ANÁLISE DA CAPACIDADE RESISTENTE DE CONSOLOS DE CONCRETO ARMADO CONSIDERANDO A CONTRIBUIÇÃO DA ARMADURA DE COSTURA

Documentos relacionados
Analysis of the new prescripts of ABNT NBR 9062:2017 in the design of external socket foundations with high eccentricity loads. Abstract.

27.1 Simplificação do diagrama de tensões de compressão no concreto - seção retangular

CAPÍTULO 05: Dimensionamento: Estados Limites Últimos

Universidade de São Paulo Escola Politécnica - Engenharia Civil PEF - Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações

ES009 - Estabilidade Global e Análise de Peças Esbeltas

PROJETO ESTRUTURAL. Marcio R.S. Corrêa ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND

Aula 7- Metodologia de verificação da segurança do EC7 para estruturas de suporte rígidas. Aplicações.

CAPÍTULO 3: FLEXÃO SIMPLES

Capacidade portante: cargas majoradas e resistência dos materiais minoradas.

Comparação entre modelos de cálculo de consolos para estruturas de concreto prémoldado

Ligações entre elementos prémoldados. Prof. Arthur Medeiros

DIMENSIONAMENTO E VERIFICAÇÃO FRENTE AOS ESTADOS LIMITES

Professora: Engª Civil Silvia Romfim

VALIDAÇÃO DA EXPRESSÃO APROXIMADA DA RIGIDEZ SECANTE ADIMENSIONAL (KAPPA) PARA CONCRETO DE ALTA RESISTÊNCIA

Considere uma placa retangular simplesmente apoiada nas bordas e submetida a um carregamento axial excêntrico na direção do eixo y.

Curso de Engenharia Civil

DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS DE VIGAS DE SEÇÃO RETANGULAR

CONCRETO ARMADO ENGENHARIA CIVIL AMACIN RODRIGUES MOREIRA. UTFPR Campus Curitiba Sede Ecoville Departamento de Construção Civil

10 DIMENSIONAMENTO DE SECÇÕES RETANGULARES COM ARMADURA DUPLA

Capítulo 4 Análises de Resultados Numéricos das Simulações

LIGAÇÃO VIGA-PILAR EM ELEMENTOS PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO SOLIDARIZADOS POR CONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS DE AÇO: ANÁLISES ESTÁTICA E DINÂMICA

Software Para Dimensionamento De Consolos Curtos De Concreto Armado Kim Filippi dos Santos¹, Prof. Msc. Daniel Venancio Vieira²

Lista 9. Ernesto Massaroppi Junior e João Lirani

PINOS DE ANCORAGENS SOB CARGAS DE TRAÇÃO

5 Apresentação e Análise dos Resultados

ANÁLISE DO COMPORTAMENTO DAS PAREDES TRANSVERSAIS DO COLARINHO DE CÁLICES DE FUNDAÇÃO NA SITUAÇÃO DE MONTAGEM E DEFINITIVA

Universidade Católica de Goiás - Departamento de Engenharia Estruturas de Concreto Armado I - Notas de Aula

Modulo 5 Lei de Stevin

ESFORÇO CORTANTE. CAPÍTULO 6 Volume Introdução. σ e tensão tangencial. Entre as cargas: flexão pura Tensões normais: σ x e σ

Dimensionamento peças fletidas NBR7190:1997

Considerações sobre o Dimensionamento de Blocos sobre Estacas com o Uso do Método das Bielas e Tirantes Eduardo Thomaz 1, Luiz Carneiro 2 1

DETALHAMENTO DAS ARMADURAS: Resistência Última de Aderência ( f bd )

2. Flexão Simples - Estados Limites últimos - ( Estádio III )

4. FREQUÊNCIAS NATURAIS E CARGAS CRÍTICAS

EQUILÍBRIO DA ALAVANCA

"Introdução à Mecânica do Dano e Fraturamento" Parte I. São Carlos, outubro de 2000

ENSAIOS EM VIGAS DE ALVENARIA SUBMETIDAS À FLEXÃO SIMPLES

FIG. 16 Esforços de tração na madeira. Fonte: RITTER (1990) apud CALIL JÚNIOR & BARALDI (1998)

III Corpos rígidos e sistemas equivalentes de forças

FUNDAMENTOS DE SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO

ANÁLISE DE LIGAÇÕES SOLDADAS ENTRE BARRAS TUBULARES DE TRELIÇA DO TIPO K

4 Torção em Elementos de Concreto Armado 4.1. Histórico

6 COMENTÁRIOS SOBRE A INTEGRIDADE ESTRUTURAL DE DUTOS COM MOSSAS

Memória Descritiva e Justificativa

RESUMO 02: SEÇÃO TÊ FALSA E VERDADEIRA ARMADURA SIMPLES

QUESTÕES COMENTADAS DE MECÂNICA

DIFERENÇA DE POTENCIAL. d figura 1

Mecânica dos Fluidos I

PROPOSTAS DE MODELOS DE BIELAS E TIRANTES PARA A LIGAÇÃO DO CÁLICE TOTALMENTE EMBUTIDO EM BLOCO DE FUNDAÇÃO

TÍTULO: COMPARAÇÃO DE PROCESSOS DE CÁLCULO PARA BLOCO RÍGIDO DE CONCRETO ARMADO SOBRE DUAS ESTACAS

REFORÇOS e VERIFICAÇÃO ESTRUTURAL

CONSTRUÇÃO DE UMA FERRAMENTA NUMÉRICA PARA ANÁLISE DE RADIERS ESTAQUEADOS

Receptor Ótimo. Implementação do receptor ótimo baseada em Filtro Casado. s 1 (t M t) a M. b 1. s M (t M t) Selecionar Maior. (t) + w(t) r(t) = s i

= 1 d. = -36 π Pa

MODELAGEM COMPUTACIONAL DE VIGA COMPOSTA COM VIGA E LAJE PRÉ- MOLDADAS LIGADAS MEDIANTE NICHOS

Controle Estatístico de Qualidade. Capítulo 14 (montgomery)

PROVA de FÍSICA MÓDULO II do PISM ( ) QUESTÕES OBJETIVAS. 09. Leia, com atenção:

Força Elétrica. Sabendo que o valor de m 1 é de 30 g e que a aceleraçăo da gravidade local é de 10 m/s 2, determine a massa m 2

2 TORÇÃO EM VIGAS Notas Iniciais

Estruturas Especiais de Concreto Armado I. Aula 2 Sapatas - Dimensionamento

Programa Analítico de Disciplina CIV354 Concreto Armado I

ANÁLISE NÃO LINEAR FÍSICA DE ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO UTILIZANDO O MÉTODO DAS MICRO TRELIÇAS

FÍSICA IV Problemas Complementares 2 O modelo ondulatório da luz: interferência e

APLICAÇÕES DA TRIGONOMETRIA ESFÉRICA NA CARTOGRAFIA E NA ASTRONOMIA

Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Exatas Departamento de Física. Referências bibliográficas: H S T.

SOLENÓIDE E INDUTÂNCIA

XIII. PROGRAMAÇÃO POR METAS

RESISTÊNCIA E DESEMPENHO ESTRUTURAL DE PAINÉIS ENRIJECIDOS DE AÇO. APLICAÇÃO EM SILOS METÁLICOS ENRIJECIDOS. Daniel Carlos Taissum Cardoso

Aula 05. Me. Leandro B. Holanda, Capítulo 7 (continuação)

Ligações por meio de consolos de concreto

ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I

COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES MODELOS DE CÁLCULO PARA CONSOLOS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADO

b) Compressão normal: esmagamento das células da madeira perpendicularmente ao eixo longitudinal.

Integral de Linha e Triedro de Frenet

SOLICITAÇÕES TANGENCIAIS

FACENS FACULDADE DE ENGENHARIA DE SOROCABA

Jaguaribe Jr., K.B. (1); Canha, R.M.F. (2); El Debs, M.K. (3)

Bloco sobre estacas Bielas Tirantes. Método Biela Tirante

AULA: TORÇÃO EM VIGAS DE CONCRETO ARMADO

3. Dimensionamento ao cisalhamento.

10º ENTEC Encontro de Tecnologia: 28 de novembro a 3 de dezembro de 2016

2 Treliça de Mörsch 2.1. Histórico


DIMENSIONAMENTO DE VIGAS AO CISALHAMENTO

Projeto 3. 8 de abril de y max y min. Figura 1: Diagrama de um cabo suspenso.

ESTUDO NUMÉRICO E EXPERIMENTAL DE TUBOS DE CONCRETO ARMADO SUBMETIDOS À COMPRESSÃO DIAMETRAL

Resoluções dos testes propostos

Resumo. Palavras-chave. Confiabilidade, concreto armado, segurança global. Introdução

FGE Eletricidade I

a prova de Matemática da FUVEST 2ª fase

Figura 1: Corte e planta da estrutura, seção transversal da viga e da laje da marquise

5 Resultados Experimentais

Resumo. Palavras-chave. Vigas de Transição; Apoios Reduzidos; Bielas e Tirantes. Introdução

Universidade de São Paulo Escola Politécnica - Engenharia Civil PEF - Departamento de Engenharia de Estruturas e Fundações

2. Propriedades Geomecânicas do Maciço Rochoso 2.1 Introdução

Introdução às Ciências Físicas Módulo 1 Aula 1

TRELIÇA C/ SISTEMA TENSOR DE CABO

PUNÇÃO EM LAJES COGUMELO DE CONCRETO ARMADO RETANGULARIDADE DOS PILARES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA Curso de Graduação em Engenharia Civil ECC 1006 Concreto Armado A ESTRUTURAS. Gerson Moacyr Sisniegas Alva

RECOMENDAÇÕES PARA O PROJETO DE CÁLICES DE FUNDAÇÃO RECOMMENDATIONS FOR THE DESIGN OF SOCKET BASE

Transcrição:

ISSN 809-5860 ANÁLISE DA CAPACIDADE RESISTENTE DE CONSOLOS DE CONCRETO ARMADO CONSIDERANDO A CONTRIBUIÇÃO DA ARMADURA DE COSTURA Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs Resumo Apesar e na prática sua contribuição geralmente não ser consieraa, através e iversos estuos experimentais a literatura, já foi comprovao que a armaura e costura aumenta a capaciae resistente os consolos, além e melhorar seu comportamento quanto à fissuração e uctiliae. Com o objetivo e se analisar a contribuição efetiva essa armaura na resistência e consolos curtos e muito curtos e concreto armao, esse trabalho propõe ois proceimentos e cálculo e biela e tirante consierano a altura útil efetiva e caa barra e costura, valiano-os através e suas aplicações em 45 consolos com resultaos experimentais, seno 85 estes com armaura e costura. As uas formulações propostas foram aplicaas aos consolos curtos, e no caso os consolos muito curtos, foram utilizaas em conjunto com uma aaptação o moelo e atrito cisalhamento a NBR-906/85, consierano nesses moelos os Estaos Limites Últimos e ruptura por escoamento as armauras e esmagamento o concreto. Para os consolos com apenas armaura principal o tirante, 94% estes apresentaram resultaos a favor a segurança quano se utilizou a primeira proposta e 9% no caso a seguna proposta, contuo a iferença a resistência teórica em relação à experimental foi inferior a 0%. Entre os consolos com armaura e costura, 98% apresentaram resultaos a favor a segurança para as uas formulações propostas, seno que os consolos com armaura e costura que tiveram sua resistência superestimaa, apenas um apresentou uma iferença superior a 0% em relação ao valor experimental. Palavras-chave: consolo; concreto armao; armaura e costura; moelos e projeto. INTRODUÇÃO Uma as principais particulariaes o comportamento estrutural os consolos curtos e muito curtos em relação às vigas é que as hipóteses a teoria técnica e flexão não poem ser aplicaas ao seu estuo. Para a análise a sua capaciae resistente ou o seu imensionamento, Doutora em Engenharia e Estruturas EESC-USP, rejane_canha@yahoo.com.br Professor Associao o Departamento e Engenharia e Estruturas a EESC-USP, mkebs@sc.usp.br Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

04 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs não se poe utilizar, portanto, os moelos e cálculo e vigas que levam em consieração a hipótese a manutenção as seções planas. Mesmo quano se consiera material homogêneo, isótropo e elástico perfeito, as tensões normais à seção transversal o consolo não variam linearmente ao longo a sua altura e as tensões tangenciais e as tensões normais aos planos ortogonais a essa seção não são esprezíveis. Além isso, após a fissuração o concreto, o comportamento o consolo se moifica, ocorreno uma iminuição e rigiez e outros mecanismos mais complexos. Desta forma, o projeto esses elementos estruturais eve ser objeto e recomenações específicas. Seguno a NBR-906/85 [], os consolos são calculaos e acoro com três moelos para três iferentes intervalos e a/, efinia como a relação entre a istância a a força até a face o pilar e a altura útil o consolo: Consolos muito curtos (a/ < 0,5): cálculo com moelo e atrito-cisalhamento; Consolos curtos (0,5 a/,0): cálculo com moelo e biela e tirante; Consolos longos (,0 < a/ <,0): cálculo como viga. Além a armaura principal o tirante, isposta no topo o consolo para absorver as tensões e tração, uma outra armaura e importância relevante é istribuía na ireção horizontal ao longo a altura restante o consolo, a qual é enominaa e armaura e costura. Ela tem a principal finaliae e costurar as fissuras que venham a ocorrer na interface consolo-pilar e promover, quano estiver aequaamente ancoraa, um confinamento na biela e compressão, garantino, conseqüentemente, uma uctiliae à peça. Em geral, ela não é consieraa no cálculo a resistência o consolo. Com relação ao moelo e atrito-cisalhamento, algumas as formulações a literatura levam em conta a contribuição a armaura e costura na resistência o consolo; entretanto, para o moelo e biela e tirante, apenas a formulação apresentaa em MACHADO [], a qual é baseaa em HAGBERG [], consiera a armaura e costura, mas concentraa em uma altura equivalente a /. Baseano-se nisso, são apresentaas uas propostas e biela e tirante para o cálculo a resistência e consolos, consierano o Estao Limite Último e escoamento as armauras o tirante e e costura e a contribuição efetiva a armaura e costura, ou seja, com caa uma e suas barras concentraa na sua altura útil efetiva. Embora essas uas formulações possam ser um pouco mais trabalhosas que a apresentaa em MACHADO [], elas se justificam evio à repetição os elementos pré-molaos e a conseqüente necessiae o refinamento o projeto esses elementos. Uma análise inicial e uma as formulações propostas e e alguns resultaos e normas feita pelos presentes autores poe ser encontraa em FERNANDES & EL DEBS [4]. Para valiar as uas formulações propostas, foi feita sua aplicação em 45 moelos ensaiaos na literatura, seno 46 esses consolos muito curtos, 85 curtos e 4 longos. Entre os Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 05 consolos analisaos nesse trabalho, estão os referios em: FRANZ & NIEDENHOFF [5], KRIZ & RATHS [6], MAUTONI [7], HERMANSEN & COWAN [8], ROBINSON [9], FRANZ [0], MATTOCK et al. [], YONG et al. [], CHAKRABARTI & FARAHANI [], FATTUHI [4], NAEGELI [5], FATTUHI & HUGHES [6], FATTUHI & HUGHES [7], FATTUHI & HUGHES [8], FATTUHI [9], FATTUHI [0], ZELLER [], FATTUHI [], FATTUHI [], YONG & BALAGURU [4], REIS & TORRES [5], NAEGELI [6], TORRES [7], FERNANDES [8]. Conforme KRIZ & RATHS [6], ensaios mostram que a armaura e costura praticamente não contribui para a capaciae resistente o consolo quano também atuam neste, forças horizontais. Portanto, como o principal objetivo esse trabalho é avaliar a parcela e contribuição a armaura e costura, foram eliminaos esse estuo os consolos com atuação simultânea e força vertical e horizontal. Contuo, as formulações propostas poem ser aplicaas para o caso geral, ese que seja feito o imensionamento separaamente o consolo sob força vertical e horizontal, consierano-se a armaura total como a soma as armauras os ois casos, e se espreze a contribuição a armaura e costura para a análise o consolo sob forças horizontais. Os consolos analisaos tinham as seguintes características: Relação a/ variano e 0, a,47; Consolos simétricos e assimétricos submetios apenas à força vertical, inclusive blocos sobre estacas que recaem nos moelos e cálculo utilizaos para consolos; Qualquer valor para a altura a face externa o consolo, apesar e na prática ser recomenao o valor igual à pelo menos metae a altura interna; O tipo e ruptura foi informao; A ruptura não foi localizaa (o pilar, a extremiae, a ancoragem ou sob a placa e aplicação o carregamento); Concreto com qualquer valor e resistência à compressão; Armaura isposta horizontalmente ou verticalmente. Neste trabalho, são apresentaos os moelos e atrito-cisalhamento a NBR-906/85 [] para consolos muito curtos, e biela e tirante e LEONHARDT & MÖNNIG [9] aaptao por EL DEBS [0], as formulações propostas consierano a armaura e costura e a comparação os resultaos teóricos com os experimentais a literatura. MODELO DE ATRITO-CISALHAMENTO Um os principais moelos para cálculo e consolos muito curtos (relação a/ < 0,5) é o e atrito-cisalhamento. Esse moelo supõe que ocorra ruptura por cisalhamento na interface Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

06 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs consolo-pilar. Amite-se também que, através as fissuras que se formam na superfície e transmissão os esforços cisalhantes, ocorra inicialmente um eslocamento relativo vertical entre o consolo e o pilar. Como essa superfície é irregular, o eslocamento relativo horizontal ocasiona solicitações e tração na armaura istribuía que cruza a interface e, conseqüentemente, a superfície e concreto ficará comprimia. O mecanismo esse moelo é ilustrao na Figura. A clássica Teoria e Atrito-Cisalhamento prevê a transferência e esforços e cisalhamento através e um ao plano por meio e uma armaura istribuía que o atravessa. Esse plano poe ser o e uma provável fissura, o a interface e ligação e materiais iferentes ou a superfície entre ois concretos molaos em atas istintas. Vale salientar, que nesse moelo, a armaura é suposta uniformemente istribuía ao longo a fissura potencial, esprezano-se a excentriciae a força vertical que implicaria em uma armaura mais concentraa na parte tracionaa. Como para os moelos e biela e tirante, acreita-se que a armaura horizontal situaa na região inferior o consolo não contribua efetivamente na resistência o consolo, pois, mesmo nos casos em que o cisalhamento preomina, existe uma parcela a resistência oriuna a flexão. Para base e comparação entre os moelos, nos referios cálculos para previsão a força última, apenas consierou-se a armaura e costura posicionaa até / em relação à face superior o consolo. V F n F at V φ R at V fissura potencial F = V / tg φ n como F n= A st σ s tg φ = µ (coef. e atrito) at resulta V A st = σ µ s at F n A st - armaura para proporcionar a força normal necessária para o equilíbrio Figura - Moelo e atrito-cisalhamento - EL DEBS [0] A NBR-906/85 [] permite a consieração o efeito favorável o engrenamento os agregaos se a interface for atravessaa por barras e aço perpeniculares à mesma e respeitano-se as conições e segurança relativas ao coeficiente e ajustamento e as isposições construtivas o item 7.. a Norma. A armaura principal o tirante seguno a NBR-906/85 [] é calculaa com a Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 07 expressão: A 0,8V H stir =. f µ + f y y () one o valor e µ vale: µ =, 4 : para concreto lançao monoliticamente; µ =, 0 : para concreto lançao sobre concreto enurecio intencionalmente rugoso (5 mm e profuniae a caa 0 mm) µ = 0, 6 : para concreto lançao sobre concreto enurecio com interface lisa. É recomenao também que a área a armaura, para consolo muito curto, não seja menor que aquela calculaa com a expressão para consolo curto, com o objetivo e cobrir algum esforço e flexão que eventualmente venha a surgir. A tensão a armaura eve ser limitaa em 45 MPa para os ois tipos e consolo. A verificação o esmagamento o concreto poe ser feita também em termos a tensão tangencial e referência. O valor a tensão última recomenaa é ao por:,0 + 0,9 ρ. f y ( MPa ) V τ w = τ wu 0,0 f c () b. 6MPa one ρ é a taxa geométrica a armaura o tirante. MODELO DE BIELA E TIRANTE O moelo e biela e tirante, também enominao e treliça, consiste em iealizar o comportamento o concreto, nos trechos e escontinuiae, através e bielas (campos comprimios) e tirantes (campos tracionaos), com suas respectivas posições escolhias a partir o fluxo e tensões na região. Os elementos são interconectaos nos nós, resultano na formação e uma treliça iealizaa. Esse moelo é o mais empregao para o cálculo e consolos curtos. O imensionamento através esse moelo é feito com a verificação a resistência à compressão em uma seção fictícia a biela e o cálculo a área a armaura o tirante em função a tensão e escoamento o aço. Recomena-se também a verificação a resistência nos nós, e tal forma que as forças sejam ancoraas e balanceaas satisfatoriamente. Além a armaura o tirante, costuma-se aicionar a armaura e costura, mencionaa anteriormente, a qual é consieraa aequaa quano istribuía nos primeiros / a altura o consolo. Por essa razão, no cálculo a capaciae resistente os consolos analisaos, apenas computou-se essa parte a armaura e costura. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

08 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs O moelo clássico consiste basicamente no equilíbrio e forças e momentos no esquema e treliça apresentao na Figura a V 0,9 R s C h bie A a bie B H n a = bie a = bie 0,9. a ( 0,9 ) + a 0,9 a ( 0,9 ) + ( a ) R c h bie = 0, Figura - Moelo e análise e características geométricas e consolo curto LEONHARDT & MÖNNIG [9] aaptao por EL DEBS [0] A armaura o tirante é eterminaa através o equilíbrio e momento em relação ao ponto A, resultano em: V.a + H ( 0,9 + h ) Astir. f y = () 0,9 Consierano h / aproximaamente igual a 0,, tem-se: V a H A stir =. +, (4) f 0,9 f y y Do equilíbrio e momentos em relação ao ponto C, tem-se: V.a + H. h V.a + H. h a Rc = Rc = ( 0,9 ) + (5) abie 0,9.a A tensão e compressão na biela é calculaa com a expressão: c = R c V H. a σ c 0,8.b. + + V.a (6) σ = h ( 0,9 ) 0,b. Desprezano o valor a parcela H. h /V.a, que para os casos usuais é menor que 0,06, e limitano o valor a tensão na biela em β.f c, tem-se: V a c = ( 0,9 ) +. f (7) c σ β 0,8.b. one aota-se β = no caso e forças iretas e β = 0, 85 para forças iniretas. Colocano a expressão acima na forma e tensão tangencial e referência, obtém-se: Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 09 τ w V = b. τ wu = 0,8β. f ( 0,9 ) c a + (8) 4 FORMULAÇÕES PROPOSTAS 4. Aaptação o Moelo e Atrito-Cisalhamento Embora o moelo e atrito-cisalhamento a NR-906/85 [] consiere apenas a armaura o tirante colaborano na resistência o consolo, pela clássica Teoria e Atrito- Cisalhamento, amite-se que a transmissão as tensões e cisalhamento ocorra ao longo a interface consolo-pilar através a armaura istribuía que a atravessa. Neste caso, consierano-se também a armaura e costura situaa nos primeiros / a altura útil, temse para a força última V : V = n i= µ.a. f si 0,8 yi Consierano a aaptação a Expressão (), one é feita a verificação o esmagamento o concreto, tem-se para a tensão última, no caso e se consierar a armaura e costura: τ w = τ b.,0 + 0,9 0,0 f c 6MPa V wu n i= A si. f b. yi ( MPa ) (a) (b) (c) (9) (0) 4. Proposta I (Baseaa em HAGBERG []) Com o intuito e consierar a contribuição efetiva a armaura e costura na resistência o consolo, foi feito um refinamento no moelo e HAGBERG [], o qual é apresentao em MACHADO [] e que consiera uas treliças simples ligaas por uma barra vertical na posição a carga. O moelo refinao consiste em várias treliças interconectaas em um mesmo nó, one caa armaura horizontal o tirante ou e costura com sua respectiva biela formam uma treliça. O esquema esse moelo é apresentao na Figura.. São amitias as seguintes hipóteses: As eformações elásticas os materiais são esprezíveis quano comparaas com as eformações plásticas. Amite-se que o concreto rompe por compressão na flexão ou que o aço entre em escoamento antes. Portanto, tanto a ruptura o concreto à Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

0 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs compressão como o escoamento a armaura são consieraos como critérios e ruptura; A resistência à tração o concreto é negligenciaa; O valor e cálculo a tensão e contato na placa e apoio não eve ser superior a 0,6.( f ck / 50 ) f c ( ck f em MPa); A geometria o moelo eve ser compatível com o moelo matemático. Deve-se, portanto, prever uma ancoragem correta a armaura principal e o não posicionamento a carga além a curvatura esta armaura. E a altura o consolo na sua extremiae livre h ext eve ser pelo menos metae a altura útil na seção e engastamento, para evitar rupturas secunárias; A armaura e costura a ser consieraa no cálculo eve estar no trecho e altura igual a /. A expressão para cálculo a força última é apresentaa abaixo: one: n zi V = Asi. f yi. () a i= n: número e barras longituinais situaas no trecho e altura igual a /. a = 0,5 a + a + ω ( ω ) : istância a linha e ação a carga concentraa vertical ao nó e encontro as treliças. z i i = 0,5. ω. : braço e alavanca referente à armaura i e área A si. si = n i= si i.r R s yi si : altura útil equivalente e consolos curtos com cargas verticais. R = A. f : força resistente na armaura consieraa. R s = n i= A. f si yi : força resistente total. f c = 0,85.( f / 50 ). f : resistência e cálculo à compressão o concreto. No ck c caso os consolos analisaos, consierou-se c f = f. cm ω = n i= A b. si. f.f yi c : taxa mecânica a armaura longituinal total. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... a a 0,5h.cos θ bie aap V R s R s R s R s R s θ = θ / θ = θ V R s θ θ θ z / / V R s V θ R s R c θ R c R c h bie R c θ f c 0,5h.sen θ bie V θ R c armaura horizontal que não contribui na resistência Figura - Moelo e bielas e tirantes proposto baseao em HAGBERG [] para consolos curtos com carga vertical Fazeno-se o equilíbrio e momentos em relação ao ponto C a treliça resultante, temse: V.a R c = () abie Substituino o valor e ( ) biela fica calculaa conforme: a = a / + a / z na expressão acima, a resultante na bie one: R c a = V + () z z = 0,5. ω. : braço e alavanca referente à armaura a treliça resultante. Consierano semelhantemente ao Moelo e LEONHARDT & MÖNNIG [9] aaptao por EL DEBS [0], a largura a biela h bie equivalente a 0% a altura útil, a tensão e compressão na biela é calculaa com a expressão: R c σ c = 0,b. V a σ c = + (4) 0,.b. z Limitano o valor a tensão na biela em f c, tem-se: Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs V a σ c = + f (5) c 0,.b. z A força última V fica aa por: V = 0, f c a + z.b. (6) Colocano a Expressão (6) na forma e tensão tangencial e referência, tem-se: τ w V = τ b. wu = 0,.f c a + z (7) A título e ilustração, apresenta-se também a expressão aaptaa o moelo e HAGBERG [] para o cálculo a força última V, consierano o Estao Limite Último e esmagamento a biela e compressão. Fazeno-se o equilíbrio as forças verticais a treliça resultante formaa pelo tirante com força resistente total R s e por sua respectiva biela e compressão R c, obtém-se: V c ( θ ) = R. cos (8) O ângulo θ a treliça resultante é calculao conforme a seguinte expressão: ( a / z ) θ = arctan (9) Consierano que a força na biela se istribui ao longo a projeção a largura o apoio a ap e e sua base b, seu valor é ao por: R c c ap ( θ ) = f.b.a. cos (0) Substituino o valor e R c na Expressão (8), tem-se para a força última V : V c ap ( θ ) = f.b.a. cos () One cosθ =. a + z Com a substituição e V c f.b.a = a + z ap cosθ na Expressão (), têm-se para V : Será visto no item e resultaos, entretanto, que a Equação () fornece valores sistematicamente maiores que os calculaos pela Equação (6). () Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 4. Proposta II (Baseaa em LEONHARDT & MÖNNIG [9]) Uma aaptação o proceimento e biela e tirante e LEONHARDT & MÖNNIG [9] aicionano a armaura e costura também é proposta, em virtue e reuzir as iferenças entre resultaos teóricos e experimentais. Essa formulação moificaa consiste na somatória as parcelas e contribuição as armauras horizontais o tirante e e costura até /, seguno ilustra a Figura 4. Consierano o estao limite último e escoamento as armauras horizontais, a resistência os consolos curtos é, então, aaptaa a Expressão original () e calculaa com a seguinte expressão: one: n zi V = Asi f yi. () a i= n: número e barras longituinais situaas no trecho e altura igual a /. R = A. f : força resistente na armaura consieraa. si si yi z i = 0,9 i : braço e alavanca referente à armaura i e área A si. i : altura útil efetiva a armaura i consieraa. Ressalta-se que evio a armaura e costura praticamente não contribuir para o aumento a força horizontal, esta foi eliminaa a expressão moificaa. A Expressão () é semelhante à Expressão (), iferenciano-se no valor o braço z i e na istância a a linha e ação a carga concentraa vertical ao nó inferior as treliças. A força última V, consierano o Estao Limite Último por esmagamento a biela e compressão, é aa pela Expressão (8) aaptaa, substituino-se β. f por pela altura útil, que leva em conta a contribuição a armaura e costura até /: c f c e a altura útil V = 0,8. f ( 0,9 ) c.b. a + (4) one: = n i= i.r R s si i : altura útil a armaura i e área A si. R = A. f : força resistente na armaura consieraa. si si yi R s = n i= A si. f yi : força resistente total. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

4 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs a V Moelo total R s R s / = R s / arm. horizontal que não contribui na resistência a a a V V V 0,9 R s = + 0,9 R s + 0,9 R s Parcelas e contribuição e caa armaura horizontal até / Figura 4 Moelo e bielas e tirantes proposto baseao em LEONHARDT & MÖNNIG [9] para consolos curtos com carga vertical 5 ANÁLISE DOS RESULTADOS DAS FORMULAÇÕES PROPOSTAS E EXPERIMENTAIS O aumento a capaciae resistente os consolos com armaura e costura em relação aos que possuem apenas a armaura o tirante poe ser constatao através os resultaos experimentais a literatura na Figura 5, one se observa também uma iminuição a resistência com o crescimento e a/. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 5 000 800. Consolos sem arm. costura. Consolos com arm. costura 600 V (kn) 400 00 0 0, 0,4 0,6 0,8,,4,6 a/ Figura 5 Valores experimentais a força última versus relação a/ Desta forma, foi feita a aplicação o moelo e atrito-cisalhamento aaptao e as uas formulações propostas e biela e tirante para os consolos sem e com armaura e costura e, para esses últimos, efetuou-se o cálculo a resistência sem e com a contribuição a armaura e costura até /. No caso a força última efinia pelo esmagamento o concreto o moelo e atrito cisalhamento, aotou-se o menor valor a Expressão (). Como são feitas comparações com resultaos experimentais, os coeficientes e segurança e toos os moelos teóricos não foram consieraos. Portanto, a resistência o concreto e a tensão e escoamento o aço foram consieraas com os valores méios fornecios pelos ensaios. Analisano-se inicialmente os consolos sem armaura e costura, cujos resultaos experimentais e teóricos consierano o Estao Limite Último e ruptura por escoamento o tirante são apresentaos na Figura 6, a maioria os pontos referentes ao moelo e atritocisalhamento que se situaram na região inferior à curva experimental estão compreenios em valores menores a relação a/, o que sugere que a preominância a força evio ao atrito na interface consolo-pilar nos consolos muito curtos. Já para os consolos curtos, a força oriuna o escoamento o tirante as formulações propostas e biela e tirante passa a ser preponerante, conforme a observação os pontos situaos próximos a curva experimental para valores maiores e a/. Contuo, para relações menores e a/, a Proposta II forneceu resistências sistematicamente maiores que as a Proposta I, com uma istância maior, conseqüentemente, a Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

6 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs curva experimental. V (kn) 400 00 000 800 600 4. Experimental. Atrito - Escoam. tirante. Proposta I - Escoam. tirante 4. Proposta II - Escoam. tirante 400 00 0 0, 0,4 0,6 0,8,,4,6 a/ Figura 6 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos sem armaura e costura: Estao Limite Último e ruptura por escoamento o tirante Como ambos os moelos e atrito-cisalhamento e biela e tirante exigem a verificação o Estao Limite Último e ruptura o concreto, apresenta-se a resistência seguno o seu esmagamento na Figura 7. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 7 V (kn) 400 00 000 800 600. Experimental. Atrito - Esmag. concreto. HAGBERG - Esmag. concreto 4. Proposta I - Esmag. cooncreto 5. Proposta II - Esmag. cooncreto 400 00 4 5 0 0, 0,4 0,6 0,8,,4,6 a/ Figura 7 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos sem armaura e costura: Estao Limite Último e ruptura por esmagamento o concreto Da mesma forma que no escoamento as armauras, a curva teórica o moelo e atrito-cisalhamento ficou acima a experimental para valores maiores e a/, eveno ser utilizao, portanto, apenas para consolos muito curtos. A proposta aaptaa e HAGBERG [], consierano a largura a biela proporcional à largura a ap o apoio, forneceu forças últimas superiores às as Propostas I e II e aos valores experimentais na maioria, sugerino aina que a ruptura pelo esmagamento o concreto não aconteceria para valores muito elevaos e a ap. Desta forma, recomena-se aotar o proceimento as uas formulações propostas. O menor valor teórico é apresentao com o intuito e ilustrar que, apesar e algumas curvas teóricas terem apresentao alguns trechos com valores maiores que os experimentais, o cálculo pelos moelos e cálculo propostos inuziu a resultaos a favor a segurança. Para os consolos muito curtos, esse menor valor teórico é efinio pelo moelo e atrito-cisalhamento aaptao e por uma as formulações e biela e tirante proposta, ambos consierano os Estaos Limites Últimos e ruptura por escoamento as armauras e por esmagamento o concreto, pois parece razoável amitir que esses consolos apresentam tanto uma parcela resistente evio ao corte a interface pilar-consolo como outra evio à flexão o moelo. No caso os consolos curtos, consierou-se apenas o moelo e biela e tirante com os ois Estaos Limites Últimos. Nas Figuras 8 e 9, são apresentaas a curva experimental, as os moelos e atrito-cisalhamento juntamente com as Propostas I e II, respectivamente, e a curva efinia pelos menores valores teóricos. Observa-se que essa última curva ficou situaa abaixo a curva experimental. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

8 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs V (kn) 400 00 000 800 600 4. Experimental. Atrito - Escoam. tirante. Atrito - Esmag. concreto 4. Proposta I - Escoam. tirante 5. Proposta I - Esmag. concreto 6. Menor valor teórico 400 00 6 5 0 0, 0,4 0,6 0,8,,4,6 a/ Figura 8 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos sem armaura e costura: Moelo e atrito-cisalhamento versus Proposta I 400 V (kn) 00 000 800 600 5 4. Experimental. Atrito - Escoam. tirante. Atrito - Esmag. concreto 4. Proposta II - Escoam. tirante 5. Proposta II - Esmag. concreto 6. Menor valor teórico 400 00 6 0 0, 0,4 0,6 0,8,,4,6 a/ Figura 9 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos sem armaura e costura: Moelo e atrito-cisalhamento versus Proposta II Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 9 Vale salientar que em poucos consolos a menor resistência teórica foi superior à experimental e que as curvas expressam uma tenência exponencial e acoro com eterminao número e pontos. O fato a força evio ao escoamento o tirante para alguns consolos com apenas armaura o tirante ter sio superior ao valor experimental não invalia as propostas, mesmo porque a maioria esses moelos apresentou resultaos a favor a segurança quano analisaos pelos ois Estaos Limites Últimos. No caso a Proposta I, apenas 6% esses consolos tiveram sua menor resistência teórica com valor acima a experimental, one esses, somente consolos apresentaram iferenças entre 0% e 0% em relação aos resultaos experimentais. Já para a Proposta II, 9% os consolos com armaura o tirante tiveram sua resistência superestimaa, com 8 consolos mostrano iferenças entre 0% e 0% referentes aos valores experimentais. Nas Figuras 0 e, são apresentaos os resultaos o grupo e consolos com armaura e costura seguno o Estao Limite Último e ruptura por escoamento as armauras. Consierano apenas a armaura o tirante, a linha e tenência o moelo e atritocisalhamento apresentou resultaos a favor a segurança para relações a/ menores que 0,8, aproximaamente. A partir aí, os resultaos teóricos superaram os experimentais. Já quano se aiciona a contribuição a armaura e costura, o moelo e atrito-cisalhamento torna-se menos conservaor, com resistências menores que as experimentais para relações a/ menores que 0,5, aproximaamente. Ou seja, torna-se apropriao para consolos muito curtos. No caso as Propostas I e II, constata-se uma reução significativa o conservaorismo através a aproximação maior entre as curvas teóricas e experimentais quano no cálculo também é levaa em conta a contribuição a armaura e costura até /. No caso a Proposta II, o comportamento as linhas e tenência foi bastante semelhante ao a Proposta I, porém forneceno resultaos um pouco menos conservaores. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

0 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs V (kn) 000 900 800 700 600 500 400 00 00 00. Experimental. Atrito - Escoam. tirante. Atrito - Escoam. toas as armauras 4. Proposta I - Escoam. tirante 5. Proposta I - Escoam. toas as armauras 5 4 0, 0, 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9, a/ Figura 0 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos sem armaura e costura: Estao Limite Último e ruptura por escoamento o tirante utilizano o Moelo Aaptao e Atrito-Cisalhamento e a Proposta I V (kn) 000 900 800 700 600 500 400. Experimental. Atrito - Escoam. tirante. Atrito - Escoam. toas as armauras 4. Proposta II - Escoam. tirante 5. Proposta II - Escoam. toas as armauras 00 00 00 4 5 0, 0, 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9, a/ Figura Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos sem armaura e costura: Estao Limite Último e ruptura por escoamento o tirante utilizano o Moelo Aaptao e Atrito-Cisalhamento e a Proposta II Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... No caso o Estao Limite Último e ruptura por esmagamento o concreto, mostra-se nas Figuras e, o moelo e atrito e cisalhamento versus as Propostas I e II, consierano apenas a armaura o tirante (neste caso, utiliza-se a altura útil ), e levano em conta também, a contribuição a armaura e costura (one se usa a altura útil a treliça resultante). Observa-se que para o moelo e atrito-cisalhamento, a consieração a armaura e costura iminuiu as iferenças com os resultaos experimentais para relações a/ menores que 0,65, aproximaamente, pois mesmo consierano-se uma altura útil menor, a armaura e costura aumenta a resistência o consolo através e sua força e escoamento na Expressão (0a). Já no caso a Proposta II, a utilização a altura útil na Equação (4) leva a resultaos mais conservaores; e consierano a Proposta I, aina aiciona-se a influência e um valor e a maior e z menor na Equação (6), que iminui, conseqüentemente, a resistência teórica a peça. Entretanto, como a influência a armaura e costura, no caso o Estao Limite Último e ruptura por esmagamento o concreto, aina não é bem comprovaa experimentalmente, recomena-se consierar apenas a armaura o tirante no cálculo a força última pelas Equações (0), (6) e (4). A consieração a projeção a largura o apoio a ap como limitante a largura a biela h bie, no caso os consolos com armaura e costura, também conuz a forças últimas mais elevaas que a Proposta I, como mostra a Figura 4. Conforme seus resultaos acima os experimentais, o moelo aaptao e HAGBERG [] inica também que a ruptura o consolo não poeria ser governaa pelo esmagamento a biela comprimia quano a largura o apoio a ap fosse muito grane. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs 000 900 800 700. Experimental. Atrito - Esmag. concreto (). Atrito - Esmag. concreto () 4. Proposta I - Esmag. cooncreto () 600 5. Proposta I - Esmag. cooncreto () V (kn) 500 400 4 00 00 00 5 0, 0, 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9, a/ Figura Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos com armaura e costura: Estao Limite Último e ruptura por esmagamento o concreto utilizano o Moelo Aaptao e Atrito-Cisalhamento e a Proposta I 000 900 800. Experimental. Atrito - Esmag. concreto (). Atrito - Esmag. concreto () 700 4. Proposta II - Esmag. cooncreto () V (kn) 600 500 400 00 4 5. Proposta II - Esmag. cooncreto () 00 00 5 0, 0, 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9, a/ Figura Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos com armaura e costura: Estao Limite Último e ruptura por esmagamento o concreto utilizano o Moelo Aaptao e Atrito-Cisalhamento e a Proposta II Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... V (kn) 000 900 800 700 600 500 400. Experimental. HAGBERG - Esmag. concreto (). HAGBERG - Esmag. concreto () 4. Proposta I - Esmag. cooncreto () 5. Proposta I - Esmag. cooncreto () 00 00 4 00 5 0, 0, 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9, a/ Figura 4 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos com armaura e costura: Estao Limite Último e ruptura por esmagamento o concreto utilizano o Moelo Aaptao e HAGBERG [] e a Proposta I A verificação os ois Estaos Limites Últimos e ruptura é comprovaa através as Figuras 5 e 6 com a linha e tenência os menores valores teóricos, que ficou situaa abaixo a curva experimental para as uas propostas esse trabalho. Os resultaos foram a favor a segurança em quase a totaliae os consolos analisaos, com exceção e ois consolos que apresentaram resistências teóricas superiores às experimentais, um com iferença abaixo e 0% e no outro a iferença foi inferior a 0% em relação ao valor experimental, consierano as uas propostas. Desta forma, ocorre uma economia significativa com a consieração a parcela e resistência a peça oriuna o escoamento a armaura e costura. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

4 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs 000 900 800. Experimental. Atrito - Escoam. toas as armauras. Atrito - Esmag. concreto () V (kn) 700 600 500 400 4. Proposta I - Escoam. toas as armauras 5. Proposta I - Esmag. concreto () 6. Menor valor teórico 00 00 00 4 5 6 0, 0, 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9, a/ Figura 5 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos com armaura e costura: Moelo Aaptao e Atrito-Cisalhamento versus Proposta I 000 900 800. Experimental. Atrito - Escoam. toas as armauras. Atrito - Esmag. concreto () V (kn) 700 600 500 400 5 4 4. Proposta II - Escoam. toas as armauras 5. Proposta II - Esmag. concreto () 6. Menor valor teórico 00 00 00 6 0, 0, 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9, a/ Figura 6 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos com armaura e costura: Moelo Aaptao e Atrito-Cisalhamento versus Proposta II Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 5 Consierano a Figura 7, observa-se que a Proposta II fornece resultaos menos conservaores que a Proposta I; entretanto, consierano apenas o escoamento as armauras, a força última teórica pela Proposta II foi maior que a experimental em mais consolos que no caso a Proposta I. Desta forma, recomena-se o uso a Proposta I, que já proporciona uma boa economia nos consolos. 000 900 800. Experimental. Proposta I - Escoam. toas as armauras. Proposta I - Esmag. concreto () 700 600 4 4. Proposta II - Escoam. toas as armauras 5. Proposta II - Esmag. concreto () V (kn) 500 400 5 00 00 00 0, 0, 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9, a/ Figura 7 Resultaos teóricos versus experimentais para os consolos com armaura e costura: Proposta I versus Proposta II 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES O comportamento o consolo está iretamente interligao com sua relação a/, a qual subivie o seu cálculo seguno três moelos: atrito-cisalhamento para consolos muito curtos ( a / < 0, 5 ), biela e tirante para consolos curtos ( 0,5 a /, 0 ) e teoria e vigas para consolos longos (,0 < a / <, 0 ). Dentre outros parâmetros, existe a grane influência a armaura e costura no comportamento quanto à resistência, uctiliae e fissuração o consolo. A valiae as uas formulações propostas e a aaptação o moelo e atritocisalhamento foi testaa através e suas aplicações em 45 consolos com valores experimentais a literatura, seno 60 conteno apenas a armaura principal o tirante e 85, teno além esta, armaura e costura. O aumento a armaura e costura proporcionou um crescimento significativo a Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

6 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs resistência os consolos, o que pôe ser observao experimentalmente e teoricamente. A Proposta I, aplicaa juntamente com o moelo e atrito-cisalhamento aos consolos muito curtos, superestimou a resistência em 4 consolos, os quais possuíam apenas armaura o tirante. Já a Proposta II forneceu resultaos teóricos acima os experimentais em 6 consolos muito curtos, os quais também continham apenas armaura o tirante. A grane maioria os consolos curtos (9%) apresentou resultaos a favor a segurança, quano calculaos pela Proposta I. Consierano a Proposta II, em 89% os consolos curtos os resultaos teóricos foram favoráveis. Destes consolos curtos, apenas com armaura e costura tiveram sua resistência superestimaa quano calculaa pelas uas propostas. As pequenas iferenças entre as resistências teóricas e experimentais os consolos analisaos poem aina ser compensaas pela aoção os coeficientes e segurança e e outras recomenações aicionais a NBR-906/85 []. Portanto, os proceimentos apresentaos nesse trabalho fornecem inicações para um imensionamento racional e seguro e consolos curtos e muito curtos. Apesar a Proposta I ter fornecio bons resultaos para toos os consolos com relação a/ superior à uniae e, no caso a Proposta II, constatou-se resultaos a favor a segurança para os 4 consolos longos analisaos, esses proceimentos e cálculo não evem ser aplicaos para esse tipo e consolo, mesmo porque o número e peças verificaas foi muito pequeno. Nesse trabalho, fez-se a verificação a capaciae resistente o consolo. Na prática, one o imensionamento consiste no processo inverso, não se ispõe a armaura e tem-se o valor a força atuante. Nesse caso, poe-se utilizar um proceimento iterativo, consierano-se primeiramente apenas a armaura o tirante, epois se retirano uma parcela esta para fazer parte a armaura e costura e fazeno-se a posterior verificação a força. No imensionamento e consolos, ambas as parcelas referentes ao moelo e atritocisalhamento e ao moelo e biela e tirante influem na resistência o consolo muito curto, eveno-se aotar, portanto, a maior as armauras calculaas. Já no caso, o consolo curto, consiera-se apenas o moelo e biela e tirante. Além isso, eve ser sempre consieraa a possibiliae e ruptura o concreto. 7 AGRADECIMENTOS A FAPESP, pelo apoio financeiro a bolsa e outorao e o auxílio-pesquisa. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

Análise a capaciae resistente e consolos e concreto armao consierano a contribuição... 7 8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR-906 - Projeto e execução e estruturas e concreto pré-molao. Rio e Janeiro: ABNT, 985. CHAKRABARTI, P. R.; FARAHANI, D. J. Further stuy of reinforce concrete corbels. Civil Engineering for Practicing an Design Engineers. Pergamon Journals, v.5, p.985-00, 986. EL DEBS, M. K. Concreto pré-molao: funamentos e aplicações.. e. São Carlos: EESC- USP, 000. FATTUHI, N. I. Column-loa efect on reinforce concrete corbels. Journal of Structural Engineering, v.6, n., p.88-97, Jan., 990. FATTUHI, N. I. Reinforce concrete corbels mae with high-strength concrete an various seconary reinforcements. Journal of the Structural Division, v.9, n.s7, p.76-8, July/Aug., 994. FATTUHI, N. I. SFRC corbel tests. ACI Structural Journal, p.9-, Mar/Apr., 987. FATTUHI, N. I. Strength of FRC corbels in flexure. Journal of Structural Engineering, v.0, n., p.60-77, Feb., 994. FATTUHI, N. I. Strength of FRC corbels subjecte to vertical loa. Journal of Structural Engineering, v.6, n., p.70-78, Mar., 990. FATTUHI, N. I.; HUGHES, B. P. Ductility of R.C. corbels containing either steel fibers or stirups. ACI Structural Journal, v.86, n.6, p.644-65, Nov/Dec., 989. FATTUHI, N. I.; HUGHES, B. P. Reinforce steel an polypropylene fiber concrete corbel tests. The Structural Engineer, v.67, n.4, p.68-7, Feb., 989. FATTUHI, N. I.; HUGHES, B. P. Reinforce steel fiber concrete corbels with various shear span-to-epth ratios. ACI Materials Journal, v.86, n.6, p.590-596, Nov/Dec., 989. FERNANDES, G. B. Behavior of reinforce high-strength concrete corbels - Experimental Investigation an Design Moel. In: CANMET/ACI INTERNATIONAL CONFERENCE ON HIGH-PERFORMANCE CONCRETE AND PERFORMANCE AND QUALITY OF CONCRETE STRUCTURES,., Gramao, 999. Proceeings... Farmington Hills, ACI. p.445-46. 999. FERNANDES, R. M.; EL DEBS, M. K. Contribuições aos moelos e cálculo para consolos curtos e muito curtos e concreto-armao. Engenharia - Estuo e Pesquisa, v.5, n., p.7-, Jan/Jun., 00. FRANZ, G. Stützenkonsolen. Beton un Stahalbetonbau, n.4, p.95-0, 976. FRANZ, G.; NIEDENHOFF, H. Die bewehrung von konsolen un gerungenen balken. Beton un Stahalbetonbau, v.58, n.5, p.-0, 96. HAGBERG, T. Design of concrete brackets: on the application of the truss analogy. ACI Journal, p.-, Jan/Feb., 98. HERMANSEN, B. R.; COWAN, J. Moifie shear-friction theory for bracket esign. ACI Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005

8 Rejane Martins Fernanes & Mounir Khalil El Debs Journal, p.55-6, Fev., 974. KRIZ, L. B.; RATHS, C. H. Connections proposals for reinforce concrete corbes. PCI Journal, v.0, n., p.6-6, Fev., 965. LEONHARDT, F.; MÖNNIG, E. Construções e concreto: princípios básicos sobre armação e estruturas e concreto armao. v.,.e. Rio e Janeiro: Interciência, 977. MACHADO, C. P. (998). Consolos curtos e muito curtos e concreto armao. São Paulo. Tese (Doutorao) Escola Politécnica - Universiae e São Paulo. MATTOCK, A. H.; CHEN, K. C.; SOONGSWANG, K. The behaviour of reinforce concrete corbels. PCI Journal, v., n., p.5-77, Mar/Apr., 976. MAUTONI, M. (97). Blocos sobre ois apoios: concreto armao. São Paulo. 89p. Tese (Doutorao) Escola Politécnica - Universiae e São Paulo. NAEGELI, C. H. (988). Estuo experimental e consolos em concreto armao. Rio e Janeiro. 77p. Dissertação (Mestrao) Pontifícia Universiae Católica o Rio e Janeiro. NAEGELI, C. H. (997). Estuo e consolos e concreto armao. Rio e Janeiro. 4p. Tese (Doutorao) Pontifícia Universiae Católica o Rio e Janeiro. REIS, A. P. A.; TORRES, F. M. (996). Estuo experimental e consolos em concreto armao. Goiânia. Universiae Feeral e Goiás - Escola e Engenharia Civil. (Projeto Final e Curso). ROBINSON, J. R. Éléments constructifs spéciaux u béton armé. Paris: Eyrolles, 975. TORRES, F. M. (998). Análise teórico-experimental e consolos e concreto armao. São Carlos. 95p. Dissertação (Mestrao) Escola e Engenharia e São Carlos - Universiae e São Paulo. YONG, Y. K.; BALAGURU, P. Behavior of reinforce high-strength concrete corbels. Journal of Structural Engineerings, v.0, n.4, p.8-0, Jan/Feb., 994. YONG, Y. K.; McCLOSKEY, D. H.; NAWY, E. G. Reinforce corbels of high-strength concrete. ACI SP-87 High-strength concrete, Detroit, Michigan, 985. ACI. p.97-., 985. ZELLER, W. Conclusions from tests on corbels. In: IABSE COLLOQUIUM. Stutgart, 99. Proceeings... p.577-58, Apr., 99. Caernos e Engenharia e Estruturas, São Carlos, v. 7, n. 5, p.0-8, 005