REFLEXÃO SOBRE AS QUESTÕES DA DIVERSIDADE NO CURRÍCULO



Documentos relacionados
Fabiano Gontijo. Graduada em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro

IFC Câmpus Santa Rosa do Sul capacita 18 profissionais locais para elaboração do Cadastro Ambiental Rural CAR

Projeto de extensão Judô Escolar certifica alunos da Escola de Ensino Básico Professor Mota Pires

CASA DE DAVI CD VOLTARÁ PARA REINAR 1. DEUS, TU ÉS MEU DEUS. E B C#m A DEUS, TU ÉS MEU DEUS E SENHOR DA TERRA

Borboletas da vida. Direção de Vagner de Almeida. Rio de Janeiro: Abia, 2004, 38 min.

A prova tem como referência o Programa de PRÁTICAS DE CONTABILIDADE E GESTÃO do 12º Ano de Escolaridade.

Adição dos antecedentes com os consequentes das duas razões

Resumo Executivo. Análise da Cobertura

Em cada ciclo, o sistema retorna ao estado inicial: U = 0. Então, quantidade de energia W, cedida, por trabalho, à vizinhança, pode ser escrita:

Associação de Resistores e Resistência Equivalente

A VARIAÇÃO ENTRE PERDA & PERCA: UM CASO DE MUDANÇA LINGUÍSTICA EM CURSO?

CAPÍTULO 9 COORDENADAS POLARES

UTL Faculdade de Motricidade Humana. Mestrado em Reabilitação Psicomotora. Estágio CERCI Lisboa

2 Mbps (2.048 kbps) Telepac/Sapo, Clixgest/Novis e TV Cabo; 512 kbps Cabovisão e OniTelecom. 128 kbps Telepac/Sapo, TV Cabo, Cabovisão e OniTelecom.

Lista 3 - Resolução. 1. Verifique se os produtos abaixo estão bem definidos e, em caso afirmativo, calcule-os.

O MAIOR HUB DE ESQUETES DE HUMOR SOCIAL E COLABORATIVO DA INTERNET IDENTIFICAÇÃO E REFLEXÃO ATRAVÉS DO HUMOR

Material Teórico - Módulo Triângulo Retângulo, Lei dos Senos e Cossenos, Poĺıgonos Regulares. Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo.

Implementação de um sistema de controle inteligente utilizando a lógica fuzzy

O ensino de língua espanhola no processo de formação do aluno da educação básica. Tânia Lazier Gabardo UTP

QUE ESPANHOL É ESSE? Mariano Jeferson Teixeira (Grad /UEPG) Valeska Gracioso Carlos (UEPG)

Planificação :: TIC - 7.º Ano :: 15/16

= 1, independente do valor de x, logo seria uma função afim e não exponencial.

Geometria Espacial (Exercícios de Fixação)

Expressão Semi-Empírica da Energia de Ligação

Eu sou feliz, tu és feliz CD Liturgia II (Caderno de partituras) Coordenação: Ir. Miria T. Kolling

Teoria dos Grafos Aula 11

Residência para coletivos na Casa do Povo. Cole tivo

CD CORAÇÃO DA NOIVA - 1. O SENHOR É BOM INTR:E D A/C# C7+ B E D A/C# O SENHOR É BOM C7+ B E SEU AMOR DURA PARA SEMPRE ELE É BOM...

Código PE-ACSH-2. Título:

Desta maneira um relacionamento é mostrado em forma de um diagrama vetorial na Figura 1 (b). Ou poderia ser escrito matematicamente como:

2. NOME DO CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO DAS RELAÇÕES HUMANAS NA ORGANIZAÇÃO

INSTRUÇÕES. Os formadores deverão reunir pelo menos um dos seguintes requisitos:

Coordenadas polares. a = d2 r dt 2. Em coordenadas cartesianas, o vetor posição é simplesmente escrito como

Taxi: Opção mais rápida e cara. Deve ser evitada, a não ser que você privilegie o conforte

P L A N I F I C A Ç Ã O A M É D I O P R A Z O

Encontro na casa de Dona Altina

EC1 - LAB - CIRCÚITOS INTEGRADORES E DIFERENCIADORES

Vo t a ç ão TEXTO DO CONGRESSO. PROPOSTA DO GOVERNO / Partidos da Base PROPOSTAS DAS BANCADAS DE OPOSIÇÃO E / OU ATEMPA / SIMPA

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO 2º Ciclo

II Seminário NEPPAS: Caminhos e olhares da agroecologia nos sertões de Pernambuco Normas para envio de trabalho

Planificação :: TIC - 8.º Ano :: 15/16

Definição de Termos Técnicos

UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO (UCB) Organização Didático-Pedagógica

Electromagnetismo e Óptica

VILLWOCK, Luis. Humberto. RECH, Ionaraa CAMPOS, Jorge PUCRS /BRASIL. promoverr um espaço. problemas interações. nas formas. (ambientee estar e uso

Vamos analisar o seguinte circuito trifásico: Esta aula:! Sistemas Trifásicos equilibrados com Transformador ideal

PLANO DE CURSO aulas Data show Aulas expositivas Estudo de casos e análise de precedentes dos Tribunais Estaduais e Superiores.

MAPA NUMEROLÓGICO PESSOAL

A atual relevância do ensino do inglês jurídico nos cursos de graduação em Direito

PROJETO DE EDUCAÇÃO AFETIVO - SEXUAL E REPRODUTIVA

Material Teórico - Módulo Teorema de Pitágoras e Aplicações. Aplicações do Teorema de Pitágoras. Nono Ano

/ :;7 1 6 < =>6? < 7 A 7 B 5 = CED? = DE:F= 6 < 5 G? DIHJ? KLD M 7FD? :>? A 6? D P

MATRIZES. Matriz é uma tabela de números formada por m linhas e n colunas. Dizemos que essa matriz tem ordem m x n (lê-se: m por n), com m, n N*

Estes resultados podem ser obtidos através da regra da mão direita.

Normalmente TI. padarias. Além. dormitórios. Assistência. Temos. Por. Nos. região. Nas

Calendário de Treinamentos 2014 Academia Grundfos. Bem-vindos a Academia Grundfos

ELECTROMAGNETISMO. TESTE 1 17 de Abril de 2010 RESOLUÇÕES. campo eléctrico apontam ambas para a esquerda, logo E 0.

QUALIDADE DE SOFTWARE AULA N.6

VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTÍNUAS. Vamos agora estudar algumas variáveis aleatórias contínuas e respectivas propriedades, nomeadamente:

3 Proposição de fórmula

5 - Revista do Mestrado em Educação - UFMS

Lista de Exercícios 9 Grafos

Melhoria contínua da qualidade do ensino

7 Exumação de grampos

Escola Básica e Secundária de Velas. Governo dos Açores. 1º Ciclo ENSINO BÁSICO. Planificação Anual de EMRC. 1º Ano

Perfil de aprendizagens específicas Português 9ºano Ano letivo: DOMÍNIOS SUBDOMÍNIOS NÍVEL 1 NÍVEL 2 NÍVEL 3 NÍVEL 4 NÍVEL 5

Semelhança e áreas 1,5

Campo elétrico. Antes de estudar o capítulo PARTE I

Materiais didáticos e formação de professores

Planificação de Ciências Naturais. 9.ºAno. Alterações climáticas

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio. Habilitação Profissional: Técnico em informática para Internet Integrado ao Ensino Médio

Avaliação externa/avaliação interna: o equilíbrio necessário

MATEMÁTICA A - 12o Ano Funções - Teorema de Bolzano Propostas de resolução

Apenas 5% dos Brasileiros sabem falar Inglês

FÍSICA COMENTÁRIO DA PROVA DE FÍSICA

Proposições sobre a psicanálise { TC "6.1 Uma releitura da microscopia relacional de W. Bion" \l 2 }relacional de W. Bion Olga Perazzolo

UMA INTRODUÇÃO A TOPOLOGIA

PSI-2432: Projeto e Implementação de Filtros Digitais Projeto Proposto: Conversor de taxas de amostragem

TERMO ADITIVO A CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2012/2013

Experiência n 2 1. Levantamento da Curva Característica da Bomba Centrífuga Radial HERO

PLANO ANUAL DE ACTIVIDADES ANEXO. Data Actividades Objectivos Destinatários Recursos humanos

- SEEC UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN

APONTAMENTOS PRÁTICOS PARA OFICIAIS DE JUSTIÇA

Conteúdo PCS Aula 12 Modelos de Rede e Algoritmo do Fluxo Máximo. Líria Sato Professor Responsável. 5.1 Modelos de rede. 5.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CIÊNCIA ESCOLA SECUNDÁRIA/3 RAINHA SANTA ISABEL ESTREMOZ PLANIFICAÇÃO

Período/Série: 5ª a 8ª série Turno: ( ) Matutino ( ) Vespertino ( x ) Noturno

Centro e Bacia do Itacorubi: A Rota da Educação SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE FLORIANÓPOLIS

Calendário Acadêmico e Administrativo 2018 Campus IRATI Cursos Técnicos e de Graduação

FREEIMAGES.COM/JKLMNHOP MATEMÁTICA B

MATRIZ DA PROVA DE EXAME A NÍVEL DE ESCOLA HISTÓRIA B 10º ANO

As Abordagens do Lean Seis Sigma

PSICROMETRIA 1. É a quantificação do vapor d água no ar de um ambiente, aberto ou fechado.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL-MG. PEDAGOGIA A DISTÂNCIA Síntese do Projeto Político Pedagógico PERFIL DO PROFISSIONAL

ESTRUTURA CURRICULAR de ORIGEM: Pedagogia Licenciatura Compartilhada Noturno Estrutura Curricular 1 (Parecer CONSUNI-CONSEPE n 2.

ESCOLA BÁSICA D. DOMINGOS JARDO

Primeira Prova de CTC-20 Estruturas Discretas 24/09/2009 Prof. Carlos Henrique Q. Forster

Lei nº 7998/90. Pós MP nº 665/14 Vigência 60 dias após a data da publicação Art. 2ºB Revogado Art. 2ºB Revogado Art. 2ºB Revogado

Experimente. espacoprofessor.pt. espacoprofessor.pt. Manual. Manual. e-manual. e-manual

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS

NESS-A TOUCH SCREEN 7" C/ MODEM

Transcrição:

REFLEXÃO SOBRE S QUESTÕES D DIVERSIDDE NO CURRÍCULO CURRÍCULO: DIVERSIDDE N EDUCÇÃO BÁSIC

1 1 1 INTRODUÇÃO 1 INTRODUÇÃO divrsi socioculturl brsilir prsnt no contxto ducção scolr tm suscitdo divrsi discussõs socioculturl divrss ntr brsilir os ducdors prsnt no no contxto sntido ducção ntndê-l scolr um tm suscitdo principis discussõs ixos divrss xpriênci ntr hum os ducdors (BRSIL, no 2013), sntido rfutndo ntndê-l concpção m um qu principis divrsi ixos coloc xpriênci um hum problm. (BRSIL, 2013), rfutndo concpção m qu divrsi divrsi coloc inrnt à humni um problm. rsultdo produção hum, cultur, divrsi ntndi inrnt grn contribuição à humni pr rsultdo soci produção rconhcr-s hum, cultur, igul, o ntndi msmo tmpo, difrnt. grn contribuição o contrário, pr divrsi soci ng rconhcr-s incômo prcbi igul, o msmo um tmpo, problm difrnt. por o fugir contrário, à rgr divrsi humni ng homogniznt, incômo pdroniz, prcbi m qu um s problm rforç um por molo fugir ilizdo à rgr homm humni soci homogniznt, m qu pdroniz, miori populção m qu s não rforç s ncix. um molo ilizdo homm soci m qu miori dimnsão populção scolr não s ncix. ducção um procsso formção hum condição concrt dimnsão scolr proprição ducção bns mtriis um procsso simbólicos formção produzi hum por to condição humni, concrt m qu proprição s rconhc bns rspit mtriis o sujito simbólicos m su produzi tni, inti por to humni, gênro orintção m qu sxul, s rconhc condição socil, rspit prtncimnto o sujito m trritoril su tni, culturl, inti ntr gênro outros. É orintção nss sntido sxul, qu consirr condição socil, divrsi prtncimnto ssncil trritoril sistmtizção culturl, ntr outros. contú É nss orgniz, sntido qu promoção consirr s divrsi xpriêncis scolrs ssncil do mbint sistmtizção ductivo contú inrnt à scol orgniz, s rlçõs promoção qu scol s xpriêncis promov. scolrs do mbint ductivo inrnt Os à scol primiros s nos rlçõs do sculo qu XXI scol trzm promov. à ducção brsilir grns sfios qu, corrltmnt, Os primiros nos xigm do sculo s polítics XXI trzm públics à ducção grns brsilir rrojs grns cisõs. sfios prsnç qu, corrltmnt, qus tos xigm s crinçs, s polítics dolscnts públics grns jovns ducção rrojs básic, cisõs. com tos prsnç s sus qus divrsis tos s socioculturis, crinçs, dolscnts um sts jovns sfios cuj ducção cisão básic, m trmos com tos polític s sus ducciol divrsis rqur, socioculturis, ntr outrs um providêncis, sts sfios um rvisão cuj cisão curriculr m trmos conhcimntos, polític ducciol posturs rqur, çõs ntr pgógics outrs providêncis, instituís /ou um prtics rvisão curriculr fim qu o conhcimntos, currículo rconhç posturs tn çõs às pgógics ncssis instituís todo o público /ou prtics scolr. fim qu o currículo visão rconhç do mundo tn socil às ncssis prsnt nos currículos todo o público trdiciois scolr. stá, sgundo Morir visão Silv (2002), do mundo vincul socil prsnt os intrsss nos currículos grupos trdiciois situ m stá, um sgundo posição Morir vntgm Silv (2002), orgnizção vincul socil os (p.23), intrsss ixndo um grupos lcu situ qunto m os um intrsss posição vntgm sujitos orgnizção clss trblhdor socil (p.23), ixndo divrsi um lcu socioculturl. qunto os Enqunto intrsss os intrsss sujitos do primiro clss grupo trblhdor s concntrm m divrsi lgitimr scol socioculturl. tl Enqunto stá mntr os intrsss do primiro grupo s concntrm m lgitimr scol tl stá mntr 1 Txto lbordo pl quip tcnicos pgógicos do do Dprtmnto Divrsi. Educção Divrsi. 1 Txto lbordo pl quip tcnicos pgógicos do Dprtmnto Educção Divrsi. 1

privilgios, com procssos nsino-prndizgm vliçõs qu contribum pr svlorizr sbrs, fortlcr hirrquis, silncir xpulsr muitos scol (PEREIR, 2003, p.213), o outro grupo lmj qu scol sj um spço plurl diritos à prndizgm, os bns culturis à socilizção to com sus difrnts históris vi (RROYO, 2011). Propor um rvisão curriculr implic m dus posturs inovdors por prt ducdors: brtur à comprnsão do qu currículo à comprnsão do contxto socioculturl scol contmporân. primir rfr-s o ntndimnto qu o currículo nvolv tos s vivêncis scolrs, ultrpss o rol contú trblh s disciplis, por sris, com os lunos s sls ul, brngm os ncminhmntos mtodológicos didáticos sts, com msm importânci formção, s xpriêncis vivis orgnizção do mbint scolr. sgun não ignorânci conhcimntos, crctrístics, ncssis nsios do público scolr incluído ducção básic s últims dcs. Signific mplição discussão sobr o currículo pr scol frqunt por sujitos qu têm nsios, opiniõs, ncssis, vivêncis, conhcimntos, culturs intis divrss. Signific trzr tnção pr os sujitos do povo, os trblhdors, os oprimi, ou sj, os qu stão m posição svntgm nst soci sigul. Pr rspitr divrsi socioculturl, in sclo vlorizção prstígio scolr, prciso concitur o currículo pr lm contú ntn-lo xpriêncis scolrs qu s sdobrm m torno do conhcimnto m mio rlçõs sociis qu contribum pr construção s intis stunts (MOREIR; CNDU, 2007, p. 18). ssim, tos s rlçõs qu ocorrm scol pssois profissiois bm os conhcimntos sistmtiz s tivis orgnizdors sss conhcimntos são formdors do stunt su inti, su rcbouço intlctul, su conhcimnto do mundo no mbint scolr. tnção à slção contú um s qustõs procupção curriculr, ms não únic, pois prciso vnçr s discussõs sobr os sujitos prsnts no spço scolr pr s chgr um currículo qu tn sus xpcttivs ncssis, qu positiv sus prsnçs, qu lv m cont sus prtncimntos, prtir í, rum um ducção mis quli, grntindo, não só o csso, ms prmnênci o sucsso to. É um discussão subjcnt à slção contú, pois implic concpção do qu conhcimnto quis os critrios pr su rcort scolr. 2

Não ignorr ss rli buscr ltrtivs pr um currículo qu, t ntão, nxrg to prtir um únic lnt. munç lugr do olhr lítico qustiodor qu s prtn dircior o currículo implic, por xmplo, prcpção qu l stá nrdo m disputs por qu rsultm vlorizção lgums culturs m trimnto outrs tnts. comprnsão s lcus prsnts no tul currículo o ntndimnto s prnchr sm rptir ss prcili, são pontos ssnciis à formção ducdors prspctiv divrsi socioculturl do público scolr. Nss trjtóri, importnt qustior: - Qu visão do mundo socil mtril o currículo or prscrito prticdo xprss? - O qu qum nl stá vlorizdo? - Ngrs/os, indígs, cigs/os, quilombols, mulhrs, lsbics, gys, bissxuis, trvstis, trnsxuis, trnsgênros (LGBT) povos do cmpo s águs 2, ntr outros sujitos, stão contmpl nst currículo? - D qu form stão? - Como pom sr insri? - o historicizr os conhcimntos, os ducdors dispõm lmntos qu prmitm ir lm s históris oficiis lbors prtir visão urocêntric? Ests outrs inquitçõs, qundo xtrlizs problmtizs no intrior s scols, s constitum m mo promoção novs possibilis, bm sção no nfrntmnto às xpriêncis scolrs xclusão, ngção diritos silncimnto s vozs singulris, prsncis m divrsos procssos ductivos formis. É prciso, do ponto vist rvisão curriculr, qu sss qustõs sjm stimuls colhis nos procssos formção profssors rconhcis mns urgnts plos intrlocutors ducção, principlmnt plos profssors gstors. 2 CURRÍCULO E POSSIBILIDDES DE RENOVÇÃO D PRÁTIC PEDGÓGIC Rpnsr o currículo prspctiv pont introdução ss txto xig, lm subsídios tóricos utors do cmpo do currículo qu comprtilhm procupção com divrsi, inclusão dimnsão hum intgrl sujitos 2 Exprssão qu rsum os povos ilhus, ribirinhos tingi por brrgns. 3

nos procssos prndizgm, ou sj, dimnsão tic, polític culturl conhcimntos s xpriêncis. Sgundo Morir (2008), um ducção quli qul qu gr trnsformçõs, portnto, implic m ção rnovção. Corrspon um prátic coltiv qu possibilit os sujitos mplirm sus conhcimntos vivêncis, lcnçndo outros ptmrs, por mio do csso os conhcimntos disponívis soci, m âmbito locl globl. É um prátic prticiptiv, contxtul polifônic, isto, qu prmit mnifstção s difrnts vozs qu prmim o contxto ducciol. Em um contxto histórico m qu o prtncimnto culturl foi sclodo somnt lit socil tv su rcbouço mnifstçõs, pdrõs comportmnto conhcimntos vloriz, os sprivilgi sus prtncimntos form, msm mdi, sprstigi no contxto scolr. Os conhcimntos, visõs mundo, filosofis históris frics indígs, por xmplo, qu lm fzrm prt formção do povo brsiliro rprsntm inti grupos tnicos sustntção conomi do pís, in são rrs no contxto scolr msmo xistindo lgislçõs qu s grntm no currículo. Pr buscr forms construir um currículo qu firm o qu não hgmônico o qu foi ocultdo, prciso ntnr o ppl iológico intrssdo do currículo posto. Pr isso, há ncssi do slocmnto um lugr crto conforto, do plo mis cômodo, pr o lugr sujitos contmporânos scol. Tomz Tu Silv (2007) pont qu: O currículo não um lmnto inocnt nutro trnsmissão sintrss do conhcimnto socil. O currículo stá implicdo m rlçõs por, o currículo trnsmit visõs sociis prticulrs intrsss, o currículo produz intis individuis sociis prticulrs. O currículo não um lmnto trnscnnt tmporl l tm um históri, vincul à forms spcífics contingnts orgnizção soci ducção. ( p. 7 8) Como cmpo disput, no currículo coxistm constnts tnsõs qu cbm por prticipr formção scolr, pois s mtrilizm no conjunto prátics scolrs propicim produção, circulção o consumo signific, os quis contribum intnsmnt pr construção intis sociis culturis (MOREIR; CNDU, 2007). São corrêncis disput, porm, são conflitos ncssários, pois nss tnsão qu os sujitos sus intis são vistos brm 4

spço pr rivindicr um ducção qu os tn sujitos diritos não concssõs ou tolrânci. Msmo qu corrlção forçs nm smpr sj quilibr, o currículo constntmnt disputdo suscit munçs: inclusõs, contxtulizçõs, historici, positivçõs. Morir Cnu (2007) obsrvm qu ntro roti scolr há um propost sublimir qu prt do contxto socil ducciol, qu nvolv domintmnt, titus vlors trnsmiti pls rlçõs sociis pls rotis do cotidino scolr, : rituis prátics, rlçõs hirárquics; rgrs procdimntos; mo orgnizr o spço o tmpo scol; mo distribuir os stunts por grupmntos turms; mnsgns implícits s fls s/os profssors/s nos livros didáticos, ntr outros. Nsss çõs do cotidino scolr smpr há prndizdo, msmo qu não plnjdo intnciolmnt pr formção. São oportunis pr rforço ou munç s concpçõs própri divrsi socioculturl,, por xmplo, rspito s tnis, divrsi culturl, divrsi sxul, trritorili ntr outros. O currículo tor-s ntão, sgundo Morir Silv, 2002, um dispositivo grn fito no procsso construção inti do stunt. Todo tmpo to ção scolr stão vincul o prndizdo s constitum, portnto, currículo, spço m qu s produz s rproduz cultur, m qu há crição, rcrição, contstção trnsgrssão (MOREIR; SILV, 2002). Morir Cnu (2007) sugrm o rsgt mnifstçõs culturis grupos sociis cujs intis s ncontrm mçs prticipção to no sforço torr o mundo mnos grssivo injusto. pontm tmbm pr urgênci s rduzirm s discrimiçõs prconcitos, por mio, ntr outros princípios, ncorgm socil contú qustiomnto s nosss rprsntçõs sobr os outros. Est ncorgm socil contú signific incluir borgm contú m qu contxto socil surgirm, bm o motivo srm rcorts pr prndizgm scolr. O qu stmos propondo qu s vincim, no currículo, construção socil os rumos subsqünts conhcimntos, cujs rízs histórics culturis tnm sr usulmnt squcis, o qu fz com qu costumm sr vistos indiscutívis, nutros, univrsis, intmporis. Trt-s qustior prtns stbili o crátr istórico do conhcimnto produzido no mundo ocintl, cuj hgmoni tm sido incontstávl. Trt-s, mis um vz, 5

cminhr contrmão do procsso trnsposição didátic, durnt o qul usulmnt s costumm limir os vstígios construção históric sbrs (MOREIR; CNDU, 2007, P. 36). Portnto, o conhcimnto (ncordo socilmnt, ou sj, pnsdo complxi su históri produção, su historici) stc-s um s vis principis pr ducção quli, somdo às oportunis csso às sfrs mis lvs tivi intlctul prátic às xpriêncis scolrs, não rstrits o spço sl ul nm o profssor, ms brngndo, tmbm, os mis spços scolrs, s rlçõs qu s stblcm vi intrção ntr os sujitos tivis qu ultrpssm os muros scolrs. Nst contxto, ducção do cmpo, indíg quilombol prsntm situçõs qu xigm mplição do currículo pr um orgnizção scolr difrnci qu inclui currículo (contú, procdimntos mtodológicos xpriêncis scolrs modo grl), formção profssors, mtriis didáticos psquiss. São contxtos culturis qu, o srm consir, privilgim os sbrs construí pls comunis, mntndo, contudo, o foco nos sbrs univrsis qu prprm pr mncipção pr constituição cidãos. O conhcimnto mpli s xpriêncis culturis origm rfut o histórico quivocdo vínculo ntr o sucsso /ou o frcsso scolr o locl origm sujitos (MOREIR, 2008). ssim, rfltir sobr s intis qu prmim o contxto scolr rfltir sobr possibilis curriculrs qu tnm os divrsos, às minoris, rspitndo smpr sus conhcimntos, su form vr o mundo, sus culturs vlors. Rfltir sobr sss intis signific prguntr s o ducdor stá prprdo pr ouvir voz, conhcr c um sss populçõs, às sus trdiçõs mnirs vr rlcior-s com o mundo. Pnsr com os sujitos históricos sociis ngrs/os, indígs, cigs/os, mulhrs, sujitos LGBT povos do cmpo s águs sobr o currículo rlção com sus xpriêncis scolrs xclusão, ngção diritos silncimnto s singulris nos procssos ductivos formis um procsso coltivo, qu incorpor os sujitos intrlocução. 3 CONSIDERÇÕES FINIS discussão sobr currículo divrsi ducção básic s rvitliz busc por rsposts às mns inrnts o público scolr, no nfrntmnto 6

às oprssõs gênro, rç/tni, clss, trritorili, grção sxulis. Há, no ntnto, qu s tr cuido pr não compor um borgm pgógic qu s put pl pgogi tolrânci, pl citção, pl compixão ou ssistncilismo. Ess borgm produz rforç hirrquizção ntr s intis, xprss plo binômio domidor/tolrnt vrsus domido/tolrdo. lm disso, so pjortivo os sujitos s discussõs, pois s configur bnvolênci, um fvor, qundo vri sr do cmpo grnti diritos (SILV, 2007). Suprr postur tolrânci implic rconhcr, portnto, qu to (u o outro) são fto iguis m diritos, msmo qu tnhm difrnts xpriêncis, históris, culturs, visõs mundo. Implic tmbm comprnr qu to prtncm procssos históricos, por isso, são hriros subjtivis, posturs, lugrs sociis qu orintm form c um sr str no mundo. Como sujitos históricos situ m lgum lugr nsss procssos. Rconhcr qu civilizção ocintl s constituiu pl sigul, sj oprssão povos uropus sobr fricnos indígs, cristãos sobr muçulmnos, ricos sobr pobrs, homns sobr mulhrs ntr outros, um trf contstção bs n os procssos históricos produção siguls. O sfio consist m lcnçr, conform Sntos (2003), o rconhcimnto s difrnçs grntindo igul condiçõs, csso bns mtriis simbólicos diritos. Por outro ldo impdir qu ss prspctiv igul não sirv rgumnto à procssos homognizção culturl, pdronizção, ou msmo xtrmínio quilo qu s ntn difrnt, humni tstmunhou m contxtos históricos divrsos. in fz-s ncssário cotidimnt grntir qu s difrnçs visão mundo, libr xprssão culturl ou pssol os difrnts prtncimntos sociis, culturis ou trritoriis não lgitimm siguls. É ncssário borr s qustõs s difrnçs qu constitum noss divrsi sm bndor firmtiv igul. Igul não opositiv à difrnç sim à sigul, msm form qu vlorizr s difrnçs não signific citr s siguls sociis qu hirrquizm opõ sujitos form qu poucos possm vivr xprssr plmnt sus potncilis hums. Vlorizr s difrnçs s opor às pdronizçõs homognizçõs, grntindo qu sujitos com gênros, cors pl, orintçõs sxuis, mo vi, locis mordi, culturs, visõs mundo forms xprssão distints possm tr s msms condiçõs diritos. 7

O currículo, nst sntido, s rstrutur rpnsndo o pso do chmdo núclo rígido tul, grgndo cultur vlors sociis qu jum os lunos ntnrm o mundo. Em outros trmos, o qu s busc um scol put no rspito, qu rconhç vloriz divrsi inrnt à humni o qu mn conhcimnto s spcificis pr su rconhcimnto. Filizndo, importnt slintr qu, lm tnção s polítics ducciois do mpnho ducdors no profunmnto tórico-prático, qustão do currículo divrsi ducção básic um cmpo no qul mrg disposição compromisso pr com s crinçs, dolscnts jovns prsnts scol contmporân. REFERÊNCIS RROYO, M. Entrvist: pnsmnto ducciol rlçõs sociis. In: NOGUEIR. P.; MIRND, Shirly (org.). Migul rroyo: ducdor m diálogo com nosso tmpo. Blo Horizont: utêntic Editor, 2011. (Colção Prfis Educção, Nº 5) BRSIL. Co 2014: Confrênci Nciol Educção: documnto rfrênci / [lbordo plo] Fórum Nciol Educção. Brsíli: Ministrio Educção, Scrtri Excutiv djunto, 2013. MOREIR, F. Quli Educção no Currículo: tnsõs sfios. 2008. Disponívl m: http://www.mxwll.lmb.l.puc-rio.br/13578/13578.pdf csso m: 15/06/2014. ; CNDU, V. M. Ingçõs sobr o Currículo: currículo, conhcimnto cultur. MEC/SEB, Brsíli, 2007. ; SILV, T. T. Sociologi tori crític do currículo: um introdução. In Currículo, Cultur Soci. São Pulo: Cortz, 2002. PEREIR. M. S. vliçõs s prndizgns: contribuiçõs Vigotski Pigt. In: CUNH, C.; SILV, M.. (org.). Pnsmnto Pgógico Polítics ducção. Brsíli: Libr Livro, 2013. SNTOS, Bovntur Souz. Por um concpção multiculturl Diritos Humnos. Rvist Crític Ciêncis Sociis, nº 48 junho 1997. p. 11-32, 2003. SILV, T. T. Documntos inti: um introdução às toris do currículo. Blo Horizont: utêntic, 2007. 8