TÍTULO: PROJETO CONVERSANDO SOBRE SAÚDE COM A MULHER DA COMUNIDADE DE IBIRAQUERA AUTORES: Profa. Grácia Maria Salles Maciel Koerich - graciakoerich@uol.com.br; Ac. Patrícia Maria Marcon - patricimm@bol.com.br; Ac. Michel Maximiano Faraco; Ac. Edna Rodrigues; Luciana Patrícia Nascimento; T. A. Sérgio José Sena - deptoptl@ccs.ufsc.br INSTITUIÇÃO: Universidade Federal de Santa Catarina ÁREA TEMÁTICA: Saúde INTRODUÇÃO A proposta de um projeto visando o cuidado das mulheres, vem de encontro ao atual momento, onde as atividades do cotidiano estão distanciando o pensar e o refletir do ser e do cuidado, com o corpo, com situações de saúde-doença, e principalmente com a qualidade de vida. Enquanto profissionais da área de saúde, compreende-se que se deve contribuir para construção de conhecimento no cuidado à saúde da mulher em comunidades carentes de informações e infraestrutura. OBJETIVOS GERAL Desenvolver capacidades para o auto-cuidado à saúde das mulheres da comunidade de Ibiraquera, visando uma melhoria da qualidade de vida. ESPECÍFICOS - Realizar levantamento de dados sobre as condições culturais, sociais, econômicas e de saúde da comunidade. - Realizar consulta de enfermagem, a fim de verificar quais as doenças crônicas que atingem esta comunidade. - Possibilitar a população alvo uma porta de entrada para o conhecimento sobre sua saúde (auto cuidado).
- Desenvolver oficinas de auto cuidado à saúde para as mulheres desta comunidade, envolvendo assuntos abordados pela população - alvo. - Contribuir para construção de conhecimento acerca da saúde da mulher numa comunidade carente de atenção a saúde. - Criar coletivamente materiais sócio-educativos para a comunidade, conforme o tema abordado. - Criar um vínculo da comunidade com o sistema local de saúde. - Treinar e capacitar acadêmicas (os) de enfermagem para atividades educativas na comunidade, proporcionando-lhes um aprendizado extracurricular. - Avaliar as atividades desenvolvidas nas oficinas, JUSTIFICATIVA A partir dos dados que emergiram das entrevistas realizadas com mulheres, durante o mês de janeiro e fevereiro de 2002, surgiu a idéia de realizar um projeto através de oficinas, que incorpore conhecimentos sobre o corpo numa visão holística, quais sejam: - o conviver com o processo de envelhecimento incluindo Doenças Crônico Degenerativas; - o auto cuidado para prevenção e promoção de saúde importância de realizar exames regularmente: glicemia, verificação de PA, hemograma, dosagem hormonal, mamografia, auto exame de mamas, densitometria óssea, preventivo ginecológico, etc.; - maneiras para a melhoria de qualidade de vida. METODOLOGIA O projeto será desenvolvido por alunos e professores da UFSC, à luz do referencial teórico de Dorothea Orem (tratando-se do auto-cuidado), no período de dezembro de 2001 a dezembro de 2002, na comunidade de Ibiraquera, município de Imbituba SC. É uma comunidade pesqueira, de aproximadamente 2500 habitantes, sendo a maioria natural do município; cujas famílias são nucleares, na qual o pai trabalha fora e a mãe exerce funções domésticas. A atividade pesqueira é opção para muita das famílias. Quanto a infra-estrutura a comunidade apresenta somente 01 posto de saúde, para atender a toda esta população.
PÚBLICO ALVO: Mulheres desta comunidade, formando um grupo de no máximo 20 (vinte) pessoas, que demonstrem interesse em participar e integrar-se ao grupo, o qual tem como meta a melhoria da qualidade de vida, através do auto-cuidado. A escolha deste público foi determinada pela oportunidade criada pela AAPRASLI (Associação dos Amigos da Praia do Sítio da Lagoa de Ibiraquera), que convidou professores e alunos da área de saúde da UFSC, com a finalidade de conhecer e planejar ações que viessem a beneficiar a mulher ibiraquerense. RESULTADOS ESPERADOS Ao final deste Projeto espera se que: As mulheres obtenham conhecimento sobre o auto cuidado, prevenção e promoção da saúde. - Aconteça uma reflexão sobre o auto cuidado de si e sobre a importância da visão holística para os profissionais de saúde, estudantes e público alvo. - Consigamos vivenciar e conhecer uma outra realidade, e com isto possamos estar abertos para o processo de ensino aprendizagem. - Possamos transformar a linguagem científica, utilizada no cotidiano acadêmico, em palavras simples e objetivas que satisfaçam as necessidades e dúvidas do público alvo. - Sejamos mais críticos e realistas, para atingir a solução dos problemas frente ao contexto social, econômico, cultural e religioso destas mulheres e, conseqüentemente melhorar a qualidade de vida das mesmas. - Conheçamos outros campos de atuação dos profissionais de saúde, principalmente do enfermeiro. - Possamos consolidar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas de saúde pública, contexto social em enfermagem e afins, com isto nos preparando melhor para uma futura atuação profissional em saúde da família. - Haja formulação de ensino aprendizagem as mulheres desta comunidade, sobre doenças crônicas, afim de que possam detectar - precocemente qualquer sintoma e iniciar tratamento adequado.
- As mulheres obtenham conscientização quanto as medidas básicas e saudáveis para uma melhor qualidade de vida: dieta, exercício, não estresse, não fumar, não beber álcool, etc. - A comunidade se vincule ao sistema local de saúde. - Os acadêmicos construam conhecimento acerca da saúde da mulher, contribuindo, de alguma forma, para formação profissional. BIBLIOGRAFIA 01. HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de Enfermagem. São Paulo: 1979. 02. COTRAN, R.S., KUMAR, V., COLLINS, T. Robbins Patologia Estrutural e Funcional. 4ª, 5ª ou 6ª ed. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2000. 03. BRASILEIRO-FILHO, G. e Cols. Bogliolo Patologia Geral. 1ª ou 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 1998. 04. BRASILEIRO-FILHO, G. e cols. Patologia Bogliolo. 5ª ed.1994 e 6ª ed. 2000, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 1994. 05. ANDRADE, BARRETO NETO, BRITO, MONTENEGRO. Patologia Processos Gerais. 3ª ed. ou 4ª ed., Rio de Janeiro,. Atheneu, 1992. 06. RUBIN, R., FARBER, J.L. Patologia. Rio de Janeiro. Interlivros, 1990. 07. DE PAOLA, D. Mecanismos Básicos de Doença. Rio de Janeiro. Atheneu, 1988. 08. FARIA, J. LOPES DE. Patologia Geral. Fundamentos das Doenças com Aplicações Clínicas. 3ª ed., Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 1988. 09. LABRONICI, L. M. A corporeidade propiciando o coexistir da racionalidade e da sensibilidade nas práticas de cuidar. Curitiba, 1998. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) Convênio Repensul Universidade Federal do Paraná.
10. POLAK, Y. N. S. A corporeidade como resgate do humano na enfermagem. Florianópolis, 1996. Tese (Doutorado em Enfermagem) Centro de Ciências da Saúde, Universidade Federal de Santa Catarina. 11.SANTANA, M. G. O corpo do ser diabético, significados e subjetividade. Florianópolis, 1998. Tese (Doutorado em Enfermagem) Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal de Santa Catarina.