Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

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Transcrição:

Dezembro de 2015 Taxa de câmbio e clima favorecem a renda agrícola em 2016, mas custos deverão reduzir as margens no campo e na agroindústria Regina Helena Couto Silva Priscila Pacheco Trigo Leandro de Oliveira Almeida Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos O agronegócio brasileiro continuará apresentando desempenho positivo no próximo ano, favorecido (i) pelo clima mais chuvoso, que deverá beneficiar a produtividade das lavouras de grãos, cana e café e (ii) pelo real mais depreciado, que permitirá melhor rentabilidade das exportações e, consequentemente, preços em reais mais elevados. Estimamos ampliação de 2,0% do PIB agrícola em 2016, após expansão de 2,2% neste ano. Esse desempenho reflete principalmente a expectativa de novo recorde para a colheita de grãos da próxima safra e a ampliação da produção de carnes, visando atender especialmente a demanda internacional. A combinação de ligeira alta da produção com preços domésticos em reais mais elevados deverá se traduzir em ampliação da renda agrícola de grãos, para a qual estimamos elevação de 12,1% em 2016. Se, de um lado, o câmbio favorecerá os preços domésticos, de outro, provocará a elevação dos custos com fertilizantes e defensivos agrícolas. Um aspecto a considerar é que a manutenção das cotações do petróleo em níveis mais baixos trará alívio na formação de preços dos fertilizantes, de forma a compensar, pelo menos parcialmente, o impacto da depreciação da moeda brasileira sobre os custos de produção. Assim, deveremos observar uma combinação de recuo de margens no campo, fruto dos custos dolarizados, e ampliação da renda agrícola, em resposta à produção recorde e aos preços em reais mais elevados. TOTAL GRÃOS SOJA MILHO ALGODÃO EM CAROÇO TRIGO FEIJÃO 635 520 351 1.859 Segundo estimativas da Conab 1, a safra 2015/16, que começará a ser colhida a partir de março do próximo ano, deverá alcançar 211,9 milhões de toneladas. Esse volume representa uma alta de 1%. A soja será o grande destaque, somando 101 milhões de toneladas, o equivalente a um crescimento de 4,9%. Se concretizados esses prognósticos, será o sétimo ano de safra recorde de grãos no Brasil. As safras recordes de grãos no Brasil e nos EUA, maiores exportadores globais, deverão manter as cotações internacionais em níveis mais acomodados. Por outro lado, a depreciação do real favorece a rentabilidade principalmente das culturas exportadoras como soja, milho e algodão, majorando os preços em reais. A safra recorde, com preços em reais em alta, nos leva a estimar um incremento de 12,1% para a renda do campo em 2016. Incrementos mais relevantes são esperados para as regiões Centro-Oeste e Sul, que concentram 80% da produção brasileira de soja, o destaque da safra atual. Importante ressaltar, que a China, embora com desaceleração, segue positiva para o agronegócio brasileiro. O país consome pouco mais de um terço da soja produzida no Brasil e mesmo diante do crescimento mais baixo, o consumo de proteínas animais deverá seguir em expansão, diante da melhora de renda per capita. 15.332 18.659 Variação da renda agrícola de grãos por produtos safra 2015/2016 (em 1.000 reais) ARROZ -39-1.000 4.000 9.000 14.000 19.000 Fonte: CONAB Elaboração e projeção: BRADESCO 1 Conab Companhia Nacional de Abastecimento, ligada ao Ministério da Agricultura. 1

Evolução da Renda Agrícola por região (em 1.000 reais) 77.000 66.000 55.000 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16* 74.886 65.924 60.888 61.575 55.957 54.723 49.599 49.864 44.000 33.000 22.000 11.000 4.121 4.936 6.274 6.949 16.520 14.465 13.991 13.059 12.099 9.860 10.340 11.955 Fonte: CONAB, DERAL Elaboração: CONAB, BRADESCO 0 NORTE NORDESTE SUDESTE SUL CENTRO-OESTE Encarecido pela depreciação da moeda brasileira, o uso de fertilizantes na atual safra está menor, com queda de 6% ante a safra passada. Mesmo assim, são esperados incrementos de produtividade, em resposta à maior fertilidade do solo, que vem recebendo grande quantidade de adubação nas últimas quatro safras, e ao clima mais chuvoso no Centro-Sul do Brasil, trazido pelo El Niño. Mas é importante lembrar que um dos efeitos para o Brasil é o risco de excesso de chuvas no Sul, podendo impactar negativamente as lavouras de arroz e trigo, e seca no Nordeste, podendo provocar quebra na safra de feijão e de algodão na região 2. Outro efeito do El Niño é a estiagem na Ásia. No entanto, o impacto nas lavouras de grãos será limitado, já que estão em período final de colheita. O impacto mais relevante poderá ocorrer nas culturas de cana e café, cuja colheita terá início a partir de outubro de 2015 e se estenderá até meados de 2016, podendo trazer um movimento de alta de preços para essas commodities. As exportações brasileiras de carnes deverão ser favorecidas (i) pela continuidade de expansão da demanda advinda dos países emergentes, embora em ritmo menos acelerado, e da melhora de demanda nos países desenvolvidos, (ii) pela abertura de mercados relevantes como EUA, China, Arábia Saudita e Japão e (iii) pelo câmbio mais depreciado, melhorando a rentabilidade do exportador. As estimativas do USDA 3 apontam elevação de 2,5% da produção brasileira do complexo carnes em 2016, após alta de 0,5% em 2015. Os destaques de ampliação da produção são a carne avícola, com expansão de 3,0% neste ano e 3,1% no próximo, e a carne suína, para a qual a estimativa é de elevação de 1,5% em 2015 e de 1,7% em 2016. A estimativa para a carne bovina é de recuo de 3,1% em 2015 e volta do crescimento em 2016, de 1,9%. Esse desempenho espelha a dinâmica das exportações, que em 2015 estão mais favoráveis 2 O Nordeste responde por 20% da produção brasileira de feijão e por 33% da produção de algodão. 3 USDA Sigla em inglês do Departamento de Agricultura dos EUA. para as carnes avícola e suína, com expansão de 5,1% e 1,6% nessa ordem, ao passo que a bovina deverá fechar o ano com retração de 14,9%, afetada pela menor demanda nos países produtores de petróleo. Já para 2016, todas as carnes estão com estimativa de retomada dos embarques na seguinte ordem: 9,2% bovina, 3,7% avícola, 2,7% suína. As estimativas do USDA nos parecem factíveis considerando a abertura de mercados que o Brasil vem conquistando ao longo deste ano e o impulso da taxa de câmbio. Soma-se a isso, o fato que o Brasil poderá ganhar parte do mercado de carne bovina deixado pela Austrália, cujas exportações deverão cair 10,5% no próximo ano, fruto da menor disponibilidade interna de animais prontos para abate. O rebanho bovino da Austrália deve encolher 5,3% em 2016, para 26,2 milhões de cabeças, após queda de 5,8% em 2015, por causa do elevado número de abate. Mesmo com o incremento das exportações brasileiras, o País manterá, em 2016, a posição de segundo maior exportador do complexo carnes, atrás dos EUA, com a participação no mercado global permanecendo em 22%, a média dos últimos cinco anos. Complementarmente, as exportações de carne bovina acumulam queda de 20% neste ano até setembro, refletindo a demanda retraída nos países produtores de petróleo, que perderam receita com a queda de cotações internacionais da commodity, como Rússia e Venezuela. Os embarques brasileiros de carne suína estão em recuperação para Rússia, Argentina e China e as exportações de carne avícola estão em expansão para países árabes e China. Em resposta à retomada das exportações, os preços do boi devem continuar elevados, respeitando momentos sazonais de alta e de baixa. Mas o pecuarista continuará arcando com os elevados custos de aquisição de bezerros, fruto do abate de fêmeas 2

matrizes realizado nos últimos anos. Recentemente vem ocorrendo o movimento de retenção de fêmeas. No entanto, o efeito de maior oferta de bezerros e consequente baixa de preços será lento. Assim, os preços do boi devem continuar pressionando as margens dos frigoríficos, sobretudo daqueles que não são exportadores e, portanto, não se beneficiam do câmbio mais depreciado na comercialização das carnes. Para os criadores de aves e suínos, os custos também serão mais pressionados no próximo ano, uma vez que os preços em reais do milho devem subir, refletindo, de um lado, o dólar valorizado e, de outro, o recuo de produção da primeira safra, que vem cedendo espaço para o plantio de soja. 4.000 3.200 Bovina Frango Suínos 2.739 3.242 3.222 3.443 3.482 3.740 3.880 Exportações brasileiras do complexo carnes - em mil toneladas 1997-2016 2.400 2.189 1.600 800 619 231 0 82 1997 1998 735 870 488 162 1999 2000 1.577 1.610 872 590 621 761 730 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 1.849 1.775 1.524 1.596 1.625 1.340 707 584 661 585 565 580 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015* 2016* Fonte e projeção: USDA Elaboração: BRADESCO As lavouras de café, que sofreram com a estiagem no Sudeste na última safra, deverão apresentar alguma recuperação no próximo ano, já que o tempo está mais chuvoso nas principais regiões produtoras. Os preços do café em reais devem continuar em níveis mais elevados, favorecidos pelo câmbio depreciado, beneficiando assim a renda do cafeicultor. O setor sucroalcooleiro deverá apresentar melhores resultados no próximo ano. O clima mais chuvoso poderá favorecer a produtividade da cana, que foi prejudicada pela seca no Sudeste do País neste ano. O melhor ajuste global entre oferta e demanda de açúcar na atual safra será o principal aspecto de impulso para os preços internacionais da commodity. O etanol também deverá continuar registrando elevação de preços no mercado doméstico, favorecido pelo consumo mais voltado para esse combustível em detrimento da gasolina, cujos preços já sofreram reajuste neste ano. Soma-se a isso, a possibilidade de elevação da CIDE 4 em 2016, o que poderá beneficiar ainda mais a demanda por etanol em detrimento da gasolina. Com esse incentivo, poderemos observar uma safra mais voltada para a produção de etanol. Esse cenário poderá trazer algum alívio para usinas que se encontram com elevado grau de endividamento. Fazendo um balanço deste ano para o agronegócio brasileiro, nos parece que as lavouras tiveram surpresa positiva com o clima e movimento dentro do que já era esperado para os preços, que se mantiveram acomodados ante as safras globais recordes. Já o complexo carnes sofreu impacto além do que seria esperado para as exportações e para o consumo doméstico, retraído ante a piora do mercado de trabalho. Os volumes embarcados caíram muito, em resposta às dificuldades em importantes mercados de destino como a Rússia e a Venezuela, que sofreram com a queda das cotações do petróleo combinada à desvalorização da moeda local ante o dólar. Por fim, o aumento de custos de produção no campo será generalizado no próximo ano. As lavouras sentirão o custo do real depreciado sobre os preços dos fertilizantes e dos defensivos agrícolas. E as carnes terão o impacto da continuidade de alta dos preços dos bezerros e do milho, principal insumo nas granjas de aves e de suínos. Assim, deveremos perceber ajuste para baixo nas margens da agroindústria em 2016. Mas ainda assim, os resultados deverão ser muito positivos. De fato, estimamos ampliação de 2,0% do PIB agrícola em 2016, após ampliação de 2,2% neste ano, respondendo à safra recorde de grãos e ao incremento de exportações do complexo carnes. Assim, destacamos que o desempenho do agronegócio brasileiro estará bem acima do comportamento do restante da economia, para a qual estimamos recuo de 2,0% em 2016 depois de queda de 3,0% em 2015. A despeito do melhor desempenho, seguindo 4 CIDE Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico. Corresponde a R$ 0,10 por litro de gasolina comercializada nos postos de combustíveis. 3

os demais segmentos da economia, a agropecuária também continuará realizando ajustes na mão de obra, no sentido de corte de custos e melhora da eficiência operacional. As regiões Centro-Oeste e Sul, que têm maior vocação agrícola deverão se beneficiar desse cenário. Destaque também para o Mapitoba 5, que vem ganhando relevância na expansão da fronteira agrícola do País e hoje responde por quase 10% da produção brasileira de grãos. Em suma, esperamos um cenário favorável para o agronegócio brasileiro em 2016. Mesmo nesse quadro benéfico, estimamos recuo de 16% das vendas de máquinas agrícolas em 2016, após retrair 30% em 2015. O ciclo de renovação de máquinas agrícolas, iniciado em 2006, atingiu recordes históricos de vendas, como resultado da antecipação de compra que foi incentivada pelas taxas de juros subsidiadas. Hoje, com um parque agrícola renovado, a necessidade de compra de maquinário deverá voltar à pauta apenas a partir de 2017, quando deverá ter início novo ciclo de renovação e ampliação do parque agrícola no País. Entre os principais desafios para o agronegócio brasileiro em 2016 continuará a necessidade de investimentos em infraestrutura para escoamento da safra. 5 Mapitoba sigla dos estados: Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. 4

Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Marcelo Cirne de Toledo - Superintendente executivo Economia Internacional: Fabiana D Atri / Felipe Wajskop França / Daniela Cunha de Lima / Thomas Henrique Schreurs Pires Economia Doméstica: Igor Velecico / Andréa Bastos Damico / Ellen Regina Steter / Myriã Tatiany Neves Bast / Ariana Stephanie Zerbinatti Análise Setorial: Regina Helena Couto Silva / Priscila Pacheco Trigo / Leandro de Oliveira Almeida Pesquisa Proprietária: Fernando Freitas / Leandro Câmara Negrão / Ana Maria Bonomi Barufi Estagiários: Davi Sacomani Beganskas / Henrique Neves Plens / Mizael Silva Alves / Gabriel Marcondes dos Santos / Wesley Paixão Bachiega / Carlos Henrique Gomes de Brito / Gustavo Assis Monteiro O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 5