Cntrat cm pessa a declarar Material didátic destinad à sistematizaçã d cnteúd da disciplina Direit Civil III Publicaçã n semestre 2014.1 Autr: Jsé Carls Ferreira da Luz
2 Dads de acrd cm: AACR2, CDU e Cutter Bibliteca Central SESP / PB L979a Luz, Jsé Carls Ferreira da Cntrat cm pessa a declarar / Jsé Carls Ferreira da Luz. Cabedel, PB: [s.n], 2014. 13p. Material didátic da disciplina Direit Civil III Institut de Educaçã Superir da Paraíba (IESP) - Curs de Direit, 2014. 1. Direit civil. 2. Material didátic. 3. Jsé Carls Ferreira da Luz. I. Títul. CDU 347(072)
3 CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR - Figura nva nã tinha previsã n CC anterir. - Já se encntrava na vida negcial. Exempl: Alguém tem um carr usad e prcura uma agência de carrs usads, cmbina preç, recebe dinheir e deixa carr. A agência a invés de assumir lugar d cmpradr, se reserva direit de indicar quem será cntratante final. Tal fat se justifica para evitar uma dupla transmissã. Entretant, nã vams cgitar aqui da prblemática fiscal. A agência atua cm intermediári - Sbre mecanism d cntrat cm pessa a declarar: O adquirente adquire para u terceir a cisa De iníci tems a seguinte relaçã: Vendedr Agência Cmpradr - Depis Vendedr Cmpradr - Art. 467: Direit de indicar cntratante Art. 467. N mment da cnclusã d cntrat, pde uma das partes reservar-se a faculdade de indicar a pessa que deve adquirir s direits e assumir as brigações dele decrrentes. O adquirente tem direit de indicar terceir, entretant tal direit nã pde ser exercid de m d indeterminad. - Art. 468: Praz para indicaçã - Art. 468. Essa indicaçã deve ser cmunicada à utra parte n praz de cinc dias da cnclusã d cntrat, se utr nã tiver sid estipulad O praz pde ser Legal: 5 dias cntads da cnclusã d cntrat Cnvencinal - Art.468 parágraf únic: Frma de indicaçã Art. 468. Parágraf únic. A aceitaçã da pessa nmeada nã será eficaz se nã se revestir da mesma frma que as partes usaram para cntrat. A frma deve ser a mesma utilizada n cntrat: instrument públic u instrument particular.
4 - Art. 469: Eficácia retrativa da indicaçã d terceir Art. 469. A pessa, nmeada de cnfrmidade cm s artigs antecedentes, adquire s direits e assume as brigações decrrentes d cntrat, a partir d mment em que este fi celebrad. Nã se trata de uma dupla cntrataçã, a adquirir s direits terceir será cnsiderad cm cntratante primitiv assumind inteira e integralmente lugar d adquirente inicial. - Art. 470 e 471: Vinculaçã entre cntratantes riginais Existem certas circunstâncias em que só prduz efeits entre s cntratantes riginais. Art. 470. O cntrat será eficaz smente entre s cntratantes rigináris: I - se nã huver indicaçã de pessa, u se nmead se recusar a aceitá-la; II - se a pessa nmeada era inslvente, e a utra pessa descnhecia n mment da indicaçã Art. 471. Se a pessa a nmear era incapaz u inslvente n mment da nmeaçã, cntrat prduzirá seus efeits entre s cntratantes rigináris. - Sem indicaçã u indicad se recusa Inslvência (que nesse cas prejudicaria utr cntratante) Incapacidade d terceir.
5 CONTRATO PRELIMINAR - A legislaçã anterir previa uma espécie de cntrat preliminar que era Cmprmiss de Cmpra e Venda. - Cnceit É aquele que prevê que as partes n futur cntratem Exempl: O Cmprmiss de Cmpra e Venda A vntade d inadimplente pde ser suprida pel juiz. - Cntrat Preliminar x Tratativas Cntrat preliminar tem frça vinculante enquant as tratativas nã têm. - Art. 462: Requisit d Cntrat preliminar Art. 462. O cntrat preliminar, excet quant à frma, deve cnter tds s requisits essenciais a cntrat a ser celebrad. - Cntrvérsias dutrinárias: Cntrat preliminar de cntrat gratuit N cntrat gratuit a causa é a liberalidade, dessa frma nã se pderia mais tarde brigar alguém a praticar uma liberalidade. Admite-se, entretant, a Prmessa de Daçã cm Encarg. Cntrat preliminar de cntrat real - Art. 463: Exigibilidade Cntrats cnsensuais frmam-se cm cnsens Cntrats frmais têm rigr à frma Cntrats Reais se frmam mediante a tradiçã da cisa Pde existir n Cntrat Real, pis a entrega da cisa é cnseqüência d cntrat futur, nã send assim um requisit d cntrat preliminar que deve cnter tds s requisits essenciais d CT riginal. Pderia assim, haver cntrat preliminar de mútu u depósit. Art. 463. Cncluíd cntrat preliminar, cm bservância d dispst n artig antecedente, e desde que dele nã cnste cláusula de arrependiment, qualquer das partes terá direit de exigir a celebraçã d definitiv, assinand praz à utra para que efetive. Parágraf únic. O cntrat preliminar deverá ser levad a registr cmpetente. Cm praz: Exigibilidade deve ser feita dentr d praz previst n cntrat Sem praz: deve ser marcad um praz para s eu cumpriment. Registr: Prduz efeits entre as partes mesm sem qualquer registr.
6 O registr existe para que cntrat pssa ser pnível cntra terceirs. As partes se vinculam pel cnsens. Exempl: A prmessa de Cmpra e Venda é feita pr Instrument Particular embra a Escritura Definitiva seja pr Instrument Públic. - Art. 464: Cumpriment frçad A parte prejudicada pderá em cas de inadimplement, pedir a juiz supriment dessa vntade, bviamente se a ela nã se puser a natureza da brigaçã. - Art. 465: Perdas e dans Exempl: se cntrat preliminar é uma Prmessa de Cmpra e Venda de um imóvel, adquirente pderá exigir a juiz que determine registr d cntrat. Art. 465. Se estipulante nã der execuçã a cntrat preliminar, pderá a utra parte cnsiderá-l desfeit, e pedir perdas e dans. Pde a parte prejudicada pedir perdas e dans. - Art. 466: Prmessa de Cntrat Unilateral - Art. 466. Se a prmessa de cntrat fr unilateral, credr, sb pena de ficar a mesma sem efeit, deverá manifestar-se n praz nela previst, u, inexistind este, n que lhe fr razavelmente assinad pel devedr Os cntrats preliminares pdem ser bilaterais Mas a prmessa pde nã ser recíprca. Nesse cas devedr espera praz fixad n cntrat Se nã existir praz ele pde fixar praz para credr exercê-la. Cas nã seja cumprid pel devedr, credr pde cnsiderar ajuste desfeit e exigir perdas e dans.
7 VÍCIOS REDITIRÓRIOS E EVICÇÃO - Elements d cntrat Essenciais: Os que devem estar presentes para que cntrat exista. Capacidade, bjet e frma Acidentais: Sã aqueles que pdem u nã existir n cntrat. E sã cnvencinads pelas partes. Term: Subrdina exercíci de direit. A brigaçã nasce de imediat, mas direit nã será lg exercid. Cndiçã: Subrdina a eficácia d direit. Encarg: O Cntrat pderia desde lg prduzir efeit, mas as partes cnvencinam que direit só nascerá cm a implementaçã de um event futur e incert. É um ônus impst à parte. Naturais: Sã aqueles inerentes a cntrat. Cnceit: Sã garantias d adquirente em cntrat ners, bilateral, de transferência de dmíni u psse. A lei assegura a adquirente a garantia da integridade e da psse mansa e pacífica da cisa. Existem independentemente ds cntratantes sã eles: Os Vícis redibitóris A Evicçã.
8 - Cnceit VÍCIOS REDIBITÓRIOS - Vícis redibitóris sã s defeits cults que existem em um determinad bem, trnand- imprópri a us a que se destina, u diminuind-lhe valr. A cisa já é adquirida cm um defeit cult. Se defeit é aparente, presume-se que cmpradr cnheça. Nã tem cndições de detectar cm exame rtineir d defeit da cisa. Defeit pde aparecer cm us da cisa. Garante a adquirente us nrmal da cisa cntra s vícis redibitóris. - Diferenças entre Instituts O Institu é similar a utrs defeits u situações que pdem cnfundir. Víci Redibitóri e Inadimplement Víci Redibitóri sã imperfeições da cisa N inadimplement nã há defeit há descumpriment d cntrat. Víci Redibitóri e Err - Fundaments Jurídics Exempl: Quand se entrega um bem n lugar d utr que fi adquirid. Err é falsa percepçã u falta de nçã da realidade. É a percepçã errônea da qualidade da cisa. Exempl: Cmpr um clar de ss achand que é de marfim. Os prazs prescricinais sã diferentes: Os prazs de açã anulatória. Os prazs da rescisã da cmpra e venda. Ensina Prf. Carls Rbert Gnçalves que fundament da respnsabilidade pels vícis redibitóris encntra-se n princípi de garantia, segund qual td alienante deve assegurar a adquirente, a títul ners, us da cisa pr ele adquirida e para s fins a que é destinada. A ignrância ds vícis pel alienante nã exime da respnsabilidade, salv se esta fi expressamente excluída, de cmum acrd (CC, art. 443). - A ba-fé u Má-fé Segurança das relações jurídicas O adquirente tem a garantia da justa expectativa. Aquele que adquire a cisa espera dela dispr em sua inteireza. Exempl: A lcaçã. Art. 443. Se alienante cnhecia víci u defeit da cisa, restituirá que recebeu cm perdas e dans; se nã cnhecia, tã-smente restituirá valr recebid, mais as despesas d cntrat. Se alienante sabia d víci respnde além da restituiçã das perdas e dans.
9 - Requisits Só existe em cntrat cmutativ É subespécie de cntrat ners. É aquele cntrat em que, n mment da celebraçã, s cntratantes já sabem quais sã suas vantagens e desvantagens. Defeit Grave O víci tem de ser cult Víci cult: é aquele que nã é percebid quand um hmem nrmal examina a cisa. Se víci é aparente e bem é adquirid, adquirente: Nã fi cautels, u Aceitu defeit Defeit anterir a cntrat de transferência d bem O defeit pde surgir depis, ist é, já existia mas se manifestu psterirmente cm a utilizaçã da cisa. - Garantias Art. 441: Enjeitar a cisa Art. 441. A cisa recebida em virtude de cntrat cmutativ pde ser enjeitada pr vícis u defeits cults, que a trnem imprópria a us a que é destinada, u lhe diminuam valr. A cisa pde ser enjeitada e recuperad preç Ajuizar açã redibitória: devluçã da cisa e restituiçã d preç Art. 442 Abatiment n preç Art. 442. Em vez de rejeitar a cisa, redibind cntrat (art. 441), pde adquirente reclamar abatiment n preç. Açã estimatória (Quanti minris) Sã garantias pcinais e nã cumulativas Praz para prpsitura Decadência u prescriçã Art. 445. O adquirente decai d direit de bter a redibiçã u abatiment n preç n praz de trinta dias se a cisa fr móvel, e de um an se fr imóvel, cntad da entrega efetiva; se já estava na psse, praz cnta-se da alienaçã, reduzid à metade.
10 1 Quand víci, pr sua natureza, só puder ser cnhecid mais tarde, praz cntar-se-á d mment em que dele tiver ciência, até praz máxim de cent e itenta dias, em se tratand de bens móveis; e de um an, para s imóveis. 2 Tratand-se de venda de animais, s prazs de garantia pr vícis cults serã s estabelecids em lei especial, u, na falta desta, pels uss lcais, aplicand-se dispst n parágraf antecedente se nã huver regras disciplinand a matéria. Praz de Garantia Cisa móvel: 30 dias a partir da tradiçã Cisa Imóvel: 1 an a partir da efetiva entrega Exceções: 1 Cisa móvel: 180 dias da ciência d defeit Cisa Imóvel: 1 an da ciência d defeit Nã crre praz de decadência durante a garantia, cntud se defeit se manifestar dentr d períd prejudicad tem 30 dias para cmunicar defeit sb pena de nã fazend cmeçar a fluir praz decadencial. Cláusula de Exclusã de Garantia Pdem as partes estabelecer cláusulas nas relações particulares. Ns cntrats regids pel CDC nã é pssível pr ser a nrma cgente. Vícis Redibitóris n CDC Art. 16 Víci d prdut: sã defeits n prdut Exempl: Liquidificadr que nã funcina Art. 12 Fat d Prdut: Sã acidentes gerads pel prdut Exempl: liquidificadr que explde, óle brnzeadr que causa dença na pele. O interesse é pel víci d prdut O víci nã precisa ser cult Garantias mais diversificadas: Trca d prdut Pssibilidade de exclusã da garantia nã é pssível. Prazs n CDC: Vícis d prdut: decadencial Prduts nã duráveis: 30dias Prduts duráveis: 90 dias Fat d prdut: prescricinal
11 Cntagem: Víci aparente: entrega d prdut Víci cult: evidenciar defeit
12 A EVICÇÃO - O alienante respnde pela psse mansa e pacífica da cisa alienada - Evictr - Evict - Alienante respnde pela evicçã - Requisits Onersidade: Art. 447 Art. 447. Ns cntrats nerss, alienante respnde pela evicçã. Subsiste esta garantia ainda que a aquisiçã se tenha realizad em hasta pública. Exempl: Cmpra e venda; Permuta; Daçã cm Encarg Sentença Judicial A sentença define quem tem direit sbre a cisa. Só após ela adquirente terá perdid a prpriedade da cisa. A exceçã Na apreensã d bem pr autrizaçã plicial, adquirente é evict mesm sem uma sentença. A jurisprudência d STJ é pacífica n sentid de que nem precisa bem ser apreendid pela plícia, se adquirente sabend da irregularidade, entrega bem à plícia, mesm assim crre a evicçã. Chamada d alienante É de extrema imprtância chamar-se alienante, pis se huver perda é alienante que sfre a perda d bem, é just que ele se defenda, além d que, é ele quem tem s arguments para a defesa. Frmas de chamament d alienante a prcess Art. 456. Para pder exercitar direit que da evicçã lhe resulta, adquirente ntificará d litígi alienante imediat, u qualquer ds anterires, quand e cm lhe determinarem as leis d prcess. Parágraf únic. Nã atendend alienante à denunciaçã da lide, e send manifesta a prcedência da evicçã, pde adquirente deixar de ferecer cntestaçã, u usar de recurss. Havia dúvidas se era a denunciaçã da lide a frma brigatória. Causava certa perplexidade a parte perder direit material pr nã ter denunciad à lide. A jurisprudência assentu que nã seria brigatória a denunciaçã da lide cm exceçã d incis I, prque existe dispsitiv de lei material (Art 456 CC) Uma vez que alienante denunciad à lide nã respnda, adquirente está isent de cntestar u apresentar recurs.
13 Fat jurídic anterir à transferência Se após a aquisiçã adquirente bem sfre desaprpriaçã, mesm que adquirente vem a perder bem nã existe a evicçã. Variações da Cláusula de Garantia A cláusula pde sfrer variações: ser excluída, refrçada u reduzida. Direits d Evict Valr da devluçã: Art. 450 parágraf únic Art. 450. Salv estipulaçã em cntrári, tem direit evict, além da restituiçã integral d preç u das quantias que pagu: I - à indenizaçã ds fruts que tiver sid brigad a restituir; II - à indenizaçã pelas despesas ds cntrats e pels prejuízs que diretamente resultarem da evicçã; III - às custas judiciais e as hnráris d advgad pr ele cnstituíd. Parágraf únic. O preç, seja a evicçã ttal u parcial, será d valr da cisa, na épca em que se evenceu, e prprcinal a desfalque sfrid, n cas de evicçã parcial. Exempl: Se alguém adquire um bem pr $40.000 em 1998 e a evicçã se dá em 2001 quand valr era de $ 400.000,00, a restituiçã se dá pel valr da épca da evicçã. Indenizaçã ds fruts a serem restituíds: Art. 450, I Indenizaçã das despesas d cntrat: Art. 450, II Indenizaçã das custas judiciais e hnráris de advgad: Art. 450, III Evicçã Parcial Exempl: Adquire um bem e perde parte dele u adquire um bem e tem limitad seu us pela existência de uma servidã. Alternativas: Art 455 Art. 455. Se parcial, mas cnsiderável, fr a evicçã, pderá evict ptar entre a rescisã d cntrat e a restituiçã da parte d preç crrespndente a desfalque sfrid. Se nã fr cnsiderável, caberá smente direit a indenizaçã. Buscar a rescisã d cntrat. Pleitear cm n víci redibitóri abatiment n preç. Deterirações Mesm deterirada cabe a indenizaçã, excet se pr dl d adquirente, a culpa nã exclui a indenizaçã. Art. 451. Subsiste para alienante esta brigaçã, ainda que a cisa alienada esteja deterirada, excet havend dl d adquirente.
14 Art. 452. Se adquirente tiver auferid vantagens das deterirações, e nã tiver sid cndenad a indenizá-las, valr das vantagens será deduzid da quantia que lhe huver de dar alienante. Benfeitrias Nã abnadas a evict Sã pagas pel alienante. Art. 453. As benfeitrias necessárias u úteis, nã abnadas a que sfreu a evicçã, serã pagas pel alienante. Abnadas a evict Se realizadas pel alienante serã deduzidas da indenizaçã. Art. 454. Se as benfeitrias abnadas a que sfreu a evicçã tiverem sid feitas pel alienante, valr delas será levad em cnta na restituiçã devida. Sentença Judicial A cbrança só pde ser efetuada quand acntecer a sentença. N mesm prcess haverá um títul executiv para adquirente cbrar d alienante tds s prejuízs decrrentes da evicçã.