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Operadora: Bom dia, e sejam bem-vindos à teleconferência da Rent a Car referente aos resultados do 4T07. Estão presentes: o Sr. Salim Mattar, Presidente; Sr. Roberto Mendes, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores; e Sr. Silvio Guerra, Relações com Investidores. Informamos que os valores desta apresentação são em Reais e baseados em US GAAP. Todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da empresa, que será gravada. Em seguida iniciaremos a sessão de perguntas e respostas para analistas e investidores, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de alguma assistência durante a conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0. O áudio e os slides desta teleconferência estão sendo apresentados simultaneamente na Internet no endereço www.localiza.com/ri. Neste endereço pode ser encontrada a respectiva apresentação para download, na plataforma que pode ser acessada ao se clicar no banner Webcast 4T07. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência relativas às perspectivas de negócios da, projeções e metas operacionais e financeiras constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições macroeconômicas e outros fatores operacionais podem afetar o futuro da e conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Salim Mattar, Presidente, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Salim, pode prosseguir. Bom dia a todos, e muito obrigado pela presença. No slide número dois destacamos o excepcional resultado do 4T07. Foi o melhor trimestre do ano em volume de aluguel, em receita, em EBITDA e lucro líquido. Com a volta à normalidade do tráfego aéreo, que é um importante driver para o nosso negócio de aluguel de carros, o desembarque doméstico de passageiros nos aeroportos aumentou 14,3% no 4T. No slide de número três apresentamos o resumo de todo o ano. 2007 foi excelente para todos os negócios da, graças ao crescimento do PIB acima de 5%; bom desempenho da indústria de cartões de crédito; crescimento de 8,9% do desembarque de passageiros domésticos; aumento do mercado de replacement; mais seguradoras, que devido à forte competição no setor de seguros de autos estão fornecendo carro substituto ao seus clientes como estratégia de fidelização; demanda pela terceirização de frotas; e o crescimento de 28% do mercado de carros novos, que favoreceu a venda dos Seminovos. 1

Internamente obtivemos ganhos de produtividade nos diversos elos da cadeia de nosso negócio e mantivemos os custos sob absoluto controle. Resumindo, sustentamos o crescimento com a manutenção das margens de EBITDA e lucro líquido devido a: cenário macroeconômico favorável, queda na taxa de juros e os ganhos de escala. Vale destacar o acerto de nossa estratégia de precificação na divisão de aluguel de carros, que tem mantido a tarifa de balcão fixa, em valores nominais, por nove anos consecutivos, mesmo com uma inflação de 87% no período. Nossas estratégias de precificação e de crescimento orgânico objetivam ampliar a nossa liderança no fragmentado setor de aluguel de carros sem perda de nossas atuais margens. O slide número quatro mostra a expansão geográfica da divisão de aluguel de carros. A prioriza abertura de agências em novos mercados, o que está em linha com a estratégia de consolidação. O número de agências próprias, como vocês podem ver neste gráfico, mais que dobrou nos últimos três anos. No slide número cinco demonstramos o desempenho do negócio de aluguel de carros nos mercados de aeroportos e fora de aeroportos. A expansão geográfica com foco de abertura de novas agências no mercado fora de aeroportos tem contribuído para reduzir a participação do mercado de aeroportos na receita de aluguel de carros. A já possui forte presença e absoluta liderança no mercado de aeroportos. Em 2007 a taxa de crescimento da receita de aluguel de carros fora dos aeroportos foi o dobro da taxa de crescimento nos aeroportos. No slide número seis mostramos a consistência nas margens de EBITDA. As margens de EBITDA de cada divisão de negócios - aluguel de carros, franchising e aluguel de frotas - têm sido consistentes, demonstrando o resultado do acerto de nossas estratégias na plataforma de negócios. O investimento em frota é apresentado no slide número sete. O aumento na taxa de utilização da frota pela divisão de aluguel de carros contribuiu para menor investimento em CAPEX-carros. No consolidado, o crescimento da frota operacional foi 5,4 p.p. menor que o crescimento da média dos carros alugados. Agora passo a palavra para Roberto Mendes, para comentar as informações financeiras. Roberto, por favor. Obrigado, Salim. Bom dia a todos. No slide oito apresentamos o endividamento e a alavancagem. O cronograma de amortização da nossa dívida está casado com o ciclo operacional do nosso negócio. Os índices de alavancagem apresentam folga para atender a demanda de capital para o crescimento futuro. 2

Graças ao rating atribuído pelas principais agências de avaliação de riscos temos adequados custos de capital, o que nos dá importante vantagem competitiva. Resumindo, temos um custo financeiro e prazos de amortização de dívida adequados ao nosso negócio de capital intensivo. A evolução do fluxo de caixa está no slide número nove. O caixa gerado após o investimento para renovação de 30.093 carros foi de R$199,6 milhões. Todo este caixa foi destinado ao aumento de 7.473 carros na frota, e foi suficiente para suportar 90% do CAPEX-crescimento de frota. A queda do CAPEX para renovar a frota nos últimos dois anos está associada aos preços dos carros novos, que aumentaram em linha com a inflação, favorecendo a geração de caixa neste período. Vamos falar sobre o EVA no slide número dez. O delta EVA, ou seja, o aumento do valor agregado aos acionistas, foi de R$38.133 milhões a mais que 2007. O aumento do spread para 10,1 p.p. decorreu do aumento do ROIC, retorno sobre o capital investido, que passou de 18,7% em 2006 para 21,3% em 2007. Este aumento do ROIC foi graças ao aumento da margem de lucro operacional, NOPAT, calculado sobre as receitas de aluguel. O giro do ativo permaneceu estável nos últimos dois anos. O aumento da margem de lucro foi fruto de ganhos de escala na divisão de aluguel de carros; ganhos de escala no SG&A; aumento do preço médio dos carros vendidos, reflexo do mix de carros desmobilizados, composto de carros com maior valor agregado; e aquecimento do mercado de carros novos, que refletiu no preço dos carros usados vendidos. O próximo slide, número 11, apresenta a performance da RENT3. O destaque de 2007 foi o aumento do volume diário negociado na Bovespa, de R$10,5 milhões para R$13,5 milhões ao dia. A RENT3 é uma das 100 ações mais negociadas e faz parte do IBrX. Gostaria de retornar a palavra ao Salim para as suas considerações finais. Salim, por favor. Obrigado, Roberto. No slide de número 12 temos o gráfico da evolução da receita versus o PIB, que apresenta o reflexo positivo no volume dos negócios da a partir de 2004, com o aumento do crescimento do PIB decorrente da melhora dos fundamentos econômicos do Brasil. A elasticidade do crescimento da receita foi de 6,8x o PIB médio nos últimos quatro anos. Para 2008 ainda não há consenso sobre como será o comportamento das principais economias do mundo, fruto do contágio da recente crise nos Estados Unidos. No Brasil o mercado espera que o cenário macroeconômico continue favorável, apesar da interrupção do movimento de queda de juro. Para este ano, o crescimento esperado do PIB é de 4%. 3

Este ambiente de crescimento sustentável do PIB favorece os negócios da, que estão lastreados principalmente no crescimento do PIB brasileiro, como podemos ver neste gráfico. O slide 13 mostra a confiança da, uma empresa com vocação para o crescimento. Assim, estamos nos preparando para dobrar de tamanho nos próximos anos. Estamos neste momento com algumas consultorias. Estamos fazendo uma adequação da estrutura para crescimento com a Booz Allen, estamos redesenhando o sistema de compensação baseado no EVA com a Stern & Stewart, continuamos fazendo melhoria de processos com INDG, e recentemente estamos em fase de contratação da Accenture para adequação do planejamento de TI para o crescimento. Passamos agora para a sessão de perguntas e respostas. Jander Medeiros, UBS Pactual: Bom dia a todos. Eu tenho duas perguntas, na verdade. A minha primeira pergunta se refere ao seu guidance. A gente ficou feliz de ver que no combinado vocês ficaram acima do que todo mundo esperava; um pouco abaixo, praticamente em linha na parte de aluguel de carros, com 24%, e bem acima na parte de crescimento. A minha primeira pergunta é se vocês podem dar um guidance para nós de o que é esse crescimento de volume e o que é a expectativa de vocês para 2008. Essa é a primeira pergunta. Com referência ao guidance do ano passado, nós quase atingimos o crescimento que tínhamos divulgado para a divisão de aluguel de carros, que foi impactada pelo problema do tráfego aéreo no 3T, e realmente superamos bastante aquela expectativa que nós tínhamos divulgado para o crescimento na divisão de aluguel de frota, que tínhamos estimado, naquela ocasião, 15%. No consolidado, em termos de crescimento, nós tínhamos dito que o crescimento seria de 20% e ultrapassamos essa previsão, em termos de crescimento de aluguel. Para este ano, o que nós estamos apresentando é o cenário favorável para o crescimento. A nossa elasticidade em relação ao PIB nos últimos quatro anos foi entre 6x e 7x, e dentro dessa expectativa de cenário favorável em 2008, essa é a nossa apresentação. Ou seja, o cenário é favorável para a continuidade de um crescimento acelerado. Não vamos dar, como foi no ano passado, a taxa esperada para crescimento. Jander Medeiros: OK. Minha segunda pergunta, Roberto: a gente viu que vocês fizeram uma parte, pouco mais que 1/3 da recompra que vocês propuseram em dezembro. Eu queria de vocês um update sobre o que é a estratégia de vocês, como vocês esperam remunerar o acionista, se a gente vai convergir formalmente para um preço de dividendo mais agressivo, formal, que era uma expectativa de vocês, ou se essa recompra vai continuar. Na verdade tem 4

um limite autorizado, adicional e é bastante para você fazer. Se essa vai ser a alternativa preferida no futuro ou não, se a gente volta a discutir uma política de dividendo formal maior que a de 2007. Obrigado. Obrigado pela pergunta. Com referência à recompra de ações, eu gostaria de esclarecer que o objetivo da recompra de até 3% das ações RENT3 é para fazer face eu vou deixar isso em tesouraria ao nosso programa de stock option. Com referência a futuras recompras, não existe nenhuma expectativa até o presente momento. Com referência à segunda parte da sua pergunta, sobre a política de dividendos da Companhia, por favor, vá à página nove, ao fluxo de caixa livre. Como você pode ver, a é uma grande geradora de caixa, e nós renovamos 30.000 carros da frota e ainda geramos um caixa de R$199,6 milhões. Porém, o nosso negócio é de capital intensivo. Todo este caixa foi utilizado para o crescimento da frota. Então, 90% do CAPEX-carro foi feito através de geração de caixa próprio. Então, neste momento, devido ao tipo do nosso negócio, não justificaria a gente ter uma política mais agressiva de dividendos sabendo que a geração de caixa não é suficiente para suportar todo o crescimento. E como nós temos elevadas taxas de crescimento, no momento, como você viu, 90% do CAPEX-carro nós tivemos de geração de caixa. Se, por exemplo, nós avaliarmos que no futuro taxas de crescimento poderão ser menores, e eu não estou falando em um futuro de curto prazo, porque a, como você viu na última linha da apresentação, é uma empresa com vocação para crescimento e queremos continuar sendo a empresa consolidadora da indústria de aluguel de carros. Então, no momento em que a taxa de crescimento da for inferior a 25%, alguns p.p. abaixo, nós teremos caixa suficiente inclusive para expansão, e no momento em que nós tivermos caixa suficiente para expansão e ainda sobrar, aí sim, eu acho que neste momento a deveria imediatamente, caso não tenha outros planos, devolver esse excesso de caixa para os acionistas. Está clara para a você a minha colocação? Jander Medeiros: Está claro sim, Salim. Só complementando essa pergunta: do ponto de vista de estrutura de capital, então você acha que vocês já estão próximos do que vocês querem estar mesmo? Não tem, seja um parâmetro de dividendo, ou seja, mais coisas para acontecer, mais emissão de dívida para adequação. Você acha que já está próximo. É isso? Não. Se você verificar na nossa lâmina de número oito, por favor, onde você tem endividamento e alavancagem, a tem uma alavancagem muito baixa ainda, nós temos um grande espaço para crescer a Companhia por muitos anos à frente, porque a nossa alavancagem, por exemplo, a dívida líquida/ebitda em BR GAAP, é 1,4x 5

EBITDA. Então a é muito pouco alavancada. Nós precisamos agregar mais valor aos acionistas ampliando nossa alavancagem. Acrescentando à resposta do Salim, em que a geração de caixa pós-renovação da frota não for suficiente para cobrir o crescimento, esse recurso será buscado no mercado. Então, ao longo do tempo, nossa estrutura de capital vai se movendo para uma estrutura que agrega mais valor para o acionista. Naturalmente, o próprio crescimento levará a isso, e só quando o número dessa geração de caixa pós-renovação for suficiente para cobrir o crescimento, aí sim nós vamos avaliar qual é a melhor estratégia de dividendo. Ainda complementando o Roberto, por favor, na página dez você pode verificar que o custo de capital de terceiros é de 8,4% no ano de 2007 contra o custo de capital próprio de 11,5%. Então faz sentido que efetivamente a amplie a alavancagem dela no sentido de agregar valor à Companhia. Jander Medeiros: A minha última pergunta, só para complementar novamente: você acha que você converge para isso, para estrutura de capital mais alavancada e um custo de capital combinado menor? Você acha que é gradualmente, conforme você for precisando de dinheiro, e não necessariamente rapidamente? Um pagamento de dividendos, por exemplo, lhe permitiria rapidamente convergir para a nova estrutura. Você acha que não é esse o caminho, o caminho é você fazer mais gradual mesmo? Sim. Entendemos que para uma empresa de crescimento acelerado como a não é o momento de começar a devolver dinheiro aos acionistas antes desta consolidação e antes de um share de mercado muito maior do que nós temos hoje. Esse caminho vai acontecer naturalmente. Jander Medeiros: OK, obrigado. Bernardo Carneiro, Deutsche Bank: Bom dia a todos. Parabéns pelos resultados, eu sei que eles foram muito bons. Eu estou com duas perguntas, mas eu queria só complementar a pergunta do Jander: eu acho que o mercado esperava há alguns meses, talvez desde o 3T, que a empresa fosse declarar um dividendo extra agora em fevereiro ou março. Eu gostaria que vocês deixassem claro então que não haverá esse pagamento extra de dividendo porque a empresa quer continuar a melhorar a estrutura de capital. Vocês confirmam então que não vai haver o pagamento de dividendo? 6

Você viu na minha última lâmina, a lâmina de número 13, mostrando que a é uma empresa com vocação para crescimento. Nós estamos muito satisfeitos com o crescimento de 2007, estamos nos preparando para continuar crescendo a Companhia, como você viu, com a contratação dessas empresas. Então, no presente momento, a nossa política de dividendos permanecerá em 25%, de acordo com a lei, que é o que será distribuído. Bernardo, essa posição da Administração está no item oito do earnings release, na página sete, em que a Administração propôs a distribuição de R$24 milhões de dividendos, totalizando R$47,6 milhões no ano, 25% do lucro em US GAAP. É este percentual que estamos declarando, que é a manifestação já expressa desta nova política. Bernardo Carneiro: Obrigado. Eu vou para mais duas perguntas que eu tenho. Primeiro, eu sei que vocês não estão confortáveis em dar guidance de crescimento, de taxa percentual de crescimento para Total Fleet e para, mas eu gostaria de conversar um pouco sobre a utilização da frota. Eu acho que foi substancial o aumento de eficiência da empresa, você conseguiu gerar mais receita e conseqüentemente mais EBITDA no seu core business, isso é reflexo de uma maior eficiência nas agências. Qual seria a perspectiva em taxa de utilização média para o aluguel em 2008, o que vocês estão esperando e quais são as atitudes que a empresa está tomando para continuar a melhorar esse indicador? Obrigado pela pergunta. Como você viu, a divisão de aluguel de carros, que em 2006 tinha uma utilização de 65,5%, melhorou substancialmente, indo para 70,7% em 2007. A nossa utilização anterior, de 60%, 58%, 65%, era uma utilização baixa, que poderia ser melhorada, como de fato o fizemos. A indústria de aluguel de carros no Brasil é uma indústria nova, é até uma indústria que ainda não está aculturada no consumidor. A deseja ser a consolidadora. Diferentemente do mercado americano, em que muitas vezes as empresas de aluguel de carros não têm carros disponíveis para atender a demanda de seus clientes, nós estamos em outro estágio. No presente momento, se nós quisermos ser a consolidadora do Brasil, nós teremos que ter frota suficiente para atender os novos entrantes, com o objetivo de melhorar o aculturamento da utilização do aluguel de carros. Por isso faz sentido, para o estágio da indústria de aluguel de carro no Brasil, uma empresa como a sempre ter carros disponíveis para os nossos clientes, para nós mostrarmos que é fácil alugar um carro e para aculturar o hábito de aluguel de carros. 7

Assim, consideramos muito boa a nossa utilização de 70,7% em 2007, nós deveremos incrementar alguma coisa mais gradualmente, ao longo dos anos, mas não um salto como de 2006 para 2007. E gostaria de lembrar a você e a todos que estão nos ouvindo que a tem uma fantástica estratégia de aluguel de carros nos períodos de pico de demanda. Nós vamos às nossas lojas de seminovos, e aqueles carros ótimos seminovos que estão à venda são trazidos de volta para a divisão de aluguel de carros, alugamos aquele carro naquele período necessário, de três dias a uma semana, dez dias, e depois o retornamos para os pátios de venda de seminovos. Essa estratégia é única na indústria de aluguel de carros mundial. Por isso nós estamos sempre buscando sempre um grande volume de novos clientes, novos entrantes na indústria, porque nós temos não só uma frota disponível muito grande da, mas nos momentos de pico de demanda ainda adicionamos à nossa frota que está disponível para venda. Então é essa estratégia que está ajudando a a ser a consolidadora do mercado de aluguel de carros do Brasil e manter a atual taxa de crescimento que você tem visto nos últimos anos, essa grande performance de crescimento. Bernardo Carneiro: Então a gente pode esperar a taxa de utilização estável ou um pequeno aumento sobre 2007? Sensível aumento sobre 2007. Pequeno aumento. Bernardo Carneiro: OK. Eu gostaria de perguntar sobre a tendência de preço de carro novo e carro usado daqui para frente. Eu observei que mais uma vez vocês conseguiram comprar os carros novos com as montadoras a um preço mais baixo do que o preço que vocês vendem seus carros, é uma diferença de preço muito vantajosa para o fluxo de caixa, e eu gostaria de saber se isso é uma tendência ou foi atípico, e se isso é fruto do mix de carros. Porque eu acredito que o mercado de carro usado está indo muito bem e está valorizando a sua própria frota, ao mesmo tempo em que você tem um poder de barganha maior do que as montadoras. Eu gostaria de ter um guidance com relação a como projetar essa diferença de preço do carro que você está comprando com o carro que você está vendendo ao mesmo tempo. Obrigado. Como você tem ciência, a indústria de aluguel de carros, as montadoras brasileiras estão passando por um período de um boom de demanda e cujo crescimento no ano passado foi de 28%, o volume de mais carros vendidos em 2007 contra 2006. 8

As montadoras e a Associação das Concessionárias Brasileiras têm uma previsão de um ano muito aquecido em 2008, e 2009 também. Então, na realidade, o acesso ao consumo, a queda da taxa de juros, a estabilidade, os fundamentos da economia brasileira, o baixo índice de desemprego no Brasil, hoje em 7%, redundaram em um aquecimento na economia; e a indústria, as montadoras estão indo muito bem. Por conseqüência, como houve um boom de demanda de carros novos, nós vendemos um produto muito próximo do carro novo, tanto é que é um carro seminovo não chegou a ser muito usado, é seminovo. É um carro que está ainda dentro do período de garantia, um carro em excelentes condições, já que nas nossas lojas de seminovos só vendemos os carros que são muito bons, os carros excepcionais, carros que são acidentados ou que têm problema não são vendidos em nossas lojas. Então, com isso, de alguma forma nós somos beneficiados pelo aquecimento do mercado. Nós esperamos também que em 2008 o mercado continue muito aquecido. Aliás, pela previsão a gente acredita que o aquecimento na indústria de carros no Brasil deverá ser ainda um pouco mais longo, talvez dois, três ou quatro anos de aquecimento. Talvez não seja de 28%, mas um grande aquecimento. Eu vou pedir ao Roberto para te explicar em relação à sua primeira afirmação, sobre a compra e venda de carros. Ele vai te explicar o porquê do mix. Quanto à compra de carros, a projeção para o futuro, o valor médio desse ano, R$27 mil, reflete uma melhor adequação do mix em função da demanda crescente do mercado fora de aeroporto, que são o replacement e o mini lease principalmente. Então, a compra para o futuro deverá ficar próxima deste mesmo número, exceto a efeito de inflação para o futuro. E com referência ao preço de venda, que você também citou, em relação ao preço de compra houve um balanço em relação ao mix. O mix de carro que nós vendemos esse ano é um pouco diferente do mix de carro que nós compramos no ano em função desse próprio crescimento que eu lhe disse, fora de aeroporto, que demanda mais carros de menor valor agregado. Esse efeito do mix é um benefício de uma vez só, então ele não vai se projetar para frente. Nos beneficiamos esse ano, e 2008 deverá ser menor. Então, realmente, para 2008 a expectativa é que esse preço de venda de carro reflita um pouco essa volta ao mix normal dos carros que estamos comprando este ano. E só para lembrá-los que se considerarmos o resultado da parte que diz respeito à venda de carro, as receitas menos vendas, menos custos financeiros, todas as demais despesas envolvidas não representam um ganho nessa atividade, porque nosso core business é a atividade de aluguel de carros, e a atividade de venda de carro é uma atividade acessória, necessária e importante para o nosso negócio, e estratégica também. 9

Bernardo Carneiro: OK. Muito obrigado. André Rocha, Unibanco: Bom dia, eu gostaria de falar sobre a expectativa que vocês tinham de compra e venda de carros no 3T07. Havia uma estimativa de compra de 37.600 carros para o ano e venda de 30.300, e vocês adquiriram mais carros, 450 carros a mais, finalizou o ano com uma aquisição de 38.050 carros, e venderam 17 carros a menos que a previsão; vocês venderam em torno de 30.093 carros, por isso a frota de vocês teve um acréscimo de 657 carros. Eu queria saber se essa diferença já remete a uma expectativa de crescimento mais acelerado para o ano de 2008 do que vocês tinham na época do guidance, ou essa é uma diferença meramente estatística, sem grande relevância? Obrigado, André. Na verdade, essa diferença não é nada de muito significativo. Só lembrando, toda vez que tem um crescimento a gente pode administrar isso de duas maneiras, tanto comprando mais carros como vendendo um pouco menos carros, e a estratégia de venda de carro é sempre na forma de precificação. Se reparar nesse trimestre, nós vendemos menos carros que no mesmo trimestre do ano passado. Então nós podemos sempre ter essa alternativa de administrar o volume de carros vendidos. Realmente essa pequena diferença é irrelevante, é só um erro de estatística de previsão. Eu gostaria de adicionar ao que o Roberto está falando, que em período de final de ano, devido ao boom que houve com as montadoras, com a demanda de carros novos, muitas transportadoras tiveram problemas, e muitas vezes isso acontece também por causa da logística de distribuição. Em certos momentos, nós temos que acelerar a venda de carros, ou temos que retardá-la de acordo com a logística das montadoras, a disponibilidade de carretas. No final do ano, muitas vezes algumas montadoras entram em férias coletivas e fica mais difícil o transporte, então às vezes a gente tem que acelerar um pouco, antecipar algumas entregas, postergar algumas entregas, mas esse número é um número no contexto geral, ele não tem uma relevância maior. André Rocha: Certo. E até em linha com essa pergunta sobre o aquecimento do mercado de carros novos, o crescimento agora em janeiro foi 40% ano contra ano, acho que talvez por causa do IOF talvez tenha tido uma demanda que foi antecipada. 10

Vocês acreditam que a margem EBITDA do segmento de seminovos em 2008 tende a ser linha com o que foi 2007? Porque o Roberto falou de uma queda do preço médio de venda devido ao mix. Como é que vocês vêem, em linhas gerais, a margem EBITDA do segmento de seminovos durante o ano de 2008 tendo em vista esse aquecimento muito forte na indústria automotiva brasileira? O EBITDA da área de seminovos normalmente é por volta de 3% a 4%. Neste ano de 2007 ele foi pouco acima de 5%, e em 2008, ainda em função do aquecimento do mercado de carros novos, poderá ser um número próximo a este, mas não é uma coisa que nós podemos entender como sustentável para sempre. Isso vai estar um pouco em linha com o aquecimento do mercado de carros novos. Por quê? Porque a taxa de depreciação em US GAAP sempre busca uma margem de EBITDA próxima de 3%. Então, ao longo do tempo, a margem EBITDA mais provável para o longo prazo é um número por volta de 3%. Mas para 2008 ainda vemos um cenário de mercado de carros novos aquecido, que deverá ter reflexo na nossa venda de seminovos. André Rocha: Então talvez a margem seja flat em relação ao ano de 2007, mais ou menos? Sim, por aí. André Rocha: OK. Obrigado. Operadora: Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Salim para as considerações finais. Salim, : Quaisquer informações adicionais necessárias, por favor, contatem a nossa área de RI. Agradecemos a atenção de todos e reiteramos o nosso convite para o Day, que acontecerá no dia 18 de fevereiro, na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro, com a participação de nossos principais executivos. Muito obrigado. Operadora: A teleconferência da Rent a Car está encerrada. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia. 11