Direito Tributário Aula 11 Os direitos desta obra foram cedidos à Universidade Nove de Julho
Este material é parte integrante da disciplina oferecida pela UNINOVE. O acesso às atividades, conteúdos multimídia e interativo, encontros virtuais, fóruns de discussão e a comunicação com o professor devem ser feitos diretamente no ambiente virtual de aprendizagem UNINOVE. Uso consciente do papel. Cause boa impressão, imprima menos.
Aula 11: Vigência e aplicação da lei tributária Objetivo: Analisar a vigência da lei tributária. A lei tributária É a regra jurídica de caráter abstrato, vinda do poder que a Constituição atribui a competência legislativa, com observância às regras constitucionais pertinentes à elaboração das Leis. A Legislação Tributária abrange, além das leis, tratados, convenções internacionais, decretos e normas complementares que tratem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas pertinentes. Legislação significa coletâneas de leis e, no caso, a expressão legislação tributária traz conceito mais amplo, abrigando, inclusive, atos administrativos em seu objeto. Leis, tratados, convenções internacionais e decretos O Código Tributário Nacional, em seu artigo 97, traz de forma expressa o Princípio da Legalidade Tributária, erigido constitucionalmente no artigo 150, I, que veda exigir ou aumentar tributo sem que a lei estabeleça. Quanto à instituição e extinção de tributo não há ressalvas, somente a Lei pode estabelecer, artigo 97, I. A regra geral é que a Lei Ordinária é o instrumento hábil para a criação de tributo (definição do fato gerador, alíquota, base de cálculo, sujeito passivo e ativo). Em casos especiais, o tributo pode ser criado por Lei Complementar. Não há exceções no que se refere à cominação de penalidades, hipóteses de exclusão, suspensão e extinção do crédito tributário, de dispensa ou reduções de penalidades; devem ser tratadas por Lei. As ressalvas ao princípio da legalidade são as mesmas mencionadas no artigo 153, parágrafo 1º, que faculta ao Poder Executivo, respeitadas as condições e limites da lei, alterar as alíquotas dos impostos sobre: a) importação de produtos estrangeiros; b) exportação para o exterior de produtos nacionais e nacionalizados;
c) produtos industrializados; e d) operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativa a títulos ou valores mobiliários. 1º. A celebração de Tratado Internacional dá-se pelo Presidente da República, nos termos do artigo 84, VIII da CRFB/1988. 2º. O Tratado é referendado pelo Congresso Nacional, via Decreto Legislativo, com fundamento no artigo 49, I da CRFB/1988. 3º. O Presidente expede Decreto para promulgar o ato internacional. A partir da expedição do Decreto, com a promulgação do Tratado Internacional publicado oficialmente, passa a ter obrigatoriedade na ordem jurídica interna. O CTN procura conferir aos tratados uma superioridade frente à legislação interna. Todavia, o STF tem se manifestado no sentido de que, celebrados pelo Brasil, não podem versar sobre matéria reservada pela Constituição Federal à Lei Complementar. Assim, incorporados à legislação nacional, os tratados têm status de Lei Ordinária. Devemos nos lembrar que uma lei posterior revoga a anterior naquilo que com ela for incompatível ou quando regular inteiramente a matéria de que se tratava a de antes (critério cronológico), se a lei nova que estabelece disposições gerais ou especiais a par das existentes não revoga nem modifica a lei anterior (critério da especialidade). É o que dispõe nossa lei civil. Se o Tratado revoga uma lei e, posteriormente, ele é revogado ou tiver perdido a sua vigência, a lei não é restaurada. Normas complementares São normas complementares às leis, aos tratados e às convenções internacionais e aos decretos: Os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas (portarias, ordens de serviços, instruções normativas, atos semelhantes). As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa a que a lei atribua eficácia normativa. As práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas (trata-se de uma posição do fisco na aplicação da legislação tributária. A
reiterada conduta das autoridades fiscais em determinado sentido faz com que essa prática torne-se norma complementar da lei.). Os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (os convênios trazem normas que vinculam as partes.). As normas complementares não podem modificar as leis, nem os decretos e regulamentos. Dessa forma, não asseguram o direito do contribuinte do não pagamento de tributo que seja efetivamente devido, uma vez que instituído em Lei. Chegamos ao fim de mais uma aula. Agora, acesse o AVA e faça os exercícios propostos. Caso fique alguma dúvida, leve a questão ao Fórum e divida-a com seus colegas e professor. * O QR Code é um código de barras que armazena links às páginas da web. Utilize o leitor de QR Code de sua preferência para acessar esses links de um celular, tablet ou outro dispositivo com o plugin Flash instalado.
REFERÊNCIAS CARVALHO, P. de B. Curso de direito tributário. Rio de Janeiro: Saraiva, 2005. CASSONE, V. Direito Tributário. São Paulo: Atlas, 1999. COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial. São Paulo: Saraiva, 2008.