TEGMA 4T15 - PORTUGUÊS 22/03/2016

Transcrição

1 TEGMA 4T15 - PORTUGUÊS 22/03/2016 OPERADORA Bom dia e obrigada por aguardarem. Sejam bem vindos à teleconferência da Tegma Gestão Logística S/A para discussão dos resultados referentes ao 4T2015. Estão presentes hoje conosco os senhores Gennaro Oddone, diretor-presidente de RI, e Luiz Otávio Pessoa, diretor financeiro. Informamos que este evento está sendo gravado e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Cia. Em seguida, iniciaremos a sessão de Perguntas e Respostas, quando maiores instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de assistência durante a conferência, queira por favor solicitar a ajuda de um operador digitando *0. O replay deste evento estará disponível logo após seu encerramento por um período de 7 dias. Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência relativas às perspectivas de negócios da Tegma, projeções e metas operacionais e financeiras constituem-se em crenças e premissas da diretoria da Cia., bem como em informações atualmente disponíveis. Considerações futuras não são garantias de desempenho, elas envolvem riscos, incertezas e premissas pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais podem afetar o desempenho futuro da Tegma e podem conduzir a resultados que diferem materialmente daqueles expressos em tais considerações futuras. Agora, gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Gennaro Oddone, diretorpresidente de RI da Tegma, que dará início à apresentação. Por favor, Sr. Gennaro, pode prosseguir.

2 GENNARO Obrigado. Bom dia a todos. Iniciaremos agora mais uma teleconferência para apresentação dos resultados da Tegma e agradeço pelo interesse de todos em nossa Cia. Nós alteramos nossa apresentação de resultados no sentido de não ter mais tantos números já presentes e explicados em nosso Earnings Release. Vamos mostrar os números e as variações mais relevantes da nossa divulgação para deixar mais tempo para a sessão de Perguntas e Respostas. Gostaria de fazer algumas considerações sobre o ano de 2015 e o que esperar do ano de 2016 antes de passar a palavra para o Luiz Otávio, nosso CFO, que comentará sobre o fluxo de caixa, CAPEX e endividamento. No slide 2, gostaria de iniciar nossa apresentação com um resumo do que ocorreu em 2015 e a visão da Cia. sobre o que esperar de O ano de 2015 se mostrou mais desafiador do que as expectativas iniciais. A rápida deterioração das expectativas macroeconômicas que no início do ano as projeções indicavam um PIB estável em relação a 2014 e no final do ano as projeções convergiram para uma queda de 3,6% refletiram no nosso principal negócio, a venda de veículos. As expectativas iniciais de vendas em 2015 que ficavam ao redor de -5,0% versus 2014 terminou o ano com uma queda de 26,0%. O setor automotivo passa por importante retração de volumes o que obriga os players dessa indústria a se ajustarem a essa nova realidade. Para tal é necessário a redução de custos e uma adequação de estrutura para o novo momento. Mas ao mesmo tempo não se pode ignorar as oportunidades, haja vista que apesar da crise atual ainda temos convicção de que haja no Brasil uma demanda reprimida por veículos e que o mercado não atingiu o seu grau de maturidade. E o cenário político definido podemos voltar a patamares de vendas mais normalizados e para tal precisa-se estar preparado para recuperação. É o que estamos fazendo na divisão de logística de veículos, adaptando os gastos administrados tais como folha e custos com aluguel aos novos patamares de vendas que acredita-se que fique entre 2,0 e

3 2,3 milhões de veículos em Mas ao mesmo tempo fazendo os investimentos necessários para reafirmar nossa parceria estratégica com os clientes. Por outro lado, o mercado de atuação da divisão de logística integrada, que envolve a terceirização e gestão de estoques de inbound, pudemos identificar que apesar da queda orgânica da demanda por esses serviços no país e a pressão por redução de custos, o baixo nível de terceirização das operações logísticas impulsiona a indústria na busca por eficiência e consequentemente aumenta as oportunidades de operadores logísticos. Nosso resultado foi impactado com a alta ociosidade dos nossos armazéns no início de 2015 mas a partir do segundo semestre reduzimos nossa área disponível e implementamos um cliente âncora de longo prazo no nosso armazém de São Paulo que tem uma ideia concreta de como a eficiência do operador logístico pode se tornar um ganho para ele. Da mesma forma, implementamos em 2015 uma operação de logística industrial para um cliente que já está colhendo os ganhos provenientes de uma gestão logística centralizada profissional. Nesse mesmo segmento, a logística industrial, renovamos grande parte de um contrato de um importante cliente. Acreditamos que 2016 será um outro ano difícil e por isso focaremos nossas atenções em manter nossa geração de caixa e nossas margens em patamares saudáveis. Teremos também o foco em recuperar o retorno sobre o capital investido da Cia. Desta forma, passando para o slide 3, onde vemos os principais indicadores da empresa, pode-se notar que apesar das quedas de 25,0% de volume de veículos transportados e de 22,0% da receita em 2015 pudemos ter uma geração de caixa livre superior a de 2014, uma margem EBITDA que se contraiu 4,0 p.p. e conseguimos reduzir em R$ 115,0 milhões a dívida líquida da Cia., o que mostra a resiliência do nosso negócio mesmo em ocasiões de alta volatilidade.

4 No 4º slide, apresentamos a evolução dos custos administrados, que não estão relacionados a volume ou não são variáveis. Como boa parte dos cortes dos gastos foram feitos a partir do início do 2S2015 as variações trimestrais no gráfico à direita são mais fidedignas às movimentações feitas. A redução do total dos gastos administrados no 4T2015, na comparação com 4T2014, foi de 13,0%, ou R$ 52,0 milhões anualizados. Refletem as medidas de cortes, principalmente na folha de pagamentos e nos custos com aluguel. Várias reduções ainda não foram inteiramente capturadas pelo fato de terem sido realizadas na metade do 4T2015 e no 1T2016. Com isso, esperamos para o ano de 2016 anular o efeito inflacionário desse conjunto de gastos. No slide 5 mostramos as tendências do faturamento das divisões na parte superior, e da rentabilidade líquida ajustada na parte inferior. Na parte esquerda superior, o faturamento da logística automotiva permaneceu estável ao longo de 2015 sem nenhuma sazonalidade em razão do volume de veículos transportados e da descontinuação da operação de autopeças. No entanto, pode-se observar na parte inferior à esquerda, que a recuperação do EBITDA ajustado da divisão no 2S2015, em comparação com o 1S, reflete as reduções de custos já mencionadas apesar de um volume 2,0% inferior em relação ao 1S2015. Passando para o faturamento da logística integrada na parte superior à direita, podemos perceber a tendência de crescimento da receita da divisão proveniente de novos clientes como já foi mencionado e do crescimento orgânico de um importante cliente. No que tange ao EBITDA ajustado da divisão, na parte inferior, pode-se observar que o mau desempenho nos 3 primeiros trimestres de 2015 foi revertido no 4T2015 em razão de uma redução da ociosidade das operações de armazenagem, das reduções de custos da nova operação de logística industrial. Com esse panorama dado, passo a palavra para Luiz Otávio, CFO, para que ele dê uma visão do fluxo de caixa, CAPEX e endividamento.

5 LUIZ OTÁVIO Obrigado Gennaro. Passando para o próximo slide, temos a evolução do caixa no ano de Conforme já mencionamos, em 2015 o fluxo de caixa livre contribuiu positivamente na geração de R$ 36,0 milhões de caixa, um resultado R$ 5,0 milhões superior ao ano de Também recebemos neste mesmo período as duas últimas parcelas da venda da Direct, no valor de R$ 84,0 milhões, o que contribuiu na decisão de pré-pagar a nossa dívida em dólar no valor de R$ 135,0 milhões, que tinha um custo ligeiramente maior do que o custo médio das dívidas da empresa. Passando para o próximo slide, partindo do EBITDA ajustado, vemos a formação do fluxo de caixa livre de Podemos identificar então que a liberação do capital de giro no ano compensou totalmente o resultado financeiro de pagamento de impostos, fazendo com que a geração de caixa operacional de 2015 fosse levemente superior ao EBITDA ajustado. Por fim, subtraímos os investimentos que somaram R$ 68,0 milhões no ano, e que será detalhado no próximo slide, e chegamos no fluxo de caixa livre final de R$ 36,0 milhões. Passando ao próximo slide, vamos comentar um pouco sobre os investimentos realizados ao longo de No gráfico à direita, podemos ver que quase a metade do investimento do ano de 2015, R$ 33,0 milhões representados pela coluna amarela, foram em aquisições estratégicas de terrenos e suas subsequentes benfeitorias. Adicionalmente, tivemos R$ 20,0 milhões de investimentos na reestruturação da operação de armazenagem e principalmente investimentos na implantação de um novo cliente de logística industrial. Na coluna laranja, podemos ver que os investimentos de manutenção da Cia. foram inferiores a 2014, refletindo o esforço da Cia. na redução de CAPEX. No slide seguinte, na parte de endividamento, podemos ver na tabela à esquerda que no 4T2015 a Cia. atingiu um índice de alavancagem de 1,5x o EBITDA ajustado dos últimos 12 meses, comparado com 1,3x do trimestre

6 anterior. A dívida nossa é composta praticamente e principalmente por debêntures e possuem um custo médio de CDI+1,28% ao ano. No gráfico, na parte superior à direita, o endividamento líquido da Cia. sofreu uma forte redução por conta da geração de caixa e dos recebimentos das parcelas da Direct Express que já comentamos em slides anteriores. E no gráfico abaixo, à direita, podemos ver também o cronograma de amortização do valor principal da dívida que não teve alterações com relação aos últimos números publicados. Com isso, devolvo a palavra ao Gennaro para suas considerações finais. GENNARO Obrigado, Luiz. Com isso, encerramos essa parte de apresentação e vamos abrir então para a sessão de Perguntas e Respostas. OPERADORA Obrigada. Iniciaremos agora a sessão de Perguntas e Respostas para investidores e analistas. Caso haja alguma pergunta, por favor, digitem *1 em seu telefone. Se sua pergunta for respondida, você pode sair da fila digitando a tecla #. As perguntas serão atendidas na ordem em que são recebidas. Solicitamos a gentileza de tirarem o fone do gancho ao efetuarem a pergunta. Dessa forma, uma ótima qualidade de som será oferecida. Por favor, aguardem enquanto coletamos as perguntas. Nossa primeira pergunta vem do Sr. Bernardo Carneiro, do Brasil Plural. GUILHERME Bom dia a todos. Aqui quem fala é o Guilherme, na verdade. Eu tenho duas perguntas. A primeira é relacionada às despesas não recorrentes que a gente viu no trimestre e acabaram impactando bastante o EBITDA. Eu queria saber se a gente pode esperar alguma coisa pro 1T agora. E a segunda pergunta, das provisões já feitas nos últimos trimestres, o que a gente pode esperar e quando a gente pode esperar que isso vire caixa efetivamente? Razoavelmente, quando que essas provisões vão ser efetivamente dispendidos? Obrigado.

7 GENNARO Guilherme, deu uma cortada aqui na sua pergunta. A primeira parte eu acho que eu consegui entender, você está perguntando se vocês podem esperar aí no 1T algum ajuste de itens não recorrentes. GUILHERME Exatamente. GENNARO A resposta é não. Nós fizemos aí os ajustes necessários agora no 4T decorrentes aí de complemento de provisões e principalmente aí dessas movimentações de operações que nós estamos fazendo aí de armazéns, entregas de armazéns, multas relacionadas às essas entregas então todos esses ajustes já foram contabilizados no 4T. Então, para o 1T desse ano nós esperamos apresentar um resultado já normalizado. Agora, a segunda parte da pergunta ela cortou e não ficou claro pra mim. GUILHERME Não, é das provisões que a gente viu nesse trimestre agora principalmente relacionadas a questões trabalhistas, qual a probabilidade, enfim, que magnitude que isso viria a se tornar uma despesa caixa efetivamente? GENNARO A espera é de longo prazo. Claro que depende muito da maturação e isso daí a gente faz aqui alguns exercícios e algumas simulações baseado nos relatórios dos nossos advogados, nas estratégias que são implementadas, mas eu posso dizer para você que isso aí deve dar um efeito caixa ao longo dos próximos 4 anos. GUILHERME Está certo. Obrigado. OPERADORA Lembrando que para fazer perguntas basta digitar *1. Mais uma vez, para efetuarem a pergunta, favor digitar *1. Lembrando que para fazer perguntas basta digitar *1.

8 OPERADORA Encerramos neste momento a sessão de Perguntas e Respostas. Gostaria de retornar a palavra à Cia. para suas considerações finais. GENNARO Mais uma vez eu gostaria de agradecer a presença de todos e nos colocarmos à disposição através da nossa área de RI aqui pra eventuais dúvidas e esclarecimentos futuros. Obrigado. Bom dia a todos. OPERADORA A teleconferência da Tegma está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham um bom dia.