Jean Piaget TEORIA COGNITIVISTA I JEAN PIAGET. Epistemologia genética. Teoria de Piaget. Piaget. Teoria piagetiana 27/04/2014

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Transcrição:

Jean Piaget TEORIA COGNITIVISTA I JEAN PIAGET Nasce em Neuchâtel, Suíça, em 9 de agosto de 1896. Falece em Genebra, na Suíça em 1980. Biólogo. Suíço. Estuda formas de conhecimento. Paula Freire Teoria de Piaget Epistemologia genética Como o ser humano se desenvolve? Como aprende? Não é uma teoria educacional. É uma teoria do desenvolvimento. Foi apropriada pela Educação. Vincula-se a Psicologia. Denomina-se EPISTEMOLOGIA GENÉTICA. É o estudo do conhecimento em sua origem. Estudo da origem do conhecimento. Como se dá o conhecimento/aprendizagem? Observou o desenvolvimento humano e as fases desse desenvolvimento em acontecem as apropriações do conhecimento. Quais as dificuldades de aprendizagem que o ser humano tem nas determinadas fases de seu desenvolvimento. Teoria interacionista. A aprendizagem ocorre a partir da ação do sujeito sobre o objeto. Interação. Teoria piagetiana Piaget Quem é o sujeito? É aquele que está por conhecer. Quem é o objeto? É aquilo que se quer conhecer. É uma teoria CONSTRUTIVISTA. Pois, o sujeito, ao interagir com o objeto, CONSTRÓI, para si, conhecimento. Isso é aprendizagem. Aprendizagem é a modificação da experiência, a partir do comportamento. O indivíduo modifica o meio e também é modificado por ele. O comportamento humano é uma construção resultante da interação do sujeito com o meio onde está inserido. Como se desenvolve a inteligência nos seres humanos? Epistemologia genética: estudo dos mecanismos envolvidos no aumento dos conhecimentos. 1

Interacionismo Desenvolvimento humano: se dá por Exercícios e estímulos oferecidos pelo meio. Inteligência: adaptação a uma situação nova, por meio da construção contínua de novas estruturas. Comportamento humano: não é inato. É o resultado da interação entre o meio e o indivíduo. Quanto mais complexa for essa interação, tanto maior será sua capacidade de adaptação a situações novas. Epistemologia genética A interação entre sujeito e objeto, não é a aprendizagem em si. Mas nesse processo, estão contidos vários processos de aprendizagem. Isto é a EQUILIBRAÇÃO MAJORANTE. Equilíbrio: adaptação. Majorante: vai de um estágio de menor grau de conhecimento para outro de maior grau de conhecimento. Estágios da equilibração: Estágio de menor conhecimento. Interação com o objeto. 1) Desequilíbrio; 2) Assimilação; 3) Acomodação; 4) Equilíbrio. Desequilíbrio Sensação de estar numa corda bamba. Estimula o sujeito. Estimulação: parte de uma MOTIVAÇÃO provocada pelo objeto sobre o sujeito. O que há no objeto que desperta nossa CURIOSIDADE! DESEQUILÍBRIO então é a necessidade de conhecer (curiosidade) o objeto que me é estranho. Pois o objeto tem mais informação sobre ele do que nós. Assimilação É o processo de compreensão do objeto. É interpretar o mundo. Tornar seu alguns elementos do mundo. Extrair do objeto o conhecimento sobre ele. Quando a mente assimila, ela incorpora a realidade a seus esquemas de ação, impondo-se ao meio. Acomodação É a adaptação do sujeito ao objeto a ser conhecido. É o conforto pós-conhecimento do objeto. Os novos conhecimentos se juntam aos conhecimentos prévios e passam a fazer sentido. É a reorganização mental para dar conta das singularidades do objeto. 2

Assimilação e Acomodação Conhecer o objeto é assimilá-lo, mas como esse objeto oferece certas resistências ao conhecimento, a organização mental se modifica, e essa modificação consiste na Acomodação. A aprendizagem pressupõe resistências que precisam ser superadas. Equilibração ou equilíbrio Significa aprender. É o próprio aprendizado em si. Equilibração majorante ocorre a todo momento na vida dos sujeitos. Porém, em cada momento da vida (desenvolvimento humano) esse aprendizado ocorre de formas diferentes. Equilibração O sujeito entra em contato com o objeto novo e pode ficar em conflito com esse novo objeto (desequilíbrio). O objeto não se deixa conhecer facilmente, pois tem suas singularidades, que deixam o sujeito em conflito. O conhecimento do objeto requer sua acomodação ao objeto (modificar-se para dar conta desse objeto). Equilibração Ao finalizar o processo de acomodação, o sujeito se reequilibra. É a estabilidade da organização mental, após seu rearranjo (acomodação), que dá conta do conhecimento. O processo de crescimento da inteligência se dá por desequilíbrio-reequilibração-desequilíbrioreequilibração... É um processo dinâmico e não estático. Base biológica Segundo Piaget: Todo organismo tende à organização e ao equilíbrio. Busca a adaptação. Para Piaget, adaptação é a interação do sujeito com o meio de forma a ajustar-se ao meio. São duas as etapas da adaptação: assimilação e a acomodação. Assimilação e acomodação são diferentes ao longo do desenvolvimento humano. Abstração empírica e reflexiva Abstração empírica: Retirar informações do objeto do conhecimento. Abstração reflexiva: Refletir sobre a minha relação com e sobre sua ação sobre esse objeto. 3

Aprendizado e cognição Estágios do desenvolvimento Cognição: conhecimento, inteligência. Conforme crescemos e nos desenvolvemos, nos tornamos mais inteligentes. O conhecimento se constrói ao longo do desenvolvimento humano. Piaget não é linear. Ser dá por saltos, rupturas. Divide o desenvolvimento em 4 estágios: 1) Sensório motor 2) Pré-operatório 3) Operatório-concreto 4) Operatório formal ou lógico-formal 1) Sensório-motor 1) Sensório-motor Do nascimento aos 2 anos de idade. A inteligência não se dá com a linguagem, como se pensava. É anterior à fala. Extrai do meio as informações necessárias (constrói o universo) pelas sensações e ações: tato, audição, olfato, paladar (sensório) e dos seus movimentos e brincadeiras (motor). Não há representação mental. Momento da inteligência prática. A criança Interage com o meio pelo seu corpo. Construção da noção de objeto. Se dá por: Momento final do período sensório-motor. Momento de permanência de objeto. 1) Sensório-motor 1) Sensório-motor O objeto existe ainda que a criança não o veja. Ocorre por volta dos 9 meses. Noção de Separação do bebê com o seu meio. Construção da ideia de causalidade. Deixa de crer que controla o objeto (fase da onipotência infantil Freud). Leis de causalidade do universo. Importância em todos os aspectos do desenvolvimento humano: cognitivo, social, psíquico e físico. Início da Capacidade de abstração. Será utilizada no nível 4. Construção da ideia de causalidade, do universo. Diferenciação entre meios e fins. Ex: pegar uma bola escondida atrás de uma almofada. Por volta de 9 ou 10 meses. Noção de espaço e trimensionalidade. 4

2) Pré-operatório 2) Pré-operatório Dos 2 aos 7 anos. Inicia-se com a capacidade de representação mental. Estágio da Representação. Representação: capacidade de pensar um objeto através de um outro objeto. Exs: Reconhecimento no espelho. Desenho, imitação diferida, o faz-de-conta. Emprego da Linguagem. Socialização da inteligência, por meio da comunicação. Possui maior maturidade biológica, um desenvolvimento psicomotor. Coordenação motora. Estabelece interações com o meio não mais de modo direto (corporal). Sua interação é mediada pela linguagem e pelo desenvolvimento psicomotor. 2) Pré-operatório 2) Pré-operatório para operatório Ação interiorizada, mas não reversível. Não há organização lógica das operações mentais. Egocentrismo: a criança se coloca como centro das relações que ela estabelece. Não é capaz de sair do próprio ponto de vista. Dificuldade em perceber o ponto de vista do outro. Ex: Quero o meu brinquedo. Início da moralidade. Noções de certo e errado. Em torno de 4 anos. Sentimento de necessidade. Marca a transição do período pré-operatório para o operatório. Um raciocínio é necessariamente consequência de outro, se decorre de um encadeamento lógico. 3) Operatório-concreto 3) Operatório-concreto Dos 7 aos 12 anos. Operação: Ação interiorizada (representação) reversível. Porém de situações concretas, vividas. Nesse período, a criança tem ação, tem interiorização e reversão. Somente tem todas essas características (ação, interiorização e reversão) com objetos que ela possa manipular e de situações que ela possa vivenciar ou lembrar. Consegue fazer o caminho inverso da aprendizagem. Ex: se ela era apenas capaz de calcular que 2x1=2, agora também será capaz de calcular que 1x2=2, também. A criança já é capaz de compreender a transformação das massas. Faz experiências. Possui grande curiosidade. Início da inserção na escolarização. 5

4) Operatório-formal ou Lógico-formal 4) Operatório-formal ou Lógico-formal Dos 12 aos 16 anos. Aprende a Pensar de maneira lógica, reversível em problemas hipotéticos. Variáveis matemáticas, álgebra. Começa a ter consciência de sua capacidade de criação. Começa a formar suas operações lógicas. Há maior capacidade de abstração. Por isso, pode formular hipóteses. Autonomia lógica, pois possui ferramentas cognitivas suficientes para compreender. O que é a inteligência para Piaget? O que é a inteligência para Piaget? Para Piaget, a inteligência deve ser definida como função e como estrutura. Função: adaptação. Sobrevivência, adaptação. Modificação do meio para melhor se adaptar a ele. Estrutura: organização. O aumento da inteligência não se dá por acúmulo de informações, mas por uma reorganização da própria inteligência, para maior capacidade de assimilação. Todos os seres humanos são dotados de inteligência. Destaca que a inteligência depende de alguns fatores como: 1) Maturação biológica 2) Experiências que o sujeito tem com seu meio. 3) Transmissão social. Relações sócio-culturais entre o sujeito e seu meio. Busca sempre a equilibração. A moralidade da criança Estágios do desenvolvimento moral Livro: O juízo moral da criança. Assim como a inteligência e o conhecimento, a moral também evolui na criança. Existe um desenvolvimento moral na criança. Ou seja há estágios de desenvolvimento moral na criança. São 3 estágios: 1) Anomia; 2) Heteronomia; 3) Autonomia. 1) Anomia: A criança está fora do universo moral. 2) Heteronomia: entrada da criança no mundo moral. A moral é baseada no respeito à autoridade e na obediência. 3) Autonomia: a legitimação da moral se dá pelo contrato, respeito mútuo. Noção de ética. 6

Esquemas de ação São as formas de interpretação que o sujeito faz da sua realidade. Compõe esquemas de ação ao longo de seu desenvolvimento. Tornam-se mais complexos ao longo do desenvolvimento humano. Teoria piagetiana Apesar de Piaget já propor estas ideias na década de 30 e ser um precursor da linha construtivista, sua teoria só conquistou um maior espaço na área educacional na década de 80, quando iniciou o declínio do comportamentalismo. Teoria piagetiana As ideias de Piaget têm influenciado muito os educadores responsáveis pelo ensino de Física (ou Ciências, de um modo geral), principalmente, por mostrar que as crianças desenvolvem espontaneamente noções sobre o mundo físico e que o ensino deve ser compatível com o nível de desenvolvimento mental da criança. Ensino reversível O conceito de ensino reversível é outra implicação da teoria de Piaget. Ensinar é provocar o desequilíbrio, mas este não pode ser tão grande a ponto de não permitir a equilibração majorante que levará a um novo equilíbrio. Ensino reversível Portanto, se a assimilação de um tópico requer um grande desequilíbrio, o professor deve introduzir passos intermediários para reduzi- lo. Ensino reversível não significa eliminar o desequilíbrio e sim passar de um estado de equilíbrio para outro através de uma sucessão de estados de equilíbrio muito próximos. Piaget e a Pedagogia Piaget não criou uma teoria pedagógica. Debruçou-se sobre uma teoria psicológica a cerca do conhecimento humano e seu desenvolvimento, desde a mais tenra idade. Por isso, a Pedagogia se interessou por sua teoria. Sua teoria é compatível com os movimentos pedagógicos que se iniciaram antes mesmo de sua teoria, tais como Escola Nova, Montessori, etc. 7

Piaget e a pedagogia Adapta-se a correntes pedagógicas que contestavam o ensino tradicional, excessivamente formalista e verbalista. Piaget utiliza o termo construção. Afirma que sua psicologia e sua epistemologia são construtivistas. No entanto, o termo construtivismo pode englobar teorias outras que não somente a piagetiana. Mitos ou interpretações equivocadas Não é uma teoria maturacionista. É uma teoria interacionista e construtivista. Não nega a importância do social no desenvolvimento da criança. 8