Obrigado. Bom dia a todos, e mais uma vez obrigado por estarem aqui nesta teleconferência de apresentação de resultados da Valid.

Transcrição

1 Operadora: Bom dia, e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da Valid para discussão dos resultados referentes ao 1T14. Estão presentes hoje conosco os senhores José Roberto Mauro, Presidente da Companhia, e o Sr. Carlos Affonso D Albuquerque, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Informamos que este evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Companhia, e, em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a conferência, queira, por favor, solicitar a ajuda de um operador, digitando *0. Este evento também está sendo transmitido simultaneamente pela Internet, via webcast, podendo ser acessado no endereço onde se encontra disponível a respectiva apresentação. A seleção dos slides será controlada pelos senhores. O replay deste evento estará disponível logo após seu encerramento. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante a teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Valid, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Valid, e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Gostaria agora de passar a palavra ao Sr: Carlos Affonso D Albuquerque Diretor Financeiro e de Relações com Investidores. Sr. Affonso, pode prosseguir. Obrigado. Bom dia a todos, e mais uma vez obrigado por estarem aqui nesta teleconferência de apresentação de resultados da Valid. Nós começamos mostrando os resultados consolidados da Empresa. Tivemos um crescimento orgânico da receita muito interessante, de 12%, crescimento bem acima do que foi o ano passado, que, só relembrando um pouco, foi um ano bem difícil para nós. Como esperávamos, 2014 começa com um perfil melhor do que aquele que vimos no ano passado. Chegamos a um EBITDA ajustado de R$56 milhões, 13% acima do que foi também no mesmo período do ano passado, e é bom darmos um destaque muito positivo para a performance da área de meios de pagamento no Brasil, que eu vou explicar um pouco mais à frente, mas que foi muito positiva nesse 1T, e é uma tendência que esperamos ao longo de todo o ano. Outro ponto que eu gostaria de chamar a atenção para esse resultado consolidado é com relação à queda no lucro líquido. Nós acreditamos que ela foi pontual nesse 1T, mas estamos confiantes de que, ao longo do ano, veremos um crescimento do lucro 1

2 2 Transcrição da Teleconferência líquido quando comparado com o ano passado. É algo que estamos realmente atentos, e teremos toda a atenção nesse sentido para que o crescimento venha mais uma vez. Indo para a parte de sistemas de identificação, foi mais um trimestre com bom resultado, onde conseguimos manter as margens, e basicamente esse crescimento é orgânico. Ainda não temos nesses números a receita do novo contrato de identificação de São Paulo, que só deve ocorrer em sua plenitude a partir do 2S14. Então, para essa área, que já apresenta um excelente resultado no 1T14, também vislumbramos para todo o resto do ano boas notícias vindas dela. No estado de Washington, continuamos com a concorrência acontecendo lá. Não temos uma definição ainda sobre o vencedor desse processo licitatório, mas assim que tivermos essa informação, passaremos a vocês. Já na área de telecom, percebemos que a estratégia que temos adotado continua firme; ou seja, estamos vendo menores volumes no Brasil, que estão sendo compensados por maiores volumes em outros países, apesar de termos, em outros países, preços médios menores e margens menores. Mas o que estamos vendo aqui, claramente, é que a margem será mantida dentro daquele limite que temos falado constantemente a todos vocês, que é algo em torno de 17%. Essa é a margem que nós vemos na Empresa como sendo de longo prazo para essa divisão. Ao mesmo tempo, percebemos que estamos andando muito bem com relação a nossa homologação nos Estados Unidos; já fomos de fato homologados, estamos preparando os últimos ajustes nas operadoras lá, e já no 2S14 veremos vendas acontecendo lá. Também podemos ver aqui neste slide quanto que já representam as vendas para fora do Brasil nessa divisão. Cada vez se tornará mais importante este movimento. Indo para meios de pagamentos, vemos que, realmente, aquilo que fizemos ao longo do ano passado na reestruturação aqui do Brasil já vem surtindo efeito. A reestruturação permitiu que tivéssemos uma estrutura muito melhorada, que possibilitou esse incremento de margem no 1T14. Aliado a isso, o melhor mix daquilo que foi vendido no Brasil possibilitou esse crescimento, o que não é uma surpresa, é uma notícia que podemos dizer a vocês que é o que pretendemos ver ao longo do ano. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos, nós vimos um crescimento da receita em Reais substancial, mas não podemos nos iludir. Esse aumento substancial na receita deste 1T vem da variação cambial ocorrida entre os períodos. O que vemos para os Estados Unidos ao longo do ano é cada vez mais uma melhora de mix; mix este que atrapalhou e muito o resultado desse 1T. Já estamos trabalhando para que esse mix nos demais trimestres seja alterado, e será alterado automaticamente com esse aumento de volume de EMV que veremos acontecendo. Estamos confiantes de que apresentaremos um EBITDA perto dos 10% ao longo do ano, e estamos trabalhando nesta direção. Estamos muito confiantes com relação à migração para o cartão inteligente, e isso já está acontecendo; vocês podem ver que

3 no 1T foram 2 milhões de cartões. Claro que não é esse o volume de cruzeiro que esperamos, mas percebemos que esses volumes já estão vindo. Na certificação digital, está acontecendo exatamente aquilo que havíamos conversado com todos: um crescimento gradual e constante, com manutenções de margem. Esse é o trend que esperamos para essa divisão. Hoje temos 9% de market share, esse mercado vem crescendo; possivelmente podemos ainda ter crescimento de market share, e com foco na eficiência da Empresa. Conseguimos passar daquele ponto do breakeven, e agora estamos já com uma velocidade do cruzeiro muito interessante, que nos possibilita falar que este ano será todo de resultados positivos. Logo, a geração de caixa da Empresa foi melhor que aquela que foi apresentada no 1T13, mas não é a geração de caixa que nós esperamos manter. Nós esperamos melhorar essa geração de caixa. Essa geração de caixa de R$51 milhões é o início de um trabalho de redução de contas a receber, de melhora de prazo do contas a pagar, redução de estoques, melhoria do working capital nos Estados Unidos. Estamos trabalhando muito nessa geração de caixa, e podem contar que isso será um grande foco, também, de toda a empresa. Com isso, continuamos podendo manter a nossa política de pagamento de dividendos de 50%. Sexta-feira faremos um pagamento complementar daquilo que foi adiantado ao longo do ano de 2013, relativo ao resultado de 2013, para completar os 50% de payout, e continuaremos mantendo essa política. Até porque vemos claramente que a nossa estrutura de capital está muito bem ajustada, está com 1,2x o nosso EBITDA, que é aquilo que esperamos ter como nível de endividamento para a Empresa como um todo. Aquisições sempre são vistas, sempre são analisadas com muito cuidado, com muito critério, e toda essa estrutura de capital que possuímos hoje nos possibilita manter tanto dividendos quanto a possibilidade de aquisições. Eu gostaria de passar agora para o José Roberto. Muito obrigado, Affonso. Acho que foi bastante clara a sua apresentação. Bom dia a todos. Eu gostaria apenas de fazer alguns comentários em relação ao nosso 1T. Vou passar por todas as divisões, olhando basicamente receita e EBITDA. Em relação aos resultados consolidados, olhando para a nossa receita, como disse o Affonso, tivemos um crescimento de 12,3%, de receita líquida. Todas as nossas divisões reportaram crescimento, exceto telecom, que sofreu basicamente uma queda de 8% nas vendas, e o motivo foi efetivamente a queda de vendas no Brasil, que foi compensado em volume em outros países, mas com preços menores, motivo pelo qual nós não compensamos a receita de telecom. Continuamos, nesta área, aumentando nosso share fora do Brasil, e esperamos começar a entregar os cartões, como também mencionou o Affonso, no 2S nos 3

4 4 Transcrição da Teleconferência Estados Unidos, onde já temos homologação em duas operadoras, e estamos totalmente dentro do nosso mapa. No Brasil, esperamos também um próximo trimestre melhor nos SIM cards, e nossa expectativa é que nós tenhamos efetivamente um 2T melhor nessa área. É importante fazermos uma menção aos Estados Unidos, que tiveram uma receita em USD igual, basicamente, no 1T13 e no 1T14, e teve um volume de vendas 72% maior do que em Vendemos aproximadamente 253 milhões de unidades, a um preço médio 40% menor do que Isso explica um mix mais pobre, e que certamente trouxe consequências ao resultado, e que voltaremos a falar. Olhando agora então para o EBITDA, no 1T14 chegamos a R$56,5 milhões acumulado, 13% maior que E comparando com o 1T, a divisão de telecom, que teve uma venda menor, manteve praticamente o mesmo nível de EBITDA, na casa de 9,7%. As outras divisões cresceram, todas elas, e a divisão de pagamentos, como bem mencionou o Affonso, reportou um aumento de 70% do EBITDA, e o motivo foi efetivamente uma melhora na parte de vendas, de margem, um trabalho intenso da nova equipe que introduzimos no ano passado. Voltando à Valid US, tivemos dificuldades nesse 1T, uma redução do share de cartões financeiros e aumento de cartões gift e UV, que é um cartão mais barato. Na verdade, se vocês olharem bem, tivemos uma avalanche desses cartões, e isso nos passa o seguinte: quando projetamos o ano, enxergávamos para o 1S dois agentes para que tivéssemos um bom resultado. O primeiro seria uma velocidade de entrada do EMV, que vem acontecendo dentro do que esperávamos. Não esperávamos um movimento muito forte, chegamos a fazer 2 milhões de cartões nesse 1T, o que está totalmente dentro do mapa, nada fora do que nós esperávamos. O que está fora do que esperávamos é exatamente a avalanche de gift. E na verdade, parte dessa avalanche, acho que deveríamos e poderíamos controlar melhor, mas a outra não temos como, porque é contratual. O que podemos fazer, e estamos fazendo, é rever contratos, rever preços contratuais e rever custos de fabricação para uma adequação melhor e melhoria, obviamente, desse mix que faz com que voltemos à normalidade e que esperamos já encontrar efeito no 2T14. Dentro desse cenário, e dentro das ações que estamos tomando em termos de redução de custo, do que chamamos de lean manufacturing, que é a fabricação enxuta, que está sendo trabalhada intensamente, principalmente nos Estados Unidos, e correção de mix, esperamos uma melhoria já no 2T. Em uma visão geral, nosso entendimento é de que tivemos um 1T14 positivo, levando em conta um contexto que passa por vários negócios, várias geografias, e que sempre traz a necessidade de tomarmos ações e introduzir melhorias. Nunca teremos um mundo tão perfeito que não teremos nada a fazer. Então, acho que fica uma mensagem para nós de que temos ainda muito a fazer, mas todo o processo esta passando por uma análise, e onde tivermos que atuar, estamos em cima. Muito obrigado a todos.

5 Carlos Siqueira, BTG Pactual: Bom dia. Minha pergunta tem a ver com o mercado americano. Eu entendo que tenha havido uma avalanche de cartões gift no 1T14, e também tendo que o EMV demora um pouco para ganhar tração ao longo do ano, isso faz parte do plano. O que nos surpreendeu quando olhamos os números foi que o volume de vendas de cartão magnético na verdade ficou praticamente flat; ele caiu um pouco comparado com o 1T13. Isso nos surpreendeu um pouco, principalmente porque no 1T13 a Empresa estava no início de uma reestruturação, passou o ano inteiro rearrumando a casa, e um ano depois vimos um volume que é um pouco menor que o volume do ano anterior em cartões magnéticos. Isso nos chamou muito a atenção. Eu queria entender por que, e o que está por trás desse fenômeno. Primeiro, estou entendendo que você está comentando do que é cartão magnético bancário. Carlos Siqueira: Bancário. Porque o magnético em si não caiu. Pelo contrário, aumentou muito. Carlos Siqueira: Não, me refiro ao bancário. No nosso entendimento, se você olhar o breakdown do que fizemos por tipo de cartão, na medida em que os bancos percebem a necessidade de migrar, seja por questão de fraude, naturalmente eles vão frear a fabricação de magnéticos. Porque quando você fabrica um cartão, você o está colocando no mercado por cerca de quatro anos. Isso é um sinal, na nossa visão, de que eles vão mudar. Isso é um sinal de que o mercado partirá para o EMV. No nosso entendimento, isso acontecerá. Não sabemos exatamente em que velocidade e em que escala, mas no resultado do 1T, realmente há isso. Você está falando o que aconteceu, e você vê que, se somar o magnético com o EMV em 2014, ele bate com 2013, que é o número que temos. Se você pegar o magnético seguro de 2013 e somar magnético mais EMV de 2014, um é muito próximo do outro. O que, na verdade, de alguma forma confirma essa nossa visão. Acho que o que pode explicar é exatamente esse ponto que estou falando. 5

6 Carlos Siqueira: Então, do ponto de vista de market share, o que os números indicam é que você não teve nenhuma oscilação. Você está mais ou menos no mesmo nível de market share que você tinha um ano atrás. Nessa área, acreditamos que não. Não há oscilação perceptível no momento. Por exemplo, se você pegar o caso do Brasil, que a migração aconteceu há alguns anos, a migração do magnético para o chip mexeu no market share. Nós perdemos e ganhamos coisas. Teve cliente que passou a fazer em um concorrente nosso, e aí passou a fazer aquele magnético que virou chip em outro fabricante; e, por outro lado, nós passamos a fazer outro. Então, poderá haver uma mexida, mas não houve até aqui, no nosso entendimento. Carlos Siqueira: OK. Obrigado. Yannick Bergamo, Banco Fator: Bom dia. Eu tenho duas perguntas. A primeira com relação ao CAPEX. Me pareceu que esse número está um pouco acima do normal, mesmo levando em consideração os investimentos necessários em São Paulo e esse investimento nos Estados Unidos. Eu queria entender melhor um pouco essa parte. Em segundo lugar, olhando um pouco mais para frente, eu queria saber se, na visão de vocês, esse estímulo fiscal feito recentemente ao segmento machine to machine pode ter algum benefício para vocês em trazer de volta uma retomada do crescimento em telecom aqui no Brasil. Obrigado. Com relação ao CAPEX, ele está mais alto em relação a outros períodos do ano, porque realmente houve um adiantamento desses investimentos. Mas o CAPEX estimado para o ano continua em R$70 milhões, nada de anormal no sentido do todo. No momento, sim, estamos implantando o Estado de São Paulo, a identidade, estamos fazendo ainda alguns investimentos nos Estados Unidos. Então, essa concentração no 1T é anormal, mas esperada. Só complementando, na verdade nos dois casos, tanto na entrada do EMV americano quanto na entrada do projeto de ID no Brasil, nós somos obrigados a investir antes. Tem um descompasso entre receita e investimento. Yannick Bergamo: Eu entendi essa parte, eu até falei que desconsiderando os R$10 milhões em São Paulo e os outros R$10 milhões nos Estados Unidos, o que falta, esses R$16 milhões, 6

7 ainda me pareceram um pouco acima do que é o normal. Eu queria entender melhor essa parte, tirando São Paulo e os Estados Unidos. O fluxo do CAPEX não segue uma regra tão rígida com relação a trimestre. Se você pegar nossa estimativa de 2013 de CAPEX vis-à-vis aquilo que ocorreu efetivamente de CAPEX, você vê que muita coisa que era para ter sido feita em 2013 foi postergada para De novo, é algo anormal para o trimestre, mas dentro da normalidade da nossa previsão. Não vejo isso como algo alarmante. Com relação ao benefício do M2M, a pergunta que cabe aqui é saber quão elástico será esse mercado a benefício fiscal. Se for, excelente, irá impulsionar ainda mais. Nós estamos presentes na solução de M2M, mas o fato é que, até agora, a demanda forte por esse tipo de serviço não aconteceu. Se benefício, agora dito que irá acontecer, realmente ajudar a tomada de decisão por parte do cliente, excelente. Não dá para afirmar isso neste momento. Há coisas que parecem óbvias, como qualquer benefício aumentar a demanda, mas isso não necessariamente acontece. Tudo leva a crer que sim, que ajuda, mas vamos esperar para ver. Yannick Bergamo: Perfeito. Obrigado. Rafael Assunção, Itaú BBA: Bom dia. Eu gostaria de saber sobre a desaceleração que ocorreu em telecom no Brasil, que vocês disseram que é estrutural e temporária. E também, se vocês têm alguma forma de estratégia, como isso deve impactar o seu business daqui para frente. E a segunda pergunta seria se vocês já têm alguma novidade em relação à parceria com os Correios. Obrigado. Primeiro, em telecom, é aquilo que vimos falando no Brasil, sim. Ela veio e está aí, e já está diminuindo o volume. Isso pode ser ligeiramente alterado no momento em que o 4G acontecer aqui no Brasil. E não por outro motivo, estamos buscando mercados fora do Brasil para manutenção de volume. Então, sim, esse trend de menores volumes no Brasil é estrutural. Com relação ao Correio, eu poderia dizer que estamos perto do fim, no bom sentido, mas é melhor esperar, porque até termos o martelo batido no final, temos muitas variáveis etc. É melhor esperar. Está andando de acordo com a nossa previsão, mas vamos esperar mais um pouco. Rafael Assunção: OK. Obrigado, Affonso. 7

8 Fabio Levy, BTG Pactual: Bom dia. Eu tenho um follow-up da pergunta anterior, sobre telecom. Olhando os volumes que vocês tiveram de crescimento de 12% em telecom, sendo que o mix no Brasil caiu bastante, de próximo de 40% de mix para 20%, isso implica mais ou menos em uma queda de volume de venda de chip, no Brasil, próxima de 40%. Quando tentamos olhar o volume de vendas de gross adds no mercado de telecom, principalmente no 2S13, teve um pequeno crescimento, e agora, no 1T, tem trend um pouco parecido, porque por mais que tenha uma queda de net adds, o gross adds continua, e é o principal driver do chip. Então, o que estamos observando é que a queda no volume ano contra ano no 1T foi de 40%, e, ao mesmo tempo, o mercado poderia estar mais próximo de flat em termos de gross adds, que é o principal driver do chip. Eu queria entender um pouco, mais em detalhes, se tem alguma coisa relacionada à perda de market share especificamente também adicionada à performance, e o que vocês esperam para os próximos trimestres em relação à performance relativa. Obrigado. Em relação ao Brasil, existe uma oscilação natural. Por exemplo, se você pegar o ano de 2012, o 1S12 foi espetacular, em 2013 caiu, porque as operadoras compraram menos. Existe uma queda. Essa queda não reflete esse número todo, mas há uma queda de compras no 1T, e esperamos que no 2T uma parte dela seja compensada. Não é algo que seja tão dramático assim. A outra questão é que, naturalmente, temos que nos preocupar com a queda no Brasil, na medida em que todo mundo já tem celular, e que a demora na entrada de uma tecnologia certamente trará uma demora no suprimento que faremos de novos chips etc. motivo pelo qual estamos trabalhando intensamente outros mercados, que cobrirão uma parte dessa queda no Brasil, e que não esperamos que seja nesse número que você colocou. É muito menor que isso, mas haverá. Só complementando, Fábio, nosso market share está mantido. Não perdemos market share, mas também não ganhamos market share no Brasil. E temos que levar em consideração o aumento ou diminuição de novos assinantes, porque as operadoras podem eventualmente estar curtas ou longas em estoque. Necessariamente, o que acontece na movimentação de assinantes na parte de telecom não afeta diretamente diretamente afeta, mas não no mesmo momento nosso número de vendas. Eu posso ter vendido menos porque no trimestre anterior eventualmente eu posso ter vendido mais, e eles estocaram sabendo que o trimestre seguinte teria uma maior demanda por esses chips. Hoje, por exemplo, já afirmamos que o 2T do Brasil será melhor do que o 1T no Brasil. 8

9 Não necessariamente será melhor para as operadoras, porque eles estão regulando o estoque de alguma forma nesse sentido. Mas o principal, o market share está mantido. Fabio Levy: OK. Essa era uma dúvida. E na verdade, talvez não impactando o trimestre inteiro, mas olhando a demanda das operadoras para março e abril, tendo em vista o Dia das Mães, vocês já estão visualizando uma melhora significativa em termos de volume quarter over quarter para o 2T? Sim, nós estamos esperando isso no Brasil Fabio Levy: Está ótimo. Obrigado. Carlos Siqueira, BTG Pactual: Vou aproveitar para fazer mais uma. Nós vimos esse crescimento surpreendente, muito forte da venda de cartões bancários no Brasil nesse 1T. A questão quando conversávamos sobre os números era: será que essa demanda muito forte que vimos tem a ver com uma demanda reprimida no mercado? A nossa preocupação é que não vimos nenhuma mudança na tendência de desaceleração na concessão de crédito no Brasil. Ela continua fraca e vem desacelerando, e aí vemos esse pico no número de cartões no 1T. Nossa preocupação é: será que pode ter havido um movimento de demanda reprimida, e a partir do 2T voltemos a ter volumes mais fracos novamente? Queria que vocês pudessem dividir conosco como vocês veem esse pico de volume, se ele realmente está aqui para ficar, se voltou a mudar para cima a base de compras. Na verdade, são duas coisas. A primeira é um trabalho dentro de casa, de melhoria, como o José falou. Uma mudança de pessoal, de estrutura de custo, que nos proporcionaram termos uma base mais eficiente. Segundo, é o que vimos falando também, que é a melhora do mix daquilo que está entrando para fazermos. Quando você vê mais cartões com chip, o próprio RFID, o próprio contactless, isso tudo melhora. Não acreditamos que isso seja algo pontual. Nós acreditamos que, para 2014, esse é o trend que veremos. Estamos muito certos disso. É claro que é um ano muito difícil, um ano com muitas variáveis, que pode alterar algum mercado substancialmente. Mas não é isso que nós estamos vendo hoje. 9

10 E é natural que haja oscilação de um trimestre para o outro. São programas, emissões etc. Devemos olhar para períodos maiores. No ano, estamos vendo algo muito positivo. Carlos Siqueira: Está certo. Obrigado. André Luiz Andrade, Pátria Investimentos: Bom dia. Eu gostaria de um update, se vocês puderem dar, sobre o processo de licitação de SICOBE e SCORPIOS, e suas expectativas com relação a esse processo. Esse processo está caminhando lentamente, na nossa visão, e nós estamos acompanhando de perto, porque somos uma das empresas homologadas para participar, e nossa expectativa é que nós próximos meses tenhamos um movimento mais objetivo para que isso aconteça. André Luiz Andrade: Obrigado. Fabio Levy, BTG Pactual: Obrigado por pegarem mais uma pergunta. Já estamos no começo de maio, e vocês já devem ter uma visibilidade sobre a demanda dos cartões smart para o 2T nos Estados Unidos. Eu queria entender como está essa demanda de cartões smart nesse 2T nos Estados Unidos. Obrigado. Na verdade, você vê que no 1T os cartões smart nos Estados Unidos foram na ordem de 2 milhões. Esperamos fazer mais no 2T, e os sinais são de que está havendo um aquecimento maior, mas também não esperamos que haja um boom de cartões no 2T. Mas ele acontecerá em volume maior que no 1T, e no 3T provavelmente será maior que no 2T. Tudo indica que há um aquecimento e isso poderá trazer volumes maiores. E a expectativa é que isso aconteça efetivamente. Fabio Levy: OK. E com relação à margem, houve realmente essa venda de gift cards que acabou prejudicando um pouco a sua margem. Teve algum efeito ainda caindo de pressão de margem, pelo menos talvez no mês de abril, por conta desses gift cards, ou a margem 10

11 11 Transcrição da Teleconferência já volta em uma situação um pouco mais normalizada para esse volume grande? Obrigado. Existe uma parte disso que está acontecendo que temos total controle, que é a questão aceitarmos ou não algum pedido, de entrar em uma negociação de preço, de conseguir uma redução de custo rápida, e com isso não afetar, ou afetar menos a margem. Mas tem outra parte disso, que são contratos que você tem que efetivamente negociar, e isso não é imediato. Então, nós acreditamos que em abril será melhor, mas entendemos que nem tudo estará resolvido no mês de abril. Ou seja, é um trabalho que continuará nos próximos meses, e nós estamos acelerando, correndo no máximo. É um trabalho que chamamos de higienização de mix, e isso demanda vários tipos de ações, alguns que dependem 100% de nós e outros não. Fabio Levy: Está ótimo. Obrigado. Operadora: A sessão de perguntas e respostas está encerrada. Gostaria de passar a palavra para o Sr. José Roberto Mauro para suas considerações finais. O que nós temos como visão para 2014, resumindo, nós entendemos que para chegar a um bom resultado em 2014, como acreditamos, temos grande parte das nossas ações já identificadas e endereçadas, e uma parte que ainda trabalharemos bastante com nosso time, que está absolutamente focado e dedicado a vencer esses desafios que vão surgindo ao longo do tempo. Nós não podemos esquecer que nós estamos apenas começando um ano que tem vários eventos, como Copa do Mundo, eleições, e tudo isso pode gerar certa redução de ritmo de algumas atividades, principalmente aquelas em que você depende de venda direta ao usuário final. E nós temos duas que certamente passarão por isso, que são a venda de certificado digital e a emissão de documentos de segurança para o usuário final. Olhando para as nossas divisões, o que podemos dizer é que em meios de pagamento o Brasil está operando a nossa nova estrutura. Estamos aumentando o nosso portfólio de serviços, estamos trabalhando intensamente nisso. Estamos perseguindo também novos contratos de smart cards. Nos Estados Unidos, estamos vendo efetivamente um movimento maior dos bancos na migração, e estamos otimistas com isso, e acreditamos que isso e as ações que estamos tomando para o equilíbrio do mix trarão um bom resultado para os Estados Unidos. E na América Latina, nós estamos aumentando a nossa presença em outros países. Estamos com uma performance excelente da Argentina, e nossa expectativa é muito

12 boa, na medida em que estamos conseguindo colocar algumas soluções já em um países que não tínhamos penetração. Na área de identificação, estamos participando nos Estados Unidos de algumas concorrências. Nada que vá alterar o resultado deste ano, mas sinalizará alguma coisa para o ano que vem. No Brasil, continuamos trabalhando a questão do ID em São Paulo. É um projeto grande, em que esperamos incrementar volumes a partir do meio do ano, e estamos perseguindo a renovação de contratos na área de documentos de segurança com a ampliação dos nossos serviços, que é uma estratégia que vimos adotando há muito tempo, na medida em que nós temos muita coisa para oferecer nessa área. Na área de telecom, estamos expandindo, como bem colocado pelo Affonso, nossa presença em vários países, em especial na América Latina e em países da Europa. Nosso objetivo é suprir esses mercados em uma escala maior do que vimos fazendo, o que nos trará um mix diferente para essa área, com preços menores, margens menores, mas é inevitável fazermos isso, até porque nós temos planta na Europa. A Valid USA está trabalhando, como dissemos, e esperamos já fornecer, ao longo do ano, os SIM cards às operadoras americanas. E estamos recuperando alguns volumes no Brasil, volumes que não entraram no 1T e que as operadoras estão nos chamando para fornecedor no 2T. Na certificadora digital, também temos uma perspectiva positiva de venda de serviços corporativos. Temos uma expectativa de vender mais de R$2 milhões no próximo trimestre com esse tipo de atividade. Não é a venda do certificado propriamente dito, mas é um conjunto de serviços que a certificadora dispõe e pode fornecer. Esse é o nosso cenário. Muito obrigado a todos, e até logo. Operadora: A teleconferência de resultados da Valid está encerrada. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 12