A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO

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1 A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA DO EMPREGADOR NO ACIDENTE DE TRABALHO CUNHA, R. C. B. RESUMO A presente monografia trata-se da responsabilidade civil objetiva do empregador no acidente de trabalho. O seu objetivo é demonstrar como é possível que o empregador responda pelo acidente de forma objetiva e não de maneira subjetiva, já que esta é usada como regra. Como se trata de um assunto de extrema relevância e de várias discussões sobre qual a forma de indenizar o acidente de trabalho objetiva ou subjetiva. As decisões jurisprudenciais terá uma enorme valia para demonstrar que cada vez mais vem se decidindo acerca da teoria do risco ou responsabilidade objetiva. Palavras-chave: Responsabilidade objetiva. Acidente de trabalho. Dano ABSTRACT This monograph is about objective civil responsibility of employer in workplace accident. His goal is to demonstrate how it is possible that employer answers by accident objectively and no subjectively, because this is used as rule. This is a matter of high importance and take many debates about whitch way to indemnify the workplace accident objectively or subjectively. The jurisprudence decisions have a big value to demonstrate that each time more comes deciding about the theory of risk or objective responsibility. Keywords:. Objective Responsability. Workplace Accident. Damage

2 1 INTRODUÇÃO É imperioso destacar que o presente trabalho versará apenas sobre a responsabilidade do empregador relacionada ao acidente de trabalho, não se tratando de um estudo acerca da responsabilidade que o mesmo possui em relação a todos os atos e fatos em que inseridos. Com a presente monografia objetiva-se realizar um estudo acerca da responsabilidade civil objetiva do empregador decorrente do acidente de trabalho considerando para tanto aspectos históricos da responsabilidade civil e sua evolução ate os dias atuais. Neste sentido será necessário explanar o conceito da responsabilidade civil bem como seus requisitos. Ainda será indispensável discorrer sobre as formas da responsabilidade, que se dará em forma objetiva e subjetiva, além das possibilidades da mesma não ser caracterizada. Para a compreensão do trabalho ainda será exposto o conceito de acidente de trabalho, os mecanismos de sua caracterização e as espécies deste instituto. Será importante ressaltar aspectos sobre a aplicabilidade da teoria do risco, o nexo técnico epidemiológico previdenciário (NETEP), a inversão o ônus da prova e a posição jurisprudencial no que tange o acidente laboral. Por fim, serão ponderados os danos decorridos do acidente de trabalho, como os danos morais, estéticos e materiais. Também serão apontadas as particularidades de lucros cessantes, a possibilidade do pagamento em uma só parcela, a perda de uma chance e a despesas ocorridas e futuras derivadas do acidente laboral. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A responsabilidade civil do empregador decorrente do acidente de trabalho, e um tema que gera muita discussão, pois se faz ciência de uma indenização, que dependendo do acidente poderá ser um valor alto. E por causa da legislação especial a respeito do acidente de trabalho, houve muita discussão no Brasil quanto à responsabilidade civil do empregador, que através das indenizações, e mais o beneficio pensaram em que ocorria uma dupla indenização (VENOSA, 2005).

3 Quando se fala em acidente de trabalho, temos a chamada CAT que e a comunicação do acidente do trabalho, que ter por objetivo do reconhecimento do acidente dando assim o direito a Previdência Social, fazendo com que sege dever do empregador fazer essa comunicação ate para ser mais rápido os benefícios, conforme a lei n /91: Art. 22. A empresa deverá comunicar o acidente do trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário-decontribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela Previdência Social (OLIVEIRA, 2005). A indenização por acidente de trabalho, em principio, enquadra-se como responsabilidade extracontratual, porque decorre de algum ato ilícito do empregador seja por alguma violação de deveres nas leis (OLIVEIRA, 2005). A responsabilidade civil pode ser subjetiva ou objetiva, a responsabilidade subjetiva e quando o dever de indenizar surgir em razão de comportamento do sujeito que causa danos a terceiros, por dolo ou culpa. Quando falamos na responsabilidade objetiva, basta que haja o dano e o nexo de causalidade para surgir o dever de indenizar, sendo irrelevante, a conduta culposa ou não do agente, causador, ate mesmo por isso que a responsabilidade objetiva e também conhecida como teoria do risco (OLIVEIRA, 2005). Os danos decorrentes do acidente do trabalho, tem o dano material que será o prejuízo financeiro efetivo sofrido pela vítima, causando por consequência uma diminuição em seu patrimônio, o dano moral que seria uma forma psicológica um trauma, que com uma certa indenização pode ser que venha a melhorar a situação amenizar um pouco o sofrimento da vítima e dos familiares, e por ultimo o dano estético que decorrido do acidente tenha causado alguma sequela física, alterou a harmonia física da vitima movimentos que fazia antes não consegue fazer mais por exemplo (OLIVEIRA, 2005). O acidente do trabalho trata-se de uma forma de interrupção do contrato de trabalho, pois conta-se o tempo de serviço, o dia do acidente do trabalho e os 15 dias seguintes que serão remunerados pelo empregador (VENOSA, 2005).

4 A estabilidade do acidentado segundo o art. 118 da Lei n /91 prevê outra forma de garantia de emprego, ou seja, o segurado que sofreu o acidente do trabalho tem garantido pelo prazo mínimo de doze meses a manutenção do seu contrato de trabalho na empresa (VENOSA, 2005). O setor da Perícia Médica do INSS, nos afastamentos superiores a quinze dias, faz análise técnica para conferência do nexo de causa e efeito entre o acidente e a lesão, a doença e o trabalho e a causa mortis e o acidente. O INSS através da pericia pode não concordar com a caracterização do acidente, e com isso reconhecera apenas o acidente de qualquer natureza, conferindo à vítima os benefícios previdenciários cabíveis, mas não os direitos acidentários (OLIVEIRA, 2005). Toda empresa tem a CIPA, que de acordo com o art. 163 da CLT, é obrigatórias a constituição de Comissão Interna de Prevenção de Acidentes, conforme as instruções do Ministério do Trabalho que estão contidas na NR 5 da portaria n /78 (VENOSA, 2005). 3 CONCLUSÃO Verifica-se que o acidente de trabalho é uma realidade constante nos dias atuais. O grande confronto entre a sua ocorrência e a responsabilidade civil do empregador é analisada de forma racional tendo em vista o nexo causal de ambas. Sabe-se que a responsabilidade civil divide-se em objetiva e subjetiva, mas quando se fala em acidente de trabalho a responsabilidade civil destacada nesta monografia é a que se dá de forma objetiva levando em consideração a teoria do risco. Há que se considerar que para configurar o acidente de trabalho este tem ocorrer pelo exercício do trabalho a serviço da empresa. Para isso, a causa do acidente tem que ter relação como o trabalho, tem que ser no exercício da atividade para que se tenha relevância jurídica. Na tentativa de esclarecer as controvérsias geradas em torno da responsabilidade civil presente nas relações em que ocorrem acidentes de trabalho, o Tribunal Regional do Trabalho vem decidindo no sentido de que tal responsabilidade acontece de maneira objetiva.

5 Nestes casos, não será discutido a culpa e presume-se o dever de indenizar. Analisando por este prisma, não é dificultoso verificar que o acidente de trabalho está intrinsecamente ligado na relação empregador empregado. REFERÊNCIAS VENOSA, S. S. Direito civil: responsabilidade civil. 5. ed. São Paulo: Atlas, OLIVEIRA, S. G. Indenizações por Acidente do Trabalho ou Doença Ocupacional. São Paulo: Ltr