Qualquer idade. Massa abdominal Assintomático. Benignos. Malignos



Documentos relacionados
5 15% dos tumores renais Benigno > (2:1) Pico: 60 anos. Origem nas células dos ductos coletores Maioria assintomático Esporádicos

TUMORES RENAIS. Benignos. Malignos. Angiomiolipoma; Oncocitoma. Adenocarcinoma renal (90%); Tumor de Wilms; Carcinomas uroteliais da pelve renal.

Neoplasias Renais e das Vias Excretoras. Dr.Daniel Bekhor

Módulo: Câncer de Rim Localizado

Director: Prof. Doutor Caseiro Alves. Andrea Canelas 29/05/2008

Gradação Histológica de tumores

HISTÓRIA NATURAL DOS TIPOS RAROS DE CÂNCER DE MAMA

NEOPLASIAS. MSc. Isabela Brcko

Neoplasias. Adriano de Carvalho Nascimento

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS NEOPLASIAS

PATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos

Perda da uniformidade nas células e desarranjo estrutural tecidual

TUMORES DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL

Residente Anike Brilhante Serviço de Cirurgia Geral Hospital Federal Cardoso Fontes Chefe do Serviço: Antônio Marcílio

Oncologia. Aula 2: Conceitos gerais. Profa. Camila Barbosa de Carvalho 2012/1

Câncer de Rim. Como é o câncer de rim?

Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS NEOPLASIAS

CÂNCER DE MAMA NA SENILIDADE

INSTRUÇÕES PARA O CANDIDATO:

INSTRUÇÕES PARA O CANDIDATO:

UNIC Universidade de Cuiabá NEOPLASIAS CMF IV

Tireóide. Prof. Thais Almeida

Patologia Buco Dental Prof. Dr. Renato Rossi Jr.

Citopatologia mamária. Histologia da mama feminina

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

Linfomas gastrointestinais

TUMORES GIGANTES DE OVÁRIO

Iª Jornada Internacional de CITOTECNOLOGIA. Lesões Glandulares. Anormalidades Epiteliais Glandulares. Marilene F do Nascimento

Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P.

Autópsia-Carcinoma de Reto

Anatomia e Fisiologia Humana SISTEMA URINÁRIO. DEMONSTRAÇÃO (páginas iniciais)

Tumor Desmoplásico de Pequenas Células Redondas: Relato de um caso.

Carcinoma Escamoso Invasor

Agentes... Célula Normal. Causa... Divisão Celular. Célula Neoplásica. Divisão Celular. Físicos Químicos Biológicos. Fatores Reguladores.

Neoplasias 2. Adriano de Carvalho Nascimento

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL. Profª. Thais de A. Almeida Aula 21/05/13

CITOLOGIA ONCÓTICA CÂNCER

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

Cancro da Mama. Estrutura normal das mamas. O que é o Cancro da Mama

TUMORES DE GLÂNDULAS SALIVARES

Câncer. Claudia witzel

Mal formações do trato urinário. Luciana Cabral Matulevic

Faculdade de Ciências Médicas Universidade Nova de Lisboa

Neoplasias Gástricas. Pedro Vale Bedê

1. ASPECTOS HISTOFISIOLÓGICOS DA GLÂNDULA MAMÁRIA

Histologia Animal. multicelularidade. tecido. parazoários eumetazoários. conjunto de células afins que atuam no desempenho de uma determinada função.

O QUE É? O NEUROBLASTOMA. Coluna Vertebral. Glândula supra-renal

LESÕES QUÍSTICAS DO PÂNCREAS - ABORDAGEM DIAGNÓSTICA POR IMAGEM -

Apudoma TABELAS DE PROCEDIMENTOS POR NEOPLASIA E LOCALIZAÇÃO. PROCED. DESCRIÇÃO QT CID At. Prof. Vr. TOTAL

HM Cardoso Fontes Serviço o de Cirurgia Geral Sessão Clínica

LINFOMAS. Maria Otávia da Costa Negro Xavier. Maio -2013

CÂNCER DE COLO UTERINO

ANOMALIAS DO TRATO URINÁRIO UNIDADE DE NEFROLOGIA PEDIÁTRICA HC - UFMG BELO HORIZONTE - BRASIL

Radiographics Nov Abril 2007

Departamento de Diagnóstico por Imagem do I.C.A.V.C. TOMOGRAFIA EM ONCOLOGIA

Apresentador: Dr. Saul Oliveira e Costa Coordenador: Dr. Gustavo Caldas

04/06/2012 INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX. Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX

ATUALIZAÇÃO NEUROBLASTOMA E TUMOR DE WILMS

CÂNCER DE PULMÃO: TUMORES CARCINÓIDES

TUMORES BENIGNOS DOS OVARIOS. Pedro Cordeiro de Sá Filho

29/10/09. E4- Radiologia do abdome

APESP 246 Caso Botucatu. Dra. Viviane Hellmeister Camolese Martins - R2

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

Embriogênese (parte II) Histologia animal (parte I) Natália A. Paludetto

TUMORES DA VESÍCULA E VIAS BILIARES. Dr. Francisco R. de Carvalho Neto

Metástase Cutânea de Carcinoma de Células Claras Renais: Relato de Caso Aichinger, L.A. 1, Kool, R. 1, Mauro, F.H.O. 1, Preti, V.

Tumores mamários em cadelas

Hospital Napoleão Laureano Serviço de Ginecologia CÂNCER DA VULVA. João Marcelo Cadete Ginecologia & Obstetrícia HULW

O QUE É? O TUMOR DE WILMS

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

30/05/2016 DISTORÇÃO ARQUITETURAL DISTORÇÃO ARQUITETURAL. DÚVIDAS DO DIA-A-DIA DISTORÇÃO ARQUITETURAL e ASSIMETRIAS Como vencer este desafio?

2ª. PARTE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

avaliar : como Prof Simone Maia Presidente ANACITO presidente@anacito.org.br

Serviço de anatomia patológica HU-UFJF Janaína Le Sann Nascimento

SISTEMATIZAÇÃO DA ANÁLISE ANÁTOMO-PATOLÓGICA NO CÂNCER GÁSTRICO. Luíse Meurer

Tecido Conjuntivo. Histologia Geral Msc. Rafael Quirino Moreira

CARCINOMA DO OVÁRIO EM MULHER JOVEM QUANDO CONSERVAR?

PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS MÉDICO UROLOGISTA. Cerca de 90% dos cânceres da bexiga são classificados como:

Simone Maia, CMIAC ANACITO / SLAC sevaristo@uol.com.br

Tumor Estromal Gastrointestinal

Neoplasias dos epitélios glandulares II

PICQ Questões. Edição 56

À medida que ocorre a invasão do estroma, a doença torna-se clinicamente manifesta e revela padrões de crescimento visíveis ao exame especular.

ONCOGÊNESE UNESC FACULDADES ENFERMAGEM ONCOLOGIA PROFª FLÁVIA NUNES O QUE É O CÂNCER PROCESSO FISIOPATOLÓGICO 16/08/2015

Hermann Blumenau- Complexo Educacional Curso Técnico em Saúde Bucal. Patologia Bucal. Prof. Patrícia Cé

Discussão de Casos Clínicos Doença Localizada e Localmente Avançada Riad N. Younes William N. William Jr

CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE

SINAIS DE ALERTA DO CÂNCER INFANTIL

SISTEMA URINÁRIO. Prof. Me. Leandro Parussolo

Lesões císticas do pâncreas: abordagem diagnóstica e terapêutica

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC

vulva 0,9% ovário 5,1%

Leucemias e Linfomas LEUCEMIAS

Cirurgia da Supra-Renal: a nossa experiência

Transcrição:

Prof. Thais Almeida

Qualquer idade Massa abdominal Assintomático Benignos Malignos

Adultos: incidência com idade (40%) Assintomáticos Origem no epitélio dos túbulos renais Potencial de malignidade indefinido: ausência de critérios histológicos; > 3,0 cm - malignos. Baixo grau

Córtex renal abaixo da cápsula Nódulo pequeno: < 0,5 cm Bem delimitado Amarelo-acinzentado Solitário Múltiplos: adenomatose renal

Indistinguível do carcinoma de células renais de baixo grau Estruturas complexas ramificadas, papilomatosas

Células cubóides ou poligonais Camada única Citoplasma pequeno Ausência de atipias; raras mitoses Fendas intranucleares (grooves); psamomas Podem formar túbulos, glândulas, cordões ou ninhos

5 15% dos tumores renais Benigno > (2:1) Pico: 60 anos Origem nas células dos ductos coletores Maioria assintomático Esporádicos Oncocitose: nódulo dominante

Acastanhados a amarelos Tamanho variável até 12 cm Bem delimitados Cicatriz central estrelada (33%) TC / RNM

Células grande com citoplasma eosinofílico Redondas a poligonais Núcleos pequenos, redondos Organizadas em ninhos

Adenocarcinoma 85% dos tumores renais em adultos > (2:1) 50 70 anos Origem no epitélio tubular Esporádicos / familiares (raros)

Doença de Von Hippel-Lindau: Sd autossômica dominante perda da função de gene supressor de tumor Tumor SNC + hemangioblastoma de retina + cistos em rins, fígado, pâncreas + feocromocitoma + tumores de células claras 50% apresentam CCR múltiplos

Fatores de risco: Tabagismo Obesidade HAS Exposição ocupacional (petróleo, metais, amianto) Doença renal cística adiquirida Doença renal crônica

Quadro clínico: Massa abdominal Hematúria Dor em flanco Tríade clássica Anemia; febre; perda de peso Varicocele escrotal: v. gonadal esquerda

Quadro clínico: Síndrome paraneoplásica: hipercalcemia parato-hormônio HAS renina policitemia eritropoietina Sd. Cushing - ACTH

Diagnóstico: Quadro clínico + exame físico Ultrassonografia de abdome massa abdominal TC com contraste vascularização RNM Urografia excretora Biópsia renal

Bem delimitados, tamanho variável (média 7 cm) Solitários Amarelado (lipídios) a acinzentado Necrose; hemorragia Pólos renais

Invasão de estruturas do hilo: vasos; ureter v. renal v. cava inferior átrio direito

Variantes histológicas: Células claras convencional (70 80%); Papilífero (10 15%); Cromófobo (5%); Carcinoma dos ductos coletores (1%).

Células claras: Células poligonais ou redondas grandes Citoplasma amplo, claro (lipídios) ou granular Padrão sólido, trabecular ou tubular Vasos ramificados Núcleo variável (grau nuclear Fuhrman)

Papilífero: Doença renal cística e diálise Maior incidência de multicentricidade e bilateralidade Prognóstico melhor Tumor pouco vascularizado TC com contraste

Papilífero: Padrão arquitetural formando papilas

Papilífero: Eixo papilar contendo macrófagos espumosos Camada única de células cubóides ou colunares Núcleo variável Psamomas

Cromófobo: Melhor prognóstico dentre os CCR Nódulo solitário, bem delimitado Cinza a acastanhado

Cromófobo: Células com citoplasma abundante eosinofílico Halo perinuclear (mucina) Núcleos redondos a achatados Multi ou binucleação Disposição em trabéculas

Oncocitoma renal x CCR cromófobo Núcleos redondos e regulares com pequenos nucléolos inconspícuos Núcleos mais hipercromáticos e irregulares; halo claro perinuclear

Oncocitoma renal x CCR cromófobo Ferro coloidal (Hale): Oncocitoma: negativo ou focalmente positivo membrana Carcinoma cromófobo: citoplasma fortemente positivo

Oncocitoma renal x CCR cromófobo Cicatriz fibrosa central Ausência de cicatriz

Carcinoma dos ductos coletores (ductos de Bellini): Origem nas células dos ductos coletores (medula) Homens jovens Prognóstico péssimo (muito agressivo) Geralmente, metástases ao diagnóstico Centrais - medula

Carcinoma dos ductos coletores (ductos de Bellini): Arquitetura tubulopapilífera Núcleos grandes; pequeno citoplasma (alto grau) Estroma fibrótico (reação desmoplásica)

Prognóstico: Variante histológica Tamanho tumoral (7 cm)* Invasão de cápsula e gordura peri-renal* Invasão de v. renal* Metástase linfonodal* Metástase à distância* Margens cirúrgicas * TNM - estadiamento

Prognóstico: Grau nuclear de Fuhrman: 1 Núcleo redondo e pequeno. 2 Núcleo pouco maior; nucléolo visível, porém pequeno; cromatina levemente irregular. 3 Núcleo ainda maior; nucléolo facilmente visível. 4 Pleomorfismo evidente: núcleos variados; nucléolo grande; cromatina irregular.

Metástases: Pulmão > ossos > fígado > cérebro Linfonodos Presente ao diagnóstico em 30% dos casos

Tratamento: Nefrectomia radical + adrenalectomia (retirada da gordura peri-renal) Não é sensível à quimio / radioterapia Nefrectomia parcial: bilateral; rim único Metástase / intratável cirurgicamente: imunoterapia (IFN ; IL-2)

Origem no epitélio urotelial (transicional): bexiga, uretra, ureter e pelve renal 5 10 % dos tumores renais > 60 70 anos Brancos

Fatores de risco: Tabagismo Abuso de analgésicos Cafeína Infecção crônica Litíase Ciclofosfamida

Quadro clínico: Hematúria Hidronefrose - obstrução Dor em flanco Massa abdominal Comum presença do tumor em bexiga (sincrônico / metacrônico)

Estágios variados de evolução: - lesões planas, cinza a avermelhada (in situ) - lesões exofíticas papilíferas - nódulos de tamanho variável pelve renal Envolvimento secundário de ureter Invasão de vasos hilares

Microscopia: = carcinoma urotelial da bexiga Displasia epitelial carcinoma in situ carcinoma invasivo Não papilífero Papilífero Atipias nucleares; mitoses; pleomorfismo celular

Graduação histológica: Carcinoma invasivo Intensidade da atipia celular e presença de mitoses Grau 1 Grau 2 Grau 3 Baixo grau Alto grau

Prognóstico: Estadiamento TNM (extensão / linf. / metástases) Grau histológico baixo / alto Ruim Sobrevida em 5 anos: não invasivo 50 100% invasivo 10%

Nefroblastoma Tumor renal mais comum da infância 4º tumor maligno pediátrico 2 10 anos (2 5anos) = Bilateralidade: 5 10% (sincrônico / metacrônico) Esporádicos / síndromes genéticas

Síndrome WAGR: aniridia + anomalias genitais + retardo mental Síndrome Beckwith-Wiedemann: onfalocele + macroglossia + organomegalia Síndrome de Denys-Drash: anormalidades genitais + nefropatia Neuroblastoma; retinoblastoma; osteossarcoma

Origem em restos nefrogênicos Mutação no gene WT1 supressor de tumor Quadro clínico: Massa abdominal Ruptura traumática Obstrução intestinal; HAS Hematúria; dor abdominal (incomuns)

Massa única, homogênea Bem delimitado Tamanho variável (geralmente > 5 cm) Consistência macia Pardo a acinzentado Hemorragias, necrose, cistos

Componentes microscópicos: blastêmico epitelial estromal Restos nefrogênicos no parênquima adjacente (bilateralidade) - acompanhamento

Blastêmico: Células pequenas azuis Redondas a ovais Citoplasma escasso Arranjo difuso, em nódulos, serpinginoso ou basalóide (paliçada)

Epitelial: Túbulos e glomérulos de aspecto embriológico Túbulos pequenos com luz central e camada única de células

Estromal: Células fusiformes semelhantes ao fibroblasto Pode haver diferenciação em músculo liso ou esquelético, tecido adiposo, cartilagem, osso, tecido neuronal

Anaplasia: 5% dos tumores Células grandes, núcleos pleomórficos e hipercromáticos Mitoses atípicas Mutação no gene p53 Prognóstico: resistência à quimioterapia

Prognóstico: Idade: < 2 anos Tamanho do tumor Anaplasia Diferenciação tubular ou glomerular extensa Produção de mucina Estadiamento - extensão, linfonodos, metástases Unilaterais: 80 90% de cura

Disseminação e metástases: Gordura peri-renal; supra-renal; v. renal Pulmão; fígado; peritônio Tratamento: Nefrectomia total + radio / quimioterapia Avaliar rim contra-lateral