Carcinoma hepatocelular. Departamento de Cirurgia Hospital das Clínicas FMUSP. Prof. Dr. Marcel Autran C. Machado

Documentos relacionados
Ressecção vs transplante para Hepatocarcinoma. Como selecionar?

XV Workshop Internacional de Hepatites Virais de Pernambuco

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012

Transplante de Fígado em Tumores

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Serviços de Cirurgia do Aparelho Digestivo e Transplante Hepático Departamento de Cirurgia UFPR - HC

Imagem da Semana: Ressonância magnética (RM)

PEI e Quimioembolização no Rx CHC

RAFAEL HENRIQUE DOS SANTOS. Fortaleza, 02 de maio de 2016.

Metástase hepática

Relato de Caso. Gabriela Azevedo Foinquinos

Tumores Neuroendócrino do Pâncreas - Tratamento cirúrgico dos insulinomas pancreáticos

Hemangiomas: Quando operar e quando observar Orlando Jorge M.Torres Nucleo de Estudos do Fígado F - UFMA

SUS A causa mais comum de estenose benigna do colédoco e:

Transplante Hepático Around the World. Experiência no Brasil. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

ENFERMAGEM DOENÇAS HEPÁTICAS. Profª. Tatiane da Silva Campos

TEMA: SORAFENIBE NO TRATAMENTO DO CÂNCER HEPATOCELULAR EM PACIENTE VIRGEM DE TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO

Tratamento do Hepatocarcinoma

HEPATOCARCINOMA RENATA D ALPINO PEIXOTO JULIANA FLORINDA DE M. RÊGO RACHEL P. RIECHELMANN

/2 Info Saude

Fígado Professor Alexandre

Hemangioma hepático: Diagnóstico e conduta. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA Núcleo de Estudos do Fígado

GASTRORECIFE 2019 MAR HOTEL 15 A 17 DE AGOSTO DE 2019

CARLOS ABATH ANGIORAD RECIFE-PE TERAPIA INTERVENCIONISTA TACE E ABLAÇÃO: QUANDO INDICAR

CHC Carcinoma Hepatocelular Curso Continuado de Cirurgia Geral CBC São Paulo 25/07/2015

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

COLECISTITE AGUDA TCBC-SP

1. Desenvolver e avaliar um método para segmentação do fígado a partir de imagens de Tomografia Computadorizada (TC).

FÍGADO E TRATO BILIAR

Hospital de São João, E.P.E. Grupo Oncológico Hepato-Bilio-Pancreático INDICAÇÕES: Carcinoma Hepatocelular. Colangiocarcinoma

VISÕES GERAIS DO HEPATOBLASTOMA PEDIÁTRICO

INJEÇÃO DE ETANOL. Dr Marcus Trippia INDICAÇÕES E RESULTADOS

Plano de Ensino-Aprendizagem Roteiro de Atividades Curso: Medicina

CIRURGIA HEPÁTICA MINIMAMENTE INVASIVA. Dr. Fabricio Ferreira Coelho

RELATO DE CASO Identificação: Motivo da consulta: História da Doença atual: História ocupacional: História patológica pregressa: História familiar:

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta.

Impacto dos fatores etiológicos, clínicos e cirúrgicos no prognóstico de pacientes com carcinoma hepatocelular submetidos à ressecção hepática

Colangiocarcinomas. 2ª Jornada Piauiense do CBCD Capítulo do Piauí Teresina, de Junho de Orlando J. M. Torres

e38 CAPÍTULO Atlas de Biópsias Hepáticas CAPÍTULO e38 Atlas de Biópsias Hepáticas Jules L. Dienstag Atul K. Bhan 38-1

CANCRO DO FÍGADO CARCINOMA HEPATOCELULAR

PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO. Dr. Mauro Esteves -

Tumores Primitivos. Dr. William José Duca. Unidade de Cirurgia e Transplante de Fígado F

22º Hepato Pernambuco Recife, Maio de 2018

CIRURGIA DO PÂNCREAS Câncer do Pâncreas. Dr. José Jukemura assistente doutor serviço de vias biliares e pâncreas da FMUSP

Avaliação da injeção percutânea de etanol como tratamento primário para carcinoma hepatocelular em cirróticos

Diagnóstico por Imagem em Oncologia

CIRURGIA DO PÂNCREAS

Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

Imagenologia das Lesões Hepáticas

M.V. Natália Oyafuso Da Cruz Pet Care Centro Oncológico SP

MANEJO HEPATITES VIRAIS B/C

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

HEPATOCARCINOMA: REVISÃO DE LITERATURA

Caracterização de lesões Nódulos Hepá8cos. Aula Prá8ca Abdome 2

Importância dos. em Ginecologia Ramon Andrade R2 Prof. Dr. Maurício Magalhães - Orientador

CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA PLANO DE ENSINO

Anatomia. Fígado. 18. Semiologia do Fígado, Vesícula e Vias Biliares. Lobos e segmentos hepáticos (8)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE CLÍNICA CIRÚRGICA

PÂNCREAS ENDÓCRINO. Felipe Santos Passos 2011

1.1 EPIDEMIOLOGIA, ETIOLOGIA E FATORES DE RISCO DO CHC

DIRETRIZES DE UTILIZAÇÃO DO PET CT ONCOLÓGICO NO PLANSERV.

Imagem da Semana: Colangioressonância

Conferências 8:25-8:40 Biologia molecular em esôfago e estômago : qual impacto na prática? qual o futuro?

INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS ABEL SALAZAR UNIVERSIDADE DO PORTO. Daniel Basílio Leitão

Sumário. Fígado. Métodos imagiológicos para o estudo do Fígado Vias biliares Baço. Alterações focais Alterações difusas Cirrose e hipertensão portal

Manejo de Lesão Cerebral Metastática Única. Eduardo Weltman Hospital Israelita Albert Einstein Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Journal Club. Setor Abdome. Apresentação: Lucas Novais Bomfim Orientação: Dr. George Rosas. Data: 10/04/2013

III SEMANA CEARENSE DO APARELHO DIGESTIVO 01 A 03 DE JUNHO DE 2017 CENTRO DE EVENTOS DO CEARÁ FORTALEZA CE QUINTA-FEIRA 01 DE JUNHO DE 2017

Tumores Ginecológicos. Enfª Sabrina Rosa de Lima Departamento de Radioterapia Hospital Israelita Albert Einstein

Seminário Grandes Síndromes ICTERÍCIA

Planilha do Internato em Cirurgia - 1º / 2014

TABELA DE PROCEDIMENTOS SUS

Margens menores que 1 centímetro na hepatectomia são insuficientes?

Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos

Algoritmo de condutas para tratamento de câncer de pâncreas

Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso?

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS CENTRO OESTE Planilha de aulas - Internato em Cirurgia 1º semestre de 2015

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL-REI CAMPUS CENTRO OESTE Planilha de aulas - Internato em Cirurgia 1º semestre de 2015

FACULDADE DE MEDICINA DE ITAJUBÁ

VIII Workshop Internacional de Atualização em Hepatologia Curitiba, Agosto de 2016

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO

I Data: 03/05/05. II Grupo de Estudo: Dra. Silvana M. Bruschi Kelles Dra. Lélia de Almeida Carvalho Dra. Marta Alice Campos Dr. Adolfo Orsi Parenzi

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO COMISSÃO DE EXAMES DE RESIDÊNCIA MÉDICA. Ano Opcional em Cirurgia do Aparelho Digestivo

Mauricio Zapparoli Departamento de Clínica Médica Hospital de Clínicas Universidade Federal do Paraná. DAPI Diagnóstico Avançado por Imagem

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

Paciente de 80 anos, sexo feminino, com dor abdominal, icterícia progressiva e perda de peso não quantificada há 08 meses.

DATA HORA AULA PROGRAMADA MÓDULO PROFESSOR SALA 26/07/ :00 Apresentação do internato Denny

RESOLUÇÃO Nº 14, DE 8 DE ABRIL DE 2019

Análise da sobrevida de pacientes com carcinoma. hepatocelular pequeno

TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS DR WANGLES SOLER

DATA HORA AULA PROGRAMADA MÓDULO PROFESSOR SALA 26/07/ :00 Apresentação do internato Denny

Ordem dos Médicos Secção da Subespecialidade de Hepatologia. Programa de Formação

Hepatite alcoólica grave: qual a melhor estratégia terapêutica

UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE FACULDADE DE MEDICINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS

PRINCIPAIS CIRURGIAS NO PESCOÇO E BIÓPSIA DE LINFONODO

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues

1, 3, 8, 12, 16, 17, 18, 20, 21, 23, 24, 31, 34, 38, 42, 43, 44, 46, 49, 54, 60, 64, 66, 68, 70, 71, 72, 73, 79, 80, 82, 88, 97, 99, INDEFERIDOS

Neoplasias. Benignas. Neoplasias. Malignas. Características macroscópicas e microscópicas permitem diferenciação.

Transcrição:

Departamento de Cirurgia Hospital das Clínicas FMUSP Prof. Dr. Marcel Autran C. Machado

CÂNCER DE FÍGADOF TUMORES MALIGNOS PRIMÁRIOS RIOS DO FÍGADOF

Carcinoma Tumores malignos hepatocelular primários Hepatocarcinoma Colangiocarcinoma Mais freqüentes Importância clínica Sarcomas Hemangioendotelioma Hepatoblastoma Cistadenocarcinoma Linfoma Carcinóide Outros Raros

Carcinoma Tumores malignos hepatocelular primários COLANGIOCARCINOMA

Carcinoma Tumores malignos hepatocelular primários COLANGIOCARCINOMA Segundo mais freqüente 1:100.000 habitantes / ano Desenvolve-se a partir do epitélio biliar Histologicamente adenocarcinoma Colédoco distal Perihilar Klatskin Intra-hepático periférico PARKIN et al. 1993

Carcinoma Tumores malignos hepatocelular primários COLANGIOCARCINOMA 10 a 25 % são intra-hepáticos Retocolite ulcerativa Colangite esclerosante Hemocromatose Litíase intra-hepática primária Doença fibrocística FONG et al. 1999

Carcinoma Colangiocarcinoma hepatocelular DIAGNÓSTICO Quadro clínico pouco sintomático CA 19-9 pode estar elevado Exames de imagem Tumores únicos e periféricos

Carcinoma Colangiocarcinoma hepatocelular DIAGNÓSTICO Diagnóstico diferencial com tumor secundário Rastreamento Biópsia adenocarcinoma Imunohistoquímica

Carcinoma Colangiocarcinoma hepatocelular Podem responder à radioterapia Quimioembolização tem resultados ruins O Tx está contra-indicado Tratamento de escolha é a ressecção hepática RINGE et al. 1989 BLUMGART et al. 1999 TRATAMENTO

Colangiocarcinoma RESSECÇÃO VI-VII

VIII II-III V IV HEPATECTOMIA ESQUERDA AMPLIADA

Carcinoma Colangiocarcinoma hepatocelular TRATAMENTO - RESULTADOS Fatores de mau prognóstico Invasão vascular e linfonodal Lesões satélites Sobrevida em 5 anos cerca de 40 % BLUMGART et al. 1999

Carcinoma Tumores malignos hepatocelular primários MALIGNOS PRIMÁRIOS Carcinoma hepatocelular Colangiocarcinoma Sarcomas Hemangioendotelioma Hepatoblastoma Cistadenocarcinoma Linfoma Carcinóide Outros

DENOMINAÇÃO Carcinoma hepatocelular Hepatocarcinoma Hepatoma Câncer de Fígado

IMPORTÂNCIA Relação com hepatites virais (B e C) e com hepatopatias crônicas (etilismo) 80% dos pacientes com CHC cirrose 20% - 80% pacientes com cirrose CHC NAKASHIMA et al. 1983; AKRIVIADIS et al. 1998

IMPORTÂNCIA Um dos tumores malignos mais freqüentes Cerca de 1 milhão de casos / ano Aumento da incidência nos últimos anos FONG et al. 2001

50 FREQÜÊNCIA % 10 5 Pulmão Estômago CHC Pâncreas 1 58-61 62-5 66-9 70-3 74-7 78-81 82-3 JAPAN AUTOPSY REGISTRY - 186.790 CASOS

INCIDÊNCIA ANUAL (por 100.000 hab) 10-150 3-10 1-3

No BRASIL, a incidência é de 1:100.000 hab/ano Mais freqüente no AM, BA e ES PEREIRA et al. 1977, 81, 94; QUEIROZ et al. 1987; COTRIM et al. 1992; GONÇALVES et al. 1997; INCA 1998

FATORES PREDISPONENTES Hepatites por vírus B e C Etanol Aflatoxina e outros agentes tóxicos Hormônios esteróides Distúrbios metabólicos

Fatores Predisponentes VÍRUS B Onde a prevalência do VHB é elevada - incidência CHC Mecanismo - integração no genoma do hepatócito - mutação p53

Fatores Predisponentes VÍRUS C Importância nos últimos anos VHC - vírus RNA Mecanismo indireto - cirrose

917 CANDIDATOS ADULTOS 11% 9% 3% 11% 18% HC FMUSP JULHO 2006 1% 1% 1% 45% VHC ÁLCOOL VHB CRIPTOGÊNICA AUTOIMUNE CBP VHB+VHC VHB+VHD CB 2ÁRIA 10,5 % CHC

Fatores Predisponentes ÁLCOOL Associação com VHB ou VHC tempo de aparecimento de CHC em cerca de 9 anos

Fatores Predisponentes AFLATOXINA Micotoxina derivada do Aspergillus flavus - mutação gene p53 Associação com VHB e C risco CHC Alguns alimentos - amendoim

DIAGNÓSTICO Quadro Clínico Exames complementares Seguimento de pacientes de risco

QUADRO CLÍNICO Com Cirrose Piora da função hepática Hepatomegalia Ascite Dor abdominal Astenia Abdome agudo ruptura

RUPTURA TUMORAL

QUADRO CLÍNICO Sem Cirrose Sintomas tardios Massa abdominal Abdome agudo - ruptura Dor abdominal e hemobilia Pancreatite aguda Icterícia obstrutiva

EXAMES COMPLEMENTARES Dosagem de alfa-fetoproteína Ultra-sonografia Tomografia Ressonância Magnética

EXAMES COMPLEMENTARES Dosagem de alfa-fetoproteína Ultra-sonografia Tomografia Ressonância Magnética

ALFA-FETOPROTEÍNA (AFP) Importante marcador tumoral - CHC Fator prognóstico Até 30% CHC - AFP normal Elevada em outras patologias Tumores embrionários SHINAGAWA et al. 1984

EXAMES COMPLEMENTARES Dosagem de alfa-fetoproteína Ultra-sonografia Tomografia Ressonância Magnética

EXAMES COMPLEMENTARES Dosagem de alfa-fetoproteína Ultra-sonografia Tomografia Ressonância Magnética

EXAMES COMPLEMENTARES Dosagem de alfa-fetoproteína Ultra-sonografia Tomografia Ressonância Magnética

DIAGNÓSTICO PRECOCE Portadores de VHB e C Cirróticos - qualquer etiologia Doenças metabólicas USG + dosagem de AFP intervalos de 3 a 6 meses / sintomas

TRATAMENTO CURATIVO Ressecção Hepática Transplante de fígado

AVALIAÇÃO PARA RESSECÇÃO Reserva funcional hepática Estudo do volume hepático

Estudo do volume hepático

INDICAÇÃO Fígado não cirrótico Tamanho e localização do tumor Estadiamento

HEPATECTOMIA ESQUERDA AMPLIADA

INDICAÇÃO Fígado cirrótico Tamanho e localização do tumor Estadiamento Gravidade da Cirrose Child A e sem hipertensão portal

RESSECÇÃO NÃO REGRADA

RESSECÇÃO HEPÁTICA Ressecção regrada p = 0,0002 Ressecção não regrada YAMAMOTO et al. 2001

ANATOMIA HEPÁTICA VII VIII I IV II III VI V COUINAUD 1957

RESSECÇÃO SEGMENTAR A B 30 o C MACHADO et al. 2003 60 o VCI

V-VIII CIRROSE HEPÁTICA VI-VII VII

CIRROSE HEPÁTICA VII VI

CIRROSE HEPÁTICA VI VI GRAMPEADOR

RESSECÇÃO INDICAÇÃO RESULTADOS IMEDIATOS RESULTADOS TARDIOS FATORES PROGNÓSTICOS

25 21 MORBIDADE 20 ASCITE 15 13 12 INSUF HEPÁTICA DERRAME PLEURAL 10 8 6 ABSCESSO PAREDE SEPSIS 5 Global - 36,5 % 0 HC - FMUSP

MORTALIDADE 0 % 0 % 3,8 % 1,7 % LITÍASE IH BENIGNO CHC METÁSTASES HC - FMUSP 0 5 10

RESSECÇÃO INDICAÇÃO RESULTADOS IMEDIATOS RESULTADOS TARDIOS FATORES PROGNÓSTICOS

Sobrevida acumulada (%) Carcinoma hepatocelular 100 80 60 40 20 80 % SOBREVIDA TARDIA 54 % 36 % 33 % 0 0 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 132 144 156 168 180 Tempo (meses) Machado, MAC Doutorado FMUSP 1999

RESSECÇÃO INDICAÇÃO RESULTADOS IMEDIATOS RESULTADOS TARDIOS FATORES PROGNÓSTICOS

RECIDIVA TUMORAL (Análise multivariada) Fatores prognósticos: Risco Relativo AFP 50 ng / ml 3,5 Margem < 10 mm 2,3 Machado, MAC Doutorado FMUSP 1999

TRATAMENTO Ressecção Hepática Transplante de fígado

TRANSPLANTE Indicado em pacientes cirróticos Única alternativa terapêutica capaz de tratar o hepatocarcinoma e a cirrose

TRANSPLANTE Tumores avançados resultados ruins Retrospectivos - Fatores prognósticos Estudo prospectivo analisou resultados do transplante em pacientes selecionados MAZZAFERRO et al. 1996

TRANSPLANTE Fígado cirrótico Tumores únicos com até 5 cm Até 3 nódulos com diâmetro máximo de 3 cm Ausência de invasão vascular Sobrevida igual aos demais transplantes MAZZAFERRO et al. 1996

TRANSPLANTE HEPÁTICO SOBREVIDA 5 ANOS Mazzaferro et al. Llovet et al. Bismuth et al. Jonas et al. 1996 1999 1999 2001 74 % 75 % 74 % 84 %

TRANSPLANTE HEPÁTICO - BRASIL Mesmos critérios (critérios de Milão) Longo tempo de lista Necessidade de procedimento prétransplante

Carcinoma hepatocelular ALCOOLIZAÇÃO 9 Injeção percutânea ou intra-operatória de álcool a 95 % 9 Tumores < 3 cm

QUIMIOEMBOLIZAÇÃO CHC - nutrido pelo sistema arterial Fígado - nutrido pela circulação portal Injeção de quimioterápico e substância embolizante no ramo arterial Isquemia e ação quimioterápica seletiva do tecido neoplásico

QUIMIOEMBOLIZAÇÃO

CHC E CIRROSE Ressecção ou Transplante

ALGORITMO DE BARCELONA ÚNICO < 5 cm P. PORTAL / BILIRRUBINAS 3 NÓDULOS < 3 cm NORMAIS ELEVADAS DOENÇA ASSOCIADA NÃO SIM RESSECÇÃO TRANSPLANTE INJEÇÃO ETANOL RADIOFREQÜÊNCIA 58 a 89 % 74 a 84 % 28 % LLOVET et al. 2003

A ressecção hepática é o tratamento de escolha do Carcinoma Hepatocelular em fígado f não cirrótico e no cirrótico compensado

O transplante hepático é uma alternativa que permite o tratamento simultâneo da neoplasia e da cirrose hepática A escassez de órgãos nos obriga a selecionar os melhores candidatos

OBRIGADO