Boletim Semanal sobre Tendências de Mercados Nº 547 Ano XVI 20/outubro/2014 Desvalorização do petróleo compromete rentabilidade do hidratado e mina alta no açúcar A recente desvalorização observada nas cotações internacionais do barril de petróleo tende a impactar o mercado muito mais do que se imagina. Prova disto são os reflexos esperados no mercado de açúcar daqui para frente. A queda acumulada de 20% observada desde junho deste ano para as cotações do barril tipo Brent e para o WTI tende a neutralizar a defasagem dos preços de importação da gasolina comprada pela Petrobras e internalizada a uma taxa média entre 17% a 20% mais barata que o preço FOB Golfo do México. Como grande parte do quarto e último trimestre do ano dever ser contabilizado com uma gasolina importada sob um preço médio entre US$ 80 e US$ 85 o barril, a defasagem devem ser praticamente nula. CURSO TRADING SCHOOL APLICADO A COMMODITIES AGRÍCOLAS 10 e 11 de Dezembro de 2014 - Barreiras, BA Inscreva-se já! Vagas limitadas Inscrições on-line: - por e-mail: eventos@safras.com.br via fone: 51-3290-9200 - por fax: 51-3224 9170
Nº 547 Ano XVI 20/outubro/2014 Ainda na primeira quinzena de outubro ela se mostrava levemente superior a 1% nas negociações mais recentes envolvendo a importação do combustível fóssil. Com uma gasolina importada em termos de paridade com a produzida localmente, a pressão pelo reajuste nos preços esperada para depois de outubro é analogamente neutralizada. Essa neutralização cai como uma luva para a equipe econômica do governo, que teme por conta de um eventual reajuste na gasolina que teto da meta de inflação de 6,5% seja extrapolando ao final do ano. Logo, com uma cajadada se matam dois coelhos. Primeiramente a pressão negativa sobre o caixa da Petrobras diante da defasagem com o preço de importação é cessada. Depois disto, a necessidade de novo reajuste da gasolina e interrompida levando consigo uma eventual valorização do hidratado. Estando este ainda atrelado a uma gasolina abaixo da media anual, a lucratividade com a venda do biocombustível é cessada. Neste ponto, as usinas que migrariam para o hidratado, levando a uma natural redução da disponibilidade de oferta de açúcar, cancelam seus planos. Logo, a pressão de alta que eventualmente incidiria sobre os preços físicos do açúcar fica com uma probabilidade de ocorrência muito reduzida. A oferta ainda tende a se manter regular, mesmo que para os padrões de entressafra. Logo, as projeções de preços internos de volta ao patamar de R$ 53 ou ate mesmo R$ 55 a saca devem ser negativamente ajustadas. Em tal cenário, a resistência de R$ 50 ainda figura como o ponto mais seguro a ser planejado. Estas projeções acabam tendo um efeito limitado somente ao quadro doméstico do açúcar. As cotações externas pouco tendem a ser afetadas por esta dinâmica. Açucar e Etanol é um boletim Semanal especializado de Safras & Mercado. Editor Responsável: Dylan Della Pasqua Diagramação: Carlos Soares Endereço: Av. Independencia,1299 Sala 403 4º andar CEP 90035-077 Porto Alegre RS Telefones: 0(XX) 51 3290.9200 FAX 0(XX) 51 3224.9170 www.safras.com.br e-mail:safras@safras.com.br Todos os direitos reservados. Reprodução proibida, exceto mediante permissão por escrito e citada a fonte. Circulação reservada e exclusiva para assinantes.
Nº 547 Ano XVI 20/outubro/2014
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