Contabilidade e Legislação Tributária Aula 6

Documentos relacionados
Teoria da Tributação

PIS e COFINS. Aspectos conceituais. Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto

Direito Tributário

Reforma da qualidade do sistema tributário e simplificação de tributos

Aumento de arrecadação Base ampliada para financiamento da Seguridade Social, Educação e Infraestrutura

MBA em Contabilidade Tributária e Fiscal. Impostos sobre Circulação de Mercadorias ICMS. Professor: Alexandre Henrique Salema Ferreira

ICMS. Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação

Unidade I Teoria Geral dos Tributos. Capítulo 1 Conceito de Tributo e suas Espécies...3. Capítulo 2 Os Impostos Capítulo 3 As Taxas...

Planejamento Tributário Empresarial

REFORMA TRIBUTÁRIA: Análise da nova proposta de Governo Federal. FEDERASUL Meeting Jurídico Porto Alegre, 24 de abril de 2008

Prof. Fernando Mattos

IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

SEGURIDADE SOCIAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO AFRF - Exercícios SEGURIDADE SOCIAL. SEGURIDADE SOCIAL Princípios Constitucionais

Como a Constituição trata tal imposto:

Unidade I CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA. Profa. Divane Silva

Contribuições. Professor Ramiru Louzada

PIS/COFINS E NÃO- CUMULATIVIDADE: o caso Anhambi

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Seminário Internacional sobre o Projeto de Reforma Tributária. Reforma Tributária PEC 233 e alterações

Direito Constitucional

Contabilidade Tributária Aula 4 - ICMS

Contribuições. Professor Ramiru Louzada

DIREITO PREVIDENCIÁRIO

DIREITO TRIBUTÁRIO CLAUDIO CARNEIRO. Blog: claudiocarneiroadv.blogspot.com.br. Site: Facebook: CLAUDIO CARNEIRO II

Tropa de Elite Delegado Federal Direito Previdenciário

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Federais IPI Parte 2. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

PIS/COFINS NÃO-CUMULATIVIDADE

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

CIRCULAR Nº 011. REFORMA TRIBUTÁRIA Emenda Constitucional nº 42/03 - Resumo

Curso de Ciências Contábeis Disciplina: Contabilidade Tributária I 3ª Fase Professora: Lyss Paula de Oliveira

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº, de 2007 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly e outros)

2.9 Tributação. Por que Tributação? Comparação Internacional

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº, DE (do Sr. Nelson Proença) O Congresso Nacional decreta:

PEC45 APROVADA NA CCJ: Simplificação da Tributação sobre o Consumo IBS x IPI/PIS/COFINS/ICMS/ISS

Guia de. Tributação GUIA DA FARMÁCIA

TRIBUTOS INDIRETOS IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS ICMS

CONTABILIDADE GERAL. Demonstração do Resultado do Exercício. Tributos Parte 2. Prof. Cláudio Alves

PÓS GRADUAÇÃO FINANÇAS E CONTROLADORIA

Direito Previdenciário Curso De Exercícios Para Receita Federal Professor: Flaviano Lima

Como o IBS acaba com a bitributação na área de Tecnologia?

ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Prestação de Serviços

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos em Federais Contribuições para a Seguridade Social - PIS/COFINS Parte - III. Prof. Marcello Leal. Prof.

CAPÍTULO. Competência Tributária. Competência Tributária Comum

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Estaduais ICMS Parte 1. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

PIS/COFINS SOBRE RECEITAS FINANCEIRAS: alcance e inconstitucionalidade do Decreto 8.426/2015

Custeio da Seguridade Social

Unidade II $

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

Planejamento Tributário Empresarial 1

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. André Gomes 12/02/2019

Prova laboratorio contabil II unifran

Contabilidade Comercial Aula 3: Tributos Sobre Compras e Vendas. Professora Esp. Caroline Camera

Aspectos do Novo ICMS Fernando C. Maia

DIREITO TRIBUTÁRIO. Tributos Estaduais ICMS Parte V. Prof. Marcello Leal. Prof. Marcello Leal

CONTABILIDADE II: 01)

IPI IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

ASPECTOS JURÍDICOS E TRIBUTÁRIOS NA COMPRA DE ENERGIA NO MERCADO LIVRE. Julho / 2005

LEGISLAÇÃO DE TRIBUTOS ESTADUAIS. Auditor Fiscal da Receita Estadual - RS. Professor Élinton Correia

Indice de Questoes. Raciocínio Lógico-quantitativo / Raciocínio matemático / Números e grandezas proporcionais; regra de três simples e composta: 16

CONTABILIDADE GERAL. Demonstração do Resultado do Exercício. Tributos Parte 1. Prof. Cláudio Alves

Unidade 2 Sistema Tributário Nacional: teoria do tributo e espécies tributárias.

Universidade de São Paulo Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto ICMS. Prof. Amaury José Rezende

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

CONTABILIDADE E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

A Proposta de Emenda Constitucional nº 45, de 2019

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Unidade de Política Econômica

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Operações envolvendo Tributos Parte 1. Prof. Cláudio Alves

Auditoria Fiscal SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

Mini Currículo do professor

TRIBUTOS EM ESPÉCIE IMPOSTOS ESTADUAIS - ICMS

Aula 3 Imposto de Renda Pessoa Jurídica CSLL Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Prof. Dr. Érico Hack

O modelo de IVA é o mais apropriado ao contexto brasileiro?

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO Aula Ministrada pelo Prof. Pedro Bonifácio 19/09/2017

17/09/2016 QUESTÃO 1. Fatos. JP Consulting não possui CPOM em SP. Serv. consultoria. JP Consulting XPTO. $100k bruto. Pedra Clara ISS 2% SP ISS 5%

CARTILHA NACIONAL SIMPLES. Entenda o resumo da tributação da sua Micro ou Pequena Empresa.

CONTABILIDADE GERAL. Balanço Patrimonial. Operações envolvendo Tributos Parte 2. Prof. Cláudio Alves

XIV Congresso Direito Tributário em Questão FESDT Matriz Tributária e o Impacto na Indústria Nacional

DIREITO TRIBUTÁRIO CONSTITUCIONAL (DEF-0452) Professores L. E. Schoueri e P. A. Barreto ICMS:

CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA MÓDULO 2

Fatores para o cálculo do preço de exportação

25/04/2015. Noções Básicas do Direito Tributário ESCRITURAÇÃO FISCAL ESCRITURAÇÃO FISCAL. Davi Calado 25/04/2015

Planejamento Tributário: PIS/Cofins - Importação e Disposições Legais. Editora Saraiva São Paulo 2006

Fiscal Configurar Impostos Fiscais

XIII Congresso de Direito Tributário em Questão. Fundação Escola Superior de Direito Tributário - FESDT ICMS:

Direito Tributário Limitações ao Poder de Tributar

DESENVOLVIMENTO REGIONAL REFORMA TRIBUTÁRIA RIA E. Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Coordenador da Administração Tributária

AULA 09. O tema chegou ao STF e o Ministro Moreira Alves exarou decisão favorável ao fisco, podendo sim haver a revogação.

PÓS EM DIREITO TRIBUTÁRIO TRIBUTOS EM ESPÉCIE IMPOSTOS ESTADUAIS - ICMS. Prof. André Gomes

PIS-IMPORTAÇÃO E COFINS-IMPORTAÇÃO (LEI Nº /04)

Proposta de Reforma do Modelo Brasileiro de Tributação de Bens e Serviços. Bernard Appy Diretor do Centro de Cidadania Fiscal - CCiF

PALESTRA ANEFAC - IBRACON. Tema: Medida Provisória 627/13 - PIS/COFINS

ICMS Vendas Interestaduais para Consumidor Final EC 87/15

ÍNDICE. Escrita Fiscal -4- CAPÍTULO 1

FAPAN Faculdade de Agronegócio de Paraíso do Norte DRE DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

Transcrição:

Contabilidade e Legislação Tributária Aula 6 Prof. Gustavo Gonçalves Vettori SELETIVIDADE 1

ALÍQUOTA Seletividade Como implementar tributação progressiva do consumo? Alíquota deve ser diminuir conforme a essencialidade do bem aumentar Seletividade ESSENCIALIDADE Tipo de bem Quem consome? Alíquota Bens de consumo supérfluo (bens de luxo, alimentos de luxo) Bens de consumo intermediário Bens de consumo básico (alimentos básicos etc.) Renda alta Renda média e alta Todos, inclusive baixa renda Alta Média Baixa 2

IPI Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 3º - O imposto previsto no inciso IV: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior. IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Seletividade de alíquotas do IPI CF/88, art. 153, 3º, I, e CTN, art. 48 : O imposto é seletivo em função da essencialidade dos produtos. As alíquotas do IPI são fixadas em observância ao grau de essencialidade dos produtos à satisfação das necessidades humanas Produtos que satisfazem necessidades primárias de sobrevivência estão sujeitos a alíquotas reduzidas Produtos que satisfazem necessidades secundárias de sobrevivência são gravados com alíquotas maiores 3

Seletividade de alíquotas do IPI 70,00% Alíquota 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% Grãos (arroz, centeio, etc) Linha Branca (Lavadoras, por exemplo) Ar-condicionado Fogos de artifício Vodka 0,00% ICMS Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior 2º - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; 4

ICMS Variação de alíquotas internas do ICMS (produto a produto) é muito menos significativa do que a do IPI ICMS sobre energia elétrica No Rio: aumentaram alíquota para 25% Contribuintes contestaram com base na seletividade TJ-RJ: acolheu tese do contribuinte e retornou a 18% Seletividade é obrigatória ou facultativa? NÃO CUMULATIVIDADE 5

Tributação da receita: métodos Produção Monofásico Tributação da receita Origem Destino Varejo Cumulativo Plurifásico Nãocumulativo ORIGEM OU DESTINO? 6

Origem ou Destino? Princípio da origem Princípio do destino Efeitos relacionados: - Incentivos à importação e exportação - Guerra fiscal - Fronteiras tributárias Princípio da Origem T A T A T B T B País A País B 7

Princípio do Destino T B T A T B T A País A País B A: Origem; B: Destino T A T B T A T B País A País B 8

TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA Tributação monofásica Tributo incide em uma oportunidade Momento da venda ao consumidor Momento da produção 9

Tributo monofásico sobre o consumo (incidência no varejo) 1ª Etapa 100,00 2ª Etapa 150,00 3ª Etapa 200,00 Receita 200,00 (-) 20,00 = 180,00 Representatividade do tributo no valor de venda ao consumidor: 20,00 TRIBUTO TOTAL: 20,00 Tributo monofásico sobre o consumo (incidência no varejo) 1ª Etapa 100,00 2ª Etapa 150,00 3ª Etapa 300,00 Receita 300,00 (-) 30,00 = 270,00 Representatividade do tributo no valor de venda ao consumidor: 30,00 TRIBUTO TOTAL: 30,00 10

Tributo monofásico sobre o consumo (incidência no varejo) Tributação monofásica no varejo: Mede a CAPACIDADE CONTRIBUTIVA do consumidor de forma efetiva, no momento do consumo Atinge apenas vendas ao consumidor final Depende da existência de meios de CONTROLE e FISCALIZAÇÃO eficientes É fácil fiscalizar as lojas da Rua Santa Ifigênia? Tributo monofásico sobre o consumo (incidência na produção) 1ª Etapa 100,00 2ª Etapa 150,00 3ª Etapa 200,00 20% 20,00 TRIBUTO TOTAL: 20,00 Representatividade do tributo no valor de venda ao consumidor: 11

Tributo monofásico sobre o consumo (incidência na produção) 1ª Etapa 100,00 2ª Etapa 150,00 3ª Etapa 300,00 20% 20,00 TRIBUTO TOTAL: 20,00 Representatividade do tributo no valor de venda ao consumidor: 6,7% Tributo monofásico sobre o consumo (incidência na produção) Tributação monofásica na produção: ANTECIPAÇÃO do tributo a ser repassado ao consumidor; Fiscalização mais SIMPLES (há menos produtores que consumidores); Proporcionalmente, MENOR carga tributária ao consumidor que pagar MAIOR preço; não mede a CAPACIDADE CONTRIBUTIVA efetiva do contribuinte, podendo mostrar-seregressivo Quando a tributação monofásica na produção pode representar boa política fiscal? Produtos com preço tabelado/pouco oscilante Tributação de vícios 12

Tributação monofásica Exemplo de tributo monofásico no varejo Sales tax EUA Funcionaria no Brasil? Tributos monofásicos no Brasil Exemplos na tributação do PIS e da COFINS Gasolina, álcool, veículos, pneus, bebidas e outros IPI: bebidas, cigarros Substituição tributária ICMS: meio para se atingir a tributação monofásica Objetivo: facilitar a fiscalização TRIBUTAÇÃO PLURIFÁSICA 13

Tributos plurifásicos Incidem em mais de uma etapa do processo de produção e distribuição. Podem ser: Cumulativos Não cumulativos Vantagem Arrecadação e fiscalização: ainda que se perca uma etapa da cadeia, as outras pagarão Se não cumulativo, pode replicar o efeito de um tributo sobre vendas no varejo, mas com maior possibilidade de fiscalização e arrecadação Se cumulativo, permite grande receita a baixas alíquotas Tributos plurifásicos cumulativos (em cascata) 1ª Etapa 2ª Etapa 100,00 150,00 3ª Etapa 200,00 Preço varejo: 200,00 Tributo total: 45,00 Tributo total s/ preço de varejo: 22,5% Lucro total na cadeia: 145 Tributo: 10,00 Receita líquida: 90 Lucro: 90 Tributo: 15,00 Receita líquida: 135 Lucro: 35 Tributo: 20,00 Receita líquida: 180 Lucro: 30 14

Verticalização (supressão da 2ª Etapa) 1ª Etapa Tributos plurifásicos cumulativos (em cascata) 100,00 3ª Etapa 200,00 Preço varejo: 200,00 Tributo total: 30,00 Tributo total s/ preço de varejo: 15% Lucro total na cadeia: 170 Tributo: 10,00 Receita líquida: 90 Lucro 90 Tributo: 20,00 Receita líquida: 180 Lucro: 80 Tributos plurifásicos cumulativos (em cascata) Aplicam-se a todos os estágios do processo produtivo Não levam em conta o tributo pago anteriormente (incidência em cascata ) Quanto maior o número de etapas, maior a tributação Argumentos contrários Estímulo à verticalização da produção Danos às exportações (capacidade concorrencial dos produtos) Desestimulam a terceirização Desestimulam as pequenas empresas Argumentos favoráveis Simples Alta arrecadação com baixa alíquota Podem facilitar e incentivar pequenas empresas se forem bem aplicados Empresários os preferem 15

Tributos plurifásicos não cumulativos Tributos sobre valor agregado (IVAs); Consideram a tributação ocorrida nas etapas anteriores; Idealmente, refletem a CAPACIDADE CONTRIBUTIVA do consumidor no ato do consumo; Neutralidade quanto ao número de etapas. Cadeia não-cumulativa 1ª Etapa 100,00 2ª Etapa 150,00 3ª Etapa 200,00 Preço varejo: 200,00 Tributo total: 20,00 Tributo total s/ preço de varejo: Lucro total na cadeia: 180 Tributo: 10,00 Receita líquida: 90 Lucro: 90 Tributo: 15,00 (-) 10,00 = 5,00 Receita líquida: 135 Lucro: 45 Tributo: 20,00 (-) 15,00 = 5,00 Receita líquida: 180 Lucro: 45 16

Cadeia não-cumulativa Verticalização (supressão da 2ª Etapa) 1ª Etapa 3ª Etapa 100,00 200,00 Preço varejo: 200,00 Tributo total: 20,00 Tributo total s/ preço de varejo: Lucro total na cadeia: 180 Tributo: 10,00 Receita líquida: 90 Lucro 90 Tributo: 20,00 (-) 10,00 = 10,00 Receita líquida: 180 Lucro: 90 Cadeia não-cumulativa Aumento do preço no varejo 1ª Etapa 100,00 3ª Etapa 300,00 Preço varejo: 300,00 Tributo total: 30,00 Tributo total s/ preço de varejo: Lucro total na cadeia: 280 Tributo: 10,00 Receita líquida: 90 Lucro 90 Tributo: 30,00 (-) 10,00 = 20,00 Receita líquida: 280 Lucro: 190 17

Contabilização Etapa 2 1ª Etapa 100,00 2ª Etapa 150,00 3ª Etapa 200,00 Preço varejo: 200,00 Tributo total: 20,00 Tributo total s/ preço de varejo: Lucro total na cadeia: 180 Tributo: 10,00 Receita líquida: 90 Lucro: 90 Tributo: 15,00 (-) 10,00 = 5,00 Receita líquida: 135 Lucro: 45 Tributo: 20,00 (-) 15,00 = 5,00 Receita líquida: 180 Lucro: 45 Lançamentos na Etapa 2 Na aquisição da mercadoria Débito Estoque (AC) 90 Débito Tributo (IVA) a recuperar (AC) 10 Crédito Fornecedores (PC) 100 Na venda da mercadoria Débito Duplicatas a receber (AC) 150 Crédito Venda de mercadorias (CR) 150 Débito Tributos sobre vendas (CR) 15 Crédito Tributo (IVA) a recolher (PC) 15 No pagamento do imposto Débito Tributo (IVA) a recolher (PC) 10 Crédito Tributo (IVA) a recuperar (AC) 10 Débito Tributo (IVA) a recolher (PC) 5 Crédito Bancos (AC) 5 18

Apuração do Resultado na Etapa 2 Vendas de produtos (receita bruta) 150 (-) Tributos sobre venda (IVA) 15 Vendas líquidas 135 (-) CMV 90 Lucro bruto 45 Não Cumulatividade na Constituição IPI Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: IV - produtos industrializados; 3º - O imposto previsto no inciso IV: II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores; Competência residual da União Art. 154. A União poderá instituir: I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição; 19

Não Cumulatividade na Constituição ICMS Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; Não Cumulatividade na Constituição PIS e COFINS Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais: I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre: a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; b) a receita ou o faturamento; c) o lucro; IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do caput, serão não-cumulativas. 20