Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho (UESPI)

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Figura 1: Bosque de Casal do Rei, alguns meses após o incêndio que ocorreu no Verão de 2005.

Transcrição:

Prof. Dr. Francisco Soares Santos Filho (UESPI)

Por que um biólogo precisa saber Bioestatística? ou Para que serve a bioestatística na Biologia?

Aplicações mais comuns Área de saúde: definição de políticas de atendimento em saúde coletiva; definição de políticas em saúde preventiva; indicador para alguns diagnósticos; Indicador de doenças de cunho hereditário; Indicador de mudanças de procedimento para anamnese do paciente.

Aplicações mais comuns Área de Genética: orientação de cruzamentos nos experimentos em Melhoramento Genético; definição e conclusão sobre a manifestação de características hereditárias; confirmação de leis de hereditariedade (testes estatísticos); definição de tratamentos experimentais.

Aplicações mais comuns Área de Ecologia: estudos de população delineamento de equilíbrio entre potencial biótico e resistência ambiental; estudos de paisagem modelagem que conduz a classificação de paisagens; estrutura da vegetação levantamentos fitossociológicos; estudo de similaridade entre áreas comparação de diversidade florística por matriz de ausência e presença; estudos de diversidade determinação de índices.

Estudo de caso: fitossociologia Estuda a estrutura da vegetação; Pode estudar diferentes estratos da vegetação para responder perguntas que podem auxiliar em questões como: regeneração; sucessão; recrutamento populacional; organização do sistema de produção de empresas florestais; avaliações quali-quantitativas de danos ambientais em florestas, etc.

Estudo de caso: fitossociologia Métodos mais usados para captação dos dados de vegetação: Parcelas; Pontos quadrantes. Dados coletados: PAS ou PAP; Altura; Distância para o eixo da cruzeta (no caso de pontos quadrantes); Identificação da espécie.

Estudo de caso: fitossociologia Método de Parcelas vantagens: Precisão na dimensão da amostragem; Entendimento de etapas de sucessão; Aplicação em quaisquer ambientes. Método dos Pontos quadrantes vantagens: Rapidez; Aplicação em áreas de vegetação esparsa; Aplicação em áreas onde a vegetação é impenetrável.

Estudo de caso: fitossociologia Parâmetros verificados: Densidade Densidade absoluta Densidade relativa Frequência Frequência absoluta Frequência relativa Dominância Dominância absoluta Dominância relativa

Estudo de caso: fitossociologia Densidade n número de indivíduos (p/ sp.) N número total de indivíduos

Estudo de caso: fitossociologia Frequência Pi número de parcelas com ocorrência da espécie i P número total de parcelas Fai frequência absoluta da espécie i FA somatório das frequências absolutas de todas as espécies consideradas no levantamento

Estudo de caso: fitossociologia Dominância gi π / 4 * d² - área basal total da espécie i d DAP de cada indivíduo em centímetros G somatória das áreas basais individuais (gi)

Estudo de caso: fitossociologia Índice Valor de Importância DR Densidade relativa FR Frequência relativa IVI = DR + FR + DoR DoR Dominância relativa

Estudo de caso: fitossociologia Índice Valor de Cobertura DR Densidade relativa DoR Dominância relativa IVC = DR + DoR

Medidas de semelhança São grandezas numéricas que quantificam o grau de associação entre um par de objetos ou de descritores. A semelhança é avaliada através de índices como:

Medidas de semelhança Onde: a presença da espécie em duas áreas b presença da espécie na área 1 c presença da espécie na área 2

Diversidade Riqueza é o número de espécies de plantas presentes em uma área, parcela ou comunidade. Diversidade é relativa ao número de espécies e suas abundância, em uma comunidade ou habitat. Diversidade alfa (α) refere-se ao número de espécies e suas abundâncias em uma área determinada ou uma comunidade biótica. Diversidade beta (β) refere-se à diversidade de habitats. Diversidade gama (γ) refere-se à diversidade de paisagens refletindo primariamente processos evolucionários do que processos ecológicos.

Índices de diversidade Índice de Shannon pi proporção de indivíduos (i) encontrados em cada espécie ln logaritmo na base n ni número de indivíduos da espécie i N - número total de indivíduos da amostra

Índices de diversidade Índice de Simpson pi quantidade de indivíduos da espécie (i) ni número de indivíduos da espécie i N - número total de indivíduos da amostra

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