NEOPLASIAS. MSc. Isabela Brcko
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- Lúcia Machado Porto
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1 NEOPLASIAS MSc. Isabela Brcko
2 Proliferações locais de clones celulares cuja reprodução foge ao controle normal, e que tendem para um tipo de crescimento autônomo e progressivo, e para a perda de diferenciação
3
4 12º
5 CÂNCER - SINAIS DE ALARME (AMERICAN CANCER SOCIETY) ALTERAÇÕES DOS HÁBITOS INTESTINAIS (CONSTIPAÇÃO/DIARRÉIA) OU URINÁRIOS FERIDAS QUE NÃO CURAM SANGRAMENTO NÃO USUAL; EXPECTORAÇÃO, FEZES OU URINA COM SANGUE ENDURECIMENTO OU INCHAÇO LOCALIZADO NA MAMA OU EM OUTROS LOCAIS INDIGESTÃO OU DIFICULDADE EM DEGLUTIR ALTERAÇÕES DO TAMANHO, COR, TEXTURA OU FORMA DE VERRUGAS OU OUTROS SINAIS DA PELE TOSSE PERSISTENTE OU ROUQUIDÃO PERDA DE PESO RÁPIDA E ACENTUADA SEM EXPLICAÇÃO
6 Displasia: Menos reversível; alteração do tamanho, forma celular (pleomorfismo) e arquitetura do tecido. Ex. lesão pré-cancerosa, bronquite crônica Metaplasia: Conversão reversível de um tipo de célula noutro; Ex. alteração do epitélio ciliado pseudoestratificado respiratório por irritação do fumo do cigarro redução da função mucolítica Neoplasia: alteração irreversível do padrão de crescimento celular com rotura de função morte.
7 COMPONENTES DAS NEOPLASIA Parênquima: Células neoplásicas proliferadas que mais tarde darão a designação do tumor Estroma : componente responsável pela sustentação e nutrição dos neoplasmas. Constituído de tecido conjuntivo fibroso e vasos sanguíneos (fator de crescimento próprio do tumor)
8 Diferenciação: grau em que as células neoplásicas assemelham-se às células normais. Diferenciação e Anaplasia Benigno: células bem diferenciadas (semelhantes às células do tecido de origem) Malignas : células com grau variável de diferenciação (cels. anaplásicas) Características da células anaplásicas: Pleomorfismo Núcleo hipercromático Relação núcleo-citoplasma aumentada Aumento no tamanho e número dos nucléolos Mitoses atípicas
9 NOMENCLATURA: Benignos: sufixo oma + tecido de origem Malignos: carcinoma (origem epitelial) sarcoma (origem mesenquimal) Obs. Algumas neoplasias malignas, porém, utiliza-se a regra de nomenclatura das benignas. Ex.: linfomas (origem mesenquimal hematopoiética), melanoma (origem epitelial)
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11 NEOPLASIAS BENIGNAS
12 Papiloma de bexiga Originadas em epitélios Epitélio de revestimento Papiloma: epitélio dispõe-se em arranjo papilífero, semelhante a couve flor, ao longo de delicados eixos conjuntivo-vasculares longos e finos, recobertos por epitélio do tipo urotelial.
13 O epitélio do papiloma é semelhante ao urotélio normal, com até 7 camadas de células sem atipias ou mitoses, ou ambas são raras Estroma, na base das papilas, não apresenta infiltração Principal sinal clínico: hematúria - presença anormal de eritrócitos na urina - (até 85% dos casos)
14 Adenomas tubulares Origem: Epitélios de revestimento e glandular de uma mucosa Pólipo: tecido que se eleva sobre o plano da mucosa Pólipos pequenos (sésseis) = hiperplasia Pólipos maiores (pedunculados) = adenomas. No intestino grosso, pólipos são raros na juventude, mas tornam-se comuns a partir da meia idade Baixa chance de malignização
15 Denominado adenomas tubulares : predomínio de glândulas tubulares que se aprofundam no estroma do pólipo Superfície dos adenomas tubulares: lisa ou finamente aveludada Geralmente pedunculados
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17 Adenoma da tiróide Tumor delimitado por uma cápsula fibrosa, e o aspecto do tecido neoplásico é regular É constituído por um só nódulo, e deriva de mutação somática em uma única célula Ausência de infiltração neoplásica da cápsula e vasos (critério de diferença entre adenoma e adenocarcinoma) Comuns na população geral (4%-7%). Contudo, nódulos subclínicos ( 50% na população feminina 50 anos) Apenas 5%-10% representam risco de malignidade para o paciente
18 Pequenos folículos (muito menores que o normal) Geralmente sem colóide Células são cúbicas ou colunares baixas, com núcleo redondo e cromatina densa, mas bem distribuída Ausência de atipias celulares, mitoses ou necrose Tireóide normal Maior diâmetro dos folículos Aspecto homogêneo e tonalidade rósea do colóide Finas traves de estroma (delimitando os lóbulos tiroidianos
19 Cistadenoma do ovário Forma mais comum de neoplasia epitelial benigna do ovário A superfície dos cistos pode ser lisa (como na imagem) ou papilífera Origem: ductos de Müller Material secretado pelo epitélio neoplásico fica retido no interior de cistos: cistadenoma
20 Epitélio tipo tubário (seroso): presença de cílios na superfície Áreas claras e frouxas devem-se a edema Projeções papilíferas voltadas para o interior do cisto, são recobertas por uma só camada de células Não há atipias, mitoses ou necrose
21 Fibroadenoma da mama Tumor benigno mais comum da mama feminina idade fértil < 30 anos Massa palpável, sensível aos níveis hormonais Delimitado do tecido mamário adjacente e encapsulado (cápsula fibrosa) Origem: Estroma mamário - tecido conjuntivo Composição: estroma fibroso e ductos Mama normal: Microscopia: glândulas se organizam em lóbulos dupla população celular (células epiteliais e mioepiteliais) Fibroadenoma: glândulas não se organizam estroma é frouxo (células estreladas separadas por material intersticial levemente basófilo) dupla população celular (células epiteliais e mioepiteliais
22 Mama normal Fibroadenoma ESTROMA INTRALOBULAR
23 Leiomioma uterino Origem: musculatura lisa (miométrio) Neoplasia mais comum da espécie humana: 1/4 das mulheres em idade reprodutiva Causam: dores pélvicas e sangramento abundante durante o período menstrual (hipermenorréia) ou fora dele (metrorragia) Nódulo neoplásico bem delimitado, não encapsulado, com superfície externa lisa, constituído por tecido muscular liso semelhante ao tecido de origem. Corte mostra o aspecto fasciculado característico
24 MIOMÉTRIO NORMAL LEIOMIOMA MENOR CELULARIDADE MAIOR CELULARIDADE FIBRAS MUSCULARES LISAS ARRANJO EM FEIXES ARRANJO EM FEIXES EM VÁRIAS DIREÇÕES Em ambos: ausência de atipias, mitoses ou necrose
25 NEOPLASIAS MALIGNAS
26 Apresentam infiltração e/ou metástases Carcinoma: origem epitelial (qualquer tipo) Adenocarcinoma: origem epitélio glandular (exócrino ou endócrino) Sarcoma: de origem mesenquimal
27 Carcinoma epidermóide Não melanoma Um dos tumores mais comuns (20% das lesões malignas da pele) Invasivo (metástase 1-5%) Frequência: pessoas de meia idade; pele clara e em áreas da pele expostas ao sol Características: lesões ulceradas, mais ou menos circunscritas Constituição: células que imitam as da epiderme normal; arquitetura desorganizada, pleomorfismo, atipias nucleares e mitoses típicas e atípicas
28 O tumor infiltra a derme na forma de linguetas rombudas
29 Área diferenciada: cels. imitam a epiderme normal (poucas atipias e presença de corneificação) Área menos diferenciada: corneificação é observada somente em células isoladas, ou mesmo é ausente (maior grau de atipias). Maior grau mitótico (mitoses atípicas) Grau de diferenciação histológica varia de uma área para outra do mesmo tumor
30 Adenocarcinoma da mama Origem: Epitélio glandular Carcinoma da mama é o tumor maligno mais frequente no sexo feminino (30% de todos os cânceres) Frequência: 1:9 mulheres Tumor apresenta-se deformado e retraído Pele apresenta superfície finamente irregular, dando aspecto em casca de laranja Retração dos mamilos e a aparência da pele devem à desmoplasia
31 Desmoplasia: tecido infiltrado com proliferação fibroblástica e produção de colágeno consistência dura Formação de cordões sólidos de cels. neoplásicas que infiltram difusamente o tecido mamário e adiposo Na periferia: mal delimitado e sem cápsula infiltração do tecido adiposo e mamário pré-existente
32 Osteossarcoma (de tíbia) Origem: osteoblastos Sarcomas mais comuns (correspondem a 20% dos tumores primários dos ossos - 60% no joelho) Frequência: 75% dos casos ocorrem antes dos 20 anos Tumores agressivos; crescimento rápido Sintomas: aumento de volume, dor no local, ou fratura patológica 20% dos pacientes já têm metástases pulmonares no diagnóstico Ao corte: massa esbranquiçada infiltrada: destruição da metáfise e diáfise do osso Característico o levantamento do periósteo. Triângulo de Codman: deposição reativa de osso neoformado entre o periósteo e a superfície do osso
33 Histologicamente: Constituição: células atípicas sem organização ÁREAS RICAS EM OSTEÓIDE: Característico: deposição abundante de matriz óssea (matriz osteóide eosinófila, distribução em trabéculas que lembram as de osso imaturo) e produção de cartilagem pelas cels. neoplásicas Frequente deposição de sais de cálcio (calcificação) no osteóide - áreas roxas Celularidade é baixa e é difícil encontrar mitoses nesta região Obs. quantidade de osteóide não tem relação com o prognóstico da neoplasia
34 ÁREAS POBRES EM OSTEÓIDE Alta celularidade Pouca produção de matriz (ou ausente) Poucas calcificações Núcleos ovalados, com cromatina frouxa e nucléolos evidentes Mitoses presentes
35 LINFOMAS Neoplasias do sistema linfóide que ocorrem primariamente nos linfonodos, mas podem ter início em outros órgãos extra-nodais Divididas em dois grandes grupos: linfoma de Hodgkin: ocorrem em um tipo de célula linfoide (célula de Reed-Sternberge) Linfoma de não-hodgkin (> 40 formas) : podem surgir em outras células do sistema linfático
36 LINFOMA DE HODGKIN LINFOMAS NÃO- HODGKIN Progressão da doença Localização do tumor primário Estádio ao diagnóstico Início: linfonodos cervicais, Progredindo topograficamente no organismo por contiguidade. Linfonodos. Acometimentos extra-nodais: tumor secundário. Mais freqüentemente I e II. Frequentes os casos com acometimento sistêmico, inclusive com leucemização. Frequente acometimento primário de órgãos extranodais (40% dos casos). Sítios extra-nodais frequentes: estômago, o anel de Waldeyer, pele Depende do tipo histológico: linfomas altamente agressivos (IV). Nos agressivos, geralmente I, II ou III. Biologia da célula neoplásica Histologia Predominância linfocitária nodular é de origem linfóide B. Nos demais tipos as células neoplásicas (Hodgkin e Reed- Sternberg) são, segundo novas evidências, de origem linfóide B (98%) ou raramente T (2%). As células neoplásicas são a minoria (< 1%) em um fundo de células reativas (linfócitos, plasmócitos, eosinófilos), na maioria dos casos. São originados em células B (maioria no mundo ocidental, cerca de 80-90%), T (cerca de 10 a 20%) ou NK (natural killer, raros). Poucos exemplos de fenótipo null (não B-não T) As células neoplásicas distribuem-se por todo o tecido acometido, com poucas células inflamatórias reativas, na maioria dos casos.
37 FREQÜÊNCIA DOS LINFOMAS POR FAIXA ETÁRIA 0-5 anos 5-20 anos anos anos > 40 anos LINFOMA DE HODGKIN INDOLENTE - - raro +/ LINFOMA NÃO-HODGKIN AGRESSIVO +/ ALTAMENTE /- +/- AGRESSIVO
38 Linfoma de Hodgkin : linfonodos Cápsula espessa (faixa rósea na superfície) Presença de traves de fibrose Pequenos focos de necrose coagulativa
39 INFILTRADO MISTO CELS. REATIVAS (macrófagos, células epitelióides, plasmócitos, eosinófilos) CÉLULAS ATÍPICAS CÉLULAS DE REED-STERNBERG: célula binucleada com nucléolos grandes e eosinófilos, dando o clássico aspecto em olho de coruja. O citoplasma é abundante e eosinófilo. Pode haver exemplos tri- ou polinucleados. Só as células de Reed-Sternberg são consideradas diagnósticas da doença de Hodgkin, ou seja, seu encontro é obrigatório para fechar o diagnóstico CÉLULAS DE HODGKIN: células mononucleadas de núcleo com nucléolo proeminente Apenas as células atípicas são neoplásicas
40 LEUCEMIAS Definição: proliferação neoplásica (autônoma, descontrolada) de uma linhagem de células anormais do sistema hemopoético, que resulta em maior ou menor derramamento destas células neoplásicas no sangue Categorias: Mielóide e linfóide Subcategorias: Aguda e crônica Aguda: progressão rápida, que afeta a maior parte das células que não estão formadas Crônica: progride lentamente e permite o crescimento de um maior numero de células diferenciadas
41 Leucemia mielóide aguda 25-30% dos casos (adultos) tem cura Destruição das linhagens hemopoéticas normais: redução acentuada do número de hemácias, leucócitos maduros e plaquetas no sangue periférico. Consequências clínicas: anemia, tendência a infecções graves (pela leucopenia) e a hemorragias (pela plaquetopenia)
42 LEUCEMIA MIELÓIDE AGUDA MEDULA ÓSSEA NORMAL Maior celularidade desaparecimento dos adipócitos Aspecto monótono Blastos mielóides: núcleos ovalados, indentados ou reniformes Citoplasma evidente, mas relativamente escassos Numerosas mitoses.
43 Metástase Órgãos mais afetados: pulmão, fígado, rins, cérebro e ossos. Teorias que explicam essa predileção: Fisiologia tecidual desses órgãos Arquitetura vascular do órgão e a fisiologia de circulação, propiciando o contato das células neoplásicas com esses órgãos Obs. uma célula que atinge a corrente sanguínea não causará obrigatoriamente metástase (pode ser destruída ou formar um êmbolo e um trombo) Após penetra no interstício, a massa neoplásica pode se instalar fragilmente e iniciar sua multiplicação (formando-se daí a metástase), ou cair novamente na corrente sanguínea, continuando seu caminho. Momentos inicias da disseminação das células tumorais por via hematogênica V = vaso sanguineo
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