Transcrição da Teleconferência - Multiplus (MPLU3 BZ) Resultados do 2T14 Q&A 9 de agosto de Rafael Frade, Bradesco:

Transcrição

1 Rafael Frade, Bradesco: Oi, bom dia a todos. Vocês mostraram aí a tendência declinante do breakage que vemos, só que houve um aumento bem significativo do breakage em Real. Se vocês pudessem explicar um pouco o porquê desse movimento, mesmo com a redução do breakage. Na verdade, se você reparar, Rafael, no ano passado nosso breakage também girou em torno de 13% a 15% em relação à receita bruta. Nesse primeiro semestre, nós ficamos muito próximos a esse percentual, e essa é nossa expectativa até o final do ano. Então, pontualmente, tivemos uma queda no gross billing desse trimestre, mas ainda algo muito insuficiente para impactar em Reais. Se houvesse uma continuidade ou se tivermos uma tendência de contínua queda no gross billing, aí você espere ver o breakage começar a cair; mas esse 1T ainda não foi o suficiente. E a nossa projeção até o final do ano é por volta do mesmo percentual que eu acabei de falar, porque nós acreditamos e julho já mostrou isso em uma recuperação dessa queda de faturamento gross billing no 2T. Rafael Frade: Entendido, obrigado. Alexandre Spada, Itaú BBA: Bom dia a todos. Eu perdi o início, suas considerações iniciais, e talvez isso já tenha sido comentado, mas eu gostaria que vocês comentassem um pouco sobre gross billings. Vocês, de alguma forma, conseguiram medir qual foi o impacto que a Copa do Mundo teve na performance desse trimestre? Além disso, o que vocês podem dizer sobre gross billing após a Copa? Vocês percebem algum tipo de retomada e podemos esperar que daqui pra frente essa linha de billing possa, no geral, mostrar um crescimento positivo ano contra ano? Obrigado. Vimos, sim, um efeito importante da Copa, particularmente durante o mês de junho e na primeira quinzena de julho. O acúmulo advindo de companhia aérea, no nosso caso, da TAM, foi bastante penalizado, como eu falei, no mês de junho e na primeira quinzena de julho. Na segunda quinzena de julho já vimos uma recuperação que, portanto, nos leva a acreditar, embora a amostra ainda seja pequena, que devemos retomar os patamares em que estávamos no 1T e em abril e maio. Eu queria lembrar também que o USD tem um efeito importante nessa queda de gross billing. Claro que o grande ofensor foi a Copa, no nosso caso. 1

2 OK. E aproveitando então, Roberto, vocês reiteram aquele false guidance que deram para crescimento de billing nesse ano, no trimestre passado e no 4T, se não me engano? Dado que o 2T teve um impacto de Copa maior até do que imaginávamos, ainda assim vemos crescimento acumulado no ano, mas o vemos em um patamar menor do que o do ano passado, mas ainda positivo e sólido. OK. Estamos falando então de, talvez, mid single digit? Alguma coisa nessa linha? Exatamente. Está ótimo. Muito obrigado. De nada. Guilherme Kono, Itaú Asset: Bom dia. Ainda em gross billings, será que vocês poderiam dar um disclosure de quanto foi, mais ou menos, esse crescimento até junho e quanto foi na Copa do Mundo, e quanto vocês já viram em julho, para entender como é essa dinâmica... Como foi a piora da Copa do Mundo e depois como foi a melhora já na segunda quinzena de julho? Tudo que eu posso lhe dar de abertura aqui é que em abril e maio estava bastante em linha com o que vínhamos fazendo em janeiro, fevereiro e março; e que junho, obviamente, foi quando houve toda a queda. Isso é tudo que eu posso lhe dizer. E não foi diferente o comportamento na primeira quinzena de julho. Na segunda quinzena, já voltamos aos patamares de 1T e abril-maio. Guilherme Kono: Mas então é razoável admitir que julho ficou mais ou menos flattish? E aí eu queria entender se para agosto vocês têm uma expectativa positiva da segunda quinzena de julho e se o USD atrapalha muito, dado que em agosto do ano passado, acho que o USD fechou por volta de R$2,40, né? Sim, o USD tem atrapalhado sim. Inclusive, como já temos USD agora em julho e começo de agosto em patamares menores do que tivemos no ano passado. Então, de fato, tem impactado. E, de novo, com relação a julho, na segunda quinzena 2

3 vemos uma retomada e em agosto estamos com cinco dias, ainda não é possível ter uma figura sobre o mês de agosto. Guilherme Kono: Está certo, obrigado. Ricardo Alves, Morgan Stanley: Bom dia. Eu tenho duas perguntas rápidas. A primeira: eu queria que vocês falassem um pouco sobre a geração de caixa no trimestre ela veio um pouco abaixo do que queríamos. Estávamos olhando seu contas a pagar e ele caiu bem do 1T para esse 2T. Se vocês pudessem dar um pouco mais de detalhes, no geral, sobre sua geração de caixa e suas contas de working capital. E, em segundo lugar, eu queria saber: se fizermos as contas do breakage revenues sobre o seu gross billings nesse trimestre, acho que chegamos ao número de 17% - um pouco acima do que vimos nos trimestres anteriores. Eu queria saber se isso, para vocês, é sustentável, se pode continuar à frente, ou se pode ser um reflexo do billings que veio um pouco abaixo. Obrigado, pessoal. Jaime Rebelo: Eu mencionei antes, quando eu estava no chart de fluxo de caixa... Não sei se você estava no momento, mas o nosso working capital, basicamente, pelo contas a receber e contas pagar, se manteve no met entre positivos e negativos do fluxo de caixa, em relação aos trimestres anteriores. Então não houve tanta variação. No contas a pagar, especificamente, ouve, obviamente, um faturamento com o nosso principal fornecedor, a TAM, menor. Então eu tive o uso de contas a pagar menor, em decorrência de um custo menor. Mas não é relevante. O maior ponto aqui mesmo, da queda do fluxo de caixa, na geração de caixa, refere-se a um menor faturamento de gross billings. Só relembrando: o gross billings nós faturamos, por exemplo, para o banco, entra um dinheiro no caixa e eu credito em passivo. E, normalmente, se você olhar os trimestres anteriores, esse valor é grande. No 1T14 foi R$ 41 milhões, no 2T13 foi R$ 56 milhões. Então ele se mantém sempre nesse patamar alto, e nesse 2T ele caiu bastante. Então, essencialmente, a diferença está em um menor gross billing, em um primeiro momento neste trimestre, e não nos demais contents de working capital. Nada significativo, OK? Ricardo Alves: Está bom. Está ótimo, obrigado. Jaime Rebelo: OK. Desculpa, a segunda parte da sua pergunta, se a receita do breakage se mantém em relação ao gross billing. Eu vou lhe falar sobre a receita está mais fácil para mim neste momento. A relação de breakage desse 2T e também do primeiro semestre, sobre a receita bruta da companhia, girou em torno de 16%. Nós estamos estimando que se mantenha por volta disso entre 14% e 16%, mais provavelmente 15% em relação ao total da receita bruta do ano. 3

4 Ou seja, continuamos com a expectativa, com o forecast, de que vamos fazer o breakage nessa relação. A única coisa que pode mudar, obviamente, é se no próximo semestre o gross billing for menor, o que o Alberto já indicou e temos otimismo quanto a isso. Então o gross billing menor no 2T somente no 2T não afetou esse ratio de breakage em relação à receita bruta, nesse momento; porque ele vai gerar só no futuro. E não foi relevante o suficiente para mudar o desse ano. Atendi a sua pergunta, Ricardo? Ricardo Alves: Claro. Obrigado pelas duas respostas, pessoal. Isabel Guerra, Santander Assets: Bom dia a todos. Eu tenho duas perguntas específicas. A primeira refere-se à questão dos preços praticados junto aos bancos. Eu queria saber o que vocês verificaram agora no 2T e qual é a tendência que podemos trabalhar mais a longo prazo? Minha segunda pergunta refere-se a margens. Passagem aérea foi um fator bem positivo para ajudar a fazer uma sustentação de margens. Eu queria entender qual é a tendência para os próximos trimestres e o quanto o varejo pode trazer de contribuição positiva para essa tendência. Muito obrigada. Sobre preços praticados pelos bancos, nós continuamos tendo as faixas de mais volume, preços mais competitivos. Na verdade, nesse 2T versus o 1T, mesmo com o USD, vamos dizer, mais baixo, ainda assim tivemos um leve aumento de preços. Tendências de longo prazo: o mesmo que dissemos anteriormente. Todos os nossos parceiros bancos são privilegiados na medida em que trazem mais volumes. E do ponto de vista de margem, o varejo, na média, tem margens mais atrativas do que o aéreo. Isso já temos dito também em outras ocasiões. Isabel Guerra: Na verdade eu só queria complementar minha pergunta. Na parte de custo com passagem aérea, vocês têm alguma mudança de tendência para os próximos trimestres ou ela vai continuar tendo um custo unitário atrativo, essas margens? Não, vai continuar tal qual está hoje. Em setembro temos uma revisão do nosso contrato com a TAM, mas não temos, nesse momento, nenhuma expectativa de mudança substancial. Isabel Guerra: Está certo, então. Muito obrigada. 4

5 De nada. Ronald Domingues: Obrigado, Mariana. A maior parte das perguntas que enviaram pela internet acabaram sendo respondidas durante o Q&A. Eu tenho aqui ainda uma pergunta do Tiago Santos. Ele pergunta se há um projeto para possibilitar resgates que permitam o uso simultâneo de pontos e dinheiro. Roberto Medeiros: Na verdade hoje o participante já tem a alternativa de comprar pontos para complementar o que ele tem, na medida em que ele queira resgatar aéreo ou não aéreo; então essa oportunidade já existe e vem crescendo. Estamos muito satisfeitos com o volume de pontos adquiridos para complementar o saldo dos participantes. E como parte de nossa melhoria contínua do nosso site do ponto de vista tecnológico e de novos produtos, como já mencionei em outras ocasiões, vimos estudando o produto pontos + dinheiro, mas que hoje sabemos que uma parte importante da necessidade dos nossos participantes é endereçada com a compra de pontos isoladamente. Mas estamos sim avaliando o produto pontos + dinheiro e vendo como vamos posicioná-lo de tal maneira que seja sempre mais atrativo para o nosso participante. Ronald Domingues: Como eu disse, as outras perguntas foram respondidas durante o Q&A tradicional. Com isso, podemos passar para as considerações finais. Roberto Medeiros: Eu queria uma vez mais agradecer a presença de todos. Esperamos encontrá-los ao final do 3T. E a companhia continua à disposição através do Ronald, nosso RI, e do time dele, para eventuais dúvidas que vocês tenham. Obrigado. Operadora: A teleconferência da Multiplus S/A está encerrada. Agradecemos a participação de todos. Tenham um bom dia. Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 5