EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR CAEM 42% EM FEVEREIRO

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1 Boletim Semanal sobre Tendências de Mercados Ano XVII 16/março/2015 n. 566 EXPORTAÇÕES DE AÇÚCAR CAEM 42% EM FEVEREIRO Os dados mais recentes de exportação de açúcar disponibilizados pela Secretaria de Comércio Exterior apontam para uma, já esperada, queda nas exportações de açúcar por parte do Brasil. Esta desaceleração ocorreu tanto em termos de receita quanto em termos de volume. A explicação para este fenômeno recai tanto sobre a sazonalidade do período (entressafra e natural redução da disponibilidade de oferta) quanto sobre a maior rentabilidade do etanol que atrai de modo mais intenso as unidades produtoras para a sua fabricação. Em fevereiro de 2015 as exportações totais de açúcar, entre bruto, refinado e cristal, totalizaram 1,044 milhão de toneladas. Este montante é 41,99% abaixo das 1,8 milhões de toneladas exportadas no mesmo mês do ano anterior. Na margem a queda é ainda mais intensa, na faixa de 55,78% frente as exportações de 2,36 milhões de toneladas exportadas em janeiro de No acumulado do ano a situação também é negativa. Entre janeiro e fevereiro de 2015 foram exportados 3,4 milhões de toneladas. Este montante é 13,5% abaixo do volume de 3,98 milhões de toneladas exportados entre janeiro e fevereiro do ano anterior. O volume de receitas também teve uma forte queda. Em fevereiro de 2015 as exportações foram responsáveis pelo

2 nº 566 ano XVII 16/março/2015 de US$/ton vistos em fevereiro do ano anterior. Na margem houve uma redução de 2,78% quando percebemos que o preço médio de venda de janeiro deste ano foi de US$/ton No acumulado do ano a média de preço de exportação oscila em US$/ton o que representa um avanço de 9,88% sobre o preço de US$/ton 2,533 vistos nos dois primeiros meses de Moagem antecipada no centro-sul chega a 293 mil toneladas Os dados mais recentes relativos a moagem ocorrida até fevereiro de 2015, ventilados pela Unica na quarta-feira anterior, apontam para o início antecipado da safra 2015/16 ainda em fevereiro. Este início engloba as usinas que começaram a fluxo de US$ 380 milhões o que indica uma queda de 45,81% sobre o montante de US$ 702 milhões vistos em fevereiro de Novamente na margem a queda é mais intensa, na faixa de 54,52% frente ao fluxo de US$ 836 milhões vistos em janeiro de No acumulado do ano as receitas chegam a US$ 1,22 bilhão apontando para um recuo de 21,78% frente ao montante de 1,57 bilhões visto nos dois primeiros meses de O preço médio de exportação ainda continua sua trajetória de alta, na faixa de 7,05% em fevereiro de 2015 quanto comparamos a cotação média de US$/ton contra o preço colher a cana remanescente da safra passada a qual a moagem foi encerrada oficialmente em dezembro, no fim a primeira quinzena do período. Até o final do mês de fevereiro haviam sido colhidas 293,3 mil toneladas de cana usadas praticamente para a produção de etanol hidratado. O mix de produção ficou em 90,20% para etanol e 9,8% para a produção de açúcar. O volume produzido de açúcar foi de 2,5 mil toneladas enquanto o volume de produção de etanol hidratado foi de 14,5 milhões de litros. Não foi produzido etanol anidro com estas 293 mil toneladas de cana colhidas até o final de fevereiro. CURSOS SAFRAS Gestão Estratégica na Comercialização de Acúcar e Etanol 13 de agosto de 2015, São Paulo/SP Inscreva-se em eventos@safras.com.br fone: por fax:

3 Nº 815 nº Ano 566 XV ano XVII 18/setembro/ /março/2015 Mais importante que os volumes absolutos em si, é o fato da moagem da safra 2016/16 ter começado ainda em fevereiro, isto mostra o potencial de recuperação desta temporada na região centro-sul. Estimamos, por hora, que esta safra apresente um volume final de 598 milhões de toneladas. Isto representaria uma recuperação de 4% sobre o montante de 575 milhões de toneladas projetadas para o término da temporada 2015/16. Os valores acumulados da safra corrente atingem pouco mais de 570 milhões de toneladas, logo, a estimativa de recuperação da próxima safra passaria por um breve ajuste estatístico passando a ser de 4,91%. É importante notar que estas estimativas englobam o modelo climático do primeiro trimestre de 2015 visto que, ao final deste período houve a ocorrência da tempestade extra tropical "Cari" a qual se estendeu da costa de Minas Gerais ao estado de Santa Catarina passando pelas costas de SP, ES e PR. Este fenômeno causou intensas chuvas nas regiões produtoras do Centro-Sul que devem resultar em alguns níveis de intensificação desta recuperação. Logo, no segundo trimestre do ano deve haver um novo ajuste positivo nos níveis de recuperação da safra em termos de volume de cana e não somente de carregamento estatístico. É confortável a projeção inicial de que com a revisão de nossa estimativa do primeiro trimestre de 2015, o montante da safra de cana no Centro-Sul ultrapasse a marca das 600 milhões de toneladas.

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