Leia os textos 1 e 2 com atenção para responder às questões de 1 a 11.



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Nome: N.º: endereço: data: Telefone: E-mail: Colégio PARA QUEM CURSA A 2 ạ SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 2013 Disciplina: PoRTUGUÊs Prova: desafio nota: Leia os textos 1 e 2 com atenção para responder às questões de 1 a 11. Texto 1 Escrever não dói Uma professora de segundo ano que trabalha com alfabetização me contou que, na sala em que ela dá aulas, há alguns alunos que não querem, de maneira alguma, escrever. Eles dizem que dá muito trabalho, que cansa as mãos etc. Eles dão todo tipo de justificativa para evitar o exercício da escrita. E não se trata de crianças que ainda não alcançaram o domínio da leitura. Apesar de não serem leitores fluentes, eles já conseguem ler e entender o sentido do que leem. E gostam de ler. Mas escrever... A professora, corajosa e batalhadora, não desiste: cria todo o tipo de estratégia para fazer com que esse grupo de alunos enfrente o trabalho da escrita. Frente à insistência da professora, um aluno a desafiou. (...) Professora, se eu só vou escrever em computador e em tablet, por que tenho que aprender a fazer essas letras desenhadas?. E você pensa, caro leitor, que o menino parou aí? Não! Ele prosseguiu. E no computador tem corretor de palavras, então eu nem preciso escrever tudo certinho porque ele corrige quando eu escrevo errado. (...) Isso me lembrou de uma informação que foi notícia no ano passado e que rendeu muitas análises e discussões, pelo menos no meio acadêmico. Nos Estados Unidos, alguns estados já aboliram a obrigatoriedade do ensino da letra cursiva no ensino fundamental. E tudo indica que o próximo passo será banir de vez a prática. A escrita é um meio de comunicação. Por meio dela expressamos nossos pensamentos e nos comunicamos. Esse é um tipo de linguagem que coloca as pessoas em contato umas com as outras: pode ser um recado, a manifestação de um sentimento, pode ser muita coisa. Mas, se a escrita pode ser digital, por que é importante a escrita a mão? Em primeiro lugar, porque a substituição de uma pela outra empobrece o mundo e a variedade das linguagens. Se podemos ter os dois tipos, por que vamos escolher ficar apenas com um deles? A existência da arte digital, um tipo de linguagem, não nos faz pensar na substituição dos quadros, não é verdade? Ficamos com as duas formas de expressão. Em segundo lugar, porque a escrita digital restringe sobremaneira as possibilidades de comunicação com as pessoas. Quantas delas há no mundo, em nosso país, em nossa cidade, em nosso grupo de convivência, que não têm acesso a essa tecnologia? 1

A linguagem escrita e seu aprendizado são partes integrantes e importantes do exercício da cidadania. Não se trata apenas, portanto, da aprendizagem de um código. É bem mais do que isso. (...) (Rosely Sayão. Folha de S. Paulo, 29/5/2012.) Texto 2 O parto da escrita No Equilíbrio da última terça, Rosely Sayão veio em socorro de uma professora cujos alunos em fase de alfabetização se recusam a escrever manualmente. De acordo com os diabretes, fazê-lo seria uma inutilidade, já que o teclado é hoje onipresente. A colunista defende a escrita manual e, mais especificamente, a letra cursiva, afirmando que sua preservação é uma questão de cidadania, já que existem ainda muitas pessoas que não têm acesso à tecnologia. Em grandes linhas, concordo com a psicóloga, mas tenho uma ou duas coisinhas a acrescentar. Rabiscar caracteres a mão pode ser em letra de forma; eu não colocaria tanta ênfase na cursiva parece ser um elemento importante para que as crianças dominem o código alfabético. O problema é que, ao contrário da linguagem falada, que é um item de fábrica no ser humano (não há bando que não disponha de um idioma), a escrita, com seus 5.500 anos, é uma invenção relativamente moderna e rara. Não surgiu mais do que três ou quatro vezes ao longo da história. Nossas mentes, forjadas para uma existência pré-histórica, não lidam tão bem com esse código. Trabalhos de neurocientistas como Maryanne Wolf e Stanislas Dehaene mostram que o ato de ler implica reprogramar o cérebro, integrando, com a criação de conexões neuronais, estruturas especializadas em percepção visual, processamento léxico e fonológico e cognição. Essas novas sinapses permitem que áreas tão diversas sejam cooptadas para trabalhar com harmonia e rapidez, nos dando a falsa impressão de que ler é natural. Uma outra neurocientista, Karin Harman James, sustenta que a escrita manual, o desenhar das letras, ao acrescentar uma dimensão motora a essa sinfonia, contribui para catalisar o aprendizado e fixar melhor os elementos da escrita na memória. A pergunta não é se jovens precisam escrever a mão, mas a partir de que idade podem deixar de fazê-lo. (Hélio Schwartsman. Folha de S. Paulo, 1/6/2012.) QUESTÃO 1 Compare os títulos dos dois textos e examine as afirmações seguintes. I. Os dois títulos sugerem que escrever a mão é uma habilidade natural do ser humano. II. O título do texto 1 sugere que não se deve resistir à escrita manual. III. O título do texto 2 sugere que a aprendizagem da escrita é um processo complexo. IV. No título do texto 1, escrever foi empregado em sentido amplo, como escrita manual ou digital e, no título do texto 2, escrita designa tão somente a escrita manual. 2

Está correto o que se afirma apenas em a) I. b) II. c) I e II. d) II e III. e) III e IV. Erros: I Desde os títulos, ambos os textos sugerem que o ato de escrever exige esforço, seja sem dor (título 1) ou com muita dor (título 2). IV Já no início do texto 1 se esclarece que se trata de escrever manualmente. Resposta: D QUESTÃO 2 Na frase Mas escrever... do texto 1, justifica-se o uso de reticências para a) solicitar a participação do leitor, deixando-o livre para dar continuidade ao texto. b) indicar que o que foi suprimido não interessa ao leitor. c) indicar que o que foi suprimido está pressuposto. d) expressar a hesitação da autora frente ao tema proposto. e) sugerir que não há solução para o problema exposto. A autora já afirmara que seus alunos não gostam de escrever, por isso, depois de afirmar que eles gostam de ler, inicia o período seguinte com a conjunção mas, que sugere, no lugar das reticências, uma afirmação que vai em sentido oposto à anterior, retomando o que antes foi dito. Resposta: C QUESTÃO 3 A existência da arte digital, um tipo de linguagem, não nos faz pensar na substituição dos quadros, não é verdade? No texto 1, a finalidade do comentário acima é a) justificar que uma forma de expressão como a escrita digital não substitui a outra como a escrita a mão. b) mostrar que a escrita a mão ajuda a desenvolver habilidades artísticas. c) declarar que a arte digital não tem a qualidade da arte manual. d) deixar subentendido que a escrita a mão é uma arte como a pintura. e) mostrar que mesmo a arte digital necessita de um suporte físico, como os quadros, para ser devidamente apreciada. A mesma relação entre arte digital e a pintura tradicional é proposta no texto entre a es crita digital e a escrita a mão: assim como arte digital não implica a substituição dos qua dros tradicionais, tampouco a escrita digital deve implicar o abandono da escrita a mão. Resposta: A 3

QUESTÃO 4 A autora do texto 1 considera que a preservação da escrita manual é uma questão de cidadania porque a) escrever manualmente é mais fácil do que usar o computador. b) desenvolve a coordenação motora dos aprendizes. c) revela que os alunos acatam as estratégias de ensino propostas pela escola. d) facilita a comunicação dos alunos entre si e entre alunos e professores. e) permite a comunicação com e entre pessoas que não têm acesso à tecnologia. A autora, em seu argumento, considera democrático que as pessoas que não têm acesso aos objetos mais novos da tecnologia não tenham, por isso, impedido o seu acesso à escrita. Resposta: E QUESTÃO 5 Em que aspecto o autor do texto 2 não concorda em linhas gerais com a autora do texto 1? a) Na defesa da necessidade de praticar escrita manual. b) Na ênfase da necessidade de praticar a letra cursiva. c) Na consideração de que a preservação da escrita manual seja uma questão de cidadania. d) Na declaração de que a abolição da escrita de mão signifique empobrecimento das possibilidades de comunicação. e) Na comparação entre escrita e arte. O autor do texto 2 considera que escrever em letra de forma pode cumprir a mesma finalidade que escrever em letra cursiva ( pode ser em letra de forma; eu não colocaria tanta ênfase na cursiva ). Ele desconsidera ou ignora que o controle muscular necessário para escrever em letra cursiva é muito maior e mais refinado que o exigido pela escrita em letra de forma; além disso, ele não leva em conta que, se os estudantes não desenvolverem a escrita cursiva na fase inicial de seu aprendizado, não serão mais capazes de desenvolver essa habilidade. Resposta: B QUESTÃO 6 O autor do texto 2, ao afirmar que a linguagem falada é um item de fábrica, está querendo dizer que a) não é preciso frequentar uma escola para aprender a falar. b) não há ser humano incapaz de aprender a falar. c) na comunicação, falar é mais importante do que escrever. d) a capacidade para aprender a falar um idioma é inata no ser humano. e) quem não domina a linguagem falada é incapaz de dominar a escrita. 4

O autor admite a teoria segundo a qual as pessoas já nascem geneticamente pro - grama das para falar, bastando que sejam postas em contato com a linguagem falada para que desenvolvam essa habilidade inata. Resposta: D QUESTÃO 7 No texto 2, a afirmação de que a escrita não surgiu mais do que três ou quatro vezes ao longo da história foi apresentada como uma evidência de que a) não é tão necessária quanto a fala. b) ainda constitui um processo rudimentar, a ser aprimorado pelo homem. c) não é uma atividade natural e fácil ao cérebro humano. d) somente alguns povos têm facilidade inata para a escrita. e) muitos idiomas ainda não possuem escrita. No antepenúltimo parágrafo do texto 2, o autor deixa claro que a escrita não é natural nem fácil para os homens, pois implica uma complexa reprogramação do cérebro. Resposta: C QUESTÃO 8 Segundo informações de estudos neurológicos apresentados no texto 2, a prática da escrita manual, isto é, de desenhar letras a mão, a) aprimora a linguagem oral. b) auxilia na aprendizagem da escrita em geral, manual ou digital. c) melhora a coordenação motora em geral. d) impede que o cérebro se reprograme para a escrita digital. e) não tem efeitos na aprendizagem da leitura. No penúltimo parágrafo do texto 2, o autor cita uma cientista cujo trabalho leva à conclusão de que o desenhar das letras... contribui para catalisar o aprendizado e fixar melhor os elementos da escrita na memória. Resposta: B QUESTÃO 9 Ao concluir o texto com a frase A pergunta não é se jovens precisam escrever a mão, mas a partir de que idade podem deixar de fazê-lo., o autor do texto 2 a) demonstra compreender as razões que levam os alunos a não quererem escrever a mão, já que dispõem de tecnologia avançada. b) embora defenda que os alunos devam aprender a escrita manual, considera que essa prática deva ser realizada por um curto período de tempo. 5

c) defende a necessidade de os alunos, a partir de um determinado estágio da vida escolar, praticarem a escrita digital. d) revela preocupação com a ausência de um planejamento escolar que contemple, a um só tempo, a escrita manual e digital. e) deixa claro seu ponto de vista de que é necessária a prática da escrita a mão durante a alfabetização e, possivelmente, não apenas durante este período inicial. O autor não tem dúvida de que a escrita a mão deva ser praticada na fase de apren - dizado, mas manifesta incerteza, no final do texto, quanto à conveniência de essa prática ser abandonada posteriormente. Resposta: E QUESTÃO 10 O problema é que, ao contrário da linguagem falada, que é um item de fábrica no ser humano (não há bando que não disponha de um idioma), a escrita, com seus 5.500 anos, é uma invenção relativamente moderna e rara. No período acima, o trecho O problema é que é complementado pela oração a) que é um item de fábrica no ser humano. b) não há bando que não disponha de um idioma. c) a escrita, com seus 5.500 anos, é uma invenção relativamente moderna e rara. d) ao contrário da linguagem falada. e) com seus 5.500 anos. A oração principal O problema é que traz um sujeito ( o problema ) cujo predicativo é a oração subordinada iniciada por a escrita.... Resposta: C QUESTÃO 11 Nossas mentes, forjadas para uma existência pré-histórica, não lidam tão bem com esse código. Sem alterar o sentido do período, o trecho em negrito poderia ser modificado para a) se foram forjadas para uma existência pré-histórica. b) quando foram forjadas para uma existência pré-histórica. c) embora tenham sido forjadas para uma existência pré-histórica. d) portanto forjadas para uma existência pré-histórica. e) porque foram forjadas para uma existência pré-histórica. A oração em questão, reduzida de particípio (forjadas), tem sentido causal e pode ser desenvolvida como se propõe na alternativa e. Resposta: E 6

Examine o texto seguinte para responder às questões de 12 a 15. QUESTÃO 12 O efeito de humor foi criado a) pelos erros ortográficos. b) pelo uso de Ninguém como nome próprio. c) pelo uso de Ninguém como pronome. d) pela apresentação de versos que não rimam. e) pela oposição entre linguagem verbal e não verbal. (http://www.facebook.com/#!/humorinteligente01) Tratar alguém como Ninguém ( Ele é um Zé Ninguém, por exemplo), revela profundo desprezo. Tomando Ninguém como nome próprio, o autor se vale da frase proverbial Ninguém é perfeito para, com humor, usá-la em sentido positivo e sugerir o contrário do desprezo contido na designação ninguém. Resposta: B QUESTÃO 13 Na imagem, não há sinais de pontuação depois de NINGUÉM e FELIZ. Para que o texto seja adequadamente pontuado nesses dois locais, deve-se acrescentar a) uma só vírgula, depois de NINGUÉM. b) dois pontos finais. c) ou duas vírgulas ou dois pontos finais. d) vírgula depois de NINGUÉM e ponto final depois de FELIZ. e) ponto final depois de NINGUÉM e vírgula depois de FELIZ. O texto pode ser entendido como um único período com três orações separadas por vírgulas, possibilidade que não corresponde a nenhuma das alternativas. É possível também a divisão em dois períodos, pois a última oração uma coordenada explicativa assindética pode ser tomada como outro período, pondo-se ponto final depois de FELIZ. As duas primeiras orações não podem ser separadas em dois períodos, pois a primeira é subordinada e a segunda, principal; entre elas, só deve haver vírgula. Resposta: D 7

QUESTÃO 14 Examine as afirmações seguintes sobre o texto. I. Há mistura da segunda e da terceira pessoas do singular. II. Há erros de acentuação das palavras. III. Há termos de gíria. Está correto o que se afirma em a) I, apenas. b) II, apenas. c) III, apenas. d) I e II, apenas. e) I, II e III. No texto, o receptor é tratado com a segunda pessoa do pronome ( te ) e a terceira pessoa do verbo ( fique ). Resposta: A QUESTÃO 15 Examine as interpretações da última frase do texto. I. No mundo há pessoas piores e melhores do que você. II. Quem o considerou uma pessoa qualquer é um ser imperfeito, sujeito a julgamentos equivocados. III. Você é perfeito. IV. Você é imperfeito como todas as demais pessoas. Justificariam o conselho Fique feliz, dado ao receptor da mensagem, apenas a) I. b) II. c) III. d) I, II e III. e) I, II e IV. Tomando-se o pronome indefinido ninguém como nome próprio, entende-se que, se você é Ninguém, você é perfeito, porque em geral se admite que Ninguém é perfeito. Resposta: C 8