CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE
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1 CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE Hospital Municipal Cardoso Fontes Serviço de Cirurgia Geral Chefe do serviço: Dr. Nelson Medina Coeli Expositor: Dra. Ana Carolina Assaf 16/09/04
2 René Lambert
3 DEFINIÇÃO Carcinoma restrito a mucosa ou mucosa e submucosa, independente da presença ou ausência de metástases linfonodais (JSGE, 1962)
4 EPIDEMIOLOGIA O Câncer gástrico é a maior causa de morte por doenças malignas (Nakamura, 1992cancer), é a segunda (INCA, 1999 Brasil) Idade: > 6ª década; (ocidente) Sexo: masculino > feminino (2,1: 1)
5 EPIDEMIOLOGIA 2 (JAPÃO x OCIDENTE) CG precoce / CA gástrico ressecados: Ocidente: < 19 % Japão: > 50 % (rastreamento e faixa etária)
6 EPIDEMIOLOGIA 3: BRASIL (Lourenço, Gastric cancer, 2001 Brasil) CA gástrico é a 2ª maior causa de mortes por câncer; mortes/ano 4º câncer de maior incidência Prevalência maior no norte-nordeste;
7 HISTÓRICO 1883: Hauser: invasão epitelial limitada à muscular da mucosa em peças de câncer; 1903: Versé: 7 casos de CGP em necrópsia A partir de 1950: desenvolvimento da EDA e exame radiográfico em duplo contraste 1962: JSGE (sociedade japonesa de endoscopia gastroenterológica) 1997: AJCC/UICC: adotou o nº de linfonodos no estagiamento do TNM.
8 ETIOLOGIA (Precursores) condição lesão (histol) pré-cancerosa Pólipo gástrico (adenomatosos 69,2%) Gastrite crônica atrófica e metaplasia intestinal Anemia perniciosa? Coto gástrico Doença de Ménétrier e pâncreas aberrante Displasia gástrica
9 ETIOLOGIA (Fatores de risco) Idade >40 anos; História familiar; Grupo sangüíneo A; Cirurgia gástrica prévia; Naturalidade; H. Pylori; Dieta com nitritos; Dieta com sal?
10 QUADRO CLÍNICO Dor epigástrica; Náusea ou vômitos; Anorexia; Perda de peso; Hematêmese ou melena; Outros.
11 DIAGNÓSTICO O diagnóstico do Câncer Gástrico Precoce só pode ser revelado frente à comprovação histopatológica. Porém, pode ser suspeitado antes de sua ressecção.
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14 DIAGNÓSTICO 1 (Rastreamento) Endoscopia digestiva alta; Quando se fazer?
15 DIAGNÓSTICO 2 Exame físico, bioquímica sangüínea normais Rx de duplo contraste : exige pessoal treinado! Endoscopia Digestiva (atentar para outros focos) EDA + Biópsia US Abdominal; TC Intra-operatório: Bx congelação e pesquisa de linfonodos.
16 Diagnóstico 3 Ecoendoscopia: Acurácia: 85% na invasão da parede Desvantagens:»Caro;»Raro;» Operador-dependente;» Requer profundo tratamento
17 CLASSIFICAÇÃO (Sakita) Tipo I: Protruso Tipo II: Superficial IIa: elevado IIb: plano IIc: deprimido Tipo III: Escavado
18 CLASSIFICAÇÃO
19 CLASSIFICAÇÕES (Kodama)
20 TRATAMENTO Endoscópico Cirúrgico
21 TRATAMENTO (Endoscópico) Ressecção mucosa endoscópica: Indicações: Hamada, 1996: tipo IIa <2cm sem ulceração; tipo IIc <1cm sem convergência de pregas; diferenciado Fukuoka e Sugimachi, 2001: mucoso <3cm elevado ou deprimido sem ulceração bem ou moderadamente diferenciado Ablação por laser;
22 MUCOSECTOMIA
23 MUCOSECTOMIA
24 TRATAMENTO (Cirurgia) A cirurgia curativa é o único tratamento que oferece a possibilidade de cura quando há doença localizada.
25 Gastrectomia subtotal ou total? (Huguier, Gastric Cancer, 2002 Paris): Kasakura: todos os pacientes com CGP devem ser submetidos à gastrectomia total Multicentricidade de 8 a 10 %; Incidência de tumor remanescente: 0 a 3,4% O risco de possível margem positiva proximal a lesão não se justifica se fazer gastrectomia total para todos os casos de CGP.
26 Linfadenectomia a D1, D2 ou D3 Ocidente = menor ressecção X Japão = maior; Benefício de D2 é apenas 5% dos cânceres que acometem a submucosa.(roukos, A.S.O Grécia) = estudo com pacientes. Taxa de linfonodos acometidos Mucosos; <4,5cm; bem diferenciados 0 % Submucoso ou >4,5cm 27 % Submucoso e >4,5cm >56 %
27 Mapeamento de linfonodo-sentinela Injeção de 2,5 ml de colóide marcado por Tc99m por EDA, em 4 pontos ao redor do tumor, na véspera da cirurgia e tinta violeta; Durante a cirurgia, ressecam-se os linfonodos azulados e confirma-se a radiatividade por irradiação.
28 SEGUIMENTO História + Exame físico + Bioquímica Endoscopia com Biópsia Anualmente nos primeiros 5 anos. US e TC suspeita de metástases hepáticas Consultas» de 3 em 3 meses nos 2 1ºs anos;» 6 em 6 meses entre o 2º e o 5º ano;» Anualmente após o 5º ano
29 PROGNÓSTICO Excelente, Sobrevida em 5 anos: 90%(Japão) 70 a 90% (Ocidente) Sobrevida em 10 anos: 77 a 85% Principal causa de mortes: recorrência e progressão.
30 FATORES PROGNÓSTICOS Idade; Sexo; Tamanho do tumor; Diferenciação histológica; Localização do tumor; Tipo de crescimento tumoral; Invasão sangüínea, linfática e perineural. PROFUNDIDADE TUMORAL LINFONODOS ACOMETIDOS.
31 Profundidade tumoral Relação profundidade com a invasão linfática: Mucosa: 0 a 7% Submucosa: 15 a 30% (Basili, G World Journal of Surgery, 2003)
32 Status Linfonodal Invasão para a 2ª estação: sobrevida em 5 anos cai para menos de 50%; Envolvimento de 3 ou mais linfonodos é um fator prognóstico importante, devendo inclusive se pensar em Quimioterapia Adjuvante (Shimada, Gastric Cancer 2001, Japão)
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