Relevância Clínica da Síndrome Metabólica nos Indivíduos Não Obesos

Documentos relacionados
IMPLICAÇÕES DA CLASSE DE ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E OBESIDADE ABDOMINAL NO RISCO E GRAVIDADE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM PORTUGAL

Avaliação do Risco Cardiovascular

SÍNDROME METABÓLICA E ADOLESCÊNCIA

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA

SÍNDROME DE INSULINO-RESISTÊNCIA, SÍNDROME METABÓLICA: DEFINIÇÕES

PERFIL LIPÍDICO E FATORES BIOLÓGICOS E AMBIENTAIS

A Pessoa com alterações nos valores da Tensão Arterial

Estudo de prevalência da hipertensão arterial, excesso de peso e obesidade no concelho de Vizela em

XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril ú ç

Introdução. Objectivos. Metodologia

Coração Outono/Inverno

Na hipertensão arterial

Primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF)

1ª Conferência do Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico: um olhar atento à saúde dos portugueses. Estado de Saúde.

SÍNDROME METABÓLICA Qual a dimensão do problema numa consulta de medicina geral e familiar?

HAVERÁ DIFERENÇAS NO TIPO DE ALIMENTOS RICOS EM SÓDIO

Registro Brasileiros Cardiovasculares. REgistro do pacientes de Alto risco Cardiovascular na prática clínica

Síndrome Metabólica e Risco Cardiovascular

Rede Nacional de Vigilância de Morbidade Materna Grave. Frederico Vitório Lopes Barroso

GRUPO COPPA: ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR NO PATOLOGIAS ASSOCIADAS BRIGITTE OLICHON LUMENA MOTTA REGINA BOSIO

CNC-CENTRO DE NEFROLOGIA DE CANINDÉ

Adesão a um Programa de Reabilitação Cardíaca: quais os benefícios e impacto no prognóstico?

Síndrome Metabólica. Curso de Reciclagem SBC-SC Artur Haddad Herdy

LIVRO DE ACTAS COORDENADORES: Maria Helena Pimentel Isabel Pinto Olívia Pereira

TÍTULO: HIPERTRIGLICERIDEMIA PÓS-PRANDIAL EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E O RISCO CARDIOVASCULAR

Hipoalbuminemia mais um marcador de mau prognóstico nas Síndromes Coronárias Agudas?

Utilização de diretrizes clínicas e resultados na atenção básica b

doenças coronárias Factores de Risco

41 ANOS DE EXISTÊNCIA. 942 Médicos Cooperados 71 mil clientes. 1ª Sede Praça Carlos de Campos

Síndroma de apneia do sono

Hipertensão Diabetes Dislipidemias

Preditores de lesão renal aguda em doentes submetidos a implantação de prótese aórtica por via percutânea

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NA PRÁTICA CLÍNICA

Marta Maria do Amaral dos Santos Mestranda do Programa de Pós Graduação em Alimentos e Nutrição - PPGAN

AULA 2 Fatores de Risco para Crianças e Adolescentes

Relatório de Estágio Mestrado Integrado em Medicina OBESIDADE NOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS. Marta Alexandra Araújo Oliveira da Silva

10º Congreso Argentino y 5º Latinoamericano de Educación Física y Ciencias

Manejo do Diabetes Mellitus na Atenção Básica

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

19/04/2016. Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail:

Determinantes de saúde

XIV Encontro Nacional de Rede de Alimentação e Nutrição do SUS. Janaína V. dos S. Motta

ESTUDO DO PERFIL LIPÍDICO DE INDIVÍDUOS DO MUNICÍPIO DE MIRANDOPOLIS/SP

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico de uma determinada doença, maiores serão as probabilidades de tratar a doença e atrasar a sua evolução

Avaliação do risco cardiovascular numa população da zona Norte do País. Maria Manuela Amorim de Silva e Sousa

Malnutrição Conceitos gerais

DÚVIDAS DO DIA A DIA EM CASOS DO MUNDO REAL

Mais Complicações no Enfarte com Supradesnivelamento de ST na População Diabética: Porquê?

Insulino-resistência e obesidade

Introdução. Metodologia

Cardiovascular 29% Infectious & Parasitic 19% Other 3% Injury 9% Digestive 4% Respiratory. Respiratory Infections. 7% Neuropsychiatric

O que é a obesidade? Nas doenças associadas destacam-se a diabetes tipo II e as doenças cardiovasculares.

Impacte da Lei de Prevenção do Tabagismo* na população de Portugal Continental

COMO CONTROLAR HIPERTENSÃO ARTERIAL?

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Anexo III Resumo das características do medicamento, rotulagem e folheto informativo

O paradoxo dos fumadores revisitado

GORDUROSA NÃO ALCOÓLICA LICA DIAGNÓSTICO HELMA PINCHEMEL COTRIM FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

Verónica Gómez, Milene Fernandes, Violeta Alarcão, Cristiana Areias, Diana Souto, Elisa Lopes, Paulo Nicola, Evangelista Rocha

OBESIDADE MAPA DE REVISÕES PROTOCOLO CLINICO. Destinatários. Data Dr. Bilhota Xavier

A Doença Cardiovascular e a Evidência da Consulta de Enfermagem

ÍNDICE Pág. 1 INTRODUÇÃO PARTICIPANTES INSTRUMENTOS PROCEDIMENTOS ANÁLISE DESCRITIVA ANÁLISE INFERENCIAL 60

ATLAS DO PLANO NACIONAL DE SAÚDE

REGISTO BIOGRÁFICO CLÍNICO - PROJETOS SAÚDE EM DIA

ANO LETIVO 2013/2014. ESTUDO DO IMC (Índice de Massa Corporal) Avaliação Final

DOENÇA MENTAL, HOMOCISTEÍNA, RISCO CARDIOVASCULAR E SÍNDROME METABÓLICA. Amílcar Silva dos Santos Serviço de Psiquiatria Hospital Vila Franca de Xira

HOSPITAIS DO LITORAL E HOSPITAIS DO INTERIOR: ANÁLISE DO RISCO DE MORTE INTRA-HOSPITALAR NOS ENFARTES COM SUPRADESNIVELAMENTO DE ST

Rita Nicolau Ausenda Machado José Marinho Falcão. Departamento de Epidemiologia

Referências e apresentações

História Clínica. Fatores de Risco e Fisiopatologia Parte 1. Dislipidemia e Hipertensão. Annie Bello PhD

Iremos apresentar alguns conselhos para o ajudar a prevenir estes factores de risco e portanto a evitar as doenças

PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA DA UNIFRA 1

2 - Agravos à saúde e epidemiologia da obesidade

CADERNO DE EXERCÍCIOS

Síndrome Metabólica: doença multicausal, multigenética e multiinfluenciada requisita novas atitudes dos profissionais de saúde

DOENÇAS CARDIO VASCULARES. O coração alegre aformoseia o rosto, mas pela dor do coração o espírito se abate. Provérbios 15:13

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

I Inquérito Nacional sobre Asma INASma

Clínica médica e Geriatria

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE EM CARDIOLOGIA DE INTERVENÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO AJUSTAMENTO PELO RISCO NA ANÁLISE DE RESULTADOS

Saúde do Homem. Medidas de prevenção que devem fazer parte da rotina.

Síndrome Metabólica. Wilson Marques da Rosa Filho. (Tratamento pela Acupuntura e Homeopatia)

ESPECTRO. ALTERAÇÕES METABÓLICAS DA OBESIDADE e DMT2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Diabetes Tipo 2 em Crianças. Classificação de Diabetes em Jovens

Prevalência e caracterização da Hipercolesterolemia em Portugal.

INTRODUÇÃO PROBLEMA DE INVESTIGAÇÃO OBJECTIVOS METODOLOGIA RESULTADOS CONCLUSÕES

AVALIAÇÃO DE PROTOCOLOS CINESIOTERÁPICOS COMO

Prevenção de Eventos Cardiovasculares em Pacientes com Hipertensão Arterial PREVER 2 SEGUIMENTO 15 MESES

RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

Pré diabetes. Diagnóstico e Tratamento

IV Mostra Interna de Trabalhos de Iniciação Científica do Cesumar 20 a 24 de outubro de 2008

Organograma de Operacionalização do SIVAN do município de Viçosa-MG.

TERAPÊUTICA DA OBESIDADE NO DOENTE DIABÉTICO

Minha Saúde Análise Detalhada

EPIDEMIOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL ESTUDO POPULACIONAL NO MUNICÍPIO DE TRÊS LAGOAS - MS

Apostila de Avaliação Nutricional NUT/UFS 2010 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADULTOS

Homem é aquele que sabe se cuidar

Período de Realização. De 3 de julho à 15 de setembro de População em geral. Sujeitos da Ação

CAPITULO III METODOLOGIA

Transcrição:

CONGRESSO PORTUGUÊS DE CARDIOLOGIA Relevância Clínica da Síndrome Metabólica nos Indivíduos Não Obesos Susana Martins, Nuno Cortez-Dias, Adriana Belo*, Manuela Fiuza Serviço de Cardiologia - Hospital de Santa Maria * Sociedade Portuguesa de Cardiologia

CONGRESSO PORTUGUÊS DE CARDIOLOGIA Introdução Existe consenso geral de que a prevalência da Síndrome Metabólica (SM) aumenta com o índice de massa corporal (IMC) mas o seu impacto nos indivíduos não obesos é menos conhecido.

CONGRESSO PORTUGUÊS DE CARDIOLOGIA Objectivo Determinar a prevalência da SM de acordo com os critérios NCEP-ATP III e de cada um dos seus componentes individuais na população portuguesa, em particular nos indivíduos não obesos, determinando o seu impacto no risco de doença cardiovascular (DCV).

Metodologia Estudo epidemiológico transversal 719 Médicos de Família Distribuição estratificada e proporcional por distrito e região, representativa de cada uma das regiões de Portugal continental e ilhas Critérios de Inclusão 1. Utente adulto dos Centros de Saúde independentemente de apresentar qualquer sinal de Síndrome Metabólica 2. Determinações de C-HDL, triglicéridos e glicémia em jejum no último ano Critérios de Exclusão 1. Situação clínica que influencie o diagnóstico de SM (ex: disfunção tiroideia) 2. Doente incapaz de fornecer informações fidedignas

Metodologia Colheita dos Dados Selecção dos primeiros 2 doentes de cada dia de consulta, em dias consecutivos Inquérito Sexo, idade, distrito de residência, peso, altura, perímetro abdominal Pressão arterial: Perfil lipídico: Perfil glicídico: Outros marcadores: Doenças associadas: terapêutica antihipertensora colesterol total, LDL, HDL, triglicéridos diagnóstico de DM, terapêutica, glicémia (jejum), HbA1C PCR, creatininémia, proteinúria doença coronária, acidente vascular cerebral Inquérito alimentar, sedentarismo, consumo sal, álcool, café e tabaco Medição do perímetro da cintura, peso e altura

METODOLOGIA A medição da PA foi realizada duas vezes, após 5 minutos de repouso na posição sentada A HTA foi definida por: Valores de PA > 140/90 mmhg ou Diagnóstico prévio de HTA A diabetes mellitus tipo 2 foi definida por: Glicémia em jejum 126mg/dL ou Diagnóstico prévio de DM A doença coronária e o AVC foram definidos com base no diagnóstico prévio pelo médico assistente.

METODOLOGIA A Síndrome Metabólica foi definida de acordo com os critérios NCEP-ATP III Constelação factores de risco no mesmo indivíduo (>3) Triglicéridos 150mg/dL Colesterol HDL H<40mg/dL M<50mg/dL Pressão arterial 130/85mmHg Síndrome Metabólica Glicémia em jejum >110mg/dL abdominal Perímetro da cintura H 102cm M 88cm Third Report of the National Cholesterol Education Program Expert Panel. NIH Publication 2001;1:3670

METODOLOGIA Foram definidas 3 classes de PC: Normal: Homens (H) <94cm e Mulheres (M) <80cm Limite superior da normalidade: 94-101 cm 80-87 cm abdominal: > 102 cm > 88 cm

METODOLOGIA Foram definidas classes de peso de acordo com IMC: Baixo peso (BP <18.5 kg/m2) Peso normal (PN:18,5-24,9 Kg/m 2 ) Excesso de peso (EP: 25-29,9 Kg/m 2 ) Obesos (OB > 30 Kg/m 2 )

Os indivíduos com PN foram subdivididos: 18,5-20,9 Kg/m2 21-22,9 Kg/m2 23-24,9 Kg/m2 Os indivíduos com EP foram subdivididos: 25-26,9 Kg/m2 27-29,9 Kg/m2 Os indivíduos obesos foram subdivididos: ligeira (OBL: 30-34,9 Kg/m2) moderada (OBM: 35-39,9 Kg/m2) grave (OBG > 40 Kg/m2 )

Resultados População de Estudo 16 856 indivíduos Idade média: 58,1±15,1 anos (18 a 96 anos) Sexo feminino: 61,3% Nº de clínicos gerais participantes Nº de indivíduos observados Proporção de mulheres Erro de precisão na estimativa da prevalência de SM Homens Mulheres Total Norte 149 3203 59.45% 0.078% 0.074% 0.053% Centro 222 6361 60.85% 0.089% 0.085% 0.061% Lisboa e Vale do Tejo 210 3932 61.30% 0.074% 0.070% 0.051% Alentejo 48 1242 65.21% 0.197% 0.191% 0.136% Algarve 42 883 63.70% 0.212% 0.210% 0.148% Açores 26 572 63.91% 0.290% 0.283% 0.201% Madeira 22 135 71.43% 0.292% 0.268% 0.196% Portugal 705 16856 61.29% 0.043% 0.041% 0.029%

Síndrome Metabólica Prevalência de SM (NCEP-ATP III) ajustada ao sexo, idade e dimensão das regiões: 27,5% (H: 26,0%; M: 28,7%) 60% Prevalência 50% 40% 30% 20% 10% 7,5% 4,9% 22,2% 15,2% 29,8% 25,7% 36,5% 39,2% 38,7% 47,8% 35,2% 50,4% 31,1% 47,3% 0% 18-29 anos 30-39 anos 40-49 anos 50-59 anos 60-69 anos 70-79 anos 80 anos Homens Mulheres

Síndrome Metabólica e Prevalência de SM,, EP e abdominal (ajustada ao sexo, idade e dimensão das regiões) 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 28,7% 28,1% 26,0% 25,2% Síndrome metabólica 44,8% 34,3% Excesso de peso 34,3% 58,6% abdominal Homens Mulheres 27,5% 26,74% 39,31% 47,11%

Síndrome Metabólica Variação regional da ocorrência de Síndrome Metabólica por Região de residência (ajustado ao sexo e idade) Foram factores protectores a residência em Lisboa e Vale do Tejo e Algarve

Síndrome Metabólica nos Não Obesos Prevalência global de Síndrome Metabólica nos não-obesos foi 17,12%, sendo maior no sexo feminino (ajustada ao sexo, idade e dimensão das regiões; IMC <30kg/m 2 ) Prevalência mais baixa em Lx e Vale Tejo, Norte e Açores e mais alta no Centro e Alentejo 19% 18,6% <16,5% 19% 18% 18% 17% 17% 16% 16% 15% 15% 14% 15,6% 16,5% a 16,99% 17% a 17,49% 17,5% a 17,99% 18% a 18,49% 18,5% Homens Mulheres SM não obesos 17,12%

Síndrome Metabólica nos Não Obesos Prevalência de Síndrome Metabólica por subclasse de peso prevalência atingiu 34,1% no EP e 10,2% no PN 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 5,3% 5,1% 10,2% 19,6% 34,1% 50,3% 57,6% 59,4% 1,3% 0% Baixo Peso IMC de 18,5 a 20,9 IMC de 21 a 22,9 IMC de 23 a 24,9 IMC de 25 a 26,9 IMC de 27 a 29,9 Ligeira Moderada Grave

Prevalência das componentes de SM por subclasse de peso Prevalência de OBA foi 30,8% no IMC entre 25 a 26.9 e de 53.6% entre 27 a 29.9 TA 130-85 mmhg foi frequente mesmo nos mais magros, 29.6 % no IMC entre 18.5 a 20.9 e atingiu valores acima dos 56 % no EP col das HDL baixo ocorreu em 20% no PN, 23,5% e em 27% nas subclasses de EP 100% Prevalência (%) 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Baixo Peso IMC de 18,5 a 20,9 IMC de 21 a 22,9 IMC de 23 a 24,9 IMC de 25 a 26,9 IMC de 27 a 29,9 Ligeira Moderada Grave abdominal Triglicéridos >= 150 mg/dl HDL < 40/50 mg/dl TA 130/85mmHg Glicémia >110mg/dL

Implicações da Subclasse de Peso nos Não Obesos Prevalência de AVC nos não-obesos Atingiu 2.8% no EP e 1.5% no PN 2,1% (H:2,34%; M:1,87%) 3,0% 2,8% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% 0,3% 1,2% 0,9% 1,5% 2,3% 0,0% Baixo Peso IMC de 18,5 a 20,9 IMC de 21 a 22,9 IMC de 23 a 24,9 IMC de 25 a 26,9 IMC de 27 a 29,9 Peso Normal Excesso de Peso

Implicações da Subclasse de Peso nos Não Obesos Prevalência de HTA nos não-obesos 80% Atingiu 46.5% na suclasse mais alta do EP e 25.6% no PN 43,37% (H:43,5%; M:43,25%) 69,1% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 13,7% 12,5% 17,6% 25,6% 35,1% 46,5% 55,7% 58,2% 10% 0% Baixo Peso IMC de 18,5 a 20,9 IMC de 21 a 22,9 IMC de 23 a 24,9 IMC de 25 a 26,9 IMC de 27 a 29,9 Ligeira Moderada Grave Peso Normal Excesso de Peso

Implicações da Subclasse de Peso nos Não Obesos Prevalência de DC nos não-obesos Aumento com IMC 5,14% (H:5,8%; M:4,6%) 10% 9% 9,0% 8% 7% 6% 5% 4% 3% 2% 1,8% 1,5% 2,3% 3,8% 5,0% 6,3% 7,4% 6,6% 1% 0% Baixo Peso IMC de 18,5 a 20,9 IMC de 21 a 22,9 IMC de 23 a 24,9 IMC de 25 a 26,9 IMC de 27 a 29,9 Ligeira Moderada Grave Peso Normal Excesso de Peso

Implicações da Subclasse de Peso nos Não Obesos Prevalência de DM nos não-obesos Atingiu 15.4% no EP e 7.5% no PN 13,05% (H:14,37%; M:11,85%) 30% 25% 20% 15% 10% 5% 3,6% 2,4% 4,1% 7,5% 10,3% 15,4% 21,9% 25,3% 24,6% 0% Baixo Peso IMC de 18,5 a 20,9 IMC de 21 a 22,9 IMC de 23 a 24,9 IMC de 25 a 26,9 IMC de 27 a 29,9 Ligeira Moderada Grave Peso Normal Excesso de Peso

Doenças Cardiovasculares Análise multivariada de regressão logística para determinação do risco composto de Doença Coronária, AVC ou Diabetes Mellitus tipo 2. Factores de risco independentes - Sexo masculino, idade, OB e o PC mesmo no limite superior da normalidade Classes de referência: sexo feminino, idade 18-29 anos, peso normal, PC reduzido

CONGRESSO PORTUGUÊS DE CARDIOLOGIA Conclusões A prevalência de SM na população portuguesa é elevada mesmo nos não obesos, com destaque para a obesidade abdominal e TA acima de 130-85 mmhg Os factores de risco metabólicos associam-se às DCV: O risco aumenta na obesidade abdominal. Mesmo nos indivíduos com o PC no limite superior da normalidade, as DCV são 20% mais frequentes, quando comparados com aqueles com PC normal O risco aumenta de forma significativa com a obesidade (para 2,86 vezes na obesidade ligeira e 5,94 vezes na obesidade grave) É essencial pesquisar SM e os seus componentes mesmo nos indivíduos não obesos