Project Finance Aula 1 Prof. Dr. Eduardo Luzio (11-2362- 7074 / 98115-6932 / eduardo@gerovalor.com.br) Blog: hmp:/eduardoluzio.wordpress.com Linked In: Eduardo Luzio São Paulo, 2015
Project Finance: Aplicações Projetos de InvesUmento de Longo Prazo Projetos de Infraestrutura PrivaUzações, Concessões, PPPs, Autorizações 2
Referências Anua0, F. & Figueira de Mello, M. (2008), Regulação da Infraestrutura no Brasil: Casos DidáUcos, Ed. Singular. Brealey, R. & Myers, S. (2006), InvesUmento de Capital e Avaliação, Ed. Bookman. Finnerty, J.D. (1996), Project Finance, Qualitymark Ed. Luzio (2015), Finanças CorporaOvas: Teoria & PráOca, Cengage, 2a. Edição. Lopes Enei, J.V. (2007), Project Finance, Ed. Saravia. NeviX, P.K. & Fabozzi, F.J. (2000), Project Financing, Euromoney Books. Parâmetros estrangeiros para cálculo do WACC: www.damodaran.com 3
Posts: eduardoluzio.wordpress.com Geração e Destruição de Valor: hxp://eduardoluzio.wordpress.com/2014/06/10/quanto- tempo- dura- uma- empresa/ hxp://eduardoluzio.wordpress.com/2014/06/16/como- as- empresas- geram- ou- destroem- valor/ Avaliação de Empresas: hxp://eduardoluzio.wordpress.com/2011/09/09/bola- de- cristal- o- possivel- e- o- razoavel- desafios- da- avaliacao- de- empresas/ hxp://eduardoluzio.wordpress.com/2010/06/18/projecoes- nominais- ou- em- moeda- constante/ hxp://eduardoluzio.wordpress.com/2010/06/18/desafios- de- esomar- o- custo- de- capital/ Capital de Giro: hxp://eduardoluzio.wordpress.com/2014/03/21/capital- de- giro- remedio- ou- veneno/
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Conteúdo 1. Definição: Teoria x PráOca 2. Conceitos Necessários 3. Essência 4. Agentes Envolvidos 5. Estudo de Caso: LT Saramago Análise de Viabilidade Três diferentes Opos de TIR Covenants Análise de Sensibilidade Leilão 6. Simulação do Leilão 6
Corporate Finance: Fluxos e Riscos Consolidados Sócios Sócios E1 E1 D1+D2+D3+D4... FOC 1 D1 FOC 1 P2 P3 P4... Uma empresa é uma coleção de projetos (B&M) Quanto tempo dura uma empresa? 7
Project Finance: Fluxos e Riscos Segmentados Sócios Sócios Sócios Sócios E1 E1 P2 P3 D1 FOC 1 D1 FOC 1 D2 (FOC 2) D3 (FOC 3) Quais são os limites para o crescimento com o Project Finance? 8
Project Finance: Fluxos e Riscos Segmentados Sócios Sócios Sócios Sócios E1 E1 P2 P3 D1, C1 FOC 1 D1 FOC 1 D1/C1 D2, C2 (FOC 2) D2/C2 D3, C3 (FOC 3) D3/C3 Com a segmentação do risco, a possibilidade de alavancagem do capital próprio pode ser maior do que o consolidado. 9
Definição: na teoria e na práuca Teoria: PF pode ser definido como a CAPTAÇÃO DE RECURSOS para financiar um PROJETO de invesomento de capital ECONOMICAMENTE SEPARÁVEL, no qual os provedores de recursos vem o fluxo de caixa vindo do projeto como FONTE PRIMARIA de recursos para atender ao serviço de seus emprésomos e fornecer o retorno sobre o capital invesodo no projeto. (Finnerty) Projeto financeiro ou financiamento relacionado a projeto: é uma forma de engenharia financeira suportada contratualmente pelo fluxo de caixa de um projeto, servindo como garanoa os aovos e recebíveis desse mesmo projeto. (fonte: BNDES, hxp://www.bndes.gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/insotucional/apoio_financeiro/produtos/ Project_Finance/index.html, acesso em 06/04/2015, as 12:00). 10
Definição BNDES Considera- se colaboração financeira estruturada sob a forma de project finance a operação de crédito realizada que possua, cumulauvamente, as seguintes caracterísocas: 1. O cliente deve ser uma Sociedade por Ações com o propósito específico de implementar o projeto financiado, consutuída para segregar os fluxos de caixa, patrimônio e riscos do projeto; 2. Os fluxos de caixa esperados do projeto devem ser suficientes para saldar os financiamentos; 3. As receitas futuras do projeto devem ser vinculadas, ou cedidas, em favor dos financiadores; 4. O Índice de Cobertura do Serviço da Dívida (ICSD) projetado para cada ano da fase operacional do projeto deve ser de, no mínimo, 1,3; o ICSD poderá ser de, no mínimo, 1,2, desde que o projeto apresente Taxa Interna de Retorno (TIR) mínima de 8% a.a. em termos reais. 5. O capital próprio dos acionistas deve ser de no mínimo 20% do invesumento total do projeto. 6. Os contratos da operação devem vedar a concessão de mútuos do cliente [projeto] aos acionistas (...) 11
NA PRÁTICA... 12
Diferentes Fases de Exposição à Riscos do Projeto Ex.: LT Saramago Risco Pré Operacional Operacional + AmorUzação Dívida Planejamento Desalavancado Anos P1 2006/07 C1/2 2008 OP1 2019 OP12 2037 OP30
GaranUas Exigidas pelo BNDES Fase Pré- Operacional Acionistas: complementação de capital para finalizar implantação Celebração de contratos que obriguem os EPCistas a concluir o projeto dentro do orçamento, em data previamente especificada e conforme as especificações técnicas. Seguro garanoa, em benewcio dos financiadores. Caso haja dúvida sobre a capacidade financeira dos acionistas (...), deverá ser exigido o aporte antecipado do capital próprio Fase Operacional Penhor (...) das ações representaovas do controle da beneficiária. Penhor (...) dos direitos emergentes do contrato de concessão, quando houver. Outorga (...) do direito de assumir o controle da beneficiária (...) GaranOas reais: 130% do valor do financiamento 14
Project Finance: Partes & Todo Análise de Viabilidade Financeira (VPL, TIR) Estratégia Financeira (FLC, covenants) IdenUficação e Estratégia de MiUgação de Riscos Concepção Operacional & Mercado (Projeto) Project Finance Estrutura Contratual, GaranUas & IncenUvos 15
Agentes Envolvidos Governo Patrocinadores (Sponsors) Operador & Mantenedor (O&M) Financiadores Consumidores (Off-takers) Empresa de Propósito Especial ( SPE ) Seguradoras Fornecedores de insumos Construtor ( C ) Engenharia ( E ) Fornecedores de equipamentos ( P )
Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara Livro dos Conselhos (Apud, Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago) O CASO SARAMAGO 17
Saramago: Premissas do Cenário Base Período de concessão Receita anual permitida 30 anos a partir do start-up. Início da operação Janeiro de 2008. R$ 100 milhões, com redução a metade no 16 º ano de operação até o final da concessão. Tempo de construção 2 anos (Janeiro de 2006 a Dezembro de 2007). Moeda Impostos sobre a receita Imposto de renda (IR&CS) Despesas de O&M Seguros Spread acima da TJLP Financiamento do BNDES Custo de construção Taxa de depreciação Constante: expurga o efeito da inflação no modelo. 5% da receita bruta anual. 34% do lucro antes dos impostos. R$ 5 milhões por ano. 3% ao ano sobre a receita líquida. 5% ao ano. 70% em TJLP+5%, por 14 anos, sendo 2 anos de carência de juros e principal, Sistema de Amortização Constante ( SAC ). R$ 400 milhões. Esse orçamento embute uma margem de lucro para o EPC de 20% Pelo prazo da concessão (3,3% ao ano) 18
Diferentes Fases de Exposição à Riscos do Projeto Ex.: LT Saramago Risco Pré Operacional Operacional + AmorUzação Dívida Planejamento Desalavancado Anos P1 2006/07 C1/2 2008 OP1 2019 OP12 2037 OP30
Caso Saramago: Inputs x Outputs O&M (Cen. Base: R$ 5 M por ano) TIR Desalavancada ou do Projeto (TIR- D) EPC (Cen. Base: R$ 400 M em 2 anos) TIR Alavancada ou do Acionista (TIR- A) Seguros (Cen. Base: 3% ROL por ano) TIR do Acionista Epcista RAP (Cen. Base: R$ 100 M por ano por 15 anos; R$ 50 M por ano por 15 anos restantes) Covenants Financeiros
Covenants Financeiros O que são Consequências do inadimplemento Méritos ICSD = LAJIDA - IR&CS Juros + Amortizações >1, 2 IndiceAlavancagem = Saldo Dívida LAJIDA < 3,5 21
Dinâmica do Leilão Saramago Regras do leilão: Fase 1: envelopes fechados Fase 2: viva voz Características do Consórcio Engenharia ( E ) Fornecedor de Equipamentos ( P ) Construtora ( C ) Operador (O&M) Seguradoras Requisitos do vencedor 22
Obrigado! Eduardo Franco Luzio eduardo@gerovalor.com.br www.gerovalor.com.br Blog: http://eduardoluzio.wordpress.com