jan-07 jul-07 jan-08 jul-08 jan-09 jul-09 jan-10 jul-10 jan-11 jul-11 jan-12 jul-12 jan-13 jul-13 jan-14 jul-14 jan-15 jul-15 jan-16 jul-16 Jan-10 Jul-10 Jan-11 Jul-11 Jan-12 Jul-12 Jan-13 Jul-13 Jan-14 Jul-14 Jan-15 Jul-15 Jan-16 Jul-16 16 de janeiro de 2017 O principal destaque da última semana foi a reunião de política monetária do Banco Central do Brasil (BCB), na qual os integrantes do Comitê de Política Monetária (Copom) votaram em favor do corte de 75 pontos-base (pb) na taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, para 13% ao ano. A decisão unânime destoou do movimento esperado pela Itaú Asset Management, e pela maior parte do mercado, e foi motivada pela incorporação de novas premissas no modelo do BCB para o comportamento da inflação e da atividade. As projeções do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foram negativamente revisadas, tornando-se sensivelmente mais baixas do que as apresentadas há menos de um mês no Relatório de Inflação (RI) do BCB. Confrontado com esses novos cenários, que apresentam um IPCA ao redor ou abaixo da meta de inflação no horizonte relevante, o Comitê entendeu que havia espaço para uma antecipação de um movimento que até então esperávamos que ocorresse somente a partir da próxima reunião: o aumento do ritmo de cortes da taxa Selic para 75 bps. A estratégia do BCB foi a de manter uma mesma premissa total de ciclo, mas com cortes mais agressivos no curto prazo, agilizando o processo de queda dos juros. Dessa maneira, esperamos que o ritmo atual de 75 bps seja mantido nas reuniões vindouras, sem que em um primeiro momento o orçamento esperado pelo mercado seja excedido. No entanto, tendo em vista o nosso cenário-base, esperamos que tal premissa seja gradualmente revisada, passando a contemplar um ciclo maior ao longo do tempo. Entre as razões para essa hipótese destacamos: 1) a desaceleração mais rápida do que a esperada do IPCA; e 2) a recuperação gradual da atividade. A respeito do primeiro ponto, os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nessa semana mostraram que o índice oficial de inflação encerrou o ano de 2016 em 6,3%, uma queda impressionante na comparação com a taxa de variação do ano anterior (10,7%). Mais do que isso, pela primeira vez desde dezembro de 2014 o IPCA ficou abaixo do limite superior estabelecido pelo regime de metas de inflação. 15,0 10,0 5,0 0,0 Indicadores Mensais de Atividade - Sazonalmente Ajustado (Índice 2011 = 100) 115 105 95 85 75 65 IPCA - Grupos Especiais (Variação Anual) IPCA Administrados Livres Fonte: IBGE. Elaboração: Itaú Asset Management Data-base: Dezembro de 2016 IBC-Br (PIB Mensal BCB) PMC (Comércio IBGE) Fonte: IBGE. Elaboração: Itaú Asset Management Data-base: Novembro de 2016 PIM (Indústria IBGE) PMS (Serviços IBGE) 6,5 6,3 5,5 nov-16 98,8 94,2 89,7 81,1 1
Um fator que tem fortalecido a tendência de convergência inflacionária, e que continuará a contribuir para esse processo nos trimestres vindouros, é a fraqueza da atividade doméstica. Entre os indicadores que favorecem essa hipótese destacamos, em primeiro lugar, os dados recentes de atividade, que sugerem que o Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre será mais fraco do que o esperado pela autoridade monetária. Não que todas as notícias sejam negativas: a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) divulgada nessa semana surpreendeu positivamente ao indicar uma expansão de 2% na atividade do setor entre outubro e novembro na série sazonalmente ajustada. O problema é que, ao que tudo indica, esse resultado reflete muito mais uma particularidade sazonal (liquidações da Black Friday) do que um sinal de uma reversão célere da tendência vista nos últimos trimestres. Ainda que em dimensões distintas, reconhecemos sinais condizentes com a hipótese de recuperação gradual em outros indicadores macroeconômicos, com o nosso acompanhamento de atividade sugerindo que o PIB brasileiro registrou uma contração de cerca de 1% no último trimestre de 2016. Caso as nossas projeções estejam corretas, após uma contração do PIB de 3,7% em 2016, o Brasil acompanhará uma nova queda da atividade em termos reais (0,4%). Tudo considerado, avaliamos que as informações disponibilizadas ao longo da última semana consolidam a tese de que o corte a ser anunciado em fevereiro também será da ordem de 75 pb e nos dão subsídio para acreditar que os riscos para a nossa projeção de Selic para o final de 2017 sejam da taxa de juros encerrar o ano abaixo dos 9% que constam em nosso cenário-base. Informação Confidencial Política Corporativa de Segurança da Informação 2
14-jan 28-jan 11-fev 25-fev 10-mar 24-mar 7-abr 21-abr 5-mai 19-mai 2-jun 16-jun 30-jun 14-jul 28-jul 11-ago 25-ago 8-set 22-set 6-out 20-out 3-nov 17-nov 1-dez 15-dez 29-dez 13-jan 12-jan O dólar chegou a ser negociado a R$ 3,16 na 5ª-feira, mas terminou a semana a R$ 3,22 (-0,16%). Nesse período, a moeda brasileira apresentou desempenho levemente pior em comparação à média dos seus pares emergentes. Por aqui, a influência predominante continuou sendo do fluxo corrente e previsto de divisas externas, tendo como origem operações de fusões e aquisições, além de emissões de dívida. Cotação do Dólar 4,3 4,1 3,9 3,7 3,5 3,3 3,1 2,9 2,7 2,5 3,22 R$/US$ Variação do Dólar dentro das últimas 4 semanas -3,49% -0,46% Semana 13/jan Semana 30/dez -1,00% -0,16% Semana 06/jan Semana 23/dez Fonte: BACEN. Elaboração: Itaú Asset Management Data-base: 13 de janeiro de 2017 1,54-1,06 0,82-0,34-1,35-2,14 0,81 * Renminbi : Moeda oficial da China. Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management Data-base: 13 de janeiro de 2017. 3
ago-18 ago-20 ago-22 ago-24 ago-30 mai-35 ago-40 mai-45 ago-50 jan-18 jan-21 jan-23 jan-25 Curva de juros nominais (% ao ano) 14,00% A surpresa com o corte mais acelerado da taxa Selic na reunião do Copom de janeiro repercutiu sobre a curva de juros brasileira, que apresentou queda especialmente nas negociações com prazo de vencimento até janeiro de 2021. E média, as taxas indicativas entre o DI Jan18 e o DI Jan21 caíram 0,3 p.p. 13,00% 12,00% 11,00% 10,00% A curva de juros do mercado passou a precificar nível de 9,9% a.a. para a taxa Selic no final de 2017 contra 10,2% a.a. um dia antes da reunião do Copom. Está embutida a chance de um novo corte de 0,75 p.p. na reunião do Copom de fevereiro. Os dados econômicos divulgados na semana, como o IPCA referente a dezembro de 2016 e o indicador mensal de atividade econômica (IBC-br), tiveram impacto positivo secundário sobre os ativos de renda fixa. Fonte: BM&FBovespa. Elaboração Itaú Asset Management Data-base: 13 de janeiro de 2016 Curva de juros reais (% ao ano) 6,30 6,20 6,10 6,00 5,90 5,80 5,70 5,60 5,50 5,40 13/01/2017 06/01/2017 30/12/2016 23/12/2016 16/12/2016 13/01/2017 06/01/2017 30/12/2016 23/12/2016 16/12/2016 Fonte: BM&FBovespa. Elaboração Itaú Asset Management Data-base: 13 de janeiro de 2016 Informação Confidencial Política Corporativa de Segurança da Informação 4
14-jan 11-fev 10-mar 7-abr 5-mai 2-jun 30-jun 28-jul 25-ago 22-set 20-out 17-nov 15-dez 13-jan 12-jan 14-jan 11-fev 10-mar 7-abr 5-mai 2-jun 30-jun 28-jul 25-ago 22-set 20-out 17-nov 15-dez 12-jan 13-jan Ibovespa (em pontos) 75.000 65.000 55.000 45.000 35.000 Fonte: BM&F Bovespa. Elaboração: Itaú Asset Management. Data-base: 13 de janeiro de 2017 S&P500 (em pontos) Ibovespa 63.652 O mercado acionário brasileiro respondeu ao corte mais forte da taxa Selic com valorização de 3,2% na semana, aproximando-se 64 mil pontos. A perspectiva de flexibilização acentuada da política monetária fortaleceu-se com o balanço de riscos mais positivo para a inflação comunicado pelo Banco Central do Brasil na última quarta-feira. Isso impacta positivamente as previsões dos resultados de várias das companhias listadas em bolsa, pelo aspecto das despesas financeiras. A Bolsa americana, representada pelo índice S&P500, ficou estável na semana. Não tivemos novidades dos dados econômicos e na primeira entrevista coletiva do novo presidente. 2.400 2.200 2.000 1.800 1.600 2.274 S&P500 Fonte: Bloomberg. Elaboração: Itaú Asset Management. Data-base: 13 de janeiro de 2017. Informação Confidencial Política Corporativa de Segurança da Informação 5
Nome Unidade Nível % dia % sem. % mês % 12m % 24m Renda Fixa (d-1) CDI % ao ano 12,88% 0,05% 0,25% 0,51% 14,10% 29,28% IRFM Índice - - 1,14% 1,54% 23,95% 32,92% IMA Ex-C Índice - - 0,99% 1,26% 21,70% 32,78% IMA B5 Índice - - 0,69% 1,13% 15,33% 33,40% IMA B5+ Índice - - 2,09% 2,05% 32,71% 38,31% Inflação IPCA % - - - 0,30% 6,29% 17,63% IGP-M % - - - 0,54% 7,17% 18,47% Commodities CRB Índice 194,54-0,22% 0,52% 1,05% 19,80% -11,45% Moedas (taxas de câmbio por dólar) Real Dólar 3,22 0,97% -0,16% -1,16% -19,89% 21,73% Real Euro 3,42 1,11% 0,90% -0,12% -21,63% 10,11% Euro Dólar 0,94-0,29% -1,06% -1,16% 2,20% 10,62% Peso Mexicano Dólar 21,54-1,12% 1,54% 3,90% 19,99% 47,36% Peso Colombiano Dólar 2.947,25 0,79% 0,82% -1,82% -9,45% 20,71% Peso Chileno Dólar 659,08-0,38% -1,35% -1,69% -9,26% 6,49% Iene Dólar 114,55-0,15% -2,14% -2,06% -2,66% -2,87% Renminbi Dólar 6,90 0,09% -0,34% -0,64% 4,94% 11,31% Dólar Canadense Dólar 1,31-0,17% -0,86% -2,37% -8,49% 9,73% Libra Esterlina Dólar 0,82-0,17% 0,81% 1,32% 18,25% 24,44% Dólar Australiano Dólar 1,33-0,16% -2,69% -3,95% -7,23% 8,93% Dólar N. Zelândia Dólar 1,40-0,30% -2,36% -2,73% -8,55% 8,62% Ações - Brasil (em Reais) Ibovespa Índice 63.652-0,47% 3,14% 5,69% 63,44% 32,49% Ibovespa USD 20.202 4,01% 4,85% 9,30% 106,00% 11,49% IBX Índice 26.177-0,40% 3,09% 5,60% 60,03% 31,69% IDIV Índice 3.398-1,18% 1,95% 4,55% 93,99% 28,16% SMLL Índice 1.195 0,25% 3,94% 7,45% 56,14% 18,30% ISE Índice 2.445-0,75% 1,00% 1,44% 25,43% 3,99% Ações - Mundo (Índice - em moeda local) S&P500 EUA 2.274 0,17% -0,13% 1,58% 20,31% 12,42% FTSE Inglaterra 7.338 0,62% 1,77% 2,73% 23,10% 12,16% DAX Alemanha 11.629 0,94% 0,26% 1,29% 16,75% 16,98% Nikkei Japão 19.287 0,80% -0,86% 0,90% 12,48% 14,37% Data Contratos Futuros DI jul-17 jan-18 jan-19 jan-21 Último % ao ano 11,94% 11,06% 10,53% 10,80% d-1 % ao ano 11,92% 11,00% 10,47% 10,77% Variação Em p.p. 0,02 0,06 0,06 0,03 Mês anterior % ao ano 12,42% 11,54% 11,05% 11,34% 30/12/2016 % ao ano 12,42% 11,54% 11,05% 11,34% Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management Data-base: 13 de janeiro de 2017. 6
segunda terça quarta quinta sexta mi 16 janeiro 17 janeiro 18 janeiro 19 janeiro 20 janeiro IPC-S FGV Ata da Copom IPC FIPE- Semanal IPCA-15 IBGE sem definição Coleta de impostos Brasil Balança comercial semanal IGP-10 FGV Confiança industrial CNI Confiança do consumidor CNI Dívida federal total Inflação ao consumidor Construção de casas novas Posse de Trump EUA Produção industrial Produção manufatureira Utilização da capacidade Licenças para construção Europa Inflação ao consumidor (IT) Inflação ao consumidor (UK) Balança comercial total (IT) Inflação ao consumidor (GE) Variação pedidos seguro-desemprego (UK) IPP (GE) China e Japão Índice de setor terciário (JN) Produção industrial (JN) Utilização da capacidade (JN) Pedidos de ferramentas para máquinas (JN) PIB (CH) Produção industrial (CH) Vendas no varejo (CH) Fonte: Bloomberg Elaboração: Itaú Asset Management Data base: 13 de janeiro de 2017. 7
Renda Fixa IRFM 1; IRFM 1+; IMA B5; IMA B5+; e IMA Ex-C são componentes do IMA. O IMA Índice de Mercado ANBIMA é uma família de índices que representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos e serve como benchmark para o segmento. Com o objetivo de atender às necessidades dos diversos tipos de investidores e das suas respectivas carteiras, o IMA é atualmente subdividido em quatro subíndices, de acordo com os indexadores dos títulos prefixados (IRFM), indexados ao IPCA (IMA B), indexados ao IGP-M (IMA C) e pós-fixados (IMA S). Com exceção da carteiras teóricas de títulos indexados ao IGP-M e pós-fixados (IMA-S), para as demais carteiras, são calculados subíndices com base nos prazos dos seus componentes. Adicionalmente, em virtude da intenção explícita da STN de não mais emitir títulos indexados ao IGP-M (NTN-C) e, ainda, devido à baixa liquidez observada neste segmento, foi determinada a construção de um índice agregado aos mesmos moldes do IMA-Geral, mas sem a participação do IMA-C, denominado IMA-Geral Ex-C. IRFM 1 LTN e NTN-F com prazo < 1 ano IRFM 1+ LTN e NTN-F com prazo >/= 1 ano IMA B5 NTN-B com prazo < 5 anos IMA B5+ NTN-B com prazo >/= 5 anos Fonte: ANBIMA / Adaptação: Itaú Asset Management Commodities Índice de uma cesta de commodities em dólares. Ações - Brasil IDIV Índice Dividendos SMLL Índice Small Cap ISE Índice de Sustentabilidade Empresarial Fonte: BM&FBovespa / Elaboração: Itaú Asset Management A Conjuntura Semanal é uma publicação da Itaú Asset Management. A Itaú Asset Management é o segmento do Itaú Unibanco especializado em gestão de recursos de clientes. As informações contidas nesta publicação foram produzidas dentro das condições atuais de mercado e conjuntura e refletem uma interpretação do Itaú Unibanco, podendo ser alteradas a qualquer momento sem aviso prévio. Esta publicação possui caráter meramente informativo e não reflete oferta ou recomendação de investimento de nenhum produto específico. Para análise de produtos específicos oferecidos pelo Itaú Unibanco, consulte seu representante comercial/gestor ou banker para maior detalhamento e informações completas acerca de suas peculiaridades e riscos. O Itaú Unibanco não se responsabiliza por decisões de investimento tomadas com base nos dados aqui divulgados. Cotações após às 17h30 min da 6ª feira. Opiniões, estimativas e projeções contidas nesse material correspondem à avaliação do analista responsável na data em que foram emitidas e, portanto, podem ser modificadas a qualquer momento. Leia o prospecto, o formulário de informações complementares, lâmina de informações essenciais e o regulamento antes de investir. Para obter mais informações, entre em contato pelo telefone (11) 3631-2939. Consultas, sugestões, reclamações, críticas, elogios e denúncias, utilize o SAC: 0800 728 0728, todos os dias, 24 horas, ou o canal Fale Conosco (www.itau.com.br). Se necessário contate a Ouvidoria Corporativa Itaú: 0800 570 0011 (em dias úteis das 9h às 18h) ou Caixa Postal 67.600, CEP 03162-971. Deficientes auditivos ou de fala, todos os dias, 24 horas, 0800 722 1722. 8