Avaliação Pré Teste Anamnese Estratificação de Risco Cardíaco Questionário PAR-Q e Triagem autoorientada para atividade física. Medidas de repouso: FC e PA 1
ANAMNESE Aná = trazer de novo; Mnesis = memória É uma entrevista, sem pressa e com muita atenção. É através dela que inicia-se a relação profissional / cliente. Uma sala particular e um ambiente tranquilo é importante neste momento. É composta de: 1. Objetivos com a prática de atividades física: melhoria da estética; redução da gordura corporal; aumento da massa muscular; diminuição dos níveis de stress; melhoria da qualidade de vida; melhoria da postura; lazer; combate ao sedentarismo; melhoria do condicionamento físico (força, resistência muscular e aeróbica e flexibilidade); manutenção do estado de saúde atual; etc. 2. História da atividade física anterior, atual e preferidas. 3. Hábitos alimentares tipo, número de refeições diárias. 4. HDA História da Doença Atual. Saber se o aluno tem alguma queixa no momento. 5. HPP História Patológica Pregressa. Identificar os fatores de risco, problemas osteo-mio-articulares, cirurgias importante, alergias, medicamentos utilizados. 2
Estratificação de Risco Cardíaco Fatores de risco para doenças coronarianas (DC) segundo o ACSM (2014): POSITIVO Idade: Homens 45 anos, Mulheres 55 anos. História familiar doenças cardíacas antes dos 55 anos no pai, irmão ou filho ou antes de 65 anos da mãe, irmã ou filha. Tabagismo fumante atual ou aquele que cessou nos últimos 6 meses ou exposição a fumaça ambiental de tabaco. Hipertensão 140/090 mmhg ou uso de medicação anti-hipertensiva. Dislipidemia - colesterol total 200 mg/dl (LDL 130 mg/dl e HDL <40 mg/dl ou medicação redutora dos lipídios) ou tomando medicação para diminuir a lipidemia. Glicose em jejum - 100 mg/dl Obesidade IMC > 30 kg/m 2 ou circunferência da cintura > 102 cm para homens e 88 cm para mulheres. Sedentarismo Não participar em pelo menos 30 minutos de atividade física moderada* pelo menos 3 dias da semana durante um período de 3 meses. NEGATIVO Colesterol HDL 60 mg / dl Fatores de risco modificáveis obesidade, sedentarismo, hipertensão e tabagismo. Fatores de risco não modificáveis idade, hereditariedade e sexo. 3
Estratificação de Risco Cardíaco Classificação dos Riscos para DCV e Recomendação de Atividade Física (ACSM, 2014) Baixo Risco Indivíduos assintomáticos que não possuem mais de um único fator de risco. O programa de atividade física pode ser executado com segurança sem a necessidade de um exame medico e a respectiva liberação. Risco Moderado Indivíduos assintomáticos que possuem 2 fatores de risco. Na maioria dos casos, estes indivíduos podem participar sem perigo das atividades físicas de intensidade baixa a moderada sem necessidade de um exame médico e de sua respectiva liberação. Neste caso, recomenda-se fazer um exame médico e um teste de esforço antes da participação em um programa de exercício vigoroso 4
Estratificação de Risco Cardíaco Alto Risco Indivíduos com doença cardiovascular (DCV), pulmonar ou metabólica conhecida ou com um ou mais sinais/sintomas*: *Dor, desconforto no tórax, pescoço, maxila, braços; falta de ar em repouso; vertigem; ortopneia (dispneia noturna), fadiga excessiva ou falta de ar com atividades habituais; taquicardia; claudicação intermitente, dentre outros. O risco para DCV e suficientemente elevado para a ponto de justificar um exame médico completo assim como a obtenção da liberação antes de iniciar uma atividade física ou um exercício de qualquer intensidade. 5
Estratificação de Risco Cardíaco DCV: Qualquer distúrbio que afeta a capacidade do coração de funcionar normalmente. Ex: enfarto do miocárdio, angina de peito, aterosclerose, arritmia, prolapso da válvula mitral, etc. Doença Pulmonar: qualquer doença ou distúrbio que ocorra nos pulmões ou que leve os pulmões a não funcionarem adequadamente. Ex: pneumonia, asma, DPOC (bronquite crônica e enfisema), câncer de pulmão, etc. Doença metabólica: diabetes (I e II), distúrbios de tiroide, doença renal e hepática. Fonte: Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição, 2014. 6
Supervisão do teste com base na categoria de risco ACSM, 2014 Estratificação de risco Baixo Risco Risco Moderado Alto Risco Exame médico e teste de esforço antes do exercício? Exercício moderado: N Exercício vigoroso: N Exercício moderado: N Exercício vigoroso: R Exercício moderado: R Exercício vigoroso: R Supervisão médica do teste de esforço? Submáximo: N Máximo: N Submáximo: N Máximo: R Submáximo: R Máximo: R N = não recomendado R = recomendado
Classificação da intensidade do exercício (ACSM, 2014) Exercício Leve %FC Max: 57-63 Exercício Moderado %FC Max: 64-76 Exercício Vigoroso %FC Max: 77-95
PAR-Q Questionário de Prontidão para Atividade Física. Physical Activity Readininess Questionnaire Objetivo: detectar contra-indicações à prática esportiva. Foi desenvolvido pelo British Columbia Ministry of Health. Recomendado para indivíduos com idade entre 15 e 69 anos que queiram iniciar exercícios físicos de intensidade leve à moderada. Possui sensibilidade de 100% para detecção de contra-indicações médicas ao exercício e uma especificidade de 80% (SHEPARD et al., 1981; SHEPARD, 1988; ACSM, 1991). Possui 7 perguntas: perguntas número 1, 2, 3 e 6 avaliam o sistema cardiovascular, 5 ósteo-mio-articular, e, 4/7 problemas de ordem metabólica e/ou pulmonares. PAR-Q Positivo: uma ou mais respostas positivas. Neste caso o avaliado deve consultar um médico antes de aderir a um programa regular de atividades físicas. PAR-Q Negativo : todas as perguntas negativas. O avaliado tem uma razoável garantia de apresentar condições adequadas para participação em um programa regular de atividades físicas. O cliente/aluno assina ao final do questionário. Não substitui a avaliação clínica. 9
Perguntas PAR-Q 1) Alguma vez seu médico lhe disse que você possui um problema no coração e recomendou que só fizesse atividade física sob supervisão médica? ( ) Sim ( ) Não 2) Você sente dor no peito causada pela prática de atividade física? ( ) Sim ( ) Não 3) Você sentiu dor no peito no último mês? ( ) Sim ( ) Não 4) Você tende a perder a consciência ou cair, como resultado de tonteira? ( ) Sim ( ) Não 5) Você tem algum problema ósseo ou muscular que poderia ser agravado com a prática de atividade física? ( ) Sim ( ) Não 6) Algum médico já recomendou o uso de medicamentos para a sua pressão arterial ou condição cardiovascular? ( ) Sim ( ) Não 7) Você tem consciência, através da sua própria experiência ou aconselhamento médico, de alguma outra razão física que impeça sua prática de atividade física? ( ) Sim ( ) Não 10
11
Triagem auto-orientada para atividade física. Instrumento de triagem auto orientada, fácil de utilizar, para avaliar a prontidão para participação em programa de atividade física. Fonte: Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição, 2014 (p.24) 12
FREQÜÊNCIA CARDÍACA (FC) Número de pulsações por minuto. FC BASAL - deve ser aferida logo após acordar, ainda deitado, durante três dias. Somar e tirar a média. FC em REPOUSO - deve ser aferida sentado, relaxado após 5 a 10 minutos de repouso. Segundo Porto (2001) valores entre 60-100 são normais para um adulto. Valores inferiores que 60 só são normais para indivíduos atletas, caso contrário considera-se bradicardia e superiores a 100 taquicardia (causas - exercício, emoção, gravidez, estados febris, insuficiência cardíaca, fumo, etc.). 13
FREQÜÊNCIA CARDÍACA (FC) TÉCNICA PALPATÓRIA: ARTÉRIA RADIAL: dedos indicador e médio juntos na artéria radial que fica na base do polegar. ARTÉRIA CARÓTIDA: dedos logo abaixo do osso do maxilar na região lateral do pescoço. Não aperte os dedos ou coloque nos dois lados ao mesmo tempo, pois, pode mascarar a mensuração. Aferir a FC durante 10 ou 15 e multiplicar por 6 ou 4 respectivamente, para saber quantos batimentos em 1 min. FREQUÊNCÍMETRO 14
PRESSÃO ARTERIAL (PA) Hipertensão arterial (HA) é condição clínica multifatorial caracterizada por elevação sustentada dos níveis pressóricos 140 e/ou 90 mmhg. Frequentemente se associa a distúrbios metabólicos, alterações funcionais e/ou estruturais de órgãos-alvo, sendo agravada pela presença de outros fatores de risco (FR), como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose e diabetes melito (DM).1,2 ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Rio de Janeiro: 2016, Volume 107, Nº 3. Ver Capítulo 2: Diagnóstico e Classificação 15
PRESSÃO ARTERIAL (PA) Classificação da PA para indivíduos com > 18 anos Classificação PA sistólica PA diastólica Normal 120 80 Limítrofe 121-139 81-89 Hipertensão I 140-159 90-99 Hipertensão II 160-179 100-109 Hipertensão III 180 110 Hipertensão Sistólica isolada 140 < 90 Fonte: VII Diretriz Brasileira de Hipertensão, 2016 Para classificação da PA em crianças e adolescentes consultar tabela disponível em: www.sbh.org.br - V Diretriz Brasileira de Hipertensão. 16
SÍNDROME METABÓLICA ARQUIVOS BRASILEIROS DE CARDIOLOGIA. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Rio de Janeiro: 2016, Volume 107, Nº 3. 17
Bibliografia Diretrizes do ACSM para os testes de esforço e sua prescrição, 2014. PORTO. Semiologia Médica, Guanabara Koogan, 2001 I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica, 2005. VII Diretriz Brasileira de Hipertensão, 2016. 18