6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS

Documentos relacionados
PLANILHAS EXCEL/VBA PARA PROBLEMAS ENVOLVENDO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR EM SISTEMAS BINÁRIOS

PREDIÇÃO DO FENÔMENO DE VAPORIZAÇÃO RETRÓGRADA DUPLA EM MISTURAS DE HIDROCARBONETOS

CORRELAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE FASES DO SISTEMA MULTICOMPONENTE ÉSTERES ETÍLICOS DO ÓLEO DE MURUMURU/DIÓXIDO DE CARBONO COM A EQUAÇÃO SRK

Determinação experimental da viscosidade e condutividade térmica de óleos vegetais

TEORIA DE ERROS * ERRO é a diferença entre um valor obtido ao se medir uma grandeza e o valor real ou correto da mesma.

Objetivos da aula. Essa aula objetiva fornecer algumas ferramentas descritivas úteis para

O que heterocedasticidade? Heterocedasticidade. Por que se preocupar com heterocedasticidade? Exemplo de heterocedasticidade.

de Engenharia de São Carlos - USP Av. Trabalhador São-carlense, Centro - CEP , São Carlos SP # UTFPR, Cornélio Procópio PR

UMA AVALIAÇÃO DOS MODELOS DE WON, PEDERSEN E ERICKSON PARA O CÁLCULO DA TIAC

MAPEAMENTO DA VARIABILIDADE ESPACIAL

CQ110 : Princípios de FQ

MODELAGEM MATEMÁTICA DO PROCESSO DE EVAPORAÇÃO MULTI-EFEITO NA INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE

SOFTWARE PARA CÁLCULO DO ÍNDICE DE SEVERIDADE DE SECA DE PALMER

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS FACULDADE DE ENGENHARIA MECÂNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PETÓLEO

Prof. Antônio Carlos Fontes dos Santos. Aula 1: Divisores de tensão e Resistência interna de uma fonte de tensão

ANÁLISE DE ERROS. Todas as medidas das grandezas físicas deverão estar sempre acompanhadas da sua dimensão (unidades)! ERROS

Análise de Regressão. Profa Alcione Miranda dos Santos Departamento de Saúde Pública UFMA

INFERÊNCIAS EM COLUNA DE DESTILAÇÃO MULTICOMPONENTE

Variabilidade Espacial do Teor de Água de um Argissolo sob Plantio Convencional de Feijão Irrigado

Regressão e Correlação Linear

Introdução e Organização de Dados Estatísticos

Controle de qualidade de produto cartográfico aplicado a imagem de alta resolução

UM MODELO DE ALOCAÇÃO DINÂMICA DE CAMINHÕES VISANDO AO ATENDIMENTO DE METAS DE PRODUÇÃO E QUALIDADE

Estimativa da Incerteza de Medição da Viscosidade Cinemática pelo Método Manual em Biodiesel


DISTRIBUIÇÃO DA AÇÃO DO VENTO NOS ELEMENTOS DE CONTRAVENTAMENTO CONSIDERANDO O PAVIMENTO COMO DIAFRAGMA RÍGIDO: ANÁLISE SIMPLIFICADA E MATRICIAL

1. Introdução 2. Misturas Gaussianas

EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO DE SISTEMAS CONTENDO FENOL- ÁGUA-SOLVENTE: OBTENÇÃO E MODELAGEM TERMODINÂMICA.

ANÁLISE ESTATÍSTICA DE CORRELAÇÕES PVT DE PETRÓLEOS

ESTUDO DO EQUILÍBRIO LÍQUIDO-LÍQUIDO APLICADO À SEPARAÇÃO BIODIESEL/ GLICEROL PELO MÉTODO UNIFAC

Estabilidade de Fases em Processos Industriais de Polimerização de Eteno a Alta Pressão

Redução do consumo de energia de um equipamento de frio

MAE Teoria da Resposta ao Item

ENFRENTANDO OBSTÁCULOS EPISTEMOLÓGICOS COM O GEOGEBRA

Estimativa dos fluxos turbulentos de calor sensível, calor latente e CO 2, sobre cana-de-açúcar, pelo método do coespectro.

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS OPERACIONAIS NA REMOÇÃO DE ETANOL DE VINHO DELEVEDURADO POR CO 2

5.1 Seleção dos melhores regressores univariados (modelo de Índice de Difusão univariado)

Construção de novo ebuliômetro Othmer e Desenvolvimento de módulo supervisório

Miscibilidade de Sistemas Poliméricos à Base de Poli(Metacrilato de Metila) e Poli(Óxido de

NOTA II TABELAS E GRÁFICOS

POLARIMETRIA ÓPTICA E MODELAGEM DE POLARES OBSERVADAS NO OPD/LNA NO PERÍODO DE

Aplicações de Estimadores Bayesianos Empíricos para Análise Espacial de Taxas de Mortalidade

CONGRESSO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA E PÓS-GRADUAÇÃO - I CICPG SUL BRASIL Florianópolis 2010

ESTUDO DA TRANSFERÊNCIA DE CALOR EM MOTORES

LQA - LEFQ - EQ -Química Analítica Complemantos Teóricos 04-05

3.1. Conceitos de força e massa

ABSTRACT. Keywords: solar radiation, photosynthesis and sugar cane. 1. INTRODUÇÃO

Simulação e estudo da integração de unidades produtoras de etanol

ANÁLISE DE CONFIABILIDADE DO MODELO SCS-CN EM DIFERENTES ESCALAS ESPACIAIS NO SEMIÁRIDO

INFLUÊNCIA DA POROSIDADE TOTAL DO LEITO NA CROMATOGRAFIA PREPARATIVA EM BATELADA DOS ENANTIÔMEROS DO OMEPRAZOL

IX CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA E CIÊNCIAS TÉRMICAS. 9th BRAZILIAN CONGRESS OF THERMAL ENGINEERING AND SCIENCES

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

Uso do NDVI para determinação da biomassa na chapada do Araripe. Ziany Neiva Brandão 1,2 Marcus Vinícius Cândido Bezerra 2 Bernardo Barbosa da Silva 2

Probabilidade e Estatística. Correlação e Regressão Linear

COMPONENTES QUÍMICOS E ESTUDO DA UMIDADE DE EQUILÍBRIO EM VAGENS DE ALGAROBA

Palavras-chave: jovens no mercado de trabalho; modelo de seleção amostral; região Sul do Brasil.

Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Cálculo do Conceito Preliminar de Cursos de Graduação

LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DA MÃO DO USUÁRIO UTILIZANDO WII REMOTE. Ricardo Silva Tavares 1 ; Roberto Scalco 2

POSICIONAMENTO DIFERENCIAL PÓS-PROCESSADO UTILIZANDO MULTIESTAÇÕES GPS

Rede Nacional de Combustão Mesa Redonda em Modelagem da Combustão 27 e 28 de março de 2007 Modelagem da Combustão: Radiação Térmica

ANÁLISE MATRICIAL DE ESTRUTURAS DE BARRAS PELO MÉTODO DE RIGIDEZ

Estatística stica Descritiva

PROJEÇÕES POPULACIONAIS PARA OS MUNICÍPIOS E DISTRITOS DO CEARÁ

XX SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA NOVO MODELO PARA O CÁLCULO DE CARREGAMENTO DINÂMICO DE TRANSFORMADORES

A esse tipo de tabela, cujos elementos não foram numericamente organizados, denominamos tabela primitiva.

Sistemas de equações lineares

Y X Baixo Alto Total Baixo 1 (0,025) 7 (0,175) 8 (0,20) Alto 19 (0,475) 13 (0,325) 32 (0,80) Total 20 (0,50) 20 (0,50) 40 (1,00)

PROPOSIÇÃO, VALIDAÇÃO E ANÁLISE DOS MODELOS QUE CORRELACIONAM ESTRUTURA QUÍMICA E ATIVIDADE BIOLÓGICA

Aplicando o método de mínimos quadrados ordinários, você encontrou o seguinte resultado: 1,2

Influência dos Procedimentos de Ensaios e Tratamento de Dados em Análise Probabilística de Estrutura de Contenção

SOLUÇÕES DA EQUAÇÃO DA CONDUÇÃO DO CALOR BIDIMENSIONAL COM CONDUTIVIDADE TÉRMICA DEPENDENTE DA TEMPERATURA E GERAÇÃO DE CALOR

ESTUDO DE REVESTIMENTOS ANTIADERENTES À RESINA EPÓXI

Controlo Metrológico de Contadores de Gás

IMPACTO DAS EXPORTAÇÕES DAS COOPERATIVAS SOBRE O EMPREGO NO BRASIL EM

ALGORITMO E PROGRAMAÇÃO

DETERMINAÇÃO DO EQUILÍBRIO DE FASES PARA O SISTEMA GASOLINA E ÁLCOOL

BALANÇO HÍDRICO: UMA FERRAMENTA PARA GESTÃO INDUSTRIAL E OTIMIZAÇÃO AMBIENTAL.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO LESTE DE MINAS GERAIS - UnilesteMG

Metodologia IHFA - Índice de Hedge Funds ANBIMA

1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS, GOIANIA, GO, BRASIL.

FERRAMENTA DE AUXÍLIO AO DIAGNÓSTICO MÉDICO DURANTE A GRAVIDEZ

Universidade do Estado do Rio de Janeiro Instituto de Matemática e Estatística Econometria

ESTUDO DE VIABILIDADE DA RECUPERAÇÃO DE CALOR DOS GASES DE EXAUSTÃO EM MOTORES PARA REFRIGERAÇÃO DE CARGAS TÍPICAS EM MEIOS DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO

A Matemática Financeira nos Financiamentos Habitacionais

RELATÓRIO TÉCNICO Pronatec Bolsa-Formação Uma Avaliação Inicial Sobre Reinserção no Mercado de Trabalho Formal

FELIPE RICARDO SANTOS DE GUSMÃO UMA ABORDAGEM BAYESIANA PARA DISTRIBUIÇÃO WEIBULL INVERSA GENERALIZADA

Geração de poses de faces utilizando Active Appearance Model Tupã Negreiros 1, Marcos R. P. Barretto 2, Jun Okamoto 3

ESTATÍSTICAS E INDICADORES DE COMÉRCIO EXTERNO

Avaliação da Tendência de Precipitação Pluviométrica Anual no Estado de Sergipe. Evaluation of the Annual Rainfall Trend in the State of Sergipe

COMPOSIÇÃO DO AGRONEGÓCIO NO ESTADO DE MINAS GERAIS ALINE CRISTINA CRUZ (1) ; ERLY CARDOSO TEIXEIRA (2) ; MARÍLIA MACIEL GOMES (3).

Manual dos Indicadores de Qualidade 2011

PREVISÃO DE PARTIDAS DE FUTEBOL USANDO MODELOS DINÂMICOS

OTIMIZAÇÃO DE PROCESSO ENZIMÁTICO ATRAVÉS DO MONITORAMENTO DE PARÂMETROS CINÉTICOS

2. BACIA HIDROGRÁFICA

IV - Descrição e Apresentação dos Dados. Prof. Herondino

Determinantes. De nição de determinante de uma matriz quadrada. Determinantes - ALGA /05 15

PLANEJAMENTO DE EXPERIMENTOS E OTIMIZAÇÃO DE SISTEMAS MISTOS

CURVA DE KUZNETS: MENSURAÇÃO DO IMPACTO DO CRESCIMENTO ECONÔMICO SOBRE A DESIGUALDADE DE RENDA PARA OS ESTADOS BRASILEIROS ( )

METROLOGIA E ENSAIOS

Estimativa da fração da vegetação a partir de dados AVHRR/NOAA

Transcrição:

6º CONGRESSO BRASILEIRO DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO EM PETRÓLEO E GÁS TÍTULO DO TRABALHO: Avalação da Equação de Estado BWR-Starlng Através das Estmatvas das Propredades Volumétrcas do Gás Natural AUTORES: Fábo George Noguera Cruz, Cícero Thérco Rodrgues de Asss, Joslene de Asss Cavalcante, Laerco Gomes de Olvera, Nagel Alves Costa INSTITUIÇÃO: Unversdade Federal De Campna Grande

AVALIAÇÃO DA EQUAÇÃO DE ESTADO BWR-STARLING ATRAVÉS DAS ESTIMATIVAS DAS PROPRIEDADES VOLUMÉTRICAS DO GÁS NATURAL Abstract Ths work provde a study of the effcency of the state equaton of BWR-Starlng, usng of the conventonal mxtures rules, n the estmates of the volumetrc propertes of thrteen mxtures of gas natural reported n the world lterature. The totalty of expermental ponts corresponds to 1049 thermodynamc states. The analyss of the effcency was dvded n two parts: the) n the frst, the analyss s accomplshed for nferor pressures to 110 bar, correspondng to 688 thermodynamc states and n the second, the totalty of 1049 expermental ponts. For all the mxtures of natural gas studed t was observed that the state equaton of BWR-Starlng t supples excellent estmates of the volumetrc propertes for pressures untl 110 bar and good estmates for the totalty of the expermental ponts. Introdução Starlng (1971) apresenta em seu trabalho modfcações na equação de estado BWR com a fnaldade de estmar com o maor grau de exatdão possível as propredades volumétrcas e termodnâmcas de gases à baxas temperaturas e altas densdades. O pesqusador adconou três parâmetros (D 0, E 0 e d) aos coefcentes K 1, K 2 e K 3 da equação BWR. O coefcente K 4 permaneceu dêntco ao desenvolvdo por Benedct, Webb e Rubn (1940). Z K1 K2 2 K3 5 K4 2 2 = 1+ ρ+ ρ + ρ + ρ ( 1+ γρ ) e RT RT RT RT 2 γρ (1) As novas expressões para o cálculo dos coefcentes K 1, K 2, K 3 e K 4 são apresentadas na Tabela 1. Conforme menconado anterormente, a equação para o cálculo do coefcente K 4 mantém-se o mesmo. Tabela 1 Parâmetros da equação de estado BWRS C0 D0 E0 d d K1 = B0RT A0 + K T 2 T 3 T 4 2 = brt a K3 = α a+ T T K c = T 4 2 Posterormente, Starlng e Han (1972) desenvolveram algumas correlações generalzadas para estmatva dos coefcentes da equação BWRS. Estas generalzações são realzadas com base nas propredades dos componentes puros: densdade crítca (ρ c = 1/V c ), temperatura crítca e fator acêntrco. As correlações desenvolvdas são fornecdas na Tabela 2. Tabela 2 Generalzação das constantes característcas 3 A0 = ( A2 + B2w) RTV c c B0 = ( A1+ Bw 1 ) Vc C0 = ( A3 + B3w) RTcVc 4 3,8w 5 2 D0 = ( A9 + B9w) RTcVc E0 = ( A11+ B11we ) RTcVc a = ( A6 + B6w) RTV c c 2 3 2 2 2 b= ( A5 + B5w) Vc c= ( A8 + B8w) RTcVc d = ( A10 + B10 w) RTcVc 3 2 α = ( A + BwV ) γ = ( A + BwV ) 7 7 c 4 4 c Os valores das constantes da equação de estado BWRS comumente utlzados na lteratura mundal são fornecdos na Tabela 3.

Tabela 3 Constantes característcas da equação de estado A B A B 1 0,443690 0,115449 7 0,0705233-0,044448 2 1,284380-0,920731 8 0,504087 1,32245 3 0,356306 1,708710 9 0,0307452 0,179433 4 0,544979-0,270896 10 0,0732828 0,463492 5 0,528629 0,349261 11 0,006450-0,022143 6 0,484011 0,7540 Para uma mstura, os parâmetros da equação de estado BWRS são avalados através de regras de mstura orgnas propostas por Starlng e Han (1972). As relações matemátcas são fornecdas na Tabela 4. Tabela 4 Regras de mstura propostas por Starlng e Han (1972) A = y y A A k B yb ( )( )( ) 0 j 0 0 j 1 j 0 0 j j = ( )( )( ) 3 j j j D ( )( )( ) 4 0 = y y D0 D0 1 k j j j C = y y C C k 0 0 0 1 j ( )( )( ) 5 = ( ) 3 a = ya yb ( ) 3 E y y E E k 1 0 j 0 0 j j j j b = ( ) 3 c = yc ( ) 3 d = yd ( ) 3 12 α = yα ( ) 2 γ = yγ Metodologa A metodologa empregada para análse da efcênca da equação de estado BWRS consste nos seguntes passos: Cração de uma planlha eletrônca Excel, contendo as propredades crítcas e físcas das substâncas analsadas. Estas propredades foram obtdas de duas fontes: a) Red et al. (1998) e Polng et al. (2000); Cração de uma planlha eletrônca Excel para a entrada e saída de dados. A entrada consste: a) na quantdade de dados expermentas e b) no nome do arquvo que contém os valores; Desenvolvmento de sub-rotnas no Vsual Basc Applcaton - VBA para realzar as seguntes tarefas: a) fornecer a quantdade de substâncas; b) escolha das espéces químcas presentes no gás natural; c) especfcar o gás natural; d) efetuar a comuncação do Vsual Basc Applcaton - VBA com a planlha para obtenção da entrada de dados e propredades da substânca; e) ler os dados expermentas do arquvo (temperatura, pressão, densdade molar e fator de compressbldade); f) resolver numercamente a função objetvo obtda da Equação (1) usando o método de Newton- Raphson para cada ponto expermental; g) calcular o erro relatvo percentual para cada ponto expermental; h) transportar os resultados do Vsual Basc Applcaton - VBA para a planlha de entrada e saída de dados. As propredades físcas das espéces químcas que partcpam das msturas são dadas na Tabela 4.

Tabela 5 Propredades das substâncas e fatores de compressbldade crítcos M (g/mol) T c (K) P c (bar) w CH 4 16,043 190,55 45,99 0,011 C 2 H 6 30,070 305,33 48,71 0,099 C 3 H 8 44,097 369,83 42,48 0,152 C 4 H 10 58,124 425,10 37,96 0,200 -C 4 H 10 58,124 408,20 36,50 0,183 C 5 H 12 72,151 469,70 33,70 0,251 -C 5 H 12 72,151 460,40 33,90 0,227 C 6 H 14 86,178 507,30 30,10 0,299 C 7 H 16 100,205 540,30 27,40 0,349 C 8 H 18 114,232 568,80 24,90 0,398 CO 2 44,010 304,19 73,82 0,228 N 2 28,0 126,20 33,90 0,039 Resultados e Dscussão A análse da efcênca da equação de estado BWR-Starlng fo realzada para treze msturas de gás natural. A composção molar de cada mstura, suas propredades volumétrcas, as quantdades de pontos expermentas, as faxas de temperatura e pressão, assm como seus pesqusadores são apresentados nas Tabelas 6 e 7. Tabela 6 Composção molar de cada mstura de gás natural M1 M2 M3 M4 M5 M6 M7 CH 4 0,81299 0,81203 0,85898 0,9658 0,90644 0,98352 0,924360 C 2 H 6 0,03294 0,04306 0,08499 0,01815 0,04553 0,00511 0,012850 C 3 H 8 0,00637 0,00894 0,02296 0,00405 0,00833 0,00153 0,003480 -C 4 H 10 0,00101 0,00148 0,00351 0,00099 0,00100 0,00021 0,000410 n-c 4 H 10 0,00100 0,00155 0,00347 0,00102 0,00156 0,00031 0,000460 -C 5 H 12 0,00000 0,00000 0,00051 0,00047 0,00030 0,00011 0,000150 n-c 5 H 12 0,00000 0,00000 0,00053 0,00032 0,00045 0,00008 0,000140 C 6 H 14 0,00000 0,00000 0,00000 0,00063 0,00040 0,00005 0,000120 C 7 H 16 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 0,00001 0,000000 N 2 0,575 0,05703 0,01007 0,00269 0,034 0,00841 0,057510 CO 2 0,00994 0,07592 0,01498 0,00589 0,00466 0,00066 0,000520 M8 M9 M10 M11 M12 M CH 4 0,90991 0,8999 0,89982 0,89975 0,90001 0,89569 C 2 H 6 0,02949 0,0315 0,03009 0,02855 0,04565 0,08348 C 3 H 8 0,015 0,01583 0,01506 0,01427 0,02243 0,01197 -C 4 H 10 0,00755 0,00781 0,00752 0,00709 0,0114 0,00149 n-c 4 H 10 0,00755 0,0079 0,00753 0,00722 0,01151 0,00226 -C 5 H 12 0,00299 0,0015 0,00300 0,0045 0,0045 0,00015 n-c 5 H 12 0,00300 0,0015 0,00300 0,0045 0,0045 0,00000 C 6 H 14 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 C 7 H 16 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 0,00000 N 2 0,02031 0,017 0,01697 0,017 0,00000 0,00496 CO 2 0,00403 0,01707 0,01701 0,01699 0,00000 0,00000 A efcênca da estmatva da densdade fo realzada através da equação de estado BWRS utlzando as seguntes formulações: - Erro relatvo absoluto percentual médo: E (%) NP 100 ρ = N = 1 Exp ρ ρ Calc Exp

- Erro relatvo percentual de cada amostra: δ ( ) Exp Calc ρ ρ % = 100 Exp ρ onde ρ é a densdade (mássca ou molar) e N é o número de pontos expermentas. Tabela 7 Propredades volumétrcas das msturas de gás natural e pesqusadores Mstura Referênca Quantdade de Dados Faxas Expermentas Total T (K) Total (< 110 bar) M1 Hwang et al. 1997 250 a 325 1,8309 a 104,0692 78 78 Magee et al. 1997 225 a 350 19,6608 a 346,492 66 33 M2 Hwang et al. 1997 250 a 325 1,8557 a 112,067 85 84 Magee et al. 1997 225 a 350 17,0697 a 331,321 71 39 M3 Hwang et al. 1997 275 a 325 1,8465 a 102,3078 61 61 Magee et al. 1997 225 a 350 19,2524 a 329,5028 65 35 M4 Hwang et al. 1997 250 a 325 1,9039 a 102,8502 77 77 Magee et al. 1997 225 a 350 19,5274 a 342,7193 66 34 M5 Hwang et al. 1997 250 a 325 1,8828 a 95,5633 78 78 Magee et al. 1997 225 a 350 19,4339 a 345,2185 67 36 M6 Capla et al. 2002 253,15 a 323,15 9,92 a 150,08 28 20 M7 Capla et al. 2002 253,15 a 323,15 9,96 a 150,16 28 20 M8 Patl et al. 2007 270 a 340 34,5 a 345,43 30 12 Zhou et al. 2006 270,15 a 340,15 32 a 196,6 23 12 M9 McLnden, 2011 250 a 450 5,86 a 373,445 41 22 M10 McLnden, 2011 250 a 450 19,914 a 371,731 33 8 Atlhan et al. 2011 250 a 450 99,75 a 1499, 49 4 M11 McLnden, 2011 250 a 450 5,838 a 376,103 40 21 M12 McLnden, 2011 250 a 450 5,96 a 369,994 33 14 M Barreau et al. 1996 307,85 a 406,25 149,2 a 400,5 30 0 1049 688 Algumas nconsstêncas foram verfcadas (os erros relatvos percentuas da densdade e do fator de compressbldade devem ter valores próxmos) nos dados reportados por HWANG et al. (1997) e MAGEE et al. (1997). Estes pesqusadores publcaram em seus mnucosos estudos os valores de T, P, ρ e Z. Entretanto, alguns dados não obedeceram à equação de estado dos gases reas, P= ρzrt, possvelmente devdo a erros de dgtação. As nconsstêncas estão na Tabela 8. Tabela 8 Inconsstêncas nos dados dos da lteratura T (K) Z ρ Reportado (mol/m³) 6 110 x P ρ = ρ BWRS (mol/m 3 ) 83,144ZT Hwang 1 324,986 2,7700 0,99675 105,848 102,848 102,896 Hwang 2 324,988 11,7280 0,98443 442,890 440,901 441,569 Magee 3 349,981 22,8567 0,97220 998,800 807,95 806,053 1 Mstura M1, 2 Mstura M4 e 3 Mstura M5 Os erros relatvos médos percentuas e desvos máxmos de cada mstura são apresentados na Tabela 9. Estes valores ndcam que a equação BWRS fornece boas estmatvas das densdades das msturas de gás natural analsadas, em toda faxa de pressão e temperatura, quando comparados aos 1049 dados expermentas dsponíves na lteratura, com méda do erro relatvo percentual de

1,231798 %. Em pressões abaxo de 110 bar, as estmatvas são excelentes se comparadas aos 688 pontos expermentas da lteratura, com méda dos erros relatvos percentuas de 0,349591 %. Tabela 9 Erros relatvos médos percentuas e desvos máxmos de cada mstura Mstura Quantdade Total de Dados Dados para P < 110 bar Referênca E (%) δ (%) Máxmo E (%) δ (%) Máxmo M1 Hwang et al. 1997 0,26670-0,88306 0,26670-0,88306 Magee et al. 1997 1,42228 4,33787 0,49533-1,10903 M2 Hwang et al. 1997 0,42111-2,23088 0,42587-2,23088 Magee et al. 1997 1,37276-4,45785 1,04932-4,45785 M3 Hwang et al. 1997 0,21249-0,57385 0,21249-0,57385 Magee et al. 1997 1,46035 4,34547 0,44626 1,33666 M4 Hwang et al. 1997 0,18228 0,59281 0,18228 0,59281 Magee et al. 1997 1,70863 4,71116 0,45079 3,21841 M5 Hwang et al. 1997 0,18924 0,59848 0,18924 0,59848 Magee et al. 1997 1,688 4,59938 0,425 1,75604 M6 Capla et al. 2002 0,85333 3,61281 0,31540 0,83697 M7 Capla et al. 2002 0,77010 3,09742 0,31462-0,55398 M8 Patl et al. 2007 2,15416 4,97921 0,36790 0,85086 Zhou et al. 2006 1,28817 3,63477 0,29446 0,72759 M9 McLnden, 2011 1,27574 4,94061 0,23437 0,812 M10 McLnden, 2011 1,81517 4,89107 0,28303 0,81951 Atlhan et al. 2011 2,42932 6,02548 0,09198-0,17338 M11 McLnden, 2011 1,29000 4,98564 0,259 0,84539 M12 McLnden, 2011 1,57603 5,09638 0,310 1,96426 M Barreau et al. 1996 2,29905 4,03742 Méda (%) Desvo Máxmo Méda Desvo Máxmo 1,231798 6,02548 0,349591 4,45785 Os erros relatvos médos percentuas das msturas M1, M2, M4 e M5 para os dados de HWANG et al. (1997) são apresentados, respectvamente, nas Fguras 1, 2, 3 e 4. Observam-se em todos os casos excelentes concordâncas entre os valores de densdades estmadas pela equação de estado BWRS e aqueles reportados por HWANG et al. (1997). Observa-se anda que quando a temperatura aumenta, os erros relatvos em todos os casos estudados dmnuem proporconalmente. 0,2 Mstura M1 0,5 Mstura M2 0,0 0,0-0,2-0,5 δ (%) -0,4 δ (%) -1,0-0,6-1,5-0,8-1,0 T = 250 K T = 275 K T = 300 K T = 325 K T = 250 K -2,0 T = 275 K T = 300 K T = 325 K -2,5 Fgura 1 Erros relatvos da mstura M1 Fgura 2 Erros relatvos da mstura M2

δ (%) 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0-0,1-0,2-0,3-0,4-0,5-0,6-0,7 T = 250 K T = 275 K T = 300 K T = 325 K Mstura M4 Fgura 3 Erros relatvos da mstura M4 δ (%) 0,3 0,2 0,1 0,0-0,1-0,2-0,3-0,4 Mstura M5-0,5 T = 250 K T = 275 K -0,6 T = 300 K T = 325 K -0,7-10 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Fgura 4 Erros relatvos da mstura M5 As Fguras 5, 6, 7 e 8 apresentam a comparação entre os valores do fator de compressbldade das msturas M1, M2, M4 e M5 reportados por HWANG et al. (1997) com aqueles estmados pela equação de estado BWRS. Pode-se observar uma excelente concordânca entre os valores reportados por HWANG et al. (1997) com os estmados pela equação de estado BWRS. A temperatura e a pressão exercem uma forte nfluênca sobre os resultados. A temperatura exerce nfluênca sobre o fator de compressbldade de manera proporconal, já a nfluênca da pressão é de manera nversa. Fator de Compressbldade 1,00 Mstura M1 0,95 0,90 0,85 0,80 Expermental - 250 K BWRS - 250 K Expermental - 275 K 0,75 BWRS - 275 K Expermental - 300 K 0,70 BWRS - 300 K Expermental - 325 K BWRS - 325 K 0,65 Fgura 5 Dagrama Z versus P da mstura M1 1,00 Mstura M4 Fator de Compressbldade 1,00 Mstura M2 0,95 0,90 0,85 0,80 0,75 Expermental - 250 K BWRS - 250 K 0,70 Expermental - 275 K BWRS - 275 K 0,65 Expermental - 300 K BWRS - 300 K 0,60 Expermental - 325 K BWRS - 325 K 0,55 Fgura 6 Dagrama Z versus P da mstura M2 1,00 Mstura M5 Fator de Compressbldade 0,95 0,90 0,85 0,80 Expermental - 250 K BWRS - 250 K Expermental - 275 K 0,75 BWRS - 275 K Expermental - 300 K 0,70 BWRS - 300 K Expermental - 325 K BWRS - 325 K 0,65 Fgura 7 Dagrama Z versus P da mstura M4 Fator de Compressbldade 0,95 0,90 0,85 0,80 Expermental - 250 K BWRS - 250 K Expermental - 275 K 0,75 BWRS - 275 K Expermental - 300 K 0,70 BWRS - 300 K Expermental - 325 K BWRS - 325 K 0,65 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Fgura 8 Dagrama Z versus P da mstura M5 Conclusões Para a totaldade dos dados expermentas (1049 estados), a equação de estado BWRS fornece boas estmatvas das propredades volumétrcas das msturas de gás natural analsadas com erro

relatvo médo percentual de 1,2318 % para a densdade. Este erro médo é aproxmadamente o erro obtdo na análse dos valores do fator de compressbldade. Para os estados termodnâmcos cuja pressão é nferor a 110 bar, a equação de estado BWRS fornece excelentes estmatvas das densdades das msturas de gás natural analsadas. O erro relatvo médo percentual fo de 0,3496 %. Este erro médo é aproxmadamente o erro obtdo na análse dos valores do fator de compressbldade. Referêncas Bblográfcas ATILHAN, M.; APARICIO, S.; EJAZ, S.; CRISTANCHO, D.; HALL, K. R. PρT Behavor of a Lean Synthetc Natural Gas Mxture Usng Magnetc Suspenson Densmeters and an Isochorc Apparatus: Part I. J. Chem. Eng. Data, v. 56, 212 221, 2011. BARREAU, A.; JANNETEAU, P.; GAILLARD, K. Isobarc heat capacty of natural gases. measurements and modelng. Flud Phase Equlbra, v. 119, 197-212, 1996. BENEDICT, M; WEBB, G. B; RUBIN, L. C; An Emprcal Equaton for Thermodynamc Propertes of Lght Hydrocarbons and Ther Mxtures. I. Methane, Ethane, Propane and n-butane. Journal of Chemcal Physcs. Vol. 8, 334-338, 1940. CAPLA, L.; BURYAN, P.; JEDELSKY, J.; ROTTNER, M.; LINEK, J. Isothermal pvt measurements on gas hydrocarbon mxtures usng a vbratng-tube apparatus. J. Chem. Thermodynamcs, v. 34, 657 667, 2002. HWANG, C. A.; SIMON, P. P.; HOU, H; HALL, K. R.; HOLSTE, J. C.; MARSH, K. N. Burnett and pycnometrc ( p, V m,t ) measurements for natural gas mxtures. J. Chem. Thermodynamcs, v. 29, 1455-1472, 1997. MAGEE, J. W.; HAYNES, W. M.; HIZA, M. J. Isochorc ( p, r,t ) measurements for fve natural gas mxtures from T = (225 to 350) K at pressures to 35 MPa. J. Chem. Thermodynamcs, v. 29, 1439-1454, 1997. McLINDEN, M. O. p-ρ-t Behavor of Four Lean Synthetc Natural-Gas-Lke Mxtures from 250 K to 450 K wth Pressures to 37 MPa. J. Chem. Eng. Data, v.56, 606 6, 2011. PATIL, P.; EJAZ, S.; ATILHAN, M.; CRISTANCHO, D.; HOLSTE, J. C.; HALL, K. R. Accurate densty measurements for a 91% methane natural gas-lke mxture. J. Chem. Thermodynamcs, v. 39, 1157 1163, 2007. POLING, B. E; PRAUSNITZ, J. M; O CONNEL, J. P. The Propertes of Gases and Lquds. Ffth Edton. McGraw-Hll, 2000. REID, R. C; PRAUSNITZ, J. M; POLING, B. E. The Propertes of Gases & Lquds. Fourth Edton. McGraw-Hll Book Company, 1987. STARLING, K. E; Thermo Data Refned for LPG. Part 1: Equaton of State and Computer Predcton. Hydrocarbon Processng. Vol. 3, Pg. 101-104, 1971. STARLING, K. E. HAN, M. S; Thermo Data Refned for LPG. Part 14: Mxtures. Hydrocarbon Processng. Vol. 5, Pg. 129-2, 1972. ZHOU, J.; PATIL, P.; EJAZ, S.; ATILHAN, M.; HOLSTE, J. C.; HAL, K. R. (p,v m,t) and phase equlbrum measurements for a natural gas-lke mxture usng an automated sochorc apparatus. J. Chem. Thermodynamcs, v. 38, 1489 1494, 2006.