MEDIÇÃO DE VAZÃO DE AR (Notas de Aula)



Documentos relacionados
SOLENÓIDE E INDUTÂNCIA

Parte V ANÁLISE DIMENSIONAL

EDITORIAL MODULO - WLADIMIR

Por efeito da interação gravitacional, a partícula 2 exerce uma força F sobre a partícula 1 e a partícula 1 exerce uma força F sobre a partícula 2.

10 DIMENSIONAMENTO DE SECÇÕES RETANGULARES COM ARMADURA DUPLA

VENTILADORES INTRODUÇÃO: Como outras turbomáquinas, os ventiladores são equipamentos essenciais a determinados processos

Interbits SuperPro Web

RESUMO 02: SEÇÃO TÊ FALSA E VERDADEIRA ARMADURA SIMPLES

Matemática. Aula: 07 e 08/10. Prof. Pedro Souza. Visite o Portal dos Concursos Públicos

FUVEST Prova A 10/janeiro/2012

Leis de Newton. 1.1 Sistemas de inércia

Observa-se ainda que, para pequenos giros, os pontos de uma seção transversal não sofrem deslocamento na direção longitudinal.

Universidade de São Paulo Escola Politécnica - Engenharia Civil PEF - Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações

Disciplina Higiene do Trabalho. Ventilação Industrial

Capacitores. Figura 7.1

Primeira aula de laboratório de ME4310 primeiro semestre de 2015

Exercícios Segunda Lei OHM

Aula 1- Distâncias Astronômicas

FÍSICA. a) 0,77 s b) 1,3 s c) 13 s d) 77 s e) 1300 s Resolução V = t = 3, , t = t = 1,3 s

8- Controlador PID. PID = Proporcional + Integral + Derivativo

Curso de Engenharia Civil

2 a. Apostila de Gravitação A Gravitação Universal

RESOLUÇÃO ATIVIDADE ESPECIAL

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

Disciplina : Termodinâmica. Aula 5 ANÁLISE DA MASSA E ENERGIA APLICADAS A VOLUMES DE CONTROLE

PERDA DE CARGA EM SISTEMAS DE VENTILAÇÃO

Módulo VIII - 1ª Lei da Termodinâmica Aplicada a Volume de Controle: Regime Permanente, Dispositivos de Engenharia com Escoamento e Regime Transiente.

Décima segunda aula de mecânica dos fluidos para engenharia química (ME5330) 11/05/2010

XIX SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HIDRÍCOS

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE SÃO PAULO CEFET-SP. Instrumentação Industrial - ITI Medição de Pressão. Força por unidade de área F A.

Conceitos gerais. A movimentação do ar e dos gases de combustão é garantida por: Ventiladores centrífugos Efeito de sucção da chaminé

QUESTÕES CORRIGIDAS PROFESSOR Rodrigo Penna QUESTÕES CORRIGIDAS GRAVITAÇÃO ÍNDICE. Leis de Kepler

Força Elétrica. 6,0 C, conforme descreve a figura (Obs.: Q 4 é negativo)

SISTEMAS TÉRMICOS DE POTÊNCIA

5 Medição de distâncias e áreas na planta topográfica

Módulo III Carga Elétrica, Força e Campo Elétrico

Catálogo geral de ventiladores centrífugos com pás viradas. para trás (Limit Load)

Equilíbrio Químico. Prof. Alex Fabiano C. Campos

Perda de Carga e Comprimento Equivalente

vartos setores Versati idade do equipamento o torna ideal para 11I Engenharia GUINDASTE, -'.

3 Os impostos sobre dividendos, ganhos de capital e a legislação societária brasileira

ENERGIA POTENCIAL E CONSERVAÇÃO DE ENERGIA Física Geral I ( ) - Capítulo 04

Curso Científico-Humanístico de Ciências e Tecnologias Disciplina de Física e Química A 10ºAno

"Introdução à Mecânica do Dano e Fraturamento" Parte I. São Carlos, outubro de 2000

LISTA 3 - Prof. Jason Gallas, DF UFPB 10 de Junho de 2013, às 17:23. Jason Alfredo Carlson Gallas, professor titular de física teórica,

EXERCÍCIOS GRAVITAÇÃO

A) tecido nervoso substância cinzenta. B) tecido nervoso substância branca. C) hemácias. D) tecido conjuntivo. E) tecido adiposo.

ONDULATÓRIA - EXERCÍCIOS E TESTES DE VESTIBULARES

Medição de Pressão. Profa. Michelle Mendes Santos

LEI DE OHM. Professor João Luiz Cesarino Ferreira. Conceitos fundamentais

Mecânica dos Fluidos. Aula 17 Bombas Hidráulicas. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues

Média tensão Uso Geral

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS ESCOLA DE AGRONOMIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS SETOR DE ENGENHARIA RURAL. Prof. Adão Wagner Pêgo Evangelista

AULA PRÁTICA 11 INSTALAÇÃO DE BOMBEAMENTO

SOLENÓIDE E INDUTÂNCIA

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS. DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E FÍSICA Disciplina: FÍSICA GERAL E EXPERIMENTAL I (MAF 2201) Prof.

PINOS DE ANCORAGENS SOB CARGAS DE TRAÇÃO

Questão 46. Questão 47. Questão 48. alternativa B. alternativa E. c) 18 m/s. a) 16 m/s d) 20 m/s. b) 17 m/s e) 40 m/s

BANCADA DIDÁTICA DE SISTEMA DE VENTILAÇÃO

Modulo 5 Lei de Stevin

VESTIBULAR 2012 / 3º DIA

Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia Civil. Pilares

DIFERENÇA DE POTENCIAL. d figura 1

Vazão ou fluxo: quantidade de fluido (liquido, gás ou vapor) que passa pela secao reta de um duto por unidade de tempo.

Curso Básico. Mecânica dos Fluidos. Unidade 3

A primeira gama de rolamentos para uso extremo disponível como padrão. SNR - Industry

LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA

CARACTERIZAÇÃO GEOMÉTRICA E ESTIMATIVA DO RENDIMENTO HIDRÁULICO DE UM VENTILADOR AXIAL

QUESTÕES COMENTADAS DE MECÂNICA

COMPRESSORES, SOPRADORES E VENTILADORES COMPRESSORES CENTRÍFUGOS (NORMA API 617)

EXP. 4 - MEDIDA DO COMPRIMENTO DE ONDA DA LUZ POR MEIO DE UMA REDE DE DIFRAÇÃO

BOLETIM de ENGENHARIA Nº 001/15

c = c = c =4,20 kj kg 1 o C 1

O USO DE ANALOGIAS COMO INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DE RISCO

Simulado ENEM. a) 75 C b) 65 C c) 55 C d) 45 C e) 35 C

CAPÍTULO 05: Dimensionamento: Estados Limites Últimos

Módulo VII - 1ª Lei da Termodinâmica Aplicada a Volume de Controle: Princípio de Conservação da Massa. Regime Permanente.

Física Fascículo 03 Eliana S. de Souza Braga

10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016

Associação em série de bombas

Departamento Formação Básica Engenharia Civil Disciplina. Matéria. Fenômenos de Transporte. Código. Carga Horária (horas-aula) 120

BOMBAS E COMPRESSORES

Caixas SB, SAI e STM. VE-001-SB. Copyright FCM 2001

Específica de Férias Prof. Walfredo

VAZAMENTOS CALCULADOS: UMA ANÁLISE FÍSICA

CONCURSO DE ADMISSÃO AO CURSO DE FORMAÇÃO E GRADUAÇÃO FÍSICA CADERNO DE QUESTÕES

Conceitos de Gestão de Estoques Análise Probabilística

TÍTULO: CURVA DA BOMBA E DO SISTEMA PARA O TRANSPORTE DE FLUIDO VISCOSO

( ) ( ) ( ( ) ( )) ( )

Módulo 8: Conteúdo programático Eq. da Energia com perda de carga e com máquina

Máquinas Hidráulicas

Bacharelado em Engenharia Civil

AULA 2. Equilíbrio Químico

ELEMENTOS ORGÂNICOS DE MÁQUINAS II AT-102

Rastreamento e Telemetria de Veículos e Embarcações em Missões Estratégicas.

Capítulo 4 Análises de Resultados Numéricos das Simulações

= R. Sendo m = 3, kg, V = 3, m/s e R = 0,45m, calcula-se a intensidade da força magnética. 3, (3, ) 2 = (N) 0,45

ENSAIO DE BOMBAS EM SÉRIE E PARALELO

LABORATÓRIO - FENÔMENOS DE TRANSPORTE

Transcrição:

UIVERSIDAD FEDERAL DE VIÇOSA CETRO DE CIECIAS AGRARIAS DEPARTAMETO DE IGEIERIA AGRÍCOLA Tel. (03)3899-79 Fax (03)3899-735 e-mail: ea@ufv.br 3657-000 VIÇOSA-MG BRASIL MEDIÇÃO DE VAZÃO DE AR (otas e Aula) Ailio Flauzino e Lacera Filho Evanro e Castro Melo Viçosa, MG 008.

ÍDICE COTEÚDO PÁGIA Meição e vazão e ar 3 Introução 3 Alguns conceitos funamentais 4. Viscosiae 4. Massa específica 5.3 Peso específico 5.4 Ar parão 5.5 Pressão relativa 6.6 Pressão estática 6.7 Pressão estática o ventilaor 7.8 pressão estática e vazão nula 7.9 Pressão e velociae ou pressão inâmica 7.0 Pressão inâmica e escarga livre 9. Pressão total 9 3 Equação a conservação e energia 0 4 Determinação as curvas características 6 4. Leis e semelhança os ventilaores 7 Importância 7 Aplicação 7 Utilização 7 4. Equações aplicaas às leis e semelhança os ventilaores 7 4.3 Muança e rotação o ventilaor 8 4.4 Muança no tamanho o ventilaor 9 4.5 Muança na ensiae o ar 0

MEDIÇÃO DE VAZÃO DE AR Prof. Ailio F. e Lacera Filho Evanro e Castro Melo. ITRODUÇÃO Ventilaores são máquinas que incrementam a pressão total em fluxos gasosos por meio e uas ou mais pás fixaas em um eixo. O aumento a pressão total é evio à alteração o momento o fluio causao pela conversão a energia mecânica aplicaa aos seus eixos (Boletim técnico nº, OTAM). Seguno a Socieae Americana e Engenheiros Mecânicos (ASME), ventilaores são máquinas que aumentam a ensiae e um fluio gasoso em, no máximo 7%, à meia em que o mesmo é eslocao o trajeto e aspiração até à escarga. Este incremento correspone, para o ar parão, a aproximaamente 7,6 kpa (76 mmca). Para pressões superiores, a máquina é enominaa compressor. Os ventilaores utilizaos para aquecimento, ventilação e ar conicionao estão incluíos entre os sistemas que operam em alta velociae ou em alta pressão, raramente atingino valores que extrapolam a faixa e,5 a 3,0 kpa (50 a 300 mmca). Professor Associao II o Departamento e Engenharia Agrícola a Universiae Feeral e Viçosa. Telefones: (3)3899-87 e (3)3899-79. E-mail: alacera@ufv.br. Professor Associao II o Departamento e Engenharia Agrícola a Universiae Feeral e Viçosa. Telefones: (3)3899-873 e (3)3899-79. E-mail: evanro@ufv.br. 3

o Brasil não existe uma efinição, entre tantas, que possam orientar a paronização e variáveis técnicas que permitam caracterizar as máquinas enominaas ventilaores. Os componentes básicos os ventilaores são os rotores, sistemas e acionamento e a voluta ou carcaça. Os principais tipos e ventilaores utilizaos nas operações unitárias e póscolheita são os centrífugos e os axiais. Quano as operações exigem que o equipamento forneça energia ao ar para vencer granes pressões, evio às suas características técnicas, são utilizaos os ventilaores centrífugos, os quais são mais caros. Entretanto, se a necessiae for o fornecimento e granes volumes e ar com exigências e menor pressão, como nos secaores e torre, por exemplo, são utilizaos os ventilaores axiais. Portanto, ao aquirir um equipamento ou ao elaborar um projeto, é e funamental importância que se tenham conhecimentos prévios as características os sistemas e ventilação a serem utilizaos.. ALGUS COCEITOS FUDAMETAIS O estuo os ventilaores exige o conhecimento e alguns conceitos, cujos principais poe-se relacionar:.) Viscosiae A viscosiae é um parâmetro importante nos trabalhos com corpos fluios, e acontecem em função os esforços e cisalhamento que ocorrem internamente no fluio, evio aos esforços tangenciais externos a que são submetios. Estes esforços internos e cisalhamento (τ) estão relacionaos com o graiente e velociae, na ireção ortogonal à linha e fluxo (em eixos cartesianos v/y), para fluios newtonianos, como são consieraos a água, o ar e outros gases, em problemas e engenharia. A Equação exprime a variação a tenção e cisalhamento. v τ k () y τ esforço interno e cisalhamento; k constante e proporcionaliae; 4

v variação e velociae o fluio; e y eixo ortogonal à ireção a velociae Os esforços e cisalhamento entre camaas e, portanto, a viscosiae é função e ois fenômenos: () forças e aesão intermoleculares; e () transferência e momento entre camaas ajacentes evio ao movimento molecular perpenicular à ireção o movimento. É importante observar que, ao contrário os líquios, a viscosiae os fluios gasosos aumenta com o aumento a temperatura, uma vez que é iretamente proporcional à tensão interna e cisalhamento (Equação ). µ viscosiae. τ µ () v y Poe ser expressa em centipoasi, poasi, slug/ft.s, lb.s/ft..) Massa específica É relação entre a massa e o volume o fluio ocupao por esta massa. Decresce com o aumento e temperatura e aumenta com o aumento a pressão (Equação 3). ρ massa específica, kg m -3 ; m massa o fluio, kg; e V volume ocupao pelo fluio, m 3. m ρ (3) V.3) Peso específico É a relação entre o peso e o volume ocupao pelo fluio (Equação 4). P e peso específico, m -3 ; P e P ρ g (4) V 5

P peso o fluio, ; V volume o fluio, m 3 ; e g aceleração a graviae, m s -. Poe ser expresso em kgf/m 3, lbf/ft 3, /m 3 entre outras..4) Ar parão É o ar seco, à temperatura e 0 ºC e à pressão e 0,35 kpa, cuja ensiae, nessas conições é,04 kg m -3..5) Pressão relativa É a pressão meia acima a pressão atmosférica, tomano-se como referência o nível o mar cujo valor é 0.340 mmca ( atm 0,3 kpa). A referência e pressão relativa poe ser entenia por meio a Figura. Figura. Pressão e referência, em relação à pressão atmosférica, ao nível o mar..6) Pressão estática Uma massa e gás à eterminaa temperatura ocupará um volume o qual será função o esforço a que está submetio. Quanto maior a compressão menor será o volume ocupao (Figura ). Figura : Cilinro conteno um eterminao volume (V) e gás, e massa m. 6

Em função a grane mobiliae as moléculas o gás tene a ocupar too o volume o cilinro fazeno com que suas parees apliquem à massa gasosa um esforço e compressão. Portanto, estano o corpo gasoso submetio, continuamente, a este tipo e esforço ele exercerá sobre toos os outros corpos que estiverem em contato com ele, e em toas as ireções, uma força e reação a esta compressão. Esta força e reação é enominaa e pressão estática. Assim, poese conceituar pressão estática como seno a força por uniae e área exercia por um gás sobre um corpo qualquer em contato com este gás. É a meia a energia potencial isponível em um fluxo e ar irecionao, corresponente à iferença entre a pressão absoluta meia em um eterminao ponto qualquer em uma linha e fluxo e ar e a pressão absoluta a atmosfera ambiente. Atua em toas as ireções, inepenentemente a velociae o ar. As uniaes e meia e pressão mais utilizaas são: kgf.m -, gf.cm -, lbf.ft -, mmca, mmhg e kpa..7) Pressão estática o ventilaor É uma variável utilizaa para avaliar o esempenho o ventilaor. É calculaa pela iferença entre a pressão total e a inâmica, consierano-se a velociae méia e saía na escarga o ventilaor. ão é meia iretamente (Figura 3). Figura 3. Meia a pressão estática o ventilaor..8) Pressão estática e vazão nula É observaa quano a saía e ar ventilaor é totalmente obstruía. este caso a pressão inâmica tem valor zero e a pressão estática se iguala à inâmica (Figura 4). 7

Figura 4. Conição e pressão estática máxima, quano se observa o valor nulo para a vazão..9) Pressão e velociae ou pressão inâmica Uma massa fluia movimentano-se a uma eterminaa velociae possuirá, além a energia potencial proveniente a sua energia estática, outra quantiae oriuna a energia cinética. Um corpo em oposição a este movimento estará sujeito à ação e forças provenientes a pressão estática e, também, a energia cinética que o fluio tinha quano em movimento e o pereu ao entrar em contato com a face o corpo. Esta energia cinética por uniae e massa poe ser expressa pela Equação 9. Ec energia cinética o fluio; m massa o corpo fluio, kg; v velociae méia o fluio, m s - ; e g aceleração a graviae, m s -. m v Ec (9) g Ao entrar em contato com o corpo, toa a energia cinética o fluio é transferia ao mesmo sob a ação e força. Esta força é enominaa e pressão cinética ou pressão e velociae e é representaa pelas Equações 0 e. Correspone ao incremento e energia cinética aplicaa a uma corrente e ar utilizaa para movimentá-lo e uma velociae zero para outra velociae qualquer, teno sempre valor positivo e é meia na ireção o fluxo. Para o ar parão poe ser calculaa com o uso as equações 0 e. V 3 P (0), P ρ V g P pressão inâmica, Pa (ar parão) e mmca (ar natural); V velociae o ar, m s - ; ρ massa específica o ar, kg m -3 ; () 8

g aceleração a graviae, (9,8 m s - )..0) Pressão inâmica e escarga livre Correspone à conição em que a saía e ar o ventilaor é totalmente esobstruía, conicionano à pressão e velociae a um valor máximo (Figura 5). Figura 5. Pressão inâmica e escarga livre em que se observa o valor máximo e vazão, quano a pressão estática aproxima-se o valor zero..) Pressão total Correspone à quantiae total e energia observaa na corrente e ar. É calculaa por meio a soma entre a pressão estática e a inâmica, conforme a equação. P T pressão total, Pa ou mmca; P e pressão estática, Pa ou mmca; P pressão inâmica, Pa ou mmca. P P + P () T e.9) Pressão total o ventilaor Correspone ao incremento e energia mecânica o ar, fornecio pelo ventilaor. É calculaa pela iferença algébrica entre as pressões totais méias observaas na saía e na entraa e ar o ventilaor..0) Vazão e ar É a quantiae e ar movimentao em um intervalo e temo. Poe ser expressa em massa ou volume. o sistema internacional (SI), quano expressa em volume, a uniae utilizaa é m 3 s - ; enquanto que, para os trabalhos 9

práticos, a sua expressão em m 3 h - é muito utilizaa, para os cálculos e engenharia..) Velociae periférica É calculaa em função o comprimento o círculo corresponente ao rotor e a rotação o mesmo, conforme a equação 3. V p Vp velociae periférica, m s - ; D iâmetro o rotor, m; rotação e rotor, rpm; π 3,46 π D (3) 60 3. EQUAÇÃO DA COSERVAÇÃO DE EERGIA Da conservação e massa temos a informação que se & m t 0, então o fluxo e massa é constante. Mas sabemos que o fluxo e massa o fluio poe ser calculao por meio a equação 4. m& ρ Q ρ A v (4) one: m& fluxo e massa, kg s - ; ρ massa específica o fluio, kg m - ; A área transversal ao eslocamento o fluio, m ; e v velociae méia o fluio, m s -. Consierano a Figura 6, em que não existe qualquer máquina capaz e fornecer energia ao fluio entre as seções "" e "", torna-se óbvio que não haverá ganho e energia e, consierano, aina, um fluio ieal, não haveria peras. estas conições, a soma as energias potencial e cinética em "" e "" seriam as mesmas. A energia potencial será aa em uas parcelas, àquela referente à pressão estática e a outra referente à energia e posição. 0

Figura 6: Escoamento e um fluio entre uas seções. A equação e Bernoulli (Equação 5 conservação e energia) é utilizaa para estimar a velociae méia, a partir as variações e pressões exercias pelo fluio em conutos fechaos, consierano os sistemas e meição utilizano-se um tubo e Pitot, conforme ilustrao na Figura 07. Figura 07: Esquema e meições e pressão utilizano o tubo e Pitot. p v p v z + + z + + con tante (5) P g P g z cota a posição "" ou pt na Figura 06; p meia pa pressão total pt; v velociae meia o fluio na posição ""; Pe peso específico o fluio; e e e

g aceleração a graviae. Estano muito próximos os pontos e o tubo e Pitot, referentes às meias e pressão total e estática, respectivamente, poe-se consierar que z e z são iguais. Isto faz com que a equação 5 tome a forma a equação 6. p v p v + + cons tante P g P g (6) e e A velociae o fluio no ponto "" (Pitot) será nula, a partir o primeiro instante e funcionamento o sistema consierano que o fluxo o fluio para o interior o Pitot será interrompio pela ação a coluna e água utilizaa na meição e pressão o manômetro. Portanto teremos que (Equação 7). v g 0 (7) Seno P e em "" igual a P e em "", consierano a conição a Equação 7 e sabeno-se que P e resultano na Equação 8: ρ g, passa-se a ter a seguinte conição para a Equação 6, v p p ρ pt pe ρ p ρ (8) Sabe-se que a pressão em uma massa fluia poe ser calculaa pela equação 9. p ρ g h (9) p pressão o fluio; ρ massa específica o fluio; e h é a altura a coluna e fluio (equivalente ao iferencial manométrico). Substituino na Equação 9, tem-se a equação 0. e, conseqüentemente a equação. v ρar g h ρ ar (0) v g h () Consierano que o fluio utilizao para a meia a altura a coluna manométrica é a água, torna-se necessário o estabelecimento a relação: ρ g h ρ g h. Amitino-se, aina, que: g 9,8 m/s ; ar ar água água

000 kg m 3 ρ água e 3 ρ ar, kg m e substituino na Equação, tem-se a Equação. p pressão inâmica o ar em mmca. v 4, 04 () O conhecimento a vazão específica e ar utilizaa nos sistemas e secagem e aeração tem importância funamental, não só para o imensionamento os sistemas mas, também, para a sua utilização racional, principalmente com vistas à racionalização e energia urante os processos. a maioria as meições e fluxo e ar, consierano os problemas e engenharia, utiliza-se e métoos iniretos, buscano a ação e algum efeito físico inerente ao movimento o fluio. Comumente são aplicaos: () variações e pressão associaa ao movimento, () efeitos mecânicos a partir a inução e rotação em sistemas e fluxos canalizaos ou e ireção efinia; e (3) variações térmicas, a partir e aquecimento elétrico e fio resistente, inserios no fluxo e ar. Destes, o primeiro métoo tem sio o mais utilizao, apesar o mercao ispor e anemômetros e fio quente, com boa precisão e preço acessível. As curvas características e ventilaores são possíveis e serem obtias somente a partir e ensaios experimentais, one são eterminaos os valores e vazão o fluio, pressão estática, potência emanaa para uma eterminaa vazão e eficiência. Para tanto os equipamentos evem ser montaos em bancas e testes apropriaas e operaos sob eterminaas conições ambientes específica tomaas como referência. São consieraas como parão as conições e 0 C e 50 % e umiae relativa, o que correspone, para o ar puro à pressão atmosférica ao nível o mar, a um peso específico e,0 kgf.m -3. o caso os ensaios serem executaos em conições aversas as especificaas acima, os resultaos evem ser corrigios conforme as orientações contias em Compressores, e Ênio Cruz a Costa, 978. Os principais métoos utilizaos para eterminar experimentalmente as características os ventilaores são: p 3

() o métoo americano estabelecio pela AMCA Air Moving an Conitions Association; () o métoo o caixão retangular e granes proporções, aotao na Europa; e (3) o métoo o caixão reuzio, caracterizao pela norma francesa F-X00-00 e 967. esta prática será utilizao o métoo aotao pela AMCA. O ispositivo é constituío por um conuto reto, e seção circular, cuja área everá ser igual à e saía o ventilaor, amitino-se uma tolerância entre (+),5 % e (-) 7 %, em relação a área a abertura e saía e ar o ventilaor em teste (Figura 8). O homogeneizaor everá ser construío em alvéolos e seção quaraa, cujos laos iguais poem variar entre 0,075 a 0,5 o iâmetro o conutor e ar. A espessura o homogeneizaor eve corresponer a três vezes a imensão e um lao os alvéolos. A uma istância corresponente a cinco vezes o iâmetro, contaos a partir a abertura e saía e ar o ventilaor, eve-se estabelecer os pontos para tomaa e leitura o Pitot. Devem ser efetuaas vinte leituras, tomaas nas uas iagonais o conutor e ar, posicionaas ortogonalmente entre si. Em caa seção corresponente ao raio o conutor, faz-se cinco leituras, em cuja zona estabelecia amite-se a mesma influência em relação ao comportamento o ar. O comprimento mínimo a tubulação poe atingir a 0 D. Entretanto, na Figura 8 este comprimento correspone a 8,5 D. Com o objetivo e homogeneizar o fluxo e ar, a uma istância corresponente a 3,5 D antes o ponto e meição, contaos a partir a abertura e saía e ar o ventilaor, é instalao um homogeneizaor e fluxo (Figura 9). Outro meior e velociae e ar muito utilizao na prática são os anemômetros e pás raiais, em que um sistema e palhetas gira impulsionao pela passagem o fluio. A velociae o rotor é transmitia a um sistema meior através e sistemas analógicos. Alguns moelos fabricaos mais recentemente são igitais (Figura 0). 4

Figura 8: Relação entre o comprimento e o iâmetro o uto, para o posicionamento o Pitot e o perfil efinino os pontos e meição e pressão. 5

Figura 9: Dimensões o homogeneizaor e fluxo e ar. Figura 0: Anemômetro e pás rotatórias. 4. DETERMIAÇÃO DAS CURVAS CRACTERÍSTIVAS A curva e operação everá relacionar a potência, a vazão, a eficiência e a pressão estática. Entretanto, nesta prática, por questões instrumentais e operacionais serão eterminaas as velociaes pontuais e méias. A partir as 6

velociaes méias e a área a seção transversal o uto, serão obtias as vazões. Deverá ser plotao em um gráfico a curva estabelecia entre vazão, pressão estática e o renimento. 4. LEIS DE SEMELHAÇA DOS VETILADORES Importância - As leis os ventilaores são utilizaas para avaliar, com boa precisão, o esempenho os ventilaores operano em conições e velociaes e ensiaes o ar, iferentes aquelas caracterizaas na construção a máquina. Aplicação As leis e ventilaores são aplicaas apenas para um eterminao ponto na curva e operação o ventilaor. ão são utilizaas para prever outros pontos na mesma curva, consierano o mesmo renimento. Utilização - São utilizaas para os cálculos e muanças e vazão, potência e pressão e um ventilaor, quano o seu tamanho, velociae ou ensiae o gás forem alteraos. 4. Equações aplicaas às leis e semelhança os ventilaores Em função as variações observaas no ar ambiente e por não ser uma tarefa prática a execução e curvas características toas as vezes que se verificam muanças nos tamanhos os ventilaores, a aplicação as leis e semelhança os ventilaores constitui um instrumento e grane utiliae, possibilitano avaliar o esempenho e um ventilaor operano em outras velociaes, com boa precisão. Ressalta-se que esse recurso aplica-se a outros pontos na mesma curva característica, ou seja, só é possível prever algumas alterações consierano-se a mesma curva e renimento. São bastante utilizaas para estimar variações e vazões, pressões e potências e um ventilaor em função e muanças no seu tamanho, na sua velociae ou, aina, quano se observam variações na massa específica o ar. Com a aplicação as leis e semelhança é possível conseguir resultaos exatos se os ventilaores tiverem a mesma proporcionaliae geométrica. Um melhor 7

8 esempenho poerá ser observao se as leis forem aplicaas para ventilaores e maior tamanho (Equações 3, 4 e 5). 3 D D Q Q (3) D D P P (4) 5 3 D D W W (5) Q vazão, m 3 s - ; P pressão, (estática, total, ou inâmica), Pa rotação o ventilaor, rpm; D iâmetro o rotor, m; W potência, W ensiae o fluio, kg m 3. 4.3 Muança e rotação o ventilaor Consieram-se as leis aplicaas a uma muança apenas na rotação (sistema constante) em eterminao ventilaor, em eterminaa ensiae o ar, o renimento não é alterao (Equações 6, 7 e 8). Q Q q (6) P P (7) 3 W W (8)

Figura. Configuração e variações na rotação, para a curva e renimento e um ventilaor. 4.4 Muança no tamanho o ventilaor Quano a muança ocorrer no tamanho o ventilaor, avalia-se o esempenho com base em uma velociae periférica constante, com a rotação, a massa específica o ar e as proporções o ventilaor constantes, e em um ponto fixo e operação. Por meio as Equações 9, 30, 3 e 3 é possível estimar as variações citaas e por meio a Figura ilustra-se tal comportamento. Q W Q (9) W D D Q Q (30) P P (3) D (3) D 9

Figura. Muança no iâmetro o rotor para velociae periférica constante. 4.5 Muança na ensiae o ar A vazão o ventilaor inepene a ensiae o ar por ser uma máquina e volume constante. Para a análise e muança e ensiae o ar sobre o renimento o ventilaor, leva-se em consieração a aplicação e três as leis e semelhança, já mencionaas, em que são consieraos constantes o sistema, o tamanho e a rotação, esconsierano-se as conições que caracterizam o ar parão. a Figura 3, consiera-se o efeito a variação a ensiae, manteno-se a vazão constante. Esta variação poe ser expressa por meio as Equações 33, 34 e 35. Figura 3. Efeito a variação a ensiae o ar, com vazão constante. 0

W W P P (33) P P (34) Q Q (35) O efeito a variação a ensiae quano são mantios constantes o sistema, a pressão e o tamanho o ventilaor, com rotação variável, poe ser observao na Figura 4. As Equações 36, 37, 38 e 39 poem ser utilizaas para estimar as vazões e a potência. Figura 4. Variação na ensiae o ar quano é mantia a pressão estática constante. Q Q (36) W W Q Q (37) Q Q (38) P P (39)

A aplicação as leis e semelhanças quano são mantias constantes a vazão, o sistema e o tamanho o ventilaor, para rotação variável, poe ser analisaa por meio a Figura 5 e Equações 40, 4, 4 e 43. Figura 5. Variação na ensiae o ar, com vazão constante. Q Q (40) P P Q Q (4) Q Q (4) W W (43)

6. LITERATURA COSULTADA BRA, R; SOUZA, Z. Máquinas e fluxo: turbinas bombas e ventilaores. E. Rio e Janeiro: Ao Livro Técnico. 6p. 980. CHERKASSKI, V.M. Bombas, ventilaores, compressors. Moscou: Eitora Mir Moscu. 37p. 984. (Trauzio para o espanhol em 986). COSTA, E. C. a. Compressores. São Paulo: Egar Blucher. 7p. 978. DELMÉE, G. J. Manual e meição e vazão. São Paulo: Egar Blucher. 476p. 98. GEMA. Ventilaores inustriais: aspectos gerais e emissão e ruío. São Paulo: GEMA. (s..) 48p. HELLICKSO, M. A.; WALKER, J.. Ventilation of agricultural structures. St. Joseph: ASAE. 37p. 983. MACITYRE, A. J. Ventilação Inustrial e controle a poluição. E. Rio e Janeiro: LTC. 403p. 990. OTAM. Manual Técnico. Porto Alegre: OTAM Ventilaores Inustriais Lta. (www.otam.com.br). (Boletins técnicos n a 6), (s..). 44p. SOUZA, Z. e. Dimensionamento e máquinas e fluxo: turbinas, bombas e ventilaores. São Paulo: Egar Blucher. 66p. 99. 3