Estabilidade de Regras



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Transcrição:

Campinas, 29 de Novembro de 2013 CT / R / 210 / 2013 Ilmo Sr. Davi Antunes Lima Superintendente de Regulação Econômica - SRE Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL ASSUNTO: CONTRIBUIÇÃO CONSULTA PÚBLICA 11/2013 Estabilidade de Regras Estabilidade de regras é fundamental para concessionários, consumidores e também para o regulador. É essencial que sejam estabelecidas regras que garantam a previsibilidade da receita da distribuidora, entretanto há que se considerar que estes modelos não podem ser considerados exaustivos, pois nenhum modelo é capaz de capturar todas as especificidades. Sendo assim, entende-se prudente manter a possibilidade de discussão destas especificidades no processo de Revisão Tarifária de cada distribuidora. Tendo em vista as características heterogêneas das distribuidoras, a cada ciclo muitas diferenças se acentuam, de forma que a estabilidade das regras significa tratar suas particularidades de forma tal que o modelo capture essas diferenças de maneira justa e madura. Uma das principais ferramentas que a ANEEL possui é a Análise de Impacto Regulatório (AIR), mecanismo esse que deveria ser mais utilizado e também divulgado. Ciclos Tarifários Entendemos que uma melhor avaliação sobre o fim dos ciclos tarifários está diretamente ligada ao período de realização das revisões tarifárias constantes dos contratos de concessão. O prazo para a realização dessas revisões deveria ser igual para toda concessionária, de forma a equilibrar as condições de prazo para retorno de mudanças tecnológicas e/ou de processos que visem à melhoria da eficiência de cada distribuidora. Caso a ANEEL entenda a pertinência da mudança, deve-se atentar para a definição do que é alteração metodológica e o que é atualização de parâmetros utilizados na metodologia. A alteração de metodologia deve ser amplamente discutida em processos de Audiências Públicas, enquanto que atualização de parâmetros pode ser feita por intermédios de prazos pré-estabelecidos. Além disso, é importante que seja previamente estabelecido um calendário de revisão de cada metodologia. Ainda que essas metodologias possam ser revistas em momentos distintos, algumas possuem interdependência, sendo pertinente serem discutidas em conjunto. Como exemplo, podemos citar as

perdas não técnicas e receitas irrecuperáveis, que hoje são construídas pela mesma metodologia de definição de clusters a partir de indicadores socioeconômicos. Procedimentos Gerais Entendemos que a manutenção do Ano Teste Realizado para o cálculo das tarifas é uma forma de evitar assimetrias de informação, entretanto há necessidade de aperfeiçoamentos a fim de considerar eventos futuros que ameaçam o equilíbrio econômico-financeiro das empresas desde que existam evidências desses eventos no momento de aplicação da Revisão Tarifária. Alguns exemplos: movimento de consumidores para a rede básica e migrações entre o mercado cativo e livre, existem também alterações na classificação dos consumidores que podem passar a classificá-los em outras modalidades tarifárias não passíveis de compensação. Um exemplo recente foi a alteração da classificação das áreas comuns de condomínios para a classe comercial ao invés de residencial. Outro ponto que deve ser analisado é quando das alterações na estrutura tarifária, quando bem sucedidas, promovem mudanças no comportamento do mercado consumidor. Dessa forma, se tais novos comportamentos não forem previamente considerados quando do estabelecimento das novas tarifas, haverá um risco associado ao descasamento entre mercado previsto e realizado. Tal risco não pode ser caracterizado como risco de mercado, pois se trata de resposta dos consumidores aos sinais formulados pelo regulador. Esse novo risco não pode ser assumido integralmente pela concessionária, já que movimentos do mercado consumidor resultantes da sensibilidade aos preços podem acarretar redução na arrecadação inicialmente prevista, comprometendo o equilíbrio econômico-financeiro da empresa. Custo de Capital Consolidação do modelo vigente O modelo de CAPM é ainda o método com melhor desempenho e mais usual no âmbito regulatório internacional e no referencial de mercado. Além da metodologia para a determinação do capital próprio, deve-se rediscutir, também, a estrutura de capital, em especial o tratamento das disponibilidades como proxy da "dívida líquida", critério mais aderente à literatura da área de finanças. Outro ponto que deve ser observado para mensuração do risco da atividade de distribuição refere-se ao reconhecimento da taxa de administração dos ativos atualmente sem remuneração na atividade de distribuição (Obrigações Especiais e Ativos Integralmente Depreciados), a exemplo do que ocorreu para a prorrogação das concessões de geração e transmissão. Além disso, o risco da obrigação pela gestão da compra de energia deve receber tratamento adequado neste próximo ciclo revisional. Risco Regulatório e Cambial

A atual impossibilidade de obter uma modelagem adequada para mensurar os riscos regulatório e cambial não pode ser utilizada como justificativa para fundamentar sua inexistência. Quanto ao risco regulatório, há evidências empíricas contundentes quanto à sua dissociabilidade em relação ao risco soberano. Como um exemplo trivial, é bastante razoável considerar que um país melhore sua condição de risco da dívida ao mesmo tempo em que suas instituições atuem de forma discricionária e instável. É possível depreender da literatura especializada que existem ao menos dois tipos de risco regulatório: 1) risco regulatório sistemático, relacionado ao regime de regulação; e 2) risco resultante da "qualidade" regulatória. Quanto ao risco cambial, há também na literatura a observância da existência de um prêmio entre o diferencial de juros entre dois países e a desvalorização esperada da moeda daquele que apresenta riscos maiores (conceito denominado exchange rate risk premium). Contudo, uma possível maneira de internalizar de forma empírica os riscos cambial e regulatório é experimentar o referencial de dados nacionais. Nossos estudos preliminares indicam que a alegada restrição estocástica de dados verificados há uma década já foi superada. Ademais, é uma oportunidade para verificar, em termos quantitativos, a diferença de risco entre as atividades de transmissão e distribuição. Padronização das séries De fato, a janela móvel é mais sensível às condições econômicas conjunturais, mas tem efeito difuso no período de reintegração do capital, em especial na componente do capital próprio que fica imobilizada junto com a vida do ativo. Assim, a escolha de janela móvel ou janela ampliada deve ser conciliada com sua aplicação. A primeira potencializa seus benefícios e mitiga suas distorções se for aplicada apenas à BRR incremental. A Base Blindada, por sua vez, deveria ser remunerada com o WACC considerando o capital de terceiros da janela móvel, mas mantido o capital próprio à época dos respectivos investimentos. Essa orientação, inclusive, é consistente com a recomendação da área técnica da Agência sobre a proposta de avaliação apenas da base blindada. Medida de tendência central adotada A definição da medida de tendência central mais adequada de acordo com as características de cada uma das séries é adequada do ponto de vista metodológico e compatível com os objetivos da estabilidade de regras e previsibilidade de resultados. Base de Remuneração Regulatória Reavaliação somente a base incremental como regra geral A utilização desse procedimento atua no ponto inicialmente colocado pelo regulador que é a estabilidade de regras e previsibilidade de resultados, dessa forma concordamos com a premissa, porém há a necessidade de considerarmos uma remuneração pela administração de ativos 100% depreciados e aqueles oriundos de investimentos realizados por terceiros. Tal como aconteceu com as concessionárias de transmissão que receberam um componente adicional nos seus custos operacionais de modo a compensar

os riscos associados à manutenção desses ativos, esse procedimento deve também ser estabelecido para as distribuidoras de forma a retribuir os riscos associados à manutenção e, à propriedade desses ativos. Base Blindada Para a atualização da Base Blindada, além de baixas, depreciação e atualização monetária, é necessária a atualização do Índice de Aproveitamento de Subestações da Base Blindada. Necessário também reavaliar a metodologia de cálculo do Índice de Aproveitamento de Subestações, considerando a modicidade tarifária e a confiabilidade do sistema elétrico. Definir uma regra geral para estabelecimento dos valores de CA E COM regulatórios. Entendemos que o tratamento de benchmarking incentiva as empresas mais eficientes e, de forma alguma, podemos ser contra essa medida. Entretanto é preciso avaliar o quanto é possível capturar as características das diferentes empresas no modelo, para que sua aplicação seja adequada e não gere sinais distorcidos em função de particularidades na dispersão da área de concessão. É importante também que os dados utilizados nas comparações sejam consistentes e que haja uma correta definição das variáveis ambientais. Outro ponto a ser considerado é relacionado à suscetibilidade do componente COM a eficiência, tendo em vista que ele está mais relacionado ao tipo de construção física dos ativos. Portanto, entende-se que o modelo que será proposto pela ANEEL, bem como os critérios considerados para comparação entre os custos adicionais das distribuidoras, deve ser amplamente discutido. Só assim será possível construir um modelo que possibilite comparação efetiva e justa entre as empresas. Custos Operacionais Definição dos custos operacionais de forma comparativa Para a estimativa dos custos operacionais eficientes, as agências reguladoras adotam três abordagens principais, a saber: (i) Modelos Normativos, (ii) Modelos de Benchmarking e (iii) uma combinação entre os modelos citados anteriormente. Os Modelos Normativos (como por exemplo, a Empresa de Referência) têm como principal vantagem a flexibilidade para a inclusão das particularidades de cada distribuidora. Contudo, estes modelos necessitam de um grande volume de dados para estimar os custos operacionais eficientes, ou seja, é um modelo intensivo em dados. Os Modelos de Benchmarking possuem como vantagem uma necessidade de dados consideravelmente menor do que os Modelos Normativos. Mas, a consistência e a padronização da base de dados adotada para cálculo dos custos operacionais eficientes deve ser avaliada com rigor, haja vista que erros nos dados podem resultar em uma falsa ineficiência/eficiência (HANEY e POLLITT, 2009). Assim, o Modelo de Benchmarking deve ser mantido, mas alguns aspectos

devem ser reavaliados periodicamente, dentre eles: (i) a técnica adotada para o cálculo dos custos operacionais eficientes, buscando a consistência entre as técnicas (ii) a significância estatística das variáveis explicativas e (iii) a base de dados juntamente com o período considerado. Dado que esta Consulta Pública está no âmbito conceitual, não discutiremos neste momento sobre as metodologias empregadas para o cálculo do benchmarking. Ainda, devem ser analisadas e consideradas as particularidades das áreas de concessão que podem não ser capturadas adequadamente pelo modelo proposto, dado que o modelo é uma representação simplificada da realidade na qual a distribuidora está inserida. Utilização de intervalos para os valores de referência estabelecidos Dado que os modelos usados pelas agências reguladoras buscam reproduzir a realidade na qual as distribuidoras estão inseridas, sempre haverá incertezas associadas ao cálculo dos custos operacionais eficientes, mesmo que em intensidades distintas. Existem algumas possibilidades para redução desta incerteza, como por exemplo, (i) a definição de intervalos em torno da eficiência calculada e (ii) a adoção de uma média ponderada entre os custos operacionais eficientes e os custos operacionais reais. Entendemos que a definição de intervalos em torno da eficiência calculada é mais apropriada, dado que há maior incentivo à eficiência, já que a totalidade dos custos operacionais regulatórios é resultado do cálculo de benchmarking. Adoção de uma referência única para todas as empresas em relação à média do setor No Primeiro Ciclo de Revisões Tarifárias, o órgão regulador adotou um Modelo Normativo, especificamente conhecido como Empresa de Referência. Esta empresa virtual era composta por uma estimativa desagregada dos custos associados a cada atividade operacional da empresa. No Segundo Ciclo de Revisões Tarifárias manteve-se a Empresa de Referência, porém com a inclusão da Análise de Consistência Global, que comparava os resultados da Empresa de Referência com a eficiência média do setor de distribuição. No Terceiro Ciclo de Revisões Tarifárias adotou-se uma combinação entre o Modelo Normativo e o Modelo de Benchmarking, visando uma transição amena entre as metodologias para cálculo dos custos operacionais eficientes. O uso da eficiência média do setor de distribuição foi em alguma medida preservado. Entendemos que se deve adotar para todas as empresas uma referência baseada na média do setor de distribuição, dado que (i) houve a utilização de uma referência média nos ciclos anteriores e (ii) é uma referência mais alcançável pelas distribuidoras, portanto, não comprometendo a qualidade do serviço oferecida aos consumidores. Novas variáveis que deveriam ser testadas no modelo Entendemos que aspectos relacionados à segurança de força de trabalho e de população deveriam ser avaliados e, eventualmente, incluídos no modelo. Além disso, há que se verificar uma forma adequada para incluir questões

referentes a qualidade e perdas que também tem impacto no valor dos custos operacionais das distribuidoras. Poderiam ser utilizados critérios de agrupamento considerando estes atributos. Entendemos ainda que a discussão a respeito de variáveis explicativas não deve se exaurir nesta Consulta Pública, devendo ser retomada nas discussões que ocorrerão durante as Audiências Públicas para definição das metodologias de Revisão Tarifária. Vale lembrar que, no caso específico da Elektro, há uma particularidade de área de concessão que não está devidamente considerada no modelo atual. Trata-se de uma área de concessão fragmentada e descontínua, única no Brasil. Essa característica precisa de um tratamento apropriado. Fator X Fator Xp Tendo em vista que no próximo ciclo os investimentos serão mais intensos, e não terão um vínculo direto com o crescimento do mercado, em função de melhoria da qualidade e projetos de smart grid, é necessário algum ajuste nos procedimentos atuais de cálculo. O Fator Xp que atualmente se utiliza da metodologia de produtividade total dos fatores, cuja base está nos dados históricos, ou seja, considera apenas a produtividade passada, não incentiva a realização de tais investimentos. Sendo assim deveria ser aplicada uma forma mista considerando também a metodologia de Fluxo de Caixa Descontado para contemplar investimentos futuros. Fator Xq A ELEKTRO entende serem pertinentes e necessários aprimoramentos na aplicação do incentivo à qualidade, Fator Xq. A maneira atual de apuração do ranking de DEC e FEC ocasiona distorções, pois as distribuidoras são ordenadas considerando tão somente a distância absoluta entre o resultado apresentado e o limite preestabelecido para os indicadores DEC e FEC do ano vigente. O modelo atual tem um claro prejuízo a aquelas empresas que fizeram os investimentos na melhoria da qualidade e já praticam valores considerados benchmarking na maior parte dos seus conjuntos, pois não tem como imprimir ganhos substanciais a melhoria dos indicadores DEC e FEC. Considerando a opção de continuar usando o ranking para determinação do Fator Xq, entende-se ser pertinente considerar aprimoramentos na forma de apuração do ranking, pois hoje distribuidoras cujo indicador histórico tem ou tiveram valores superiores aos benchmarks estabelecidos, e consequentemente metas mais elásticas em relação aos limites definidos, tendem a se posicionar melhor no ranking em relação àquelas distribuidoras que possuem limites próximos aos benchmarks e muitas vezes próximo ao limite tecnológico da rede. Em resumo, no modelo atual, as empresas que fizeram investimentos para

melhorar a qualidade do serviço e são as referenciais na definição das metas não tem o incentivo, ou benefício, proporcionado pelo Xq que em suma é melhorar a qualidade, ponto que essas empresas já atingiram. Por outro lado, as empresas que não fizeram os investimentos no passado e não tem seus conjuntos como referenciais são hoje incentivadas, pelo Xq, a melhorar a sua qualidade. Nesse ponto há uma discordância na metodologia, pois pelo método de Benchmarking da ANEEL para definição do desempenho ideal (V8), dois conjuntos com mesmas características TEM que ter o mesmo padrão de desempenho, ou próximo disso, porém a empresa que tem o desempenho ótimo, e consequentemente os clientes um atendimento adequado, não tem o beneficio no fator da qualidade (Xq), por outro lado, a empresa que não tem o desempenho ótimo tem o incentivo para melhorar, o que na realidade deveria ser uma obrigação da concessionária. Assim, a proposta é que seja construído um ranking a partir das metas resultantes do processo de benchmarking, ou seja, a meta V8, em detrimento da meta atual que considera a trajetória para atingir os patamares desejados. Desta forma todas as distribuidoras seriam comparadas segundo uma mesma métrica, aumentando a fidedignidade do ranking, equacionando e tornando menos representativas as diferenças existentes entre indicador realizado e limite preestabelecido para o ano em comparação no ranking. Além disso, entende-se que o Fator Xq deve ser utilizado como incentivo aos melhores desempenhos. Penalizações por descumprimento dos padrões de qualidade são necessárias e estão contempladas nas compensações individuais. Sendo assim, o Fator Xq deve premiar bons desempenhos e as penalizações devem ser tratadas no âmbito das compensações individuais. Ainda tratando sobre a forma de incentivo, deveriam ser considerados incentivos adicionais à empresas que hoje já atingiram, dentro de seus conjuntos, as metas estabelecidas no V8, abaixo do 2º decil. Pois isso mostra um compromisso da companhia com a qualidade e deve ter reconhecimento na tarifa. Deve-se também considerar, na comparação feita anualmente, o valor realizado do último ano com a média do histórico, por dar mais consistência à apuração realizada. Também sobre a apuração do indicador a ser analisado, entendemos que a média da evolução dos indicadores DEC e FEC é adequada. Considerar apenas um dos dois indicadores poderia criar um incentivo perverso que entendemos que não deve ser o objetivo da agência. Ainda falando sobre os indicadores considerados, entendemos que a consideração de DEC e FEC sem expurgos não é a melhor medida, pois os expurgos consistem em itens não passíveis de gestão pela companhia. Sendo assim, considerar tais índices não provocaria de fato um incentivo à melhor gestão pelas empresas dos indicadores globais de continuidade do serviço. Outras Receitas Receitas inerentes ao serviço de distribuição Com relação a captura das receitas oriundas de demanda de ultrapassagem e

excedente de reativo, reiteramos que são receitas tarifárias integrantes do equilíbrio econômico-financeiro original do Contrato de Concessão que constituem evidentes cláusulas econômicas inalteráveis unilateralmente pelo Poder Concedente, conforme os expressos termos do 1º do art. 58 da Lei nº 8.666/93 e diversas manifestações da própria Agência Nacional de Energia Elétrica sobre a matéria. Conclui-se que inexiste qualquer possibilidade jurídica de expropriação ou ainda, mesmo nos casos em que o Contrato de Concessão autoriza o compartilhamento de receitas, de absorção tendencialmente integral ou preponderante (isto é, superior a 50%) de receitas relativas a atividades inerentes ou adicionais àquelas já expressas no Contrato de Concessão, restando vedada à ANEEL a imposição, nas revisões tarifárias, de quaisquer exigências adicionais à verificação de dados e índices (nos termos do 1º do art. 15 da Lei nº 9.427/96), independentemente da denominação que lhes pretenda atribuir a ANEEL. Compartilhamento de forma equilibrada Entendemos que deve haver uma sinalização que estimule a geração de receitas a serem compartilhadas. Um modelo que capture receitas anteriormente a obtenção do resultado somente estimula a distribuidora a não realizar atividades que possam contribuir para redução de custos a sociedade. A acumulação de rendas adicionais temporárias se presta a estimular o empreendedor a assumir riscos do desenvolvimento de novas atividades. Desta forma, a captura das receitas de atividades acessórias para a modicidade deve restringir-se, quando aplicável, somente ao momento da revisão tarifária. A captura, se imposta a cada reajuste tarifário contribuirá para desestimular a exploração de outras atividades empresariais, comprometendo seu escopo de realização da modicidade tarifária. Contemplar custos dessas atividades na metodologia de custos operacionais A metodologia de definição dos custos operacionais eficientes já contempla os custos de outras atividades, portanto, é importante que se olhe para estes custos como balizador do real custo a ser utilizado quando da aplicação do modelo vigente de cálculo, agregando-, por óbvio, todos os impostos decorrentes dessas atividades. Perdas Não Técnicas É notório que as condições socioeconômicas afetam o patamar de perdas não técnicas. Sendo assim, é adequada a utilização de variáveis explicativas que capturem tais condições por não serem gerenciáveis pela companhia. As variáveis utilizadas atualmente na construção do índice de complexidade contemplam dimensões de infraestrutura e renda, desigualdade e inadimplência do chefe da família, precariedade e violência. Entendemos que estas dimensões são adequadas, entretanto a técnica utilizada para construir esse índice deve ser aprimorada utilizando métodos mais sofisticados e

adequados à análise. Esta mesma formulação é utilizada para definição de Receitas Irrecuperáveis. Entendemos ser adequada a utilização do mesmo índice tendo em vista a correlação existente entre perdas não técnicas e inadimplência. Entretanto, também para esta análise há necessidade de aprimoramentos metodológicos. Sempre necessária a reavaliação criteriosa do modelo a fim de verificar se de fato os indicadores utilizados continuam significativos, se a capacidade de explicação do modelo se mantém adequada e se o sinal das variáveis tem sentido econômico. Concordamos com o diagnóstico de que, o fato de a referência para o nível de perdas atualmente ser definido como o menor nível histórico, implica em risco de definição de metas irreais e consequente redução do incentivo outrora imaginado. Ainda, em muitos casos essas metas são irreais e insustentáveis. Em função disso entendemos ser justo premiar empresas que atingiram níveis muito baixos de perdas não técnicas, deve ser revisto, para tais empresas, o fato de considerar o menor valor do histórico para a definição das metas de perdas. Para isso deve-se considerar o que seria um patamar mínimo razoável para perdas não técnicas, e utilizá-lo como referência. A definição deste critério pode partir de estatísticas de ordem que vem sendo utilizadas já em outras metodologias, como exemplo temos a definição das dos dias atípicos de atendimento telefônico, ou mesmo para construção do ranking de DEC e FEC. Outra alternativa para definição do critério é a utilização da referencia atual utilizada para definir se a empresa tem trajetória de redução de perdas. O racional construído para definir que a parir de 5% de perdas não técnicas e, relação ao mercado de baixa tensão poderia ser aprimorado para ser utilizado na definição do critério de elegibilidade ao prêmio e também para quantificação do tamanho deste. Perdas Técnicas Com relação as propostas apresentadas para as perdas técnicas, temos a comentar que o crescimento de carga e de rede tem seguido um crescimento vegetativo que justifica a manutenção do cálculo vigente. Em momentos que houver mudanças significativas no mercado, deve ser revisto o modelo. Já com relação as alternativas de cálculo das perdas nas DIT, concordamos com o item (ii) reavaliar o percentual de perdas das DIT compartilhadas a cada processo tarifário, de que as perdas nas DIT devem ser reavaliadas a cada processo tarifário. Devem ter esse tratamento todas as DIT, tanto as de uso exclusivo quanto as de uso compartilhado, pois não há um histórico confiável ainda destas perdas e elas podem oscilar ao longo do ano. Destaca-se ainda que essas perdas devem ter o mesmo tratamento das perdas de rede básica, ou seja, reavaliadas em cada processo tarifário, por serem oriundas da rede básica, tendo apenas uma nova forma de rateio proporcional aos acessantes a essas redes. Para efeitos de estrutura tarifária elas devem ser tratadas como perdas de

distribuição (consideradas na Tusd) e não como perdas de rede básica, para que todos os clientes (livres ou cativos) paguem por essas perdas. Outras contribuições Estrutura Tarifária Entende-se a necessidade de modernização da estrutura tarifária, incorporando novas modalidades para os consumidores que possam trazer benefícios para o consumidor e para o sistema elétrico. Receitas irrecuperáveis A metodologia para definição de Receitas Irrecuperáveis deve ser aprimorada não apenas em relação às variáveis que compõem o índice de complexidade, mas também em relação à forma de incentivo e aos métodos utilizados para definição do valor de cobertura tarifária. As variáveis explicativas utilizadas na construção do índice de complexidade devem considerar a dimensão de renda, precariedade, desigualdade e inadimplência. Entretanto não pode existir multicolinearidade entre as variáveis ou deve-se dar um tratamento estatístico adequado para que isso não aconteça. Base de Anuidades Regulatórias Há necessidade de rediscutir a metodologia e a forma de atualização dos parâmetros utilizados para definição das anuidades. Os valores atuais estão baseados na empresa de referência que está desatualizada frente à realidade das distribuidoras. Resumo das contribuições: Estabilidade de regras: Estabelecer regras que garantam a previsibilidade da receita da distribuidora, considerando as particularidades no processo de Revisão Tarifária; Ciclos tarifários: No caso de mudança é necessário que fique claro o que é alteração metodológica e o que é atualização de parâmetros utilizados na metodologia Estabelecimento prévio de calendário de revisão de cada metodologia, ainda que sejam revistas em momentos distintos. Procedimentos gerais: Ano teste passado deve ser mantido acrescentando as mudanças que impactam o mercado desde que identificadas no momento da aplicação da Revisão Tarifária. Custo de capital: Manutenção do CAPM com a utilização de dados nacionais; Considerar risco regulatório e cambial;

Utilizar a medida de janela móvel para aplicação na BRR incremental e, para a BRR blindada, manter o custo de capital próprio à época dos respectivos investimentos. Remunerar adequadamente risco relacionado a compra de energia. Base de Remuneração Regulatória: Remuneração para ativos 100% depreciados e investimentos realizados por terceiros; Atualização do Índice de Aproveitamento de Subestações da Base Blindada; Reavaliação da metodologia de cálculo do Índice de Aproveitamento de Subestações. O modelo de CA por benchmarking é adequado, mas deve considerar o quanto é possível capturar as características das diferentes empresas no modelo; O componente COM deve ser avaliado com cautela ao submetê-lo ao modelo de eficiência. Custos operacionais: Fator Xp: Fator Xq: Manutenção do Modelo de Benchmarking reavaliando periodicamente: (i) a técnica adotada, buscando análise de consistência (ii) a significância estatística das variáveis explicativas e (iii) a base de dados e o período considerado no modelo. Incorporação das Particularidades das áreas de concessão que podem não ser capturadas adequadamente pelo modelo; Utilização de intervalos em torno da eficiência calculada é apropriada; Eficiência de cada empresa deve ser baseada na média do setor de distribuição; A inclusão de variáveis adicionais deve ser retomada nas discussões das audiências públicas. Incentivo a investimentos futuros que não reproduzem o histórico deve ser incorporado ao modelo. Ranking: utilizar a meta V8 para construção do ranking; Fator Xq deve apenas premiar bons desempenho, compensações individuais existem para penalizar os desempenhos abaixo das metas; Apuração do Xq deve ser feita comparando o valor atual com a média do histórico; Manter a média dos indicadores DEC e FEC na apuração do indicador; Não considerar o DEC e FEC sem expurgos na apuração; Outras receitas: As receitas oriundas de demanda de ultrapassagem e excedente de reativo estão previstas no contrato de concessão, integram o equilíbrio econômicofinanceiro, por isso não devem ser capturadas. A captura das receitas de atividades acessórias para a modicidade deve restringir-se, quando aplicável, somente ao momento da revisão tarifária. Perdas Não Técnicas:

Aprimorar a forma como é construído o índice de complexidade e também sua aplicação no modelo de Receitas Irrecuperáveis; Premiar empresas com melhores desempenhos; Definir o critério de elegibilidade ao prêmio a partir de estatísticas de ordem ou utilizando o critério atual para a não existência de trajetória. Perdas Técnicas: Manutenção do modelo atual, pois o crescimento de carga e de rede tem seguido um crescimento vegetativo que justifica a manutenção do cálculo vigente. O percentual de perdas nas DIT devem ser reavaliados a cada processo tarifário, devendo ter esse tratamento todas as DIT, tanto as de uso exclusivo quanto as de uso compartilhado. Atenciosamente, Otavio Falchero de Oliveira Gerente Executivo de Assuntos Regulatórios