Educação Bilíngüe: avanços e desafios na inclusão escolar dos alunos (as) com surdez Profª Drª Profª Drª Mirlene Ferreira Macedo Damázio psmirlenefm@gmail.com
DESAFIOS DA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INCLUSIVA PARA PESSOA COM SURDEZ NUMA ABORDAGEM BILINGÜE...
ASPECTOS IMPORTANTES LEGALIDADE TRANSFORMAÇÃO E INOVAÇÃO DAS PROPOSTAS EDUCATIVAS DAS ESCOLAS PROFISSIONALIZAÇÃO
REFLEXÕES... A educação de alunos com surdez, do nível básico ao superior de ensino, constitui um dos desafios que mais tem marcado os caminhos traçados para a adoção de uma escola para todos no Brasil
Por quê?
São muitos os entraves e de diferentes naturezas. Na história da escolarização desses alunos, a exclusão foi e continua sendo um destaque, apesar dos esforços que, atualmente, estão sendo envidados para que esses alunos estejam com os demais colegas nas mesmas turmas das escolas comuns
Aproximadamente há dois séculos, existe um embate político e epistemológico entre os gestualistas e oralistas, que tem ocupado lugar de destaque nas discussões e ações desenvolvidas em prol da educação das pessoas com surdez, responsabilizando o sucesso ou o fracasso escolar a partir da adoção de uma ou de outra com suas práticas pedagógicas específicas
NA ATUAL POLÍTICA, ROMPEMOS COM ESSE EMBATE ENTRE ORALISTAS E GESTUALISTAS, E COLOCAMOS EM CENA A PESSOA COM SURDEZ E SEU POTENCIAL, E ADOTAMOS A ABORDAGEM EDUCACIONAL POR MEIO DO BILINGÜISMO
Para que isso ocorra, sob a força da ressignificação da pessoa com surdez, da tendência bilíngüe e da educação, como propõe o AEE, não discutimos o bilingüismo com olhar fronteiriço ou territorializado, segundo o que a literatura (principalmente a estrangeira) tem produzido. Para nós, a pessoa com surdez não é estrangeira em seu próprio país, mas usuária de um sistema lingüístico com características e status próprios, no qual cognitivamente se organiza e estrutura o pensamento e a linguagem nos processos de mediação simbólica, na relação da linguagem/pensamento/realidade e práxis social.
O PROBLEMA DA EDUCAÇÃO DAS PESSOAS COM SURDEZ NÃO PODE CONTINUAR SENDO CENTRADO NESSA OU NAQUELA LÍNGUA, MAS TAMBÉM NA QUALIDADE E NA EFICIÊNCIA DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
NÃO COADUNAMOS COM CONCEPÇÕES QUE DICOTOMIZAM AS PESSOAS COM OU SEM DEFICIÊNCIA, POIS, ANTES DE TUDO, POR MAIS QUE DIFERENTES NÓS HUMANOS SEJAMOS, SEMPRE APRENDEMOS NA CONVIVÊNCIA, NA EXPERIÊNCIA, NAS RELAÇÕES, ENFIM, NAS INTERAÇÕES, POR SERMOS HUMANOS
NESSE SENTIDO, SOB A FORÇA DO QUE SE CONSTITUI COMO PARADIGMA INCLUSIVO, NÃO LEGITIMAMOS DE UM LADO OS SURDO, DO OUTRO LADO, OS SEUS OPONENTES: OS OUVINTES DOMINADORES.
LEGITIMAMOS... EDUCAÇÃO DA CONSCIÊNCIA & INSTRUÇÃO DA INTELIGÊNCIA
Neste sentido... A instrução da inteligência ensina o homem a descobrir as leis da natureza, isto é, a ciência; a instrução faz o homem erudito; o homem educado na consciência cria valores dentro de si mesmo, cria éticos, morais, valores do bem viver.
QUESTÕES POLÊMICAS Como será atuar com alunos com surdez, em uma escola comum? Que processos curriculares e pedagógicos precisam ser criados? Como ultrapassar a visão que reduz os problemas de escolarização das pessoas com surdez ao uso desta ou daquela língua.
TRÊS GRANDES TENDÊNCIAS E POLÊMICAS ORALISMO COMUNICAÇÃO TOTAL ABORDAGEM BILÍNGÜE Assim precisamos...
ACOLHIDA DO ALUNO NA ESCOLA E NO AEE
Escola Espiritua- lidade Ser biopsicosocial cognitivo cultural Família Sociedade
Individualizar Espiralizar Coletivizar Experimentar Minimizar Extrapolar Materializar Conectar Relacionar Maximizar Tecer é Competir Projetar Axiomatizar Universalizar
AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS
MATRIZ AXIOMÁTICA DO CURRÍCULO O Ser Homem Biopsicosocial Congnitivo Cultural Família Lazer / Esporte Escola Trabalho Interesses Habilidades Talentos Competência Potencialidades Pedagogia Contextual Relacional Capacidades Temperamentos Moralidade Humana Demonstração Língua e Linguagem Saberes Históricos Aptidões Inclusão Saberes Lógico Matemáticos Investigação Saberes Biofísicoquímicos Comunicação Saberes Geográficos Conhecimentos Gerais Experienciação Experimentação Dialogicidade Ambiente de Aprendizagem Contextual Relacional Relações Criatividade Convivência Planejamento de Ensino Metodologia de Ensino Organização Didática Métodos de Ensino Recursos de Ensino Avaliação Processual Ser Humano
Os três momentos didático-pedagógicos: Atendimento Educacional Especializado de LIBRAS Atendimento Educacional Especializado para o Ensino de LÍNGUA PORTUGUESA Atendimento Educacional Especializado em LIBRAS
Atendimento Educacional Especializado de LIBRAS
SIGNWRITING: ESCRITA VISUAL PARA LINGUAS DE SINAIS Hino Nacional Lugar Ipiran ga água rio grupo Pessoa coragem gritar sol nasce sombra tentar igualdade conseguir força lutar Foi desenvolvido pela norte-americana Valerie Sutton, por volta da década de 70, quando foi convidada a grafar balés tradicionais na Dinamarca, através de uma escrita que permitia notação de coreografias de danças (DanceWriting).
Atendimento Educacional Especializado em LIBRAS
Atendimento Educacional Especializado para o Ensino da Língua Portuguesa - Escrita
TODO SER HUMANO É UM SUJEITO SÍGNICO! CONSCIÊNCIA AÇÃO / SIGNO MUNDO / REALIDADE
LINGUAGEM/LÍNGUA LETRAMENTO SISTEMAS SIMBÓLICOS CONSCIÊNCIA SÍGNICA ATO DE ESCREVER ATO DE LER SER HUMANO DISCURSO SIGNO GÊNEROS TEXTUAIS GRAMÁTICA DE USO PRÁTICAS SOCIAIS INTERAÇÃO VERBAL GÊNEROS DISCURSIVOS PROCESSOS SEMIÓTICOS PRÁTICAS DISCURSIVAS
PERFIL DO PROFESSOR DO AEE PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSOR DO AEE PARA O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA Planejamento Pedagógico
GLOSSÁRIO DE TERMOS ESPECÍFICOS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Assim......estamos trabalhando para construir um cenário adequado a esta EDUCABILIDADE HUMANA da pessoa com surdez.
Individualizar Espiralizar Coletivizar Experimentar Minimizar Extrapolar Materializar Conectar Relacionar Maximizar Tecer é Competir Projetar Axiomatizar Universalizar
Assim...precisamos romper com as práticas da filosofia integracionista com roupagem de inclusiva, tais como: exigência do aprendizado da Língua Portuguesa pelo aluno com surdez no mesmo tempo e ritmo que os ouvintes; conteúdos ministrados em língua oral ou só por meio da interpretação de Libras em sala de aula comum, o que não garante o efetivo desenvolvimento e aprendizagem; intérprete de Libras fixo na classe comum, estabelecendo total dependência do aluno com surdez;
sala de recurso no contra turno com a finalidade de reforço e apoio; sala de recurso com trabalho substitutivo ao da sala de aula comum; aprender Libras para ensinar Língua Portuguesa; não estabelecimento de ambientes lingüísticos adequados ao aprendizado das duas línguas; Intérprete de Libras assumindo o papel do professor do AEE PS e da sala de aula comum; sala de aula comum com a presença do instrutor de Libras, como se este profissional fosse professor de conteúdo curricular, sendo que ele não habilitado para tal função;
o professor da sala de aula comum, ao desenvolver os conteúdos, sinaliza os vários textos, e informa que usa e sabe Libras, provocando problemas sérios na aprendizagem das duas línguas pela pessoa com surdez, quando legitima o bimodalismo e/ou português sinalizado; professor da classe comum sendo exigido a cumprir o papel do professor do AEE PS, provocando revolta entre os professores e a negação do acesso e permanência desses alunos no ambiente educacional da escola e da sala de aula comum;
professor do AEE PS, sem qualificação para atuar no ensino das duas línguas; sala de aula somente de alunos com surdez na escola comum, com a presença fixa do intérprete, do instrutor e do professor regente, causando um caos pedagógico e no desenvolvimento desses alunos; uso exclusivo da Libras no cotidiano do trabalho escolar, negando o direito de aprender o português escrito.