em sua jurisprudência (MARTINS, 1997, p. 15). Desde então, surgiram várias teorias acerca do abuso do direito, sendo, por exemplo, argüida a contradictio in adiectio (antítese lógica) sustentando que o direito está vinculado a limítrofe questão de que ele termina quando começa o abuso. Essa idéia de limite do direito

3 3 está presente nas diversas teorias, que se resumem basicamente na questão do conflito que o abuso de direito gera entre o interesse individual e o coletivo (STOCO, 2002, p. 57). Stoco (2002, p. 58) traduz as conclusões embasadas nessa relatividade: I. O direito é uma faculdade; II. Essas faculdades estão contidas no direito subjetivo; III. Esses direitos subjetivos são relativos e, por fim, IV. É essa relatividade que ocasiona o abuso dos diretos. Os pensamentos doutrinários apartaram-se na teoria objetiva, teoria subjetiva e teoria mista. No entendimento da teoria subjetiva do abuso de direito, o abuso restaria configurado quando se exercita o direito sem necessidade, com intenção de causar dano, mas sem interesse econômico. A maioria dos juristas não a acolhe tendo em vista que esta teoria não seria nada mais do que a doutrina da aemulatio (CARVALHO NETO, 2005, p ). A doutrina da emulação ou aemulatio se formou em razão da supressão legislativa e designava ao juiz a função de reconhecer o abuso do direito quando do seu surgimento no caso concreto (MARTINS, 1997, p. 20). Para a teoria objetiva, explica Carvalho Neto (2005, p. 59): o abuso de direito é conseqüência, pura e simplesmente, do exercício anormal do direito, sem indagações da intenção do agente. E critica: não se pode dissociar totalmente o ato abusivo do elemento subjetivo. Na teoria mista não está presente a incompatibilidade que existe entre as teorias objetiva e subjetiva e sim união das posições antagônicas, somada a preocupação em sanar o que não contém nas outras duas. Boulos (2006, p ) não vê equívoco na teoria objetiva ou na subjetiva, acredita que aceitando uma conseqüentemente estaria vinculando a outra: [...] ao exercer o direito com o único objetivo de prejudicar terceiros, certamente o seu respectivo titular [do direito exercido] estará também atentando contra a boa-fé e contra os costumes, além de frustrar o próprio fim preconizado pelo legislador ao lhe conferir aquela prerrogativa. Mas, ele acrescenta que haveria problemas se adotarmos exclusivamente a teoria subjetiva: [...] diante da dificuldade de prova da intenção do titular de determinado direito ou mesmo da ocorrência de culpa no exercício do respectivo direito, a lei seria letra morta em razão da dificuldade de aplicação aos casos concretos ocorrentes na sociedade.

4 4 A teoria mista não foi muito bem recepcionada e Coelho (2003, p. 363) entende que a concepção objetiva foi adotada pelo Brasil. Diante das disparidades entre o século passado e os dias atuais, essas teorias servem de parâmetro para alimentar o enquadramento do abuso de direito, já que a intenção de causar o prejuízo não pode ser descartada para avaliar o abuso, mesmo hoje. Por isso, o Código Civil de 1916 trazia implicitamente o abuso de direito em seu artigo 160, I, veja a jurisprudência do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul nesse sentido: RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO MORAL. NOTITIA CRIMINIS. AUSÊNCIA DE PROVA DO ABUSO DE DIREITO. Em princípio, a comunicação de ocorrência policial constitui exercício regular de um direito, à luz do art. 160, I, do CC de 1916, então vigente. Para que o ato ilícito, nessas circunstâncias, reste caracterizado, é necessária a prova do abuso de direito, ou seja, de que houve dolo, culpa ou erro grosseiro. Situação em que o fato, comunicado à autoridade policial, não era infundado. Ausência de prova do abuso de direito. Apelação desprovida (RIO GRANDE DO SUL, 2008). Porém, foi o Código Civil de 2002, em seu o art. 187, que o incorporou ao ordenamento jurídico: Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. Logo, conforme segue o Novo Código Civil, incluem qualquer modalidade de prática abusiva, alcançadas a partir de conceitos que regem a sociedade, não apenas na letra da norma. Dessa maneira, podemos inferir que a dificuldade em configurarmos o abuso de um direito encontra-se calcado no modo pelo qual se interpreta o princípio da autonomia privada ao longo dos tempos, vez que o direito subjetivo sofre restrições, sendo que hodiernamente a Constitucionalização do Direito Civil está modificando a ótica do Direito Privado voltando-o para os interesses da coletividade. 3 O ABUSO DE DIREITO, O ATO ILÍCITO E O EXERCÍCIO REGULAR DO DIREITO Algumas considerações no que diz respeito ao ato ilícito e ao exercício regular de direito são importantes no sentido de entender o que é o abuso de direito. Em primeiro lugar, esclarecemos que o exercício regular de direito é um direito

5 5 reconhecido pelo sistema normativo. Portanto, não o pode qualificar como ilícito (DINIZ, 2000, p. 358). E, tampouco, considerado abuso de direito, uma vez que está elencado no art. 188, CC. Ao invés disso, se a lei permissiva for utilizada de forma adequada, mas com finalidade ilegítima ou não aceita pela sociedade, será detectado o abuso no exercício do direito (STOCO, 2002, p. 59). Dito isto, a discussão volta-se para o ato ilícito, presente no art. 186, Código Civil (CC): Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. O professor Carvalho Neto (2005, p.161) define o ato ilícito: Trata-se de um juízo objetivo de reprovação do fato, pela concreta imposição que do valor ínsito na norma decorre logicamente para o agente, e que é o resultado da contradição entre o próprio fato e a norma na sua função valorativa, contradição essa apreciada formalmente. Surge então, o questionamento se o abuso de direito seria um ato ilícito. Esse conflito ocorre, em princípio, porque o legislador ao utiliza a expressão ato ilícito no art. 187, CC que diz respeito ao abuso de direito. Na visão de Stoco (2002, p. 59), que adota a teoria da relatividade dos direitos subjetivos, o abuso de direito é: o uso indevido do direito para satisfação de interesse próprio com o único objetivo de obter vantagem indevida ou de prejudicar terceiros, quer seja por simulação, fraude ou má-fé. Contrapondo o conceito de ato ilícito e do abuso de direito, Fiuza (2004, p. 243) explica que à primeira vista o abuso de direito poderia ser um ato ilícito, mais apropriadamente um ilícito funcional, o que traz como resultado: indenização à anulação do ato, e exemplifica como se daria o ilícito funcional: o proprietário de um imóvel que constrói, dentro do limite, porém atrapalha a passagem do terreno ao lado. Dentro da mesma perspectiva ele continua: Em alguns casos, o ato intrinsecamente ilícito pode derivar do exercício de um direito, que ultrapassa seus limites formais. Tome como exemplo um motorista, que dirige fora dos padrões estabelecidos na legislação de trânsito, e, portanto, comete ato ilícito. Fiuza (2004, p. 243) expõe o que advém: Não se trata de abuso de direito, ilícito funcional, uma vez que o ato é formalmente antijurídico, não apenas funcionalmente. Ninguém tem o direito legítimo de dirigir acima da velocidade. Ele diferencia os dois institutos: [...] no abuso de direito, há o exercício legítimo

6 6 de um direito subjetivo, que ultrapassa certos limites, enquanto [...] o ato intrinsecamente ilícito nada tem de exercício legítimo de direito. Portanto infere-se que, o ato ilícito e o abuso de direito não se confundem, mas não é por acaso que estão no mesmo Capítulo na Parte Geral do Código Civil no Título III e sim por referirem-se a ilicitude (BOULOS, 2006, p. 104). Assim, quando o texto da lei do art. 187, CC usa a expressão ato ilícito é no sentido amplo de ilicitude. Nesse sentido, Boulos (2006, p. 106) explica o ato ilícito: Provém de um juízo de antijuricidade que o Direito faz acerca de determinados atos. Sendo um conceito técnico e, portanto, eminentemente jurídico, o seu significado experimenta variações no tempo e no espaço, sendo plenamente possível, e até mesmo comum, que o ato considerado ilícito pela lei de um determinado país não seja pela lei de outro. A ilicitude se manifesta de duas formas, no art. 186, CC é subjetiva e no art. 187 do CC objetiva. A ilicitude subjetiva é auferida pelo juízo de valor proveniente do sujeito que pratica o ato e a ilicitude objetiva revela-se quando o ato do sujeito é compatível com o disposto na norma (BOULOUS, 2006, p. 107). Ainda, não se confundem em relação ao dano, posto que se comportam de maneira distinta, Stoco (2004, p. 124) sob a ótica do art. 186, CC esclarece: É só a violação do direito já caracteriza o ato ilícito, independente de ter ocorrido o dano. Assim, ambos geram direito de indenizar, mas o ato só é abusivo se resultar dano. Do exposto, pode-se concluir que a situação abusiva incide devido à manifestação de um direito subjetivo, inicialmente um ato lícito, que ultrapassa os limites impostos. No mais, mesmo que incidam de maneira diferente, e nenhuma interfira na outra, ambas as expressões abuso de direito e ato ilícito, acabam incorrendo em ilicitude, porque se ajustado as regras fossem, seriam lícitos. 4 A RESPONSABILIDADE CIVIL DECORRENTE DO ABUSO DE DIREITO Quando ocorre a descaracterização do ato lícito e o dano há o dever de indenizar por abuso de direito. O abuso do direito como fato gerador da responsabilidade civil exige a culpa em sentido amplo e o prejuízo. Se não houver o prejuízo não há do que responsabilizar alguém, porquanto não existe dano a ser ressarcido.

7 7 Da análise de tal máxima decorrem duas proposições que surgiram para essa responsabilidade: a Teoria da Responsabilidade Objetiva e a Teoria da Responsabilidade Subjetiva. A aplicação dessas teorias quando ocorre o abuso de direito é caso de divergência na doutrina, apesar do Código Civil adotar a responsabilidade subjetiva generalizadamente. Nery (2006, p. 289) entende estar configurada a responsabilidade objetiva: direito. Ato ilícito. Abuso de direito. Responsabilidade objetiva (CC 187). O ato ilícito descrito no CC 187 enseja reparação dos danos que causou, pelo regime da responsabilidade objetiva, desnecessária a demonstração da conduta do agente (dolo ou culpa), de sorte que são requisitos necessários para que haja o dever de indenizar: a) o ato; b) o dano; c) o nexo de causalidade entre o ato e o dano. Stoco (2004, p. 126) defende a teoria da responsabilidade subjetiva no abuso do Em sua análise, ele parte do ato ilícito presente no art. 186 do Código Civil, baseado na culpa, hipótese da responsabilização de quem pratica o ato, e deduz ser o mesmo ato ilícito que o art. 187 do Código Civil alude. Sendo assim, o abuso do direito só poderia existir se no mínimo houver a culpa (aquela do art. 186, CC), pois se caracteriza pelo elemento intencional, já que o agente é capaz de entender que extravasou no seu direito, ou seja, configura a presença do elemento subjetivo [...] a consciência de que poderá causar algum mal, assumindo esse risco [...] (STOCO, 2004, p.126). abuso de direito? E quem comete o ato ilícito no direito civil incide em alguma pena? O que gera o O art. 927 do Código Civil tem a resposta: Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. O ressarcimento do dano causado pelo abuso de direito seria a penalidade para quem comete a avaria. Parece correto concluir que, independente da intenção do responsável a restauração do estado anterior ao ocorrido é a conseqüência. Entretanto, se essa pena revertida em pecúnia deve ser quantificada, o momento da prática irregular do direito o intuito do agente causador, demonstra no caso concreto, como se

8 8 deu a ofensa ao bem jurídico. Defensor ferrenho da teoria da responsabilidade subjetiva, Stoco (2004, p ) aponta que essa teoria abarcaria todas as modalidades de culpa, e as graduações dessa culpa serviriam de base para definir a responsabilidade e o valor respectivo da indenização. Mister, faz-se advertir a aceitação da responsabilidade em magnitudes desproporcionais. Venosa (2004, p. 15) critica: Levando-se em conta o rumo que tomou a responsabilidade objetiva, a teoria da responsabilidade civil deixa de ser apoiada unicamente no ato ilícito, mas leva em conta com mais proeminência o ato causador do dano. Busca-se destarte evitar um dano injusto, sem que necessariamente tenha como mote principal o ato ilícito. Venosa (2004, p.19) consegue unir as duas teorias e encontrar o momento do emprego de cada uma delas: A responsabilidade objetiva ou responsabilidade sem culpa, somente pode ser aplicada quando existe lei expressa que a autorize, como o caso do parágrafo único do art. 927, CC. Porquanto, regra geral aplica-se a responsabilidade subjetiva. Lembrando que, ao contrário do Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) adota a teoria objetiva. Geralmente, como no âmbito civil os danos são revertidos em pecúnia, até mesmo, na relação de consumo, a reparação finda com a compensação monetária. Assim, a responsabilidade decorrente da ilicitude gera ressarcimento e não apenas material, mas também extrapatrimonial. Ocorre que, indubitavelmente, vem crescendo o número de processos de indenizações por dano moral. O julgado abaixo demonstra como os Tribunais conseguem vislumbrar e assim caracterizá-lo: TJMG. Responsabilidade civil. Dano moral. Ofensas através de site de relacionamento. ORKUT. Aplicação da teoria da responsabilidade civil objetiva. Art. 927, parágrafo único do CC/2002. Restando demonstrado nos autos que a (Google Brasil) atua como representante da Google Inc., no Brasil, fazendo parte do conglomerado empresarial responsável pelo site de relacionamento denominado "Orkut", compete-lhe diligenciar no sentido de evitar que mensagens anônimas e ofensivas sejam disponibilizadas ao acesso público, pois, abstendo-se de fazê-lo, responderá por eventuais danos à honra e dignidade dos usuários decorrentes da má utilização dos serviços disponibilizados. Desinfluente, no caso, a alegação de que o perfil difamatório teria sido criado por terceiro, pois a empresa ré, efetivamente, não conseguiu identificá-lo, informando, apenas, um endereço de , também supostamente falso, restando inafastável a sua responsabilidade nos fatos narrados nestes autos e o reconhecimento de sua legitimidade para figurar no pólo passivo da lide. Aplica-se à espécie o art. 927, parágrafo único, do Código Civil, que adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, estabelecendo que haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, quando a atividade normalmente

9 9 desenvolvida implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem (MINAS GERAIS, 2008). Porém, existem limitações para a incidência do dano moral e mesmo o dano material, assim não sendo observada a regra imposta no art. 187, CC, que são no sentido de coibir o abuso de direito torna-se exigível a reparação. O legislador incluiu o abuso de direito no ordenamento para que as pessoas possam ter garantido o exercício seu direito subjetivo, e em concomitância a primazia desse ato não usurpar o direito alheio. Deste modo, se infligir a regra e causar qualquer malefício a outrem, o agente incide na responsabilidade civil. Baseado tanto na teoria objetiva como na subjetiva, o juiz amolda a situação em exame, e a aplica no processo, tendo como limiar o parágrafo único do art. 927, CC. Logo, da junção das duas teorias consegue-se esclarecer o teor da responsabilidade. 5 CONCLUSÃO O Código Civil de 2002 introduziu sedicioso entendimento a respeito do abuso de direito. Em primeiro lugar porque de um modo explícito suplantou dúvidas em torno da prática de um exercício regular de direito com limites. E depois, em relação ao contorno desse limite, por abranger os meios de atingir a ilicitude, já que se transpõe a esfera individual, e ainda, generalizou seu conceito. O legislador, ao mesmo tempo em que, observa a necessidade de reservar ao indivíduo seu direito não tolera que no seu exercício haja lesão aos interesses alheios. Assim, quando o sujeito age com má-fé, surge o abuso do direito que é uma ilicitude, em razão do desvio da conduta quando da prática do ato inicialmente lícito. A resposta em vista dessa problemática da individualidade vem em sintonia com a responsabilização de quem promove a avaria, em consonância com a preservação dos interesses difusos e coletivos. Não há o que olvidar o reflexo na esfera penal das conseqüências decorrentes dessa responsabilidade. No que tange ao Direito Civil, matéria específica do tema exposto, a esse dever de reparação dá-se o nome de responsabilidade civil. Essa responsabilidade bem ilustrada pelo art. 927 do Código Civil delineia os meandros da aplicação no caso concreto.

10 10 Assim, ao autor do dano, quando ficar provado o lucro revertido da sua atividade que deu causa, aplica-se a responsabilidade objetiva. O que não obsta a responsabilidade subjetiva no exame do juiz em se tratando da necessidade da demonstração de culpa. Logo, quando couber a aplicação do Código Civil, o responsável indeniza no intuito de alcançar os reflexos que surtem daquilo que ensejou. Ressalta-se que o direito sempre muda conforme a sociedade avança. Venosa (2004, p.19) adverte a esse respeito: [...] a responsabilidade civil é matéria viva e dinâmica na jurisprudência. A cada momento estão sendo criadas novas teses jurídicas como decorrência das necessidades sociais. Cabe complementar que, com a Constitucionalização do Direito Civil as normas contidas no Código Civil devem ser interpretadas à luz da Constituição, inclusive com o escopo de atender a função social da propriedade e do contrato.

11 11 REFERÊNCIAS BOULOS, Daniel M. Abuso de direito: no novo Código Civil. São Paulo: Método, CARVALHO NETO, Inacio de. Abuso do direito. 3. ed. Curitiba: Juruá, COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil. São Paulo: Saraiva, 2003, v. 1.. Curso de direito civil. São Paulo: Saraiva, 2004, v. 3. DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Teoria geral do direito civil. São Paulo: Saraiva, 2000, v. 1. FIUZA, César. Direito civil: curso completo. 8 ed. rev., atual. e ampl. Belo Horizonte: Del Rey, MARTINS. Pedro Batista. O abuso do direito e o ato ilícito. 3. ed. Rio de Janeiro: Forense, MINAS GERAIS. Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Apelação Cível N /001. Apelante(s): Google Brasil Internet Ltda - Apte(S) Adesiv: Claudiele Kristina Vizerra - Apelado(a)(s): Google Brasil Internet Ltda. Relator: Luciano Pinto. Belo Horizonte, 18 de dezembro de Disponível em: < Acesso em: 25 mar NERY JÚNIOR, Nelson; NERY, Rosa Maria de Andrade. Código civil comentado. 4. ed. rev., ampl.e atual. até maio de São Paulo: Revista dos Tribunais, RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Quinta Câmara Cível. Apelação Cível Nº Acórdão nº Relator: Leo Lima. Julgado em 27/02/2008. Disponível em: < Acesso em: 23 mar STOCO, Rui. Abuso do direito e má-fé processual. São Paulo: Revista dos Tribunais, Tratado de responsabilidade civil. 6. ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: responsabilidade civil. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL O ordenamento jurídico pátrio, em matéria ambiental, adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, prevista tanto no art. 14, parágrafo 1º da Lei 6.938/81

Leia mais

A inserção injusta causa às pessoas / consumidores danos de ordem moral e em algumas vezes patrimonial, que, reconhecida gera o direito à reparação.

A inserção injusta causa às pessoas / consumidores danos de ordem moral e em algumas vezes patrimonial, que, reconhecida gera o direito à reparação. 1.1 - Introdução Infelizmente o ajuizamento de ações de indenização por danos materiais e principalmente morais em face de empresas por inclusão indevida do nome de seus clientes em órgãos de proteção

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 003 II. Aplicação da Lei Penal... 005 III. Teoria Geral do Crime... 020 IV. Concurso de Crime... 027 V. Teoria do Tipo... 034 VI. Ilicitude...

Leia mais

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7:

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1. CONCURSO DE CRIMES 1.1 DISTINÇÃO: * CONCURSO

Leia mais

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil

Interpretação do art. 966 do novo Código Civil Interpretação do art. 966 do novo Código Civil A TEORIA DA EMPRESA NO NOVO CÓDIGO CIVIL E A INTERPRETAÇÃO DO ART. 966: OS GRANDES ESCRITÓRIOS DE ADVOCACIA DEVERÃO TER REGISTRO NA JUNTA COMERCIAL? Bruno

Leia mais

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade Acimarney Correia Silva Freitas¹, Celton Ribeiro Barbosa², Rafael Santos Andrade 3, Hortência G. de Brito Souza 4 ¹Orientador deste Artigo

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA Vitor Kenji HIGUCHI 1 José Artur Teixeira GONÇALVES 2 RESUMO: Com frequência, as pessoas buscam a cirurgia plástica estética com o objetivo de

Leia mais

Trata-se de Prestação de Contas da Controladoria Geral do Estado de PARECER Nº 272/2013 MPC/RR

Trata-se de Prestação de Contas da Controladoria Geral do Estado de PARECER Nº 272/2013 MPC/RR PARECER Nº 272/2013 MPC/RR Processo: 0245/2010 Assunto: Prestação de Contas Exercício de 2009 Órgão: Controladoria Geral do Estado Responsáveis: Marlene da Silva Prado Luiz Renato Maciel de Melo Relator:

Leia mais

Legislação e Ética Profissional

Legislação e Ética Profissional Legislação e Ética Profissional Professor: Venicio Paulo Mourão Saldanha Site: www.veniciopaulo.com Formação e ficha profissional: Graduado em Analises e Desenvolvimento de Sistemas Pregoeiro / Bolsa de

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO

A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO CUNHA, R. C. B. RESUMO A presente monografia trata-se da responsabilidade civil objetiva do empregador no acidente de trabalho. O

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

1 O INÍCIO DA PERSONALIDADE E A SITUAÇÃO DO NASCITURO NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO. Flora Soares Guimarães* Leonardo Alves Guedes* Lívia Gueiros Maia* Michel Alves de Souza* Paola Teixeira Lessa

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

Nº /2015 - ASJTC/SAJ/PGR. Agravo de Instrumento 852617 Relator: Ministro Roberto Barroso Agravante: União Agravado: Ministério Público Federal

Nº /2015 - ASJTC/SAJ/PGR. Agravo de Instrumento 852617 Relator: Ministro Roberto Barroso Agravante: União Agravado: Ministério Público Federal Nº /2015 - ASJTC/SAJ/PGR Agravo de Instrumento 852617 Relator: Ministro Roberto Barroso Agravante: União Agravado: Ministério Público Federal AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁ- RIO. DESTRANCAMENTO.

Leia mais

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Civil IVI Publicação no semestre 2014.1 no curso de Direito. Autor: Vital Borba

Leia mais

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE É sabido - e isso está a dispensar considerações complementares - que a pessoa jurídica tem vida distinta da dos seus sócios e administradores.

Leia mais

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013 COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO PROJETO DE LEI Nº 5.663, DE 2013 Acrescenta inciso ao art. 52 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, que regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece

Leia mais

TRANSPORTE. 1. Referência legal do assunto. Arts. 730 a 756 do CC. 2. Conceito de transporte

TRANSPORTE. 1. Referência legal do assunto. Arts. 730 a 756 do CC. 2. Conceito de transporte 1. Referência legal do assunto Arts. 730 a 756 do CC. 2. Conceito de transporte TRANSPORTE O CC define o contrato de transporte no art. 730: Pelo contrato de transporte alguém se obriga, mediante retribuição,

Leia mais

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC 2014) QUESTÃO 54 Analise as seguintes assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil: I. A legítima defesa de terceiro não atua como

Leia mais

Atualização Sobre Legislação a Respeito de Testagem de Álcool e Outras Drogas

Atualização Sobre Legislação a Respeito de Testagem de Álcool e Outras Drogas Atualização Sobre Legislação a Respeito de Testagem de Álcool e Outras Drogas Marcos Legais LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas Art. 18.

Leia mais

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO

O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO O MENSALÃO E A PERDA DE MANDATO ELETIVO José Afonso da Silva 1. A controvérsia 1. A condenação, pelo Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 470, de alguns deputados federais tem suscitado dúvidas relativamente

Leia mais

Atribuições dos Tecnólogos

Atribuições dos Tecnólogos UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI DEPARTAMENTO DE CONSTRUÇÃO CIVIL TECNOLOGIA EM CONTRUÇÃO CIVIL EDIFÍCIOS E ESTRADAS Atribuições dos Tecnólogos Prof.ª Me. Fabiana Marques Maio / 2014 SOBRE O TECNÓLOGO Segundo

Leia mais

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA Seminário Direitos & Deveres do Consumidor de Seguros Desembargador NEY WIEDEMANN NETO, da 6ª. Câmara Cível do TJRS Introdução O contrato de seguro, regulado pelos artigos

Leia mais

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº 0059871-12.2007.8.19.0001 Apelante: JONETES TERESINHA BOARETTO Apelado: GRANDE HOTEL CANADÁ LTDA. Relator: DES. CUSTÓDIO TOSTES DECISÃO MONOCRÁTICA

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Viação e Transportes PROJETO DE LEI Nº 4.844, DE 2012. VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO HUGO LEAL

CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Viação e Transportes PROJETO DE LEI Nº 4.844, DE 2012. VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO HUGO LEAL PROJETO DE LEI Nº 4.844, DE 2012. Altera o art. 53 do Código Civil para permitir aos transportadores de pessoas ou cargas organizarem-se em associação de direitos e obrigações recíprocas para criar fundo

Leia mais

QUANDO ENTRA EM VIGOR O NOVO CPC?

QUANDO ENTRA EM VIGOR O NOVO CPC? QUANDO ENTRA EM VIGOR O NOVO CPC? Autor: NEHEMIAS DOMINGOS DE MELO 1 Resumo: Faltando menos de dois meses para sua entrada em vigor o Novo CPC continua causando polêmicas. Dentre estas, uma questão de

Leia mais

INFORMATIVO. num. num. pessoa jurídica seja utilizada como véu protetor de realizações fraudulentas por parte dos sócios ou administradores.

INFORMATIVO. num. num. pessoa jurídica seja utilizada como véu protetor de realizações fraudulentas por parte dos sócios ou administradores. BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 12 09 / 2014 BOLETIM INFORMATIVO EDIÇÃO N 2 11 / 2013 INFORMATIVO num Editorial - 12ª Edição Prezado Leitor, Nesta edição do Informativo Mensal do Escritório Ribeiro da Luz

Leia mais

Responsabilidade Civil

Responsabilidade Civil Responsabilidade Civil Trabalho de Direito Civil Curso Gestão Nocturno Realizado por: 28457 Marco Filipe Silva 16832 Rui Gomes 1 Definição: Começando, de forma, pelo essencial, existe uma situação de responsabilidade

Leia mais

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS

TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Autora: Idinéia Perez Bonafina Escrito em maio/2015 TRATADOS INTERNACIONAIS E SUA INCORPORAÇÃO NO ORDENAMENTO JURÍDICO 1. DIREITOS FUNDAMENTAIS E TRATADOS INTERNACIONAIS Nas relações internacionais do

Leia mais

OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO

OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO OS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E A DEFESA DOS INTERESSES DA UNIÃO Artigo jurídico apresentado por MARCELO THIMOTI DA SILVA, professor, especialista em Direito Administrativo, Constitucional

Leia mais

Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008

Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008 Contribuições à Audiência Pública AP 045/2008 27 de agosto de 2008 A) Contribuições gerais: 1) - No preâmbulo da minuta, falta citar a Lei 8078 de 11 de setembro de 1990, Código de Defesa do Consumidor.

Leia mais

e-mail: atendimento@popconcursos.com.br Telefone: (019) 33274092 www.popconcursos.com.br

e-mail: atendimento@popconcursos.com.br Telefone: (019) 33274092 www.popconcursos.com.br Das Questões DO REGIME JURÍDICO 1. No que se refere ao regime jurídico-administrativo brasileiro e aos Por força do princípio da legalidade, o administrador público tem sua atuação limitada ao que estabelece

Leia mais

Processo nº 0024.12.301.686-7 Ação de Indenização Autor: Émerson Gil Tremea e outros Réu : Educadora Itapoã Ltda

Processo nº 0024.12.301.686-7 Ação de Indenização Autor: Émerson Gil Tremea e outros Réu : Educadora Itapoã Ltda 1 Processo nº 0024.12.301.686-7 Ação de Indenização Autor: Émerson Gil Tremea e outros Réu : Educadora Itapoã Ltda Vistos, etc. Ementa: Escola particular. Aluno reprovado em teste de seleção, por insuficiência

Leia mais

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa MARIA LÚCIA AMARAL * Introdução 1. Agradeço muito o convite que me foi feito para participar neste colóquio luso-italiano de direito

Leia mais

Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna:

Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna: Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna: São consideradas universitas personarum, quando forem uma associação de pessoas, atenderem aos fins e interesses dos sócios. (fins mutáveis)

Leia mais

A ESCOLA DO SERVIÇO PÚBLICO

A ESCOLA DO SERVIÇO PÚBLICO Número 11 fevereiro de 2002 Salvador Bahia Brasil A ESCOLA DO SERVIÇO PÚBLICO Prof. Marcelo Pereira Mestre e Doutor em Direito do Estado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. A) FUNDAMENTO

Leia mais

PONTO 1: Litisconsórcio na Seara Laboral PONTO 2: Sucessão Trabalhista PONTO 3: Terceirização 1. LITISCONSÓRCIO NA SEARA LABORAL

PONTO 1: Litisconsórcio na Seara Laboral PONTO 2: Sucessão Trabalhista PONTO 3: Terceirização 1. LITISCONSÓRCIO NA SEARA LABORAL 1 DIREITO DO TRABALHO PONTO 1: Litisconsórcio na Seara Laboral PONTO 2: Sucessão Trabalhista PONTO 3: Terceirização 1. LITISCONSÓRCIO NA SEARA LABORAL 1.1 FORMAÇÃO DE LITISCONSÓRCIO PASSIVO FACULTATIVO

Leia mais

TEMÁTICA: A Modernização do Processo e a Ampliação da Competência da Justiça do Trabalho: Novas Discussões. AUTORA: Cinthia Maria da Fonseca Espada

TEMÁTICA: A Modernização do Processo e a Ampliação da Competência da Justiça do Trabalho: Novas Discussões. AUTORA: Cinthia Maria da Fonseca Espada TEMÁTICA: A Modernização do Processo e a Ampliação da Competência da Justiça do Trabalho: Novas Discussões AUTORA: Cinthia Maria da Fonseca Espada RESUMO A proposta deste trabalho é discutir vários aspectos

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Teorias da conduta no Direito Penal Rodrigo Santos Emanuele * Teoria naturalista ou causal da ação Primeiramente, passamos a analisar a teoria da conduta denominada naturalista ou

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Responsabilidade civil do cirurgião-dentista Por Ricardo Emilio Zart advogado em Santa Catarina 1. Introdução Tendo em vista a quantidade cada vez mais crescente de ações judiciais

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 3.405, DE 1997 (apensados os de nºs 2.204/1999, 3.503/2008 e 5.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 3.405, DE 1997 (apensados os de nºs 2.204/1999, 3.503/2008 e 5. Autor: Dep. Celso Russomanno Relator: Dep. Ricardo Tripoli COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO EM SEPARADO Li, com bastante atenção, o bem elaborado voto do Relator, Dep. RICARDO TRÍPOLI, que buscou dar ao tema tratado

Leia mais

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO O que muda na responsabilização dos indivíduos? Código Penal e a Lei 12.850/2013. MARCELO LEONARDO Advogado Criminalista 1 Regras Gerais do Código Penal sobre responsabilidade penal:

Leia mais

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 98089-52.2011.8.09.0000 (201190980894) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE : ANNA CRISTINA TORRES FIUZA DE ALENCAR RELATOR : DES

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 98089-52.2011.8.09.0000 (201190980894) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE : ANNA CRISTINA TORRES FIUZA DE ALENCAR RELATOR : DES AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 98089-52.2011.8.09.0000 (201190980894) COMARCA DE GOIÂNIA AGRAVANTE : ANNA CRISTINA TORRES FIUZA DE ALENCAR RELATOR : DES. ALAN SEBASTIÃO DE SENA CONCEIÇÃO RELATÓRIO E VOTO Anna

Leia mais

ROJETO DE LEI Nº, de 2015. (Do Sr. Deputado Marcos Rotta)

ROJETO DE LEI Nº, de 2015. (Do Sr. Deputado Marcos Rotta) ROJETO DE LEI Nº, de 2015 (Do Sr. Deputado Marcos Rotta) Dispõe sobre segurança, danos materiais, furtos e indenizações, correspondentes a veículos nos estacionamento de estabelecimentos comerciais, shoppings

Leia mais

A APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA NA APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS VERBAS PAGAS A DESTEMPO, ACUMULADAMENTE, POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL

A APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA NA APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS VERBAS PAGAS A DESTEMPO, ACUMULADAMENTE, POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL A APLICAÇÃO DO REGIME DE CAIXA NA APURAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE AS VERBAS PAGAS A DESTEMPO, ACUMULADAMENTE, POR FORÇA DE DECISÃO JUDICIAL Nelson Yoshiaki Kato 1 RESUMO: O presente artigo aborda a

Leia mais

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana.

Palavras chave: Direito Constitucional. Princípio da dignidade da pessoa humana. 99 Princípio da Dignidade da Pessoa Humana Idália de Oliveira Ricardo de Assis Oliveira Talúbia Maiara Carvalho Oliveira Graduandos pela Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti. Palavras

Leia mais

QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO QUINTA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO APELAÇÃO CÍVEL Nº 0004150-49.2007.8.19.0042 APELANTE: MERCADOLIVRE.COM ATIVIDADES DE INTERNET LTDA. APELADA: LÍVIA SANTUX ANDRADE

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL NA APRESENTATAÇÃO ANTECIPADA DO CHEQUE PÓS-DATADO

A RESPONSABILIDADE CIVIL NA APRESENTATAÇÃO ANTECIPADA DO CHEQUE PÓS-DATADO A RESPONSABILIDADE CIVIL NA APRESENTATAÇÃO ANTECIPADA DO CHEQUE PÓS-DATADO GONÇALVES, L. R. S. Resumo: O cheque é um título de crédito de ordem de pagamento à vista regido pela Lei nº 7.357/1985, porém

Leia mais

APELAÇÃO. SEPARAÇÃO. PARTILHA. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. Nº 70048117212 COMARCA DE ERECHIM A C Ó R D Ã O

APELAÇÃO. SEPARAÇÃO. PARTILHA. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. Nº 70048117212 COMARCA DE ERECHIM A C Ó R D Ã O APELAÇÃO. SEPARAÇÃO. PARTILHA. A partilha de cotas de empresa não pode tomar por base o valor do capital social e nem o valor do patrimônio líquido, mas sim o valor real que a participação confere ao sócio,

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006. Art. 1º Esta lei estabelece pena para interceptação ou a recepção não

PROJETO DE LEI Nº, DE 2006. Art. 1º Esta lei estabelece pena para interceptação ou a recepção não PROJETO DE LEI Nº, DE 2006 Altera dispositivo no Art. 155 e insere parágrafo no Art. 180 no decreto-lei n.º 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal - Parte Especial. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

POR UNANIMIDADE 06 (seis) meses

POR UNANIMIDADE 06 (seis) meses ACLARAÇÃO DO LAUDO ARBITRAL DO TRIBUNAL ARBITRAL AD HOC DO MERCOSUL CONSTITUÍDO PARA DECIDIR A CONTROVÉRSIA ENTRE A REPÚBLICA DO PARAGUAI E A REPÚBLICA ORIENTAL DO URUGUAI SOBRE A APLICAÇÃO DO IMESI (IMPOSTO

Leia mais

O terceiro no contrato de seguro de responsabilidade civil: a ação direta em face da seguradora *

O terceiro no contrato de seguro de responsabilidade civil: a ação direta em face da seguradora * O terceiro no contrato de seguro de responsabilidade civil: a ação direta em face da seguradora * Frederico Eduardo Zenedin Glitz A definição de seguro de responsabilidade civil gira em torno da garantia

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 652, DE 2011. (Apensos: PL s nºs 2.862/2011 e 2.880/2011)

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 652, DE 2011. (Apensos: PL s nºs 2.862/2011 e 2.880/2011) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 652, DE 2011. (Apensos: PL s nºs 2.862/2011 e 2.880/2011) Dispõe sobre o direito do consumidor à substituição imediata de aparelho de

Leia mais

CÓDIGO CIVIL. Livro III. Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III. Dos Atos Ilícitos

CÓDIGO CIVIL. Livro III. Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III. Dos Atos Ilícitos CÓDIGO CIVIL Livro III Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III Dos Atos Ilícitos Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que

Leia mais

CÓPIA. Coordenação Geral de Tributação. Relatório. Solução de Consulta Interna nº 11 Cosit Data 8 de maio de 2013 Origem

CÓPIA. Coordenação Geral de Tributação. Relatório. Solução de Consulta Interna nº 11 Cosit Data 8 de maio de 2013 Origem Fl. 11 Fls. 1 Coordenação Geral de Tributação Solução de Consulta Interna nº 11 Data 8 de maio de 2013 Origem Coordenação Geral de Contencioso Administrativo e Judicial COCAJ Assunto: Imposto sobre a Renda

Leia mais

GOUVÊA FRANCO ADVOGADOS

GOUVÊA FRANCO ADVOGADOS O DIREITO DE REGRESSO DO INSS: ACIDENTES DE TRABALHO E A LEI Nº 8.213/91 Introdução: Recentemente, por todo o Brasil, constata-se na Justiça Federal o crescente aumento de ações regressivas propostas pelo

Leia mais

O CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE NA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO Joéquison Taschetto de Almeida 1 Mauro Cesar Maggio Stürmer 2

O CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE NA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO Joéquison Taschetto de Almeida 1 Mauro Cesar Maggio Stürmer 2 O CONTROLE DE CONVENCIONALIDADE NA JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO Joéquison Taschetto de Almeida 1 Mauro Cesar Maggio Stürmer 2 1 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como temática principal a possibilidade dos

Leia mais

NT_036/2010_FINANÇAS Brasília/DF, 30 de julho de 2010. NOTA TÉCNICA

NT_036/2010_FINANÇAS Brasília/DF, 30 de julho de 2010. NOTA TÉCNICA NT_036/2010_FINANÇAS Brasília/DF, 30 de julho de 2010. NOTA TÉCNICA REFERENTE AO VALOR DA TERRA NUA PARA FINS DE RECOLHIMENTO DO ITR A Confederação Nacional de Municípios esclarece que, em razão das situações

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO COMENTADO DIREITO PENAL Título II Do Crime 1. (CESPE / Defensor DPU / 2010) A responsabilidade penal do agente nos casos de excesso doloso ou culposo

Leia mais

RESOLUÇÃO N. 132/2013/TCE-RO

RESOLUÇÃO N. 132/2013/TCE-RO RESOLUÇÃO N. 132/2013/TCE-RO Institui e disciplina o Termo de Ajustamento de Conduta como solução alternativa a incidentes disciplinares no âmbito do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, e altera

Leia mais

Responsabilidade na Internet

Responsabilidade na Internet Responsabilidade na Internet Papos em Rede 26/01/2012 Glaydson Lima Advogado e Analista de Sistema @glaydson glaydson.com http://delicious.com/glaydsonlima/paposemrede Responsabilidade por publicação direta

Leia mais

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico.

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO CONDUTA A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. Na Teoria Causal Clássica conduta é o movimento humano voluntário produtor de uma modificação no mundo

Leia mais

Grupo 6 - STFC. Universidade de Brasília. Direito Administrativo III Turma: A. Prof.Dr. Márcio Iorio Aranha. Ailton Mota de Magalhães - 13/0059099

Grupo 6 - STFC. Universidade de Brasília. Direito Administrativo III Turma: A. Prof.Dr. Márcio Iorio Aranha. Ailton Mota de Magalhães - 13/0059099 Universidade de Brasília Direito Administrativo III Turma: A Prof.Dr. Márcio Iorio Aranha Grupo 6 - STFC Ailton Mota de Magalhães - 13/0059099 Danielle Aparecida Viana dos Reis 13/0069761 Melissa Luz Silva

Leia mais

O ISS E A PESSOALIDADE DO TRABALHO DOS SÓCIOS NAS SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS

O ISS E A PESSOALIDADE DO TRABALHO DOS SÓCIOS NAS SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS O ISS E A PESSOALIDADE DO TRABALHO DOS SÓCIOS NAS SOCIEDADES UNIPROFISSIONAIS Flavio Castellano Alguns municípios introduziram discriminações no que se refere ao tratamento tributário das chamadas sociedades

Leia mais

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS

TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO SUBSEQUENTE NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS NOÇÕES GERAIS DO DIREITO CONCEITOS BÁSICOS 1 I. Introdução: - A vida em Sociedade exige regramento; - As Normas Reguladoras das relações humanas; - A aplicação das sanções (punições): maior ou menor grau

Leia mais

O CONFRONTO DAS TEORIAS DE HANS KELSEN E ROBERT ALEXY: ENTRE O NORMATIVISMO E A DIMENSÃO PÓS-POSITIVISTA

O CONFRONTO DAS TEORIAS DE HANS KELSEN E ROBERT ALEXY: ENTRE O NORMATIVISMO E A DIMENSÃO PÓS-POSITIVISTA 95 O CONFRONTO DAS TEORIAS DE HANS KELSEN E ROBERT ALEXY: ENTRE O NORMATIVISMO E A DIMENSÃO PÓS-POSITIVISTA Ana Augusta Rodrigues Westin Ebaid Docente do Núcleo de Pesquisa e Extensão do curso de Direito

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL Filipe Rezende Semião, est.. Sumário: I - Pressupostos da Responsabilidade Civil II - Dispositivos legais III - Dano ao corpo IV - Indenização na lesão corporal

Leia mais

O conflito envolvendo a devolução da comissão de corretagem no estande de vendas da Incorporadora

O conflito envolvendo a devolução da comissão de corretagem no estande de vendas da Incorporadora O conflito envolvendo a devolução da comissão de corretagem no estande de vendas da Incorporadora Por Roberto Santos Silveiro Uma das questões mais atuais e controvertidas do direito processualimobiliário

Leia mais

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1.1 FUNÇÕES DO TIPO: a) Função garantidora : 1. TEORIA DA TIPICIDADE b) Função

Leia mais

ANO XXII - 2011-4ª SEMANA DE JULHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2011 TRIBUTOS FEDERAIS ICMS - BA

ANO XXII - 2011-4ª SEMANA DE JULHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2011 TRIBUTOS FEDERAIS ICMS - BA ANO XXII - 2011-4ª SEMANA DE JULHO DE 2011 BOLETIM INFORMARE Nº 30/2011 TRIBUTOS FEDERAIS CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Introdução - Autoridades Administrativas e o Abuso de

Leia mais

PROJETO DE LEI Nº 8.272/2014

PROJETO DE LEI Nº 8.272/2014 COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES PROJETO DE LEI Nº 8.272/2014 (Apenso: Projeto de Lei nº 108, de 2015) Cria o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (PNATRANS) e acrescenta dispositivos

Leia mais

Dano Moral no Direito do Consumidor. HÉCTOR VALVERDE SANTANA hvs jur@ho tm ail.c o m

Dano Moral no Direito do Consumidor. HÉCTOR VALVERDE SANTANA hvs jur@ho tm ail.c o m Dano Moral no Direito do Consumidor HÉCTOR VALVERDE SANTANA hvs jur@ho tm ail.c o m RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Consumidor padrão ou standard : art. 2º, caput Consumidor por equiparação: arts. 2º, parágrafo

Leia mais

Nota de Esclarecimento sobre o Parecer dos Auditores Independentes Fundação Libertas de Seguridade Social

Nota de Esclarecimento sobre o Parecer dos Auditores Independentes Fundação Libertas de Seguridade Social Nota de Esclarecimento sobre o Parecer dos Auditores Independentes Fundação Libertas de Seguridade Social Tendo em vista os apontamentos realizados pelos Auditores Independentes em relação às Demonstrações

Leia mais

Ressarcimento de danos elétricos em equipamentos

Ressarcimento de danos elétricos em equipamentos AO SENHOR NELSON JOSÉ HUBNER MOREIRA DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL SGAN 603, MÓDULO J, CEP: 70830-030 BRASÍLIA/DF RECOMENDAÇÃO 1. CONSIDERANDO que o Ministério Público é instituição

Leia mais

REFORMA DO JUDICIÁRIO: A JUSTIÇA MILITAR

REFORMA DO JUDICIÁRIO: A JUSTIÇA MILITAR REFORMA DO JUDICIÁRIO: A JUSTIÇA MILITAR ARMANDO BRASIL TEIXEIRA A emenda constitucional nº 45 conhecida como Reforma do Judiciário acarretou mudanças na estrutura de funcionamento da Justiça Militar Estadual.

Leia mais

Prova Objetiva Disciplina: Direito Civil

Prova Objetiva Disciplina: Direito Civil ALT. C GAB. 1 GAB. 2 GAB. 3 GAB. 4 QUESTÃO 68 81 16 8 Alegam os recorrentes que a questão comporta várias alternativas erradas, pois contraria dispositivo constitucional (art. 5 o., inciso XXXI) e infraconstitucional,

Leia mais

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO

TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO TÓPICO ESPECIAL DE CONTABILIDADE: IR DIFERIDO! O que é diferimento?! Casos que permitem a postergação do imposto.! Diferimento da despesa do I.R.! Mudança da Alíquota ou da Legislação. Autores: Francisco

Leia mais

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça

Turma e Ano: Turma Regular Master A. Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19. Professor: Rafael da Mota Mendonça Turma e Ano: Turma Regular Master A Matéria / Aula: Direito Civil Aula 19 Professor: Rafael da Mota Mendonça Monitora: Fernanda Manso de Carvalho Silva DIREITO DAS COISAS (continuação) (III) Propriedade

Leia mais

Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde

Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde REFLEXÕES TRABALHISTAS Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde 01 de agosto de 2014, 08:00h Por Raimundo Simão de Melo No Brasil, até 1988, o enfoque principal sobre o meio

Leia mais

Conteúdo: Pessoa Jurídica: Entes Despersonalizados; Desconsideração da Personalidade Jurídica. - PESSOA JURÍDICA -

Conteúdo: Pessoa Jurídica: Entes Despersonalizados; Desconsideração da Personalidade Jurídica. - PESSOA JURÍDICA - Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Civil (Parte Geral) / Aula 09 Professor: Rafael da Motta Conteúdo: Pessoa Jurídica: Entes Despersonalizados; Desconsideração da Personalidade Jurídica. - PESSOA

Leia mais

Conteúdo: Intervenção de Terceiros: Conceitos, Classificação e Espécies.

Conteúdo: Intervenção de Terceiros: Conceitos, Classificação e Espécies. Turma e Ano: Flex A (2014) Matéria / Aula: Processo Civil / Aula 12 Professor: Edward Carlyle Conteúdo: Intervenção de Terceiros: Conceitos, Classificação e Espécies. Litisconsórcio (cont.) Litisconsortes

Leia mais

NOTA TÉCNICA N.º 01 /DMSC/DSST/SIT Brasília, 14 de janeiro de 2005.

NOTA TÉCNICA N.º 01 /DMSC/DSST/SIT Brasília, 14 de janeiro de 2005. NOTA TÉCNICA N.º 01 /DMSC/DSST/SIT Brasília, 14 de janeiro de 2005. ASSUNTO: Médico do Trabalho. Definição. INTERESSADO: Associação Nacional de Medicina do Trabalho - ANAMT EMENTA: Médico do Trabalho.

Leia mais

COMEMORAÇÃO DO DIA DO CONTADOR

COMEMORAÇÃO DO DIA DO CONTADOR COMEMORAÇÃO DO DIA DO CONTADOR 1 DECRETO-LEI Nº 9295/46, ALTERADO PELA LEI 12.249/2010 Art. 6º São atribuições do Conselho Federal de Contabilidade:... f) regular acerca dos princípios contábeis, do Exame

Leia mais

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor

Validade, Vigência, Eficácia e Vigor. 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade, Vigência, Eficácia e Vigor 38. Validade, vigência, eficácia, vigor Validade Sob o ponto de vista dogmático, a validade de uma norma significa que ela está integrada ao ordenamento jurídico Ela

Leia mais

CONTRATO DE SUB-LICENCIAMENTO E CERTIFICAÇÃO

CONTRATO DE SUB-LICENCIAMENTO E CERTIFICAÇÃO Documento EUREPGAP Contrato de Sub-licenciamento e Certificação (V2.3) Pag. 1 de 6 CONTRATO DE SUB-LICENCIAMENTO E CERTIFICAÇÃO para a participação como Parte Interessada de Mercado na estrutura do Sistema

Leia mais

CONTRATO PARTICULAR DE ADESÃO AO PROGRAMA DE AFILIADOS

CONTRATO PARTICULAR DE ADESÃO AO PROGRAMA DE AFILIADOS Pelo presente instrumento particular, as partes a seguir identificadas, de um lado T A Soluções em Marketing Digital Ltda, empresa devidamente inscrita no CNPJ/MF sob nº 03.007.331/0001-41, situada na

Leia mais

FRAUDE PRATICADA PELA PARTE NO MOMENTO DA IDENTIFICAÇÃO E REPRESENTAÇÃO NA REALIZAÇÃO DOS ATOS NOTARIAIS

FRAUDE PRATICADA PELA PARTE NO MOMENTO DA IDENTIFICAÇÃO E REPRESENTAÇÃO NA REALIZAÇÃO DOS ATOS NOTARIAIS CENÁRIO ATUAL DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO NOTÁRIO (LEI 8.935/94) FRAUDE PRATICADA PELA PARTE NO MOMENTO DA IDENTIFICAÇÃO E REPRESENTAÇÃO NA REALIZAÇÃO DOS ATOS NOTARIAIS RODRIGO TOSCANO DE BRITO COMO

Leia mais

PARECER Nº DE 2015. RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA

PARECER Nº DE 2015. RELATOR: Senador DOUGLAS CINTRA PARECER Nº DE 2015 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 356 de 2012, do Senador Paulo Paim, que altera o artigo 53 do Código Civil

Leia mais

Fundamentos Decifrados de Contabilidade

Fundamentos Decifrados de Contabilidade 1 Resultado... 1 1.1 Receitas... 1 1.2 Despesas... 3 1.3 Ajustes... 6 2 Os conceitos de capital e de manutenção do capital... 7 1 Resultado O resultado é a medida mais utilizada para aferir a performance

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O seguro da responsabilidade civil do professional liberal Suzanne Dobignies Santos 1. INTRODUÇÃO O contrato de seguro é uma das garantias da reparação civil, cuja finalidade é a

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Requisitos para Caracterização do Dano Moral Alessandro Meyer da Fonseca* O instituto do dano moral cujo direito a reparabilidade durante muitos anos foi objeto de debates pelos

Leia mais

Professor Álvaro Villaça Azevedo Titular da Faculdade de Direito da USP

Professor Álvaro Villaça Azevedo Titular da Faculdade de Direito da USP Indicação nol2812011 SC-43812011 Comissão de Direito de Família AUTOR DA INDICAÇÃO: ADVOGADO MARCOS NUNES CILOS EMENTA PAI SOCIOAFETIVO: ART. 1.593 E 1.595, AMBOS DO CC/2002. NECESSIDADE DE ADEQUAÇÃO TÉCNICA

Leia mais

O presente caso pretende ser usado para elucidar os questionamentos quanto a dedutibilidade de despesas operacionais de acordo com o exposto.

O presente caso pretende ser usado para elucidar os questionamentos quanto a dedutibilidade de despesas operacionais de acordo com o exposto. 1 INTRODUÇÃO O presente caso pretende ser usado para elucidar os questionamentos quanto a dedutibilidade de despesas operacionais de acordo com o exposto. Através de um levantamento na legislação que trata

Leia mais

Resumo Aula-tema 07: Negociação coletiva e greve. Dissídio individual e coletivo.

Resumo Aula-tema 07: Negociação coletiva e greve. Dissídio individual e coletivo. Resumo Aula-tema 07: Negociação coletiva e greve. Dissídio individual e coletivo. Negociação Coletiva de trabalho é o termo genérico a significar o ajuste feito entre as entidades sindicais e as entidades

Leia mais

a) Verificar o direito real do promitente comprador;

a) Verificar o direito real do promitente comprador; PROMESSA DE COMPRA E VENDA 1 Lindiara Antunes Do Nascimento 2, Carlos Guilherme Probst 3. 1 TRABALHO DE CURSO - TC 2 AUTOR- Aluna do curso de Direito pela UNIJUI 3 COUATOR - Mestre em Educação nas Ciências

Leia mais

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Ética e Legislação Profissional Assunto: Responsabilidades do Profissional Prof. Ederaldo

Leia mais