PLANIFICAÇÃO FACTORIAL 2 k

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Transcrição:

PLANIFICAÇÃO FACTORIAL k A PROGRAMAÇÃO FACTORIAL É MUITO USADA EM EXPERIÊNCIAS QUE ENVOLVEM VÁRIOS FACTORES E ONDE É NECESSÁRIO ESTUDAR A INTERACÇÃO DESSES FACTORES NOS VALORES DA RESPOSTA. A APLICAÇÃO MAIS IMPORTANTE É O TESTE DE k FACTORES APENAS EM NÍVEIS (NORMALMENTE PARA OS VALORES MAIS BAIXO E MAIS ELEVADO) NESTE CASO ESTAMOS PERANTE A PLANIFICAÇÃO FACTORIAL k. O CASO MAIS SIMPLES É O, CONSIDERANDO COMO NÍVEIS BAIXO E ALTO PARA OS FACTORES A E B. M. G. Bernardo Gil 88

EXEMPLO F4 CONSIDEREMOS O ESTUDO DO EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DE UM REAGENTE (FACTOR A COM OS NÍVEIS DE 15 % E 5 %) E DA QUANTIDADE DE CATALISADOR (FACTOR B COM FACTOR BAIXO - 1 DOSE E FACTOR ALTO - DOSES) NO TEMPO DE REACÇÃO DUM PROCESSO QUÍMICO. EFECTUARAM-SE 3 EXPERIÊNCIAS PARA CADA CONJUNTO A/B, SENDO OS RESULTADOS OS SEGUINTES: COMBINAÇÕES ENSAIO REPLICA 1 REPLICA REPLICA 3 TOTAL A baixo, B baixo (1) 8 5 7 80 A alto, B baixo a 36 3 3 100 A baixo, B alto b 18 19 3 60 A alto, B alto ab 31 30 9 90 EM PLANIFICAÇÃO FACTORIAL k, BAIXO É REPRESENTADO POR - E ALTO POR +. A COMBINAÇÃO DE A alto; B baixo (+ -) É REPRESENTADO POR a. A COMBINAÇÃO DE A baixo; B alto (- +) É REPRESENTADO POR b. ab REPRESENTA O CASO DE os dois serem altos (++) E (1) REPRESENTA O CASO DE os dois serem baixos (--). EM ESQUEMA SERÁ: M. G. Bernardo Gil 89

ESTUDO DOS EFEITOS PODEM ESTUDAR-SE OS EFEITOS DOS FACTORES A E B E DA INTERACÇÃO ENTRE A E B, AB: A = 1 p {[ ab - b ] + [ a - (1)]} = 8.33 B = 1 p {[ ab - a ] + [ b - (1)]} = -5.00 AB = 1 p {[ ab - b ] - [ a - (1)]} =1.67 O EFEITO DO FACTOR A (CONCENTRAÇÃO DE REAGENTE) É POSITIVO, SUGERINDO QUE, AUMENTANDO A DE 15% (O NÍVEL -) PARA 5% (O NÍVEL +), SE AUMENTA O RENDIMENTO DA REACÇÃO. O EFEITO DO FACTOR B (QUANTIDADE DE CATALISADOR) É NEGATIVO, SUGERINDO QUE O AUMENTO DO FACTOR B (QUANTIDADE DE CATALISADOR ADICIONADA AO PROCESSO) DIMINUI O RENDIMENTO DA REACÇÃO. O EFEITO DE INTERACÇÃO A/B PARECE SER PEQUENO QUANDO COMPARADO COM OS DOIS EFEITOS PRINCIPAIS. M. G. Bernardo Gil 90

ANÁLISE DE VARIÂNCIA FONTE DE VARIAÇÃO G. L. SOMA DOS QUADRADOS MÉDIAS QUADRÁTICAS F 0 A 1 [ ] SS B = ab +a - b- (1) 4 p B 1 [ ] SS B = ab + b - a - (1) 4 p AB 1 [ ] RESIDUAL DIF. SS AB = ab + (1) - a - b 4 p SSR = SST SSA SSB SSAB TOTAL 4p-1 p [ xijm ] SS T = x i= 1 j= 1m= 1 ijm - 4 p A =SS A / 1 B =SS B / 1 AB =SS AB / 1 R =SS R / DIF T =SS AB / 4p-1 A R B R AB R FONTE DE VARIAÇÃO G. L. SOMA DOS QUADRADOS MÉDIAS QUADRÁTICAS F 0 A 1 08.33 08.33 53.15 B 1 75.00 75.00 19.13 AB 1 8.33 8.33.13 RESIDUAL 8 31.34 3.9 TOTAL 11 33.00 AMBOS OS EFEITOS SÃO ESTATISTICAMENTE SIGNIFICATIVOS. M. G. Bernardo Gil 91

ALGORITMO DE YATES PARA PLANIFICAÇÃO k É UM MÉTODO SIMPLIFICADO DE RESOLUÇÃO DOS PROBLEMAS DE PLANIFICAÇÃO FACTORIAL PARA O EXEMPLO ANTERIOR (PLANIFICAÇÃO ): ENSAIO RESPOSTA C3 C4 EFEITOS VALOR DOS EFEITOS (C(k+) / p k-1 ) SOMA DE QUADRADOS (C(k+) / p k ) (1) 80 180 x i = 330 T 55 x = 7. 5 a 100 150 50 A 8.33 08.3 b 60 0-30 B -5 75.0 ab 90 30 10 AB 1.67 8.33 1ª COLUNA - OS ENSAIOS POR ESTA ORDEM. ª COLUNA - RESPOSTAS - OS VALORES TOTAIS DOS ENSAIOS. 3ª COLUNA - C3-1ª METADE - SOMA DAS RESPOSTAS DE PARES ADJACENTES (180=80+100; 150=60+90). - ª METADE - MUDA-SE O SINAL DO 1º VALOR DOS PARES DA RESPOSTA E ADICIONAM-SE OS VALORES DOS PARES ADJACENTES (0=-80+100; 30=-60+90). 4ª COLUNA - C4 (SÓ HÁ 4, PORQUE k=) - EFECTUA-SE O MESMO TRATAMENTO EFECTUADO PARA A C1 EM RELAÇÃO À COLUNA RESPOSTA, MAS AGORA EM RELAÇÃO AOS VALORES DA COLUNA C1 (330=180+150; 50=0+30; -30=-180+150; 10=-0+30). M. G. Bernardo Gil 9

ALGORITMO DE YATES PARA PLANIFICAÇÃO 4 EXEMPLO F5 Efectuaram-se uma série de testes com produtos químicos em extintores em dois tecidos - factor A (A 0 - lã e A 1 - estamenha), usando dois métodos - factor B (B 0 - Px e B 1 - Py). Estes testes foram efectuados dependendo da lavagem - factor C (C 0 - antes de lavar e C 1 - depois de uma lavagem) e da orientação do teste - factor D (D 0 - vertical e D 1 - aleatória). A variável resposta era a quantidade de tecido (cm ) que ficava queimado depois de cada teste e obtiveram-se os seguintes resultados: A 0 A 0 A 1 A 1 B 0 B 1 B 0 B 1 C 0 D 0 4. [(1)] 4.5 (b) 3.1 (a).9 (ab) C 0 D 1 4.0 (d) 5.0 (bd) 3.0 (ad).5 (abd) C 1 D 0 3.9 (c) 4.6 (bc).8 (ac) 3. (abc) C 1 D 1 4.0 (cd) 5.0 (bcd).5 (acd).3 (abcd) Ensaio Resposta C3 C4 C5 C6 Efeitos Valor SS Efeitos (1) 4. 7.3 14.7 9. 57.5 T 3.59 a 3.1 7.4 14.5 8.3-1.9 A -1.61-0.805 b 4.5 6.7 14.5-5..5 B 0.31 0.155 ab.9 7.8 13.8-7.7-3.5 AB -0.44-0. c 3.9 7.0 -.7 1. -0.9 C -0.11-0.055 ac.8 7.5 -.5 1.3-0.5 AC -0.06-0.031 bc 4.6 6.5-3.5-0.8 1.3 BC 0.16 0.08 abc 3. 7.3-4. -.7 0.5 ABC 0.06 0.031 d 4.0-1.1 0.1-0. -0.9 D -0.11-0.055 ad 3.0-1.6 1.1-0.7 -.5 AD -0.31-0.155 bd 5.0-1.1 0.5 0. 0.1 BD 0.01 0.006 abd.5-1.4 0.8 0.7-1.9 ABD -0.4-0.1 cd 4.0-1.0-0.5 1.0-0.5 CD -0.06-0.031 acd.5 -.5-0.3 0.3-0.9 ACD -0.11-0.055 bcd 5.0-1.5-1.5 0. -0.7 BCD -0.088-0.044 abcd.3 -.7-1. 0.3 0.1 ABCD 0.01 0.006 total 57.5 M. G. Bernardo Gil 93

Análise dos resultados pelo método de Yates 1º Escolher a probabilidade º Se não houver dados sobre a variância dos erros experimentais, calcular a soma dos quadrados dos termos da coluna C(k+) correspondente às interacções de 3 ou mais factores: ABC ABD ACD BCD ABCD g + g + g + g + g =5.17 3º Para obter a variância s, dividir o somatório anterior por ν k, em que ν é o nº de termos do somatório k=4; ν=5 ν k =80 s = 5.17 / 80 = 0.0646 s = 0.54 No planeamento factorial k, o nº de interacções de 3, 4, 5,... ordens é dado por: k - (k + k + ) /. ( 4 - (4 + 4 + ) / = 5). 4º Se existirem dados de variâncias sobre os erros experimentais, deve usar-se essa variância. 5º Obter o valor de (t) w = t s 6º Calcular: ( ) k 1/ 7º Comparar o valor g x com w. t 5 95 =.571 s = 0.54 w =.61 Se g x > w conclui-se que o efeito X é significativo. g A = 1.9 g AB = 3.5 o efeito A e a intersecção AB são significativos M. G. Bernardo Gil 94

QUANDO SE TESTAM TODAS AS HIPÓTESES EXPERIMENTAIS POSSÍVEIS, ESTAMOS PERANTE A EXPERIMENTAÇÃO FACTORIAL TOTAL. É O CASO DOS EXEMPLOS ACABADOS DE ESTUDAR. NO ENTANTO, MUITAS VEZES NÃO É POSSÍVEL EXECUTAR TODOS ESSES ENSAIOS, PORQUE CONSOMEM MUITO TEMPO E DINHEIRO. POR EXEMPLO SE QUISÉSSEMOS TESTAR O EFEITO DE 7 FACTORES APENAS COM NÍVEIS TERÍAMOS DE EFECTUAR 7 = 18 TESTES OU 3 7 = 187 SE O ESTUDO INCIDISSE EM 3 NÍVEIS NESSE CASO USA-SE A CHAMADA EXPERIMENTAÇÃO FACTORIAL PARCIAL. EXISTEM DOIS TIPOS DE PROCEDIMENTOS PARA EXECUTAR A EXPERIMENTAÇÃO FACTORIAL PARCIAL: TESTES COM COMBINAÇÕES PRÉ-DETERMINADAS TESTES COM COMBINAÇÕES OBTIDAS AO ACASO M. G. Bernardo Gil 96

TESTES COM COMBINAÇÕES PRÉ-DETERMINADAS MÉTODO DE YATES 1º Construir uma tabela com (k + b) colunas em que: k = nº de factores b = - experimentação factorial total = 1 - experimentação factorial parcial de 1/ = 0 - experimentação factorial parcial de 1/4 = -1 - experimentação factorial parcial de 1/8 Neste exemplo, a experimentação total conduziu a 16 ensaios. Pensemos agora na experimentação factorial parcial de 1/ que necessita de 16/=8 ensaios. Neste caso são: (1), ad, bd, ab, cd, ac, bc, abcd. º Nas colunas 1 e colocam-se os ensaios por esta ordem e os valores das respostas. Ensaio Resposta C3 C4 C5 efeitos Valor Efeitos=(coluna (k+b))/ k-b-1 (1) 4. 7. 15.1 8.8 T 7. ad 3.0 7.9 13.7-6.8 A -1.7 bd 5.0 6.8-3.3 0.8 B. ab.9 6.9-3.5 -.0 AB+CD -0.5 cd 4.0-1. 0.7-1.4 C -0.35 ac.8 -.1 0.1-0. AC+BD -0.05 bc 4.6-1. -0.9-0.6 BC+AD -0.15 abcd.3 -.3-1.1-0. D -0.75 total 8.8 SS 110.34 88.7 3º Na coluna 3 executa-se como no método de Yates anterior: na primeira metade - soma de pares consecutivos: (7.=4.+3.0; etc) e na segunda metade - muda-se o sinal ao primeiro valor dos pares e depois somam-se: (-1.=-4.+3.0; etc.). M. G. Bernardo Gil 97

4º Nas coluna 4 e 5 procede-se como na coluna 3. 5º Acrescentar mais duas colunas. Na coluna [(n+b)+1] colocam-se os efeitos e na coluna [(n+b)+] colocam-se os valores dos efeitos = 6º Escolher a probabilidade coluna (n + b) n- b-1 7º Se não houver dados sobre a variância dos erros experimentais, calcular a soma dos quadrados dos termos da coluna C(k+) correspondente às interacções de factores mistos: AB+ CD AC + BD BC+ AD g + g + g =0.75 8º Para obter a variância s, dividir o somatório anterior por ν k-b, em que ν é o nº de termos do somatório k=4; ν=3; b=1 ν k-b = 4 s = 0.75 / 4 = 0.0114583 s = 0.1070436 9º Se existirem dados de variâncias sobre os erros experimentais, deve usar-se essa variância. 10º Obter o valor de (t) k-b 1/ w = t s 11º Calcular: ( ) t 3 95 = 3.18 s = 0.1070 w = 0.963 1º Comparar o valor g x com w. Se g x > w conclui-se que o efeito X é significativo. Apenas o efeito A tem significado, porque 17. > 0.963. M. G. Bernardo Gil 98