Embraer espera alta nas entregas de aviões no ano Por Julio Ottoboni As entregas da Embraer tanto para a aviação comercial quanto para aviação executiva devem crescer nos próximos meses. A previsão foi feita na última sexta-feira (27) pela empresa, que espera melhorar os resultados obtidos no primeiro trimestre. A fabricante mantém previsão de entregar de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 jatos executivos no ano. Nos três primeiros meses do ano foram entregues 14 aeronaves comerciais e 11 executivas, sendo 8 jatos leves e 3 jatos
grandes, ante os 18 comerciais e 15 executivas, sendo 11 jatos leves e 4 jatos grandes do no ano anterior. Segundo a Embraer, geralmente as entregas do primeiro trimestre tendem a ser menores em relação aos demais trimestres do ano, por questão de sazonalidade. No período, a empresa registrou prejuízo de R$ 40 milhões, ante lucro líquido de R$ 168,5 milhões em igual período de 2017, mas espera reverter o resultado ao longo do ano. Nos últimos 10 anos, a Embraer mantém média de 220 a 230 aviões vendidos e entregues por ano. Conforme novas normas contábeis, os pedidos firmes passaram de US$ 19,2 bilhões no primeiro trimestre de 2017 para US$ 19,5 bilhões. Desde 2008 a companhia vem se mantendo na casa de US$ 6 bilhões de receita. Nesse período surgiu a aviação executiva com maior vigor dentro do mercado, mas diminuíram as entregas de aviões comerciais. Para a Embraer, considerando o cenário de crise que o mercado passou, é um resultado bom. Mas o crescimento estagnou. Nesses últimos 10 anos foram investidos US$ 5 bilhões no desenvolvimento dos aviões executivos, comerciais e defesas, além de soluções para a área de serviços. O 190-E2 acabou de ser certificado e o KC-390 chega ao mercado no fim do ano. A empresa anunciou em dezembro que negocia parceria com a Boeing e confirmou que o acordo pode envolver nova companhia para produção de jatos comerciais, excluindo as operações de defesa da empresa brasileira e, talvez, sua unidade de aviões executivos. FONTE: DCI
Marinha do Brasil recebe o primeiro A-4 biplace modernizado Por Guilherme Wiltgen A Marinha do Brasil recebeu ontem (24), durante uma cerimônia realizada na unidade de Gavião Peixoto, a primeira aeronave TA-4KU Skyhawk II modernizada. Designado AF-1C N-1022 (Falcão 22), esse é o primeira A-4 biplace modernizado entregue à Marinha do Brasil.
A modernização do A-4/TA-4 KU consiste em: Revisão Geral das aeronaves (PMGA) *Revisão Geral dos motores (IAI em Israel) *Novo radar (Elta 2032) *Novo HUD (Head Up Display); Dois displays táticos 5 x7, Color Multi-Function Display (CMFD) *HOTAS (Hand On Throttle and Stick; Computador principal que executará todo cálculo de navegação e balístico, para o piloto poder empregar os armamentos (bombas, metralhadora e demais mísseis de curto e médio alcance existentes nos inventários da FAB e MB) *Novo sistema de geração de energia, com a substituição dos atuais geradores e conversores; Sistema OBOGS (On Board Oxygen Generation System), que gerará o oxigênio proveniente da atmosfera para os tripulantes, sem a necessidade de abastecimento das atuais garrafas de oxigênio; Novos rádios Rohde & Schwarz M3AR, que possuem comunalidade com os das aeronaves da FAB, para realizar, automaticamente, comunicação criptografada e que permitirão no futuro a transmissão de dados via datalink *Instalação do Radar Warning Receiver (RWR); Instalação do 3º Rádio VHF, capaz de realizar transmissão de dados via data-link, enquanto a aeronave permanece com a escuta dos órgãos ATC (Air Traffic Controler); Revitalização do Piloto Automático *Integração do Radar Altímetro e do TACAN *Sistema inercial (EGI) de última geração *Integração dos instrumentos do motor e Instalação de Estações de briefing e debriefing, possibilitando ao piloto condições de preparar melhor a missão, garantindo assim um maior aproveitamento, economia de utilização dos aviônicos, melhor disposição das informações geradas em vôo para treinamento das equipagens e avaliação das missões. Envio dos motores Pratt & Whitney J52-P-408 para a empresa IAI em Israel, onde passam por uma revisão
completa (overhal), retornando como novos. O Falcão 22 já foi recebido no 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque (VF-1), em São Pedro da Aldeia e, em breve, vai estar elevando a disponibilidade do Esquadrão. Acionistas da Embraer aprovam
incorporação das empresas Bradar e Neiva Por Ivan Ryngelblum e João José Oliveira Os acionistas da Embraer aprovaram, no dia 12 de abril, a incorporação das empresas Bradar e da Neiva. A ata do encontro foi divulgada nesta segunda-feira (23) no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A Bradar é uma empresa pertencente ao grupo Embraer Defesa e Segurança, criada no desde 15 de março de 2011. Na data, a Embraer Defesa e Segurança assinou contrato de compra de 64,7% e, posteriormente, 90% do capital social da divisão de radares da OrbiSat da Amazônia S/A, implicando na cisão da OrbiSat em
duas empresas: a Bradar Indústria S/A, com foco em radares de defesa e sensoriamento remoto; e a outra atuando no segmento de equipamentos eletrônicos, com sede em Manaus, que continuou sob controle dos antigos proprietários. A Neiva é uma fabricante de aeronaves leves comprada pela Embraer em 1980. Fundada em 1954, para produzir planadores, a companhia passou em 1975 a produzir aviões leves para a Embraer. Em 2006, tornou-se unidade da Embraer. De 2007 a 2009, passou por uma ampliação e hoje a Embraer Unidade Botucatu emprega 1,9 mil empregados. As aprovações ocorreram em um momento em que a companhia negocia com a americana Boeing uma forma de combinar negócios das duas empresas. Para analistas, essa incorporação da Bradar e da Neiva pela Embraer é um movimento relacionado ao contexto de reestruturação com vistas à combinação com a Boeing. FONTE: Valor KC-390: Governo português cancela programa de modernizaçao do C-130 Hércules
O projeto inicial de modernização da aeronave de transporte C-130 Hércules, da Força Aérea Portuguesa, foi cancelado e a frota será alvo de modificações e manutenções até que o KC-390 esteja operacional. O despacho do ministro da Defesa, que foi publicado nesta sexta-feira no Diário da República, cancela o projeto de modernização da aeronave C-130 tal como tinha sido definido num despacho de 2016, que previa um investimento de 29 milhões de euros. Face ao início das negociações para a aquisição de cinco aeronaves KC-390 para substituirem os C-130, autorizadas em junho de 2017, o Governo optou por cancelar o projeto inicial e transferir a verba para garantir a manutenção do C-130 até ser atingida a Capacidade Operacional Final do KC-390. O despacho prevê o aproveitamento do cofinanciamento europeu
para a modificação dos sistemas internos do C-130 e do Falcon 50 (três) para os equipar com sistemas mais precisos, face aos requisitos europeus, devido ao aumento do tráfego aéreo na Europa. FONTE: Observardor Boeing e Embraer estão próximas de acordo Negociações estão avançadas e divisão na participação das companhias na nova empresa está definida; composição do conselho ainda é entrave
Por Tânia Monteiro e Luciana Dyniewicz BRASÍLIA e SÃO PAULO As negociações entre o governo brasileiro e a Boeing para a criação de uma nova companhia entre a maior fabricante de aeronaves do mundo e a Embraer estão muito avançadas, segundo fontes próximas às tratativas ouvidas pelo Estado. A divisão na participação da nova empresa deve ser de 80,01% para a americana e de 19,99% para a brasileira, modelo que o governo brasileiro não abre mão. A joint venture envolverá apenas a área de jatos comerciais da brasileira, ficando de fora as partes militar e executiva. O acordo está aquém do que pretendia a norte-americana, que tinha planos de levar todos os negócios da Embraer Nesta quinta-feira, 19, uma nova reunião de trabalho com
equipes dos Ministérios da Defesa e da Fazenda foi realizada, em Brasília, para discutir a oferta apresentada pela Boeing. O grupo é composto também por representantes do Comando da Aeronáutica e do BNDES. O banco detém, por meio de sua empresa de participações, a BNDESPar, 5,4% do capital da Embraer. Detentor de uma golden share (ação que dá direito a veto em importantes decisões) na Embraer desde a privatização, em 1994, o governo federal tenta buscar um consenso antes de a proposta ser encaminhada pelas empresas ao presidente Michel Temer. Como o Estado informou, um dos pontos que ainda estão em discussão é a participação de um representante brasileiro no conselho de administração da nova companhia. A Boeing é contra. A reportagem apurou que se esse for um dos únicos pontos de entrave ao negócio, o governo pode ceder e ficar sem representantes no colegiado. Há, porém, forte pressão da área de militares para que o governo não ceda nessa questão. Fábricas. De acordo com uma fonte com conhecimento das negociações, as grandes questões entre governo, Embraer e Boeing já foram definidas e só estão na mesa agora pontos considerados menos importantes, como definir a situação das fábricas da brasileira que desenvolvem produtos tanto para a área comercial como para a militar da Embraer. Embora as conversas estejam caminhando bem, o acordo não deve ser fechado e anunciado na próxima semana porque o ministro da Defesa, Joaquim Silva e Luna, estará fora do País. O interesse da Boeing é reforçar, com a aquisição, sua atuação na aviação comercial de médio porte, segmento no qual a Embraer figura entre as três maiores fabricantes mundiais. O acordo, que envolve, por exemplo, a fabricação de aviões de 150 lugares, está em negociação desde o ano passado, quando a
Airbus surpreendeu o mercado global ao anunciar a compra de 50,1% do programa de jatos comerciais da Bombardier. Depois de concretizado o negócio com a Boeing, a marca Embraer usada nos jatos comerciais deixaria de existir, permanecendo apenas nas aeronaves produzidas pela Embraer Defesa, como KC 390 e o Tucano. A proposta de associação prevê que Embraer Defesa detenha participação minoritária na receita da nova empresa, criada a partir da junção da Embraer com Boeing. Procurados, Embraer, Boeing e governo não comentam. FONTE: O Estado de SP FOTO: Ilustrativa COLABOROU: Manoel Flavio Embraer diz que acordo com a Boeing ainda não tem definições
Por Ivan Ryngelblum e João José Oliveira A Embraer informou nesta segunda-feira (16) que não há qualquer definição sobre o tamanho de sua participação no capital social da empresa que pode ser formada com a Boeing. O comunicado é uma resposta ao ofício enviado à companhia pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na sexta-feira (13). O ofício da autarquia à empresa pedia esclarecimentos sobre uma reportagem veiculada pelo jornal O Estado de S.Paulo, que diz que o governo brasileiro quer que a Embraer tenha um representante no conselho de administração da joint venture a ser formada. Outra suposta exigência seria a de que a participação do governo no capital social seja de 20%, e não de 10% como o proposto pela Boeing. De acordo com a Embraer, a companhia ainda está negociando como será a combinação de negócios com a empresa americana por meio um grupo de trabalho do qual o governo participa.
Entretanto, até o momento, não há definição acerca da estrutura de participação da Embraer e tampouco da governança de possível nova sociedade que venha a ser criada, caso venha a ser implementada a referida combinação de negócios, diz a empresa no ofício. 1º trimestre No primeiro trimestre de 2018, a Embraer entregou um total de 25 jatos, sendo 14 aviões comerciais e 11 aviões executivos. Entre os jatos comerciais entregues no período, 11 foram E175 e três foram E190. No segmento de jatos executivos, foram entregues oito jatos leves, três Phenom 100 e 5 Phenom 300, e três jatos grandes (dois Legacy 450 e um Legacy 500). No primeiro trimestre de 2017, a Embraer entregou 33 jatos, sendo 18 aviões comerciais e 15 aeronaves executivas.
A meta da empresa para este ano é entregar de 85 a 95 jatos comerciais e de 105 a 125 aeronaves executivas. Em comunicado ao mercado, a Embraer informou ainda que a Embraer Defesa & Segurança anunciou, durante o Singapore Airshow, a assinatura de uma carta de intenção com a empresa de serviços de aviação SkyTech para aquisição de até seis aeronaves de transporte multimissão KC-390. As aeronaves estão destinadas a diversos projetos de defesa e ambas as empresas também concordaram em avaliar uma potencial colaboração estratégica com o objetivo de explorar conjuntamente novas oportunidades de negócios nas áreas de treinamento e serviços. FONTE: Valor FOTO: Ilustrativa