4 de setembro de 2009 Economic Sharp Look 4 de setembro 2009 Economic Research Economic Sharp Look Market Movers - Setor de serviços dos EUA tem queda menor em agosto, diz pesquisa - Redes varejistas dos EUA têm desempenho fraco de vendas em agosto - BC europeu melhora previsões para o PIB da zona do euro de 2009 e 2010 - Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para 570 mil na semana - Atividade comercial em agosto é a melhor do ano, diz Serasa - Consumo de energia volta a cair em agosto, segundo o NOS - Brasil vai precisar de 'consolidação fiscal', diz Fitch 1
Cenário Global Setor de serviços dos EUA tem queda menor em agosto, diz pesquisa O setor de serviços dos Estados Unidos registrou declínio em agosto, mas no menor ritmo em 11 meses, segundo pesquisa divulgada pelo ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês). O índice apurado pelo instituto ficou em 48,4 pontos no mês passado, contra 46,4 em julho. A expectativa dos analistas ouvidos pela Thomson Reuters era de uma leitura de 48 pontos. Leituras abaixo de 50 pontos indicam contração da atividade; acima desse limite, apontam expansão. A pesquisa do ISM inclui 18 segmentos do setor de serviços e envolve indicadores de novas encomendas, empregos e estoques. Apesar da melhora, apenas seis segmentos tiveram expansão e os gastos do consumidor continuaram fracos --dados sobre consumo são acompanhados com atenção por economistas e investidores, uma vez que o consumo responde por cerca de 70% de toda a atividade econômica americana. Os maiores destaques foram os dos segmentos de imóveis, cuidados de saúde e assistência social e transporte e armazenamento foram os que mais cresceram no mês passado. Os outros 12 segmentos tiveram contração, com destaque para as empresas de gerência e serviços de apoio. Redes varejistas dos EUA têm desempenho fraco de vendas em agosto As redes varejistas americanas tiveram um desempenho fraco em agosto, com a contenção de gastos por parte dos consumidores, que se concentraram nas compras de itens mais necessários, segundo dados divulgados. Das redes que já apresentaram resultados, 11 ficaram abaixo do esperado pelos analistas, enquanto outras dez superaram as previsões, segundo levantamento da Thomson Reuters. Entre as que tiveram desempenho positivo estiveram principalmente redes voltadas para descontos. "As redes mais voltadas para preços de ocasião ou voltadas para descontos se deram melhor em agosto", disse o presidente da empresa de consultoria de varejo Retail Metrics, Ken Perkins, à agência de notícias AP (Associated Press). Segundo ele, a expectativa para o índice geral de vendas nas mesmas lojas (abertas há pelo menos um ano) referente a agosto é de uma queda de 3,4%. resultado marca uma melhora em relação a julho, quando houve queda de 4,7%, mas ainda é fraco. A rede Target informou que suas vendas caíram 2,9%, resultado melhor que a queda de 5,1% esperada pelos analistas. As redes Costco Wholesale e BJ's Wholesale Club também apresentaram indicadores negativos, mas acima do previsto. A TJX, que opera as redes de lojas de descontos TJMaxx e Marshall's, informou que suas vendas cresceram 5%, superando as previsões. A rede Saks, voltada para classes mais altas, teve queda acima do esperado nas vendas em agosto; a rede Nordstrom, que opera no mesmo segmento, registrou uma queda de 7,6% nas vendas das lojas abertas há pelo menos um ano. 2
mesmo negativo como foi, o resultado ainda superou as expectativas. As vendas do período de volta às aulas também desapontaram. A rede Hot Topic teve queda de 8,1% nas vendas, acima do 6,9% previsto. No caso da rede The Buckle, as vendas cresceram, mas abaixo do previsto. A rede Limited Brands, que opera as marcas Bath and Body Works e Victoria's Secret, informou que suas vendas nas mesmas lojas caíram 4% --resultado melhor, no entanto, que a queda de 5,9% esperada. A rede Gap também viu suas vendas caírem no mês passado, mas menos que o previsto, devido ao desempenho positivo da rede de preços baixos Old Navy. Na loja de departamentos Macy's, as vendas caíram 8,1%, acima das previsões dos analistas. BC europeu melhora previsões para o PIB da zona do euro de 2009 e 2010 O BCE (Banco Central Europeu) melhorou nesta quinta-feira suas previsões de crescimento da zona do euro para 2009 e 2010. O presidente do banco, Jean-Claude Trichet, disse que a previsão agora é de que o PIB (Produto Interno Bruto) neste ano terá uma queda entre 4,4 e 3,8 % e, em 2010, ficará entre uma queda de 0,5 e uma expansão de 0,9%. Em junho, o BCE tinha previsto uma contração do PIB entre 5,1% e 4,1% para 2009 e uma evolução entre queda de 1% e alta de 0,4% em 2010. A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), por sua vez, também melhorou suas expectativas para a região da moeda comum europeia. Segundo a revisão do relatório semestral de perspectivas da organização, o PIB (Produto Interno Bruto) da zona do euro cairá 3,9% em 2009, em vez da queda de 4,8%, como previsto em junho. A OCDE avaliou que os países da zona do euro estão saindo da recessão neste terceiro trimestre (durante o qual a região deve crescer 0,3%) e que a tendência deve se confirmar no quarto trimestre (com crescimento de 2%). Trichet disse após o anúncio da decisão do banco sobre os juros (mantidos em 1%), que o ritmo de recuperação econômica "deve ser desigual" tanto dentro como fora da zona do euro. Pedidos de auxílio-desemprego nos EUA caem para 570 mil na semana O número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos caiu em 4.000 na semana encerrada no último dia 29, para um total de 570 mil, na comparação com a semana imediatamente anterior. O total anterior ficou em 574 mil após revisão --a leitura inicial era de 570 mil. A média quadrissemanal --que atenua as volatilidades das leituras semanais--, por sua vez, ficou em 571.250, um aumento de 4.000 em relação à média anterior, 567.250. O dado semanal ficou abaixo do esperado pelos analistas, que previam uma queda maior, para 560 mil pedidos. Panorama Brasileiro 3
Economia & Mercado Atividade comercial em agosto é a melhor do ano, diz Serasa Valor online (03/09/2009) A atividade comercial brasileira cresceu 0,7% em agosto ante o mês anterior, e 6,3% na comparação com agosto do ano passado. Segundo as informações divulgadas pela Serasa Experian, o desempenho anual foi o melhor de 2009 até agora. Os resultados mensais foram motivados principalmente pelo avanço das vendas de combustíveis e lubrificantes, que apresentaram crescimento mensal de 1,4%, além de material de construção, com alta de 0,8%. O destaque de queda do período ficou por conta do segmento de veículos, motos e peças, que apresentou declínio de 1,9%. Na comparação anual, "o indicador confirma a trajetória de reativação da atividade do setor varejista brasileiro", segundo os analistas da Serasa. A retomada do crédito ao consumidor e o afrouxamento fiscal promovido pelo governo foram os principais motivadores desse crescimento, como mostra o levantamento. O segmento de Móveis, Eletroeletrônicos e Informática foi o que teve o melhor desempenho ante o mesmo período do ano passado, registrando avanço de 13,7% em agosto. Tecidos, Vestuário, Calçados e Acessórios também se destacou, com alta anual de 11,7%, "beneficiado pelas temperaturas médias mais baixas do inverno deste ano e pela maior preferência dos consumidores por estes itens na aquisição dos presentes para o Dia dos Pais". No acumulado do ano, o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio teve um crescimento de 4,3%, ante a alta de 4% registrada no mesmo período do ano anterior. Consumo de energia volta a cair em agosto, segundo o ONS O consumo de energia elétrica caiu pelo quinto mês consecutivo, segundo dados preliminares do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Em agosto, a carga de energia elétrica que circulou pelo sistema nacional foi 2,3% inferior ao volume constatado em igual período em 2008. Na comparação com junho, porém, houve elevação de 0,9%. No acumulado dos últimos 12 meses, verifica-se queda de 0,3% sobre período correspondente anterior. Segundo o Boletim de Carga Mensal do ONS, a carga de energia vem apresentando sinais de recuperação desde julho, com variação positiva em relação ao mês anterior. Isso, segundo o ONS, reflete a retomada, ainda que de maneira tímida, do consumo em alguns setores da indústria, principalmente na região Sudeste. 'Quanto à taxa crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior, a ocorrência de chuvas, em grande parte do mês, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, diferentemente do que ocorreu no ano passado, contribuiu para o desempenho negativo da carga', informa o boletim. A carga de energia é uma prévia do consumo de energia. O ONS mede o valor total que passa no sistema e não contabiliza as eventuais perdas de energia. Ao todo, a carga de energia elétrica calculada para o sistema em janeiro totalizou 51.289 MW (megawatts) médios. Brasil vai precisar de 'consolidação fiscal', diz Fitch 4
Política O Estado de são Paulo (04/09/2009) O Brasil vai precisar dar início a um processo de consolidação fiscal, à medida que a economia começa a se recuperar, com o objetivo de preservar sua credibilidade fiscal, declarou a agência de classificação de risco de crédito Fitch Ratings. O grau de deterioração das finanças públicas do Brasil fica bastante evidente quando se compara o resultado fiscal dos primeiros sete meses deste ano com o de igual período do ano passado, disse em comunicado. O superávit primário do governo central caiu 60% nos primeiros sete meses de 2009 ante igual intervalo de 2008, como resultado do ritmo acelerado de crescimento do gasto e do fraco desempenho da receita. Para a agência, o problema é a qualidade do aumento das despesas. A estrutura do gasto público do Brasil está se deteriorando, já que uma parte significativa do aumento está relacionada com benefícios de aposentadoria e pagamento de pessoal, o que será mais difícil de ajustar no futuro e não pode ser classificado como estritamente anticíclico por natureza, disse a diretora sênior do grupo soberano da Fitch, Shelly Shetty. O comunicado destaca que do lado positivo está o fato de que a escala do pacote de estímulo anticíclico do Brasil é modesta para os padrões internacionais e que a deterioração prevista do equilíbrio fiscal do País é de certa forma menor que a de outras economias com rating semelhante. A Fitch reconhece que o Brasil tem um bom histórico de cumprimento e superação de metas fiscais, mesmo quando as condições econômicas são difíceis, como em 2002 e 2003, diz o texto. Entretanto, o forte aumento do gasto observado até agora em 2009 precisa ser controlado para que se atinja até mesmo a meta de superávit primário reduzida. 5
Alfredo Roberto Barbuti Economista + 55 11 3014-7429 abarbutti@linkinvestimentos.com.br Thiago Carlomagno Carlos Economista + 55 11 3014-7429 tcarlos@linkinvestimentos.com.br Este material foi preparado pela Link S/A - Corretora de Câmbio, Títulos e Valores Mobiliários, sendo expressamente proibida sua reprodução, no todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito da Link S/A. Este material é de caráter estritamente informativo e é baseado em informações públicas e fontes julgadas confiáveis, ficando, porém, ressalvado que as sociedades integrantes do Grupo Link S/A não se responsabilizam e nem garantem que as mesmas sejam precisas, verídicas, corretas e/ou completas. Os preços, as opiniões, as estimativas e as projeções aqui contidas refletem uma apreciação na data de emissão deste material, podendo a mesma ser modificada a qualquer momento, sem qualquer necessidade de aviso ou comunicação prévia. Este material não constitui, nem tampouco deve ser interpretado como conselho, recomendação, oferta ou solicitação para compra ou venda de moedas, títulos, valores mobiliários ou de quaisquer outros instrumentos financeiros aqui referidos, devendo-se ressaltar, outrossim, que alguns dos mesmos podem ser negociados em condições que não caracterizam uma oferta pública. As sociedades integrantes do Grupo Link S/A, assim como seus empregados, prepostos, executivos e representantes, poderão eventualmente manter posições em quaisquer das moedas, títulos, valores mobiliários ou quaisquer outros instrumentos financeiros aqui referidos, atuar na distribuição de quaisquer deles ou ainda manter negócios (inclusive concessão de crédito) com as empresas que os emitem (ou sociedades a elas ligadas). A performance passada de uma determinada moeda, título, valor mobiliário ou qualquer outro instrumento financeiro não é indicativo de sua performance futura. A Link S/A recomenda que seus clientes consultem seus próprios advogados, consultores e analistas financeiros e/ou contadores de modo a avaliar os riscos inerentes às transações nas moedas, títulos, valores mobiliários ou outros instrumentos financeiros mencionados neste documento, de modo a determinar, de forma independente e por seu próprio julgamento, sua capacidade de assumi-los. As sociedades integrantes do Grupo Link S/A não assumem, conseqüentemente, qualquer responsabilidade por qualquer prejuízo incorrido ou dano, em razão das contratações das referidas transações 6