LOGÍSTICA PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS



Documentos relacionados
UnB Universidade de Brasília. Administração de Recursos Materiais. Tema: Gestão de estoque. Alunos: - Beliza de Ávila.

UFCD 8 Controlo e armazenagem de mercadorias Carga horária 50 horas ARMAZENAGEM DAS MERCADORIAS

Armazenagem e controle. Prof. Paulo Medeiros FATEC - Pompéia

A OPERAÇÃO DE CROSS-DOCKING

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE. Profa. Lérida Malagueta

Custos Logísticos. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo.

Disciplina: Suprimentos e Logística II Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E

Operações Terminais Armazéns. PLT RODRIGUES, Paulo R.A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2ª ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007.

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Capítulo 2. Logística e Cadeia de Suprimentos

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa

Gestão do armazém: organização do espaço, artigos, documentos

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS

LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Contribuição do custo logístico na formação de preço de venda dos produtos. Prof. Paulo Medeiros

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção

Controle de estoques. Capítulo 6. André Jun Nishizawa

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Controle de Estoques

Logística e Administração de Estoque. Definição - Logística. Definição. Profª. Patricia Brecht

NOÇÕES BÁSICAS DE ALMOXARIFADO. Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais Aula 7 Prof. Rafael Roesler

GESTÃO DE ESTOQUES. Gestão Pública - 1º Ano Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais Aula 4 Prof. Rafael Roesler

Rodrigo Rennó Questões CESPE para o MPU 11

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA

Módulo 1 Questões Básicas da Economia Conceito de Economia

GESTÃO DE OPERAÇÕES E LOGÍSTICA - ESTOQUES

Armazenagem e controle. Prof. Paulo Medeiros FATEC - Pompéia

Planejamento da produção. FATEC Prof. Paulo Medeiros

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas. Módulo: Administração de Materiais. Profª Neuza

Evolução da Disciplina. Logística Empresarial. Aula 1. O Papel dos Sistemas Logísticos. Contextualização. O Mundo Atual

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações I

Marketing. Gestão de Produção. Gestão de Produção. Função Produção. Prof. Angelo Polizzi

25/02/2009. Tipos de Estoques. Estoque de Materiais. Estoque de Produtos Acabados. Estoque em transito. Estoque em consignação

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

Logística Lean: conceitos básicos

Armazenagem e Movimentação de Materiais II

3. Os stocks dos produtos em curso de fabricação, isto é, os stocks entre as diferentes fases do processo produtivo (entre postos de trabalho).

Distribuidor de Mobilidade GUIA OUTSOURCING

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

FUNDAMENTOS PARA A ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA

Objetivo. Utilidade Lugar. Utilidade Momento. Satisfação do Cliente. Utilidade Posse

Administração de estoques. Prof. Paulo Medeiros FATEC - Pompéia

GESTÃO DE ESTOQUE. Fabiana Carvalho de Oliveira Graduanda em Administração Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS

Sistemas de Armazenagem de

Estoque e Logística. Henrique Montserrat Fernandez

Logistica e Distribuição. Manuseio de Materiais. Mas quais são as atividades da Logística? Ballou, 1993

Armazenagem e controle. Prof. Paulo Medeiros FATEC - Marília

1. Introdução. 1.1 Apresentação

GERENCIAMENTO DE MATERIAIS HOSPITALARES. Farm. Tatiana Rocha Santana 1 Coordenadora de Suprimentos do CC

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

ESTRATÉGIAS DE NÍVEL EMPRESARIAL. Administração Estratégica Conceitos. Autores Peter Wright Mark J. Kroll John Parnell

Planejamento, Programação e Controle da Produção

08 Capital de giro e fluxo de caixa

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

A função produção apresenta três papéis importantes para a estratégia empresarial:

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

GERENCIAMENTO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

Unidade III GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS

Unidade III MARKETING DE VAREJO E. Profa. Cláudia Palladino

OS IMPACTOS DA FILOSOFIA JIT SOBRE A GESTÃO DO GIRO FINANCIADO POR CAPITAL DE TERCEIROS

DESPESAS FIXAS. O que são Despesas Fixas?

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

Introdução e Planejamento Cap. 1

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP

CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL

Classificação de Materiais

MRP MRP. Módulo 5 MRP e JIT. Demanda de produtos e serviços. Fornecimento de produtos e serviços

Introdução e Planejamento Cap. 1. Prof. Luciel Henrique de Oliveira luciel@uol.com.br

A ESCOLHA DO SOFTWARE PARA INFORMATIZAÇÃO DA SUA EMPRESA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

Prof. Gustavo Boudoux

LOGÍSTICA E CADEIA DE SUPRIMENTOS. rfsouza@fatecinternacional.com.br

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Armazenagem. Por que armazenar?

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6

Sistemas de Armazenagem de Materiais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Confederação Nacional da Indústria. - Manual de Sobrevivência na Crise -

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

QUANTO CUSTA MANTER UM ESTOQUE

FUNDAMENTOS DA ECONOMIA

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas. Módulo: Administração de Materiais. Profª Neuza

GESTÃO ESTRATÉGICA DA CADEIA LOGÍSTICA

Módulo 2 Custos de Oportunidade e Curva de Possibilidades de Produção

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

Modelo para elaboração do Plano de Negócios

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção

Técnicas de Logística Enxuta [6 de 11]

Transcrição:

LOGÍSTICA PARA O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS - ARMAZENAGEM - Caderno Didático nº 3 Disciplina: Administração de Materiais e Logística II Ano / Semestre Letivo: 2º SEMESTRE 2010 Turmas: 6ºA e B 1

Conteúdo desta Unidade: A Importância da atividade de armazenagem dentro da Logística... 04 Eficiência da armazenagem e distribuição de produtos... 07 Logística e armazenagem... 10 Tipos de armazenagem... 13 Movimentação no armazem... 14 em função do material... 15 Espaço físico e movimentação... 16 Avaliação de estoque... 17 Conclusão... 18 2

A responsabilidade pelo conteúdo e imagens desta obra é do respectivo autor. O conteúdo desta obra foi licenciado temporária e gratuitamente para utilização dos alunos da Faculdade Santa Rita - FaSaR. O leitor se compromete a utilizar o conteúdo desta obra para aprendizado pessoal, sendo que a reprodução e distribuição ficarão limitadas ao âmbito interno dos cursos. A citação desta obra em trabalhos acadêmicos e/ou profissionais poderá ser feita com indicação da fonte. A cópia desta obra sem autorização expressa ou com intuito de lucro constitui crime contra a propriedade intelectual, com sanções previstas no Código Penal, artigo 184, Parágrafos 1º ao 3º, sem prejuízo das sanções cíveis cabíveis à espécie. 3

1., controle e manuseio de mercadorias são componentes essenciais da logística. Seus custos são elevados. A seleção dos locais onde esse processo será feito está intimamente associada aos custos desse processo. É conveniente para as organizações alocarem grandes espaços físicos para armazenagem e estocagem? Sabemos que é muito difícil especificar a demanda com precisão, por isso, em muitos casos são necessários à utilização de grande espaço físico. Podemos minimizar esse espaço, fazendo com que nosso estoque seja o mínimo possível, reduzindo-se assim os custos totais em armazenagem. Os estoques podem servir como redutor dos custos de transportes, pois permite o uso de quantidades econômicas de transportes, ou seja, utilizando-se o máximo que o responsável pelo frete consegue lhe trazer você estaria economizando custos com esse serviço. Muitas empresas, porém, nos dias atuais, estão evitando as necessidades de estoques, aplicando a filosofia JUST-IN- TIME. Entretanto é muito importante que a demanda por produtos acabados seja conhecida com alto grau de precisão e com fornecedores confiáveis a fim de obter um suprimento adequado à demanda, caso contrário tal método não funciona. Caso exista a necessidade de armazenar matérias é muito importante e até preocupante controlar esses estoques. Os custos com armazenagem e manuseio de mercadorias podem absorver de 10 a 40% das despesas logísticas de uma firma. 1.1 - A Importância da atividade de armazenagem dentro da Logística O conceito de ocupação física que se concentrava mais na área do que na altura, esta mudando. Em geral, o espaço destinado à armazenagem era sempre relegado ao local menos adequado. Com o passar do tempo, o mau aproveitamento do espaço tornou-se um comportamento antieconômico. Não era mais suficiente apenas guardar a mercadoria com o maior cuidado possível. Racionalizar a altura ocupada foi a solução encontrada para reduzir o espaço e guardar maior quantidade de material. A armazenagem dos materiais assumiu, então, uma grande importância na obtenção de maiores lucros. Independente de como foi embalado o material, ou de como foi movimentado, a etapa posterior é a armazenagem. Os termos "armazenagem" e "estocagem" são freqüentemente usados para identificar coisas semelhantes. Mas podemos distinguir os dois, referindo-se à guarda de produtos acabados como "armazenagem" e à guarda de matérias-primas como "estocagem". A armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao sistema logístico, pois na área de suprimentos é necessário adotar um sistema de armazenagem racional de matérias-primas e insumos. No processo de produção, são gerados estoques de produtos em processo, e, na distribuição, a necessidade de armazenagem de produto acabado é, talvez, a mais complexa em termos logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às exigências e flutuações do mercado. 4

A importância da na Logística é que ela leva soluções para os problemas de estocagem de materiais que possibilitam uma melhor integração entre as cadeias de suprimento, produção e distribuição. O planejamento desta integração deve ser efetuado através de estudos de localização, de gerenciamento e planejamento operacional, equipamentos de movimentação, armazenagem e layout. Além de reduzir custos e aumentar a satisfação do cliente, a armazenagem correta fornece muitos outros benefícios indiretos tais como centralização de remessas, o que aumenta a visibilidade dos pedidos, fornecendo informações que não eram capturadas. Podemos utilizar o Sistema de Relatório de Pedido em Aberto e medir o impacto dos atrasos de produção em operações de remessas e atendimento ao cliente, enquanto rastreamos questões de pedidos em aberto. Essas informações são usadas para identificar e corrigir problemas durante o processo de armazenagem assim como para manter os clientes informados do status de seu pedido. Permitindo que a empresa gerencie as questões de pedidos em aberto, a equipe de vendas perde menos tempo resolvendo problemas, tendo assim mais tempo para vender. A seguir, alguns dos fatores que podem auxiliar a reduzir tal risco em relação ao estoque: Nível de serviço ao cliente: resumidamente falando, esse nível de serviço ao cliente é medido pelas vendas perdidas por falta de mercadoria, que pode gerar vários impactos negativos. Pesquisas indicam que apenas 11% desistem da compra quando não encontram o produto que desejam e menos de 20% decidem adiá-la. Em contrapartida, mais de 30% trocam de loja ou fornecedor e 40% trocam por outro produto ou marca. Em óptica, a troca por produtos e marcas substitutos ocorre freqüentemente em função da grande variedade disponível e da falta de estabilidade nos prazos de reposição e entrega das mercadorias. Relações entre indústria e varejo: Há bons indicadores nesse sentido para melhorar tal quadro. Do lado da indústria, a evolução crescente dos sistemas de distribuição e logística fará o produto chegar mais rápido ao lugar certo e na hora certa. Do lado do varejo, a necessidade de administrar seus estoques de forma sistemática e profissional, passando a avaliar as suas necessidades de reposição de forma mais acurada e realista, garante ordens de compra com prazo suficiente para produção e entrega. É preciso encontrar o ponto de equilíbrio para acabar com a fama de "tudo para ontem" do varejo e a de "tudo para depois de amanhã" da indústria. Também é importante destacar a necessidade cada vez maior de melhorar o relacionamento entre indústria e varejo, para que ambos compartilhem informações que só irão melhorar as previsões de demanda e venda, diminuindo os riscos de estoque. Representantes de venda: Eles nunca foram tão importantes como hoje. O verdadeiro valor de suas visitas está na compreensão cada vez maior das necessidades de seus clientes. Cabe a esse "novo representante" a apresentação de novidades, além de características e diferenciais tanto da empresa quanto dos produtos e das marcas que representa. É pura orientação de marketing: não basta mais vender e entregar mercadorias, a ordem agora é "atender o cliente", no sentido mais completo da expressão. Cobertura de estoque: Outro fator importante, que compreende o tempo necessário para manter mercadorias em estoque e cobrir as vendas previstas. Pode ser medida por meio da seguinte fórmula: Cobertura = Estoque em determinada data (quantidade ou valor) / Previsão de vendas (quantidade ou valor) 5

Porém, há riscos que devem ser considerados: se a necessidade de cobertura for muito alta - caso de grande parte do varejo óptico -, o produto pode "sair de moda" ou perder qualidade pelo tempo maior de exposição na loja ou de permanência em depósitos. Giro de estoque: É o indicador mais "famoso", já que mede quanto do dinheiro investido em produtos é recuperado por meio das vendas. Eis a questão: se o giro do capital investido em estoque for baixo, vale optar por outra alternativa que garanta retorno mais rápido. Enquanto isso, a meta é buscar alternativas e ferramentas para melhorar o giro de estoque. A medida certa. Quanto comprar? Na era da informação, o que gera maior disponibilidade de dados, entra em cena mais uma ferramenta da gestão de negócios: o geomarketing ou marketing geográfico, que permite a seleção e a análise de dados como suporte para planos estratégicos e de ação em diversas frentes. Quando o assunto é quanto comprar, cada caso deve ser avaliado conforme previsão de necessidade específica. Isso inclui análise de dados no que diz respeito à localização dos pontos-de-venda, tamanho do mercado, análise da concorrência, área de exposição nas lojas, vendas, tempo de reposição por parte de fornecedores, variações demográficas em termos de renda, sexo, idade etc. A medida exata da compra desafia o profissional de compras a equilibrar os benefícios de um alto giro com o risco da falta de mercadorias. Mãos dadas: Gestão de estoque e planejamento de compras andam todo o tempo juntos. A gestão de estoque eficaz vai por água abaixo se não houver antes o planejamento das compras. A estratégia de compra muda se o produto for de moda, básico, sazonal, ou ainda de "evento", como os produtos vendidos somente em ocasiões específicas, como as lentes de contato estampadas para o Halloween ou a grande variedade de produtos lançados por ocasião da Copa do Mundo - nesse caso, o que foi vendido, foi; para o que não se vendeu, resta esperar mais um período para o tal evento se repetir ou amargurar as sobras. É necessário planejar, sim! Planejamento é solo fértil para minimizar os riscos e garantir o sucesso dos negócios, além de ser a base para decisões importantes. Cadeia de suprimentos: Quando um produto passou pelo caixa e definitivamente chegou às mãos do cliente, pressupõe-se que tudo correu muito bem nesse longo caminho. É um processo complexo que, na óptica, envolve desde o fornecedor de minúsculos parafusos até a loja, com eficácia em todas as suas etapas. Só assim, todos estarão satisfeitos. Esse é o mundo ideal da cadeia de suprimentos. Mas nem sempre é assim. Para o seu perfeito funcionamento, deve-se combinar eficiência em vários processos como velocidade de reposição, tempo de comunicação das quantidades de compra, tempo de produção, tipo de transporte, processos de recebimento, conferência e inspeção de mercadorias, entre outros. Colaboração, nesse caso, é fundamental. E colaboração em negócios é compartilhar muito: informações, conhecimento, riscos etc. E com transparência, no melhor sentido de parceria, em uma relação em que todos os lados ganhem. Tudo com a meta de reduzir custos, tempo de atendimento e estoque e repassar melhores resultados em benefício do cliente final para, principalmente, deixá-lo muito satisfeito e mantê-lo fiel. Sincronização também é importante. Cada vez mais, os clientes querem escolher o melhor entre uma incrível variedade de produtos, com o melhor preço, que atenda as suas necessidades e desejos em termos de quantidade, tempo e lugar. 6

E, diante de todos esses quereres, tem de ocorrer um verdadeiro "abastecimento sincronizado" em todas as etapas da cadeia. Tudo deve acontecer no tempo certo e, quanto menos imprevistos houver, melhor. Em resumo, quando o assunto é melhorar resultados por meio de ferramentas como gestão de estoques, varejo e indústria estão diante de processos complexos que envolvem até mudanças comportamentais. 1.2- Estratégias para melhorar a eficiência da armazenagem e distribuição de produtos Devido a grande expansão do volume de produtos movimentados em um armazém, torna-se imprenscindivel a utilização de um sistema de gerenciamento de armazém como reposicionamento estratégico, tornando o processo mais dinâmico, ágil e seguro. Analisando a influência da posição geográfica do fornecedor em relação a seu cliente, qual seria o impacto no que diz respeito a posição geográfica do fornecedor em uma decisão do departamento de compras? Tendo em vista que a função tomada de decisão não só no departamento de compras mais também em toda organização é de fundamental importância, surge agora a oportunidade de acompanharmos de perto os passos a serem seguidos para um total cumprimento dessa função, pois nela envolve desenvolvimento de um relacionamento entre as duas partes (cliente e fornecedor), de tal forma que a parceria e a cooperação proporcionam melhores resultados do que o interesse próprio e o conflito. Desta forma o termo posição geográfica do fornecedor será entendido como sua localização em relação ao seu cliente e quais as implicações a serem consideradas em uma definição do departamento de compras, sendo que existe uma série de avaliações a serem estudadas e que contribuem diretamente para o fechamento ou não de um pedido de compras. A princípio esse trabalho requer uma análise por parte dos compradores, que poderão claramente nos posicionar e esclarecer essa dificuldades do dia a dia. Podemos dizer que nos dias atuais a posição geográfica (localização) dos fornecedores em relação a seu cliente passou a ocupar um papel de destaque nos problemas logísticos das empresas, pois o tempo para o cliente é uma vantagem competitiva, sendo que diretamente envolve custo, que com certeza força as empresas a reduzir os estoques e paralelamente um melhor desenvolvimento para com seus fornecedores. Qualquer pessoa, como consumidor, tem claro o que espera dos produtos que compra: querem produtos que cada dia atendam melhor às suas necessidades, os querem quando necessitam, a um preço adequado e com altos níveis de qualidade. Clientes cada vez melhor informados e mais exigentes estão provocando a mudança dos mercados de consumo e, com eles, como um efeito dominó, de todos os demais mercados industriais e de serviços. Além disso, outro fator chave explica esta evolução: a modernização dos meios de transporte e o desenvolvimento das novas tecnologias de comunicação estão permitindo a real globalização da economia. Esta evolução na fabricação está mudando os mercados para um ambiente caracterizado para: 7

Extremo dinamismo Máxima disponibilidade Flutuação da demanda Competitividade Globalização A cadeia logística é o canal de movimento do produto ao longo do processo industrial até os clientes. Mas podese dizer simplesmente que é a sucessão de manuseios, movimentações e armazenagens pelas quais o produto passa desde que é matéria-prima, conjuntos semi-elaborados, até chegar ao cliente final. A cadeia logística pode ser dividida em três partes: 1. Suprimentos, que gerencia a matéria-prima e os componentes. Compreende o pedido ao fornecedor, o transporte, a armazenagem e a distribuição. 2. Produção, que administra o estoque do produto semi-acabado no processo de fabricação. Compreende o fluxo de materiais dentro da fábrica, os armazéns intermediários, o abastecimento do posto de trabalho e a expedição do produto acabado. 3. Distribuição, que administra a demanda do cliente e os canais de distribuição. Compreende o estoque do produto acabado, a armazenagem, o transporte e a entrega ao cliente. A quantidade de produtos desta cadeia depende em grande parte da quantidade de manuseios que sofrem os materiais, das distâncias que percorrem (e o tempo que tardam em percorrê-las) e do nível de estoque que existe nos armazéns. Esta quantidade de material pode ser medida de duas formas: 1. Em dinheiro - o custo monetário de todo material que chega no canal. Isto nos diz quanto capital está imobilizado em forma de estoque. 2. Em tempo (lead time) - tempo em que uma unidade de material levaria para percorrer todo o canal desde que entra até sair. Este parâmetro nos diz qual é a nossa distância ao cliente em tempo para poder reagir ante a novas demandas de mercado. Na atualidade, as estratégias logísticas estão evoluindo com grande rapidez. São vários os fatores que facilitam e contribuem a esta mudança. Entre os mais relevantes estão: Profissionalização e especialização: a gestão logística se considera como uma fonte importante de oportunidades competitivas e se destinam recursos a ela. A visão tradicional da mera gestão burocrática de estoques, armazéns e transporte está em vias de extinção. Aparição de empresas especializadas: fruto desta profissionalização da logística moderna, tem aparecido no mercado empresas que oferecem serviços logísticos integrais: análise, projeto, implementação e gerenciamento das necessidades logísticas da empresa. Com ela se abriu a possibilidade da sub-contratação de toda ou parte da cadeia logística. 8

Aparição de novos modelos de organização: há tempos tem se introduzido uma mudança substancial nos conceitos logísticos a partir da teoria de que o estoque é sempre sinal de problemas a serem resolvidos. As novas estratégias logísticas são muitas e variadas, e dependem em grande parte, do setor industrial. Tentar abordá-lo em apenas um artigo seria uma atitude um tanto ambiciosa, porém algumas das mais importantes serão apresentadas para que ajudem a ilustrar estas mudanças que se estão produzindo com grande rapidez nos últimos anos. A gestão do fluxo puxado: este tipo de gestão da cadeia logística é uma das contribuições fundamentais do just-in-time (jit). A diferença fundamental entre o fluxo puxado (kanban) e o fluxo empurrado (mrp) está na forma de planificar a produção, as compras e os abastecimentos. Como idéia geral pode-se dizer que a gestão no fluxo puxado se baseia em organizar a produção a partir do que o cliente realmente tem consumido, não do que é previsto consumir. Fluxo puxado é fabricar em função do consumo do cliente. Aplicar o fluxo puxado a toda a cadeia logística não é um trabalho fácil, pois implica uma interrelação estreita com os fornecedores e também com os clientes, o que não é sempre possível. Porém, utilizada para gerenciar o fluxo interno, pode ser uma ferramenta muito potente na redução do estoque em processo, sempre e quando vai unida a uma transformação do sistema de produção em três aspectos fundamentais: Adaptação permanente à demanda do cliente Fabricar em pequenos lotes mediante a flexibilização Confiabilidade das instalações A terceirização: muitas empresas utilizam a chamada teoria de valor, segundo a qual a empresa deve concentrar seus esforços, recursos e inversões naquilo que agrega valor ao que faz, ou seja, aquilo que somente ela pode fazer e que constitui uma vantagem competitiva. Neste contexto, a terceirização está em moda, porém envolve certos riscos se não implementá-la de um modo controlado. Antes de chegar a terceirização é necessário ter passado pela criação de sistemas próprios que, uma vez funcionando, podem ser externalizados. No que diz respeito à cadeia logística, atualmente, grande parte da mesma está terceirizada: armazéns, transporte, distribuição do produto, incluindo o fluxo interno e os abastecimentos aos postos de trabalho. A transferência do estoque para o fornecedor: existem muitas formas de transferir o estoque para o fornecedor. Quando o fornecedor está longe, e não pode adaptar-se à entrega em pequenos lotes, se utiliza, frequentemente, a estratégia do estoque no depósito. O fornecedor deve depositar seu estoque em um armazém próximo ao cliente ou muitas vezes dentro do próprio cliente. Este estoque é considerado propriedade do fornecedor até que o cliente o consuma, momento no qual se fatura. Esta estratégia tem unicamente benefícios financeiros para o cliente, já que o estoque continua estando ali. Outra forma de deslocar o estoque é mediante a sub-contratação de fornecedores próximos. Desta maneira é o fornecedor que se encarrega da gestão do estoque de sub-componentes e é ele que disponibiliza o espaço de armazém. Em algumas ocasiões o provedor é também responsável pela compra destes sub-componentes, em outras este material está consignado pelo cliente. Ambas estratégias podem ser usadas com objetivos pontuais como economizar espaços na fábrica, mas geralmente não solucionam o problema do estoque, somente o escondem. Centralização: esta técnica afeta toda a cadeia de distribuição. Quando se têm muitos canais distintos e se produz de forma específica para cada um deles, se é obrigado a manter um estoque específico para cada canal. 9

Se a demanda deste canal flutua muito, podemos encontrar, em um determinado momento, um sobre-estoque ou uma ruptura de estoque. Se centralizarmos a demanda flutuante de vários canais, de modo geral, a demanda total é muito mais estável. Aqui reside a vantagem de adiar operações: se fabrica uma referência genérica e as particularizações se realizam no canal de distribuição, em função da demanda real, no próprio armazém do produto determinado. Estas e outras inúmeras estratégias logísticas estão fazendo com que as empresas foquem ou prosperem na condução de seus negócios. Pense e análise sobre estas estratégias. Ficou alguma dúvida? Leia e pesquise mais sobre este importante assunto e...... nunca esqueça: e Distribuição são imperativos para qualquer empresa, ou seja, podem determinar o sucesso ou fracasso de uma organização. 2. Logística e Logística é o processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as informações relativas a estas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo final, com o propósito de atender os requisitos do cliente. Atualmente as empresas estão muito niveladas no aspecto tecnológico, sendo a Logística um dos principais diferenciais para a sobrevivência e crescimento da empresa no mercado. Uma Logística eficiente pode representar o diferencial de uma empresa no mercado. 2.1- A Função da Logística na Organização: 1. Recepção e processamento das encomendas. 2. Gestão da Logística ao nível da prestação do serviço ao cliente. 3. Gestão de Transportes - tipo e modo de transporte do produto final, produto semi-acabado ou matéria-prima. 4. Gestão Física dos Armazéns - e movimentação interna de produtos e materiais. 5. Gestão de Estoques - do produto final, matérias-primas, semi-acabados e em curso de fabricação. 6. Planejamento agregado da produção juntamente com a gestão de produção. 7. Sub-contratação da capacidade produtiva de terceiros. 8. Gestão de Insumos - disponibilização de matéria-prima, embalagens, produtos semi-acabados, etc. 9. Gestão de Sistema de Informação de Suporte à função da Logística. 10. 10

A armazenagem é constituída por um conjunto de funções de recepção, descarga, carregamento, arrumação e conservação de matérias-primas, produtos acabados ou semi-acabados. Uma vez que este processo envolve mercadorias, este apenas produz resultados quando é realizada uma operação, nas existências em trânsito, com o objectivo de lhes acrescentar valor (Dias, 2005, p. 189). Pode-se definir a missão da armazenagem como o compromisso entre os custos e a melhor solução para as empresas. Na prática isto só é possível se tiver em conta todos os factores que influenciam os custos de armazenagem, bem como a importância relativa dos mesmos (Casadevante, 1974, p. 26). Vista geral de um armazém 2.2- Importância da De forma a ir ao encontro das necessidades das empresas, e uma vez que os materiais têm tempos mortos ao longo do processo, estes necessitam de uma armazenagem racional e devem obedecer a algumas exigências: Quantidade: a suficiente para a produção planejada; Qualidade: a recomendada ou pré-definida como conveniente no momento da sua utilização; Oportunidade: a disponibilidade no local e momento desejado; Preço: o mais económico possível dentro dos parâmetros mencionados. 2.3- Vantagens A armazenagem quando efetuada de uma forma racional poderá trazer inúmeros benefícios, os quais se traduzem diretamente em reduções de custos. Se não vejamos: Redução de risco de acidente e consequente aumento da segurança; Satisfação e aumento da motivação dos trabalhadores; Incremento na produção e maior utilização da tecnologia; Melhor aproveitamento do espaço; Redução dos custos de movimentações bem como das existências; Facilidade na fiscalização do processo e consequente diminuição de erros; Redução de perdas e inutilidades; Versatilidade perante novas condições 2.4- Desvantagens Algumas desvantagens da armazenagem são segundo Krippendorff (1972, p. 24): Os materiais armazenados estão sujeitos a capitais os quais se traduzem em juros a pagar; A armazenagem requer a ocupação de recintos próprios ou o aluguel que se traduz em rendas; A armazenagem requer serviços administrativos; A mercadoria armazenada têm prazos de validade que têm de ser respeitados; 11

Um armazém de grandes dimensões implica elevados custos de movimentações; um armazém de grande porte necessita de maquinas com tecnologia. 2.5- Fatores que afetam a armazenagem Na armazenagem pode-se considerar que intervém uma série de variáveis, as quais se denominam fatores. Estes possuem uma influência específica para cada caso e têm um papel preponderante na realização de uma boa armazenagem. O material: é destacado como o principal ítem da armazenagem. Este pode ser diferenciado pela sua utilização, consumo, e apresentação, bem como outras características especiais que podem ser determinantes nas medidas a adaptar, devendo-se por isso classificar os materiais tendo em conta diversos itens. A espera: é destacada como grande impulsionadora da armazenagem. Esta traduz-se na antecipação com que os materiais devem ser colocados na empresa à espera de serem utilizados no processo A existência traduz-se na acumulação ou reunião de materiais em situação de espera. Este conceito também se pode estender à quantidade de cada material em espera num armazém O tráfego está incutido no processo de armazenagem, pois este envolve a reunião de homens, máquinas e principalmente dos materiais. O tráfego contém geralmente operações com: desacomodação carregamento movimentações internas do local movimentações externas do local descarregamento colocações Custos: na armazenagem os custos envolvidos são geralmente fixos e indiretos, percebendo-se desde logo a dificuldade da gestão das operações e principalmente o impacto dos custos. Por outro lado, a alta parcela dos custos fixos na armazenagem potencia a que os custos sejam proporcionais à capacidade existente no armazém, isto é, independentemente deste estar vazio ou cheio, os custos continuarão os mesmos uma vez que o espaço, os trabalhadores, os equipamentos e outros investimentos continuam a existir. Na análise de custos deve-se começar pela identificação dos itens responsáveis, que podem ser equipamentos, alugueis de armazém e outros, e prosseguir com o cálculo dos mesmos. 2.6- em função das prioridades Não existe nenhuma norma que regule o modo como os materiais devem estar dispostos no armazém, porém essa decisão depende de vários fatores, conforme abordamos a seguir: por agrupamento Esta espécie de armazenagem facilita a arrumação e busca de materiais, podendo prejudicar o aprovisionamento do espaço. É o caso dos moldes, peças, lotes de aprovisionamento aos quais se atribui um número que por sua vez pertence a um grupo, identificando-os com a divisão da estante respectiva (Krippendorff, 1972, p. 110). 12

por tamanho, peso e característica do material Neste critério o talão de saída deve conter a informação relativa ao sector do armazém onde o material se encontra. Este critério permite um melhor aprovisionamento do espaço, mas exige um controlo rigoroso de todas as movimentações (Krippendorff, 1972, p. 110). por frequência O controle através da ficha técnica permite determinar o local onde o material deverá ser colocado, consoante a frequência com que este é movimentado. A ficha técnica também consegue verificar o tamanho das estantes, de modo a racionalizar o aproveitamento do espaço (Krippendorff, 1972, p. 110). com separação entre lote de reserva e lote diário Esta armazenagem é constituída por um segundo armazém de pequenos lotes o qual se destina a cobrir as necessidades do dia-a-dia. Este armazém de movimento possui uma variada gama de materiais (Krippendorff, 1972, p. 111). por setores de montagem Neste tipo de armazenagem as peças de série são englobadas num só grupo, de forma a constituir uma base de uma produção por família de peças. Este critério conduz à organização das peças por prioridades dentro de cada grupo (Krippendorff, 1972, p. 111). A mecanização dos processos de armazenagem fará com que o critério do percurso mais breve e de menor frequência seja implementado na elaboração de novas técnicas de armazenagem (Krippendorf, 1972, p. 111). 3. Tipos de armazenagem temporária Aqui podem ser criadas armações corridas de modo a conseguir uma arrumação fácil do material, colocação de estrados para uma armazenagem direta, pranchas entre outros. Aqui a força da gravidade joga a favor (Krippendorf, 1972, p. 59). permanente É um processo predefinido num local destinado ao depósito de matérias. O fluxo de material determina a disposição do armazém (critério de armazenagem); a técnica de armazenagem (espaço físico no armazém); os acessórios do armazém; a organização da armazenagem. interior/exterior A armazenagem ao ar livre representa uma clara vantagem a nível económico, sendo esta muito utilizada para material de ferragens e essencialmente material pesado. 13

4. Movimentação no armazém A movimentação é um fator de extrema importância na armazenagem, da qual se destaca: Ponte móvel ou ponte rolante sobre o armazém Na ponte móvel o material é colhido verticalmente, o que ajuda nos acessos. É o caso do material metálico, que implica uma armazenagem de curta distância. Armazém munido de guindaste / pórtico em rodas Para o guindaste em rodas já são precisos acessos de maior dimensão, pois este guindaste não possui um grande alcance. O guindaste têm de estar bem firme, ao passo que o material necessita de carris ou pranchas para ser movimentado. Movimentação com empilhadeiras Para a utilização de empilhadeiras são necessários bons acessos e corredores de trafego para este equipamento, o que reduz a capacidade de armazenagem no galpão. O material têm de ser previamente colocado em estrados e/ou pallets. 14

5. em função dos materiais A armazenagem deve ter em conta a natureza dos materiais de modo a obter-se uma disposição racional do armazém, sendo importante classificá-los: Materiais diversos O principal objetivo é agregar o material em unidades de transporte e armazenagem tão grandes quanto possíveis, de modo a preencher o veiculo por completo. Material a granel A armazenagem deste material deve ocorrer nas imediações do local de utilização, pois o transporte deste tipo de material é dispendioso. Para grandes quantidades deste material a armazenagem faz-se em silos ou reservatórios de grandes dimensões. Para quantidades menores utilizam-se bidões, latas e caixas. Líquidos Nos líquidos aplica-se a mesma lógica do material a granel. Estes têm a vantagem de poderem ser diretamente conduzidos do local de armazenagem para a fábrica através de condutas. Gases Os gases obedecem a medidas especiais de precaução, uma vez que tornam-se perigosos ao estarem sujeitos a altas pressões e serem inflamáveis. Por sua vez a armazenagem de garrafas de gás está sujeita a regras específicas e as unidades de transporte são por norma de grandes dimensões. 15

6. Necessidades de espaço físico As empresas necessitam de espaço físico para estocagem? Quais os motivos que levam as firmas a ter enormes armazéns para estocagem? Esses são pontos importantes a serem respondidos antes de ser feito qualquer ato concreto. Se as demandas forem todas conhecidas com exatidão, e as mercadorias puderem ser fornecidas instantaneamente, não há necessidade para manter espaço físico para estoque. Porém isso não costuma ocorrer com freqüência por diversos motivos: demanda variável, atraso nos fornecimentos, marketing, etc. Podemos reduzir os custos de armazenagem utilizando como base quatro razões básicas: 1 Reduzir Custos de Transporte e Produção A estocagem de produtos, tende a reduzir custos de transporte pela compensação nos custos de produção e estocagem. 2 Coordenação de Suprimento e Demanda Caso trabalhe-se com produto sazonal (ou seja, que não se pode encontrar em qualquer época do ano com facilidade), deve-se estocar esses produtos para venda fora da safra/época, com isso terá um aumento na receita considerável. 3 Auxiliar processo de produção A manufatura de certos produtos, como queijos e bebidas alcoólicas, precisam de um período de tempo para maturação. No caso de produtos taxados, segurar a mercadoria até a sua venda evita o pagamento de impostos antecipado. 4 Auxiliar marketing Para a área do marketing somos importantes à disponibilidade do produto para o mercado. Pela estocagem do produto próximo ao consumidor se tem uma entrega mais rápida e melhoria no nível de serviço, com isso o processo de marketing será um sucesso. 7. Localização de Depósitos Estabelecido que temos necessidade por área de armazenagem devemos definir a localização desse espaço. Primeiro definiremos a melhor localização geográfica, levando-se em conta se é um local de fácil acesso, tanto para o fornecedor quanto para o fornecimento, se o local é ideal para ser um centro de distribuição, o custo para preparar o terreno, custo de produção, se essa área possui um potencial para expansão caso seja necessárias futuras ampliações das instalados, disponibilidade de mão-de-obra local para que não seja preciso trazer trabalhadores de outros locais, valor do local e sistema viário, verificando as condições das estradas, se tem muito pedágio até seu destino final. Localizado o depósito, deve-se determinar o tamanho do edifício. Verificar se é preferível ter custos com construção ou utilizar um local alugado. Após construção feita levar em consideração a segurança do local e de seus estoques, verificar e avaliar qual tipo de produto será estocado, para assim saber quais são os cuidados específicos e necessários de cada material do local. 16

Uma vez montado o depósito e o mesmo funcionando, utilizar sempre que possível à aplicação do importante princípio logístico de despachar tão longe quanto possível com o maior volume viável, pois, a estrutura dos fretes é tal que grandes lotes de entrega têm fretes unitários significativamente mais baixos do que entregas menos volumosa. 8. Avaliação de Estoque A gestão de estoque tem como preocupação a busca constante da redução dos valores monetários de seus estoques, atuando para mantê-los o mais baixo possível e dentro dos níveis de segurança financeiro e dos volumes para atender à demanda. Essa atividade é uma das mais importantes de uma empresa de manufatura, algumas chegam à falência por imobilizar elevadas somas de capital em estoques. Alguns fatores que justificam a avaliação de estoque são: assegurar que o capital imobilizado seja o mínimo possível; assegurar que estejam de acordo com a política da empresa; garantir que a valorização do estoque reflita seu conteúdo; o valor desse capital seja uma ferramenta de tomada de decisão; evitar desperdícios como roubos, extravio, etc. Torna-se indispensável uma perfeita avaliação financeira do estoque para proporcionar informações exatas e atualizadas das matérias primas e produtos em estoque sob responsabilidade da empresa. O valor real de estoque que dispomos é feito por dois processos; um por meio das fichas de controle de cada item de estoque, e o segundo por meio de inventário físico. No primeiro processo podemos avaliar os estoques pelos métodos de custo médio, FIFO (peps) e Lifo (ueps). FIFO O procedimento de baixa dos itens de estoque é feito para ordem de entrada de material na empresa, o primeiro que entrou será o primeiro que sairá, e assim utilizarmos seus valores na contabilização do estoque. LIFO Considera que o primeiro a sair deve ser o último que entrou em estoque, sempre teremos uma valorização do saldo baseada nos últimos preços. CUSTO MÉDIO A avaliação por este método é muito freqüente, pois seu procedimento é simples e ao mesmo tempo age como um moderador de preços, eliminando as flutuações que possam ocorrer. Tem por metodologia a fixação de preço médio entre todas as entradas e saídas. O procedimento de baixa dos itens é feito normalmente pela quantidade da própria ordem de fabricação e os valores finais de saldo são dados pelo preço médio dos produtos. CURVA ABC A Curva ABC tornou-se utilidade ampla nos mais diversos setores em que se necessita tomar decisões envolvendo grande volume de dados e a ação torna-se urgente. A Curva ABC é usada para avaliação de estoques, produção, vendas, salários e outros. Sua grande eficácia está na diferenciação dos itens de estoque com vistas a seu controle e, principalmente, a seu custo. A Curva ABC classifica os itens da empresa por grau de importância, sendo os materiais necessários para seu funcionamento classificados como A, os estoque e itens que são necessários, mas não atrapalham seu funcionamento caso faltem por um determinado período é considerado como B e os materiais administrativos como canetas, papeis, lápis entre outros são considerados como C. 17

8. Conclusão Antes de tudo é necessária uma rigorosa avaliação, sabendo quais são seus objetivos, avaliando o que será necessário e qual será o melhor método para se trabalhar. Verificando que a armazenagem será necessária devemos buscar sempre um melhor local e com menos custo possível para se fazer um centro de distribuição. Nunca perder o controle do seu estoque, nem financeiramente e nem fisicamente, assim teremos controle sobre o que temos e se realmente aquilo é necessário, e por fim classificar seus itens em grau de importância para sabermos qual área devemos ter mais cuidados e atenção. Textos Complementares: (arquivos encaminhados via e-mail) 1. Custos de na Logística Moderna 2. As ferramentas utilizadas pelo administrador para melhor administração da armazenagem e movimentação de materiais dentro de um processo logístico. 3. ainda é necessária 4. terceirizada ou própria 5. Porque a armazenagem não acabará? 6. Sete segredos da armazenagem 18

Chegou o momento de verificar como foi o seu entendimento até aqui. Releia o material e busque responder as perguntas abaixo: 1. Fale sobre a importância da armazenagem dentro da Logística 2. Descreva sobre Estratégias para melhorar a eficiência da armazenagem e distribuição de produtos. 3. Quais são os fatores que afetam a armazenagem? Fale sobre eles. 4. Podemos reduzir os custos de armazenagem utilizando como base quatro razões básicas. Descreva sobre elas. 5. Quais são os pontos de atenção para se determinar a localização de um armazém / depósito? 6. Faça um breve resumo sobre o seu entendimento referente a armazenagem, a importância dos estoques, a administração deste processo, terceirização, etc. 19

HARRISON, Alan Estratégia e gerenciamento da Logística Ed. Futura, 2003 - São Paulo FLEURY, Paulo Logística Empresarial: a perspectiva brasileira Atlas, 2000 São Paulo LAMBERT, Douglas M / Stock, JAMES Administração Estratégica da Logística Vantine, 1998 São Paulo ILOS Instituto de Logística e Supply Chain http://www.ilos.com.br/ 20

Reinaldo Péricles Vasconcelos de Andrade Jr. Natural de Conselheiro Lafaiete (MG). Graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de São João Del-Rei UFSJ em 1999, pós graduado em Gestão Empresarial em 2003 pela FaSaR e MBA em Logística Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas em 2007. Atualmente é professor da Faculdade Santa Rita FaSaR e empresário. 21