SUPORTE METEOROLÓGICO DE SUPERFÍCIE PARA O MONITORAMENTO DE PRECIPITAÇÃO NA AMAZÔNIA. David Mendes. UFPA,

Documentos relacionados
SUPORTE METEOROLÓGICO DE SUPERFÍCIE PARA O MONITORAMENTO DE PRECIPITAÇÃO NA AMAZÔNIA.

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO

A atmosfera e a radiação solar

Boletim Climatológico Mensal Maio de 2010

NO CLIMA DE PIRACICABA. RESUMO

UNIDADE II 1. INTRODUÇÃO

Lista de Exercícios de Física II - Gabarito,

Variabilidade de eventos extremos e identificação de tendências climáticas no litoral Norte do Brasil

UNITAU APOSTILA. SUCESSÃO, PA e PG PROF. CARLINHOS

DEMONSTRE EM TRANSMISSÃO DE CALOR AULA EM REGIME VARIÁVEL

XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002

ÍNDICE DE ANOMALIA DE CHUVA APLICADO EM IMPERATRIZ MA

Época de semeadura de cultivares de soja no Mato Grosso do Sul André Ricardo Gomes Bezerra

Definição de áreas de dependência espacial em semivariogramas

weekday hour holidays o diagrama de potências, a ponta do diagrama (MW) a energia vendida, a energia a distribuída (MWh)

ANÁLISE DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA E DO NÚMERO DE DIAS COM CHUVA EM CALÇOENE LOCALIZADO NO SETOR COSTEIRO DO AMAPÁ

Geografia. Climas do Brasil. Professor Thomás Teixeira.

UFPA- FAMET- Brasil- Belém-

INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA PROGNÓSTICO DE PRECIPITAÇÃO

SEL 329 CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA. Aula 14

O ZONEAMENTO CLIMÁTICO NA BACIA DO RIO JEQUITINHONHA, ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL.

1. A tabela mostra a classificação das ondas eletromagnéticas em função das suas frequências.

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação

INFORMATIVO CLIMÁTICO

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - CLIMATOLOGIA, UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

INFORMATIVO CLIMÁTICO

ESTATÍSTICA APLICADA. 1 Introdução à Estatística. 1.1 Definição

ESTIMATIVA DO FLUXO TRIMESTRAL DE CORRENTE OCEÂNICA PARA A REGIÃO DA CONFLUÊNCIA BRASIL-MALVINAS COM BASE EM DADOS OBSERVADOS.

AS ESTIAGENS NO OESTE DE SANTA CATARINA ENTRE

DISTRIBUIÇÃO SAZONAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MUNICIPIO DE SÃO MATEUS/ES

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO DE VERÃO. Características do Verão

4 SISTEMAS DE ATERRAMENTO

INFORMATIVO CLIMÁTICO

2 Patamar de Carga de Energia

CONDIÇÕES CLIMÁTICAS OBSERVADAS NO BRASIL EM 2009

Phoenix do Brasil Ltda.

Fatores climáticos altitude. Inversão de proporcionalidade em relação à temperatura

Temperatura Pressão atmosférica Umidade

ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

OBSERVATÓRIO DO TRABALHO DE VITÓRIA - ES

Revista Brasileira de Geografia Física

UECEVest T.D de Geografia Prof. Kaynam Sobral

INFORMATIVO CLIMÁTICO

Revista Brasileira de Geografia Física

INFORMATIVO CLIMÁTICO

Cap. 19: Linkage Dois pares de genes localizados no mesmo par de cromossomos homólogos

INFORMATIVO CLIMÁTICO

SÍNTESE SINÓTICA FEVEREIRO DE Dr. Gustavo Carlos Juan Escobar Grupo de Previsão de Tempo CPTEC/INPE

INFLUÊNCIA DO CLIMA (EL NIÑO E LA NIÑA) NO MANEJO DE DOENÇAS NA CULTURA DO ARROZ

CARACTERÍSTICAS DA PRECIPITAÇÃO SOBRE O BRASIL NO VERÃO E OUTONO DE 1998.

UNESP - FEIS - DEFERS

Máquinas Elétricas. Máquinas CC Parte III

Prognóstico Climático

PROJETO E ANÁLISES DE EXPERIMENTOS (PAE) EXPERIMENTOS COM UM ÚNICO FATOR E A ANÁLISE DE VARIÂNCIA

INFORMATIVO CLIMÁTICO

Clima de Passo Fundo

a outro tanque de altura H (ambos os tanques abertos à pressão atmosférica p

INFORMATIVO CLIMÁTICO

SINAIS DE ANOMALIAS DE TEMPERATURA DO PACÍFICO EQUATORIAL SOBRE O ATLÂNTICO SUL UTILIZANDO AS REANÁLISES DO NCEP/NCAR.

INFORMATIVO CLIMÁTICO

CLIMATOLOGIA DA PRECIPITAÇÃO NO MUNICIPIO DE TOMÉ-AÇU NO PERÍODO DE 1985 A

VARIABILIDADE SAZONAL DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA DE MESOESCALA EM BELÉM-PA.

Época de semeadura de cultivares de soja no Mato Grosso do Sul

ESTAÇÃO DO VERÃO. Características gerais e como foi o Verão de 2018/2019 em Bauru. O verão é representado pelo trimestre dezembro/janeiro/fevereiro;

GEORREFERENCIAMENTO DOS PONTOS DE OCUPAÇÃO URBANA DESORDENADA AO LONGO DO LITORAL SUL DE PERNAMBUCO-BRASIL

COMPARAÇÃO ENTRE A PRECIPITAÇÃO SIMULADA PELO MCGA DO CPTEC/COLA E A RENÁLISE DO NCEP/NCAR E OBSERVAÇÕES

Abril de 2011 Sumário

BOLETIM DE INFORMAÇÕES CLIMÁTICAS PARA O ESTADO DO PIAUÍ

BOLETIM PROJETO CHUVA - 22 DE JUNHO DE 2011

3. ANÁLISE DA REDE GEODÉSICA

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE GRUPO DE ESTUDOS E SERVIÇOS AMBIENTAIS ENCHENTE DO RIO ACRE EM RIO BRANCO, ABRIL DE 2011 PARECER TÉCNICO

INFORMATIVO CLIMÁTICO

PROGNÓSTICO TRIMESTRAL (Setembro Outubro e Novembro de- 2002).

E m Física chamam-se grandezas àquelas propriedades de um sistema físico

Curso Básico de Fotogrametria Digital e Sistema LIDAR. Irineu da Silva EESC - USP

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS - CCA NÚCLEO GEOAMBIENTAL - NUGEO

INFORMATIVO CLIMÁTICO

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

REGULARIDADES NUMÉRICAS E PROGRESSÃO ARITMÉTICA

Acumulado significativo no Acre ultrapassa média mensal

Novembro de 2012 Sumário

INFORMATIVO CLIMÁTICO

ESTUDO DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA NO MUNICÍPIO DE CAMPINAS DO PIAUÍ

1 Distribuições Contínuas de Probabilidade

fundamental do cálculo. Entretanto, determinadas aplicações do Cálculo nos levam a formulações de integrais em que:

Distribuição Espacial da Precipitação Climatológica nas Mesorregiões do Estado do Pará, nas Últimas Décadas ( )

SALA DE SITUAÇÃO PCJ. Boletim Mensal. Abril/2019

INFORMATIVO CLIMÁTICO

P1 de CTM OBS: Esta prova contém 7 páginas e 6 questões. Verifique antes de começar.

5) Para b = temos: 2. Seja M uma matriz real 2 x 2. Defina uma função f na qual cada elemento da matriz se desloca para a posição. e as matrizes são:

Caracterização do Regime Mensal de Chuvas na Mesorregião do Nordeste do Estado do Pará com Auxílio de um Sistema de Informações Geográficas (SGI).

20º Seminário de Iniciação Científica e 4º Seminário de Pós-graduação da Embrapa Amazônia Oriental ANAIS. 21 a 23 de setembro

CLASSIFICAÇÕES CLIMÁTICAS DE LYSIA BERNARDES E

INFORMATIVO CLIMÁTICO

PERDAS POR APODRECIMENTO DE FRUTOS EM LINHAGENS E CULTIVARES DE ALGODOEIRO NO OESTE DA BAHIA - SAFRA 2005/2006 1

Anais do Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão- CONPEEX (2010)

Geografia. Climas Do Brasil. Professor Luciano Teixeira.

Modelos Teóricos para Análise de Transformadores Baseados em Modelos Simplificados de Impedância e de Elementos Concentrados

Transcrição:

SUPORTE METEOROLÓGICO DE SUPERFÍCIE PARA O MONITORAMENTO DE PRECIPITAÇÃO NA AMAZÔNIA. Dvid Mendes UFPA, emil: mores@ufp.br ABSTRACT. This pper presents n nlyses of the Rhythm nd the vribility of the Amzonin Region rinfll regime. Dily rinfll fron 11 selected rin guges in the region were used, using on verge of 30- yer dtset. The sttions were groped ccording to their behvior of sesonlity of the rinfll regimes. More of 55% of the totl dily rinfll re less thn 15mm. 1 - INTRODUÇÃO. A dimensão continentl d Amzôni, ssocid à grnde disponibilidde hídric e energétic d região, em virtude de su loclizção n fix equtoril, vem ser importnte exportdor de umidde e clor pr ltitudes miores. O conhecimento d dinâmic d águ d região só contribui pr o melhor entendimento do funcionmento básico ds florests tropicis, necessário pr su conservção, ms tmbém pr influencir o clim globl. Tis conhecimentos têm sido muito requerido pr o perfeiçomento e clibrção de modelos de previsão climátic globl (DICKINSON e HENDERSON-SELLERS,1988; SHUKLA et. Al.,1990). O regime pluviométrico, no interior d bci Amzônic, não é homogênio, presentndo vribilidde espcil e temporl condiciond à interção de diferentes mecnismos. A disponibilidde de energi solr é um dos ftores que explicm vribilidde szonl d precipitção n bci Amzônic. Os índices máximos de precipitção coincidem com os locis onde é verificd estção de verão. Isso porque existe um mior frequênci de convecção térmic por cus d mior disponibilidde de energi solr, observd nest époc. O contrário é verificdo durnte o período de inverno, devido à menos disponibilidde energétic pr promoção de movimentos convectivos (OLIVEIRA,1986;OBUGO e NOBRE,1990). Outro ftor responsável pel vrição szonl d precipitção é o deslocmento d su Zon de Convergênci Intertropicl (ZCIT), o qul interge fortemente com circulção Atmosféric d região. O posicionmento coincidente entre ZCIT e circulção locl grnte precipitção bundnte sobre região, influencindo principlmente s regiões costeirs e nordestes d Amzôni. Este ftor está tmbém ssocido à formção ds linhs de instbiliddes, s quis podem penetrr continente dentro, té mesmo chegndo tingir Cordilheir dos Andes. Existem outros ftores que se correlcionm com o comportmento ds chuvs n região, entretnto de mneir mis loclizd. Dentre eles podemos citr Zon de Convergênci do Atlântico Sul (ZCAS). Enqunto ZCIT tu n região, num fix extens durnte o no todo, ZCAS pode influencir s chuvs no sul d Amzôni, nos meses de novembro bril, époc de su mior tução, e prticmente inexistente no inverno. A topogrfi é outro ftor que influênci chuv em determindos locis d bci. A Cordilheir dos Andes desempenh um ppel determinnte no regime de precipitção em sus encosts, segundo (FIGUEROA E NOBRE,1990), o posicionmento de um região sotvento ou brlvento n Cordilheirs, induz respectivmentes à formção de regiões com bixos e ltos índices de precipitção. Provvelmente cri tmbém s condições pr ocorrênci do mior índice pluviométrico n bci.

2 - METODOLOGIA. Form utilizdos onze estções meteorológics de superfície n região Amzônic e trvés dests estções com seus respectivos ddos pluviométricos de no mínimo 30 nos, montou-se um perfil pluviométrico de precipitção n região Amzônic, pr nálise do comportmento ds chuvs n região foi distribuíds s estções uniformemente. As estções estudds form: Belém - PA; São Gbriel d Cchoeir - AM ; Mnus - AM; Tefé - AM; Mcpá - AP; Porto Velho - RO ; Cchimbo - PA ; Tiriós - PA ; Bo Vist - RR ; Sntrém - PA ; Cruzeiro do Sul - AC. 3 - RESULTADOS. 3.1 VARIAÇÃO SAZONAL. A vribilidde szonl d precipitção n bci Amzônic é provocd pel tução de vários sistems tmosféricos sobre região. Muits vezes combindos com outros origindos devido às crcterístics intrínsecs, como topogrfi e/ou mbientl. No verão ustrl (jn-fev-mr), áre com precipitção máxim tem um orientção NW-SE e locliz-se no setor oeste d bci. Tis precipitções estão ssocids com Zon de Convergênci do Atlântico Sul (ZCAS), induzid pel Convergênci de umiddes em bixos níveis e ind ssocid com o deslocmento dos sistems frontis em direção o Equdor. Durnte o outono (br-mi-jun) região máxim de precipitção se desloc pr cost Atlântic, setor leste e oeste d bci o longo do equdor. N cost Atlântic este máximo está extritmente ligdo s linhs de instbiliddes que se formm no período d trde, ssocids à circulção de bris mrítim. No inverno ustrl, s chuvs mis intenss ocorrem no setor norte d bci e são máxims o sul do equdor. N primver (out-nov-dez) há um incremento de chuvs n cost oeste do Pcifico (Colômbi), devido às lts temperturs d superfície do mr (TSM), o longo d cost, um inversão de ventos em bixos níveis que pssm soprr do oceno pr o continente. Relciondo os mecnismos físicos que possibilitm estes máximos de chuv szonl, explicções podem ser encontrds os diferentes sistems sinóticos cusdores de chuvs sobre Bci Amzônic. Meses menos chuvosos: Belém - Novembro - 13 dis - 43,3% ; São Gbriel - Outubro - 15 dis - 48,38% ; Mnus - Agosto - 06 dis - 19,35% ; Tefé - Agosto - 10 dis - 32,25% ; Mcpá - Outubro - 09 dis - 29,03% ; Porto Velho - Agosto - 08 dis - 25,80% ; Cchimbo - Agosto - 06 dis - 19,35% ; Tiriós - Outubro - 05 dis - 16,12% ; Bo Vist - Jneiro - 09 dis - 9,67% ; Sntrém - Setembro - 05 dis - 16,66% ; Cruzeiro do Sul - julho - 08 dis - 25,80%. Meses mis chuvosos: Belém - Mrço - 28 dis - 90,3% ; São Gbriel - Mio - 23 dis - 74,2% ; Mnus - Jneiro - 20 dis - 65,5% ; Tefé - Abril - 27 dis - 90,0% ; Mcpá - Mrço - 29 dis 93,54% ; Porto Velho - Fevereiro - 28 dis - 100,0% ; Cchimbo - Dezembro - 23 dis - 74,2% ; Tiriós - Mio - 24 dis - 77,41% ; Bo Vist - Julho - 21 dis - 67,74% ; Sntrém - Mrço - 24 dis - 77,41% ; Cruzeiro do Sul - Jneiro - 25 dis - 80,64%. 3.2 PERFIL GERAL.

Ns áres de lt precipitção d região do lto Amzons, são uniformes e bundntes, não inferior 200mm, e freqüênci médi de dis com precipitção no no, superior 240 dis, sendo os cincos meses mis chuvosos os compreendidos entre mrço e julho. No litorl d região (Prá e Ampá) tmbém de lt precipitção, com médi nul superior 2500mm e com freqüênci médi de dis com precipitção no no, tmbém superior 200 dis. Ess áre possui um comportmento pluviométrico mensl disforme, pois, nos cincos meses mis chuvosos, de jneiro mio, chove mis de 70 do totl nul, notndo-se tmbém um período seco bem definido o qul contece no trimestre de setembro novembro. Ns áres de bix precipitção, o índice mostr-se bixo de 1500mm e freqüênci médi nul de dis com precipitção é menor que 60 dis. De jneiro à mrço, fix máxim de chuv situ-se entre os prlelos 0 e 10s, tendo prtir de mrço um deslocmento progressivo em direção o Hemisfério Norte. No período de julho setembro, observ-se os menores vlores de precipitção n prte sul d Bci Amzônic. A fix máxim chou-se distribuíd o longo d Zon compreendid entre os prlelos de 5W e 69W. Ao longo do equdor, prtir do litorl, os totis nuis de precipitção vão decrescendo desde o vlor de 2800mm té lcnçr 2100mm próximo Mnus, prtir di, começ crescer tingindo seu novo máximo de 3000mm em torno de 69W. A região Sul d Amzôni entre 5 à 1S, possui um índice pluviométrico em torno de 2300mm/no. As estções de Mcpá, Belém, Sntrém, Tiriós e Mnus, loclizm-se num fix que vi do nordeste té prte centrl d bci, sobre o Rio Amzons. A szonlidde ds chuvs presentm-se ms influencid pel migrção szonl d Zon de Convergênci Intertropicl (ZCIT), presentndo menores totis de chuv qundo ZCIT se desloc o norte d bci (setembro- novembro) e miores totis de chuv nos meses em que el se encontr ms o sul (fevereiro-bril). As estções de Cruzeiro do Sul, Porto Velho e Cchimbó, s máxims ds chuvs dests estções são mis influencids pel mior tividde convectiv observd no verão, ssocid sistems frontis gerdos pl Zon de Convergênci do Atlântico Sul. Dentre s estções estudds, São Gbriel d Cchoeir present o mior totl nul de chuv com vlor de 2800mm. Este lto totl nul ocorre devido à ssocição d Cordilheir dos Andes à convergênci dos ventos sobre região durnte o no todo. A elevção mecânic do r tmosférico convergente, sempre úmido ger precipitção constnte, consequentemente menor szonlidde e miores totis nuis de chuvs. São Gbriel d Cchoeir present menor vrição szonl ds chuvs, com totis mensis regulres durnte todo o no. Bo Vist present o menos índice pluviométrico (1600mm) e um configurção d chuv opost às demis estções qui estudds, tendo mior incidênci de chuvs n metde do no. Este comportmento ocorre provvelmente pel su loclizção no Hemisfério Norte. Bo Vist present grnde vrição entre os totis médios mensis. O totl de chuv dos seis meses mis secos e de 82 menos que o totl dos seis meses mis úmidos. Como já dito nteriormente, São Gbriel d Cchoeir present, dentre tods s estções estudds, os menores desvios em relção os vlores médios dos totis diários de precipitção. Bo Vist é loclidde estudd de menor totl nul de chuv, com período seco cerc de três meses mior que o úmido. 4 - CONCLUSÃO. Em função d vrição szonl dos totis diários de chuv, é possível seprr s estções estudds em cinco grupos: 1- Cruzeiro do Sul e Porto Velho estão loclizds no sudeste d bci, com período seco menor que o período úmido; 2- Mcpá, Belém e Tiriós estão loclizds mis Leste d bci e têm durção do período úmido mior que o seco; 3- Sntrém e Mnus, loclizmse mis o centro d bci, tendo durção dos períodos secos e úmidos prticmente iguis; 4- São Gbriel d Cchoeir, locliz-se Oeste d bci e não present szonlidde bem definid; 5- Bo

Vist, loclizd no Hemisfério Norte, tem um comportmento ds chuvs oposts s demis locliddes, com um período úmido no meio do no. Verificou-se que n Região Costeir (litorl), um lt precipitção com médi nul superior 2600mm/no, com frequênci médi de dis com precipitção superior 200 dis/no. Tmbém verificou-se um áre de trnsição ( Região Centrl d Bci Amzônic) com médi de 160 dis/no de chuv, já n Região Oeste d Amzôni o índice de chuv é de torno de 3000mm/no, com médi de dis com chuv superior 200 dis/no. Pr melhor crcterizção ds vribiliddes temporl e espcil ds chuvs n Região Amzônic, seri necessário o estudo de um mior número de estções pluviométrics e de séries mis longs e complets. Estudos que contemplem spectos d intensidde dos eventos de chuv, bem como spectos de su recorrênci, são importntes pr compreensão f dinâmic d águ no Ecossistem Amzônico. 5 - REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA. -NECHET, D. 1989. CLIMA, ÀGUA E AGRICULTURA NOS TRÓPICOS. -MOTA, F, S., 1976. METEOROLOGIA AGRÍCOLA. -BASTOS,T,X., 1972. O ESTUDO ATUAL DOS CONHECIMENTOS DAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DA AMAZÔNIA BRASILEIRA; 1 APROXIMAÇÃO. BELÉM, IPEAN. -SUDAM. ATLÂS CLIMATOLÓGICO DA AMAZÔNIA BRASILEIRA. BELÉM,1994. -ASNANI, G, C., 1992. TROPICAL METEOROLOGY.

TABELA COM AS ESTAÇÕES ESTUDADAS Estção Órgão Cod. OMM Ltitude Longitude Altur(m) Início de operção São Gbriel INMET 82106 0008 S 6705 W 85 01/1920 d Cchoeir Belém INMET 82191 0127 S 4828 W 24 01/1922 Sntrém DEPV 82244 0226 S 5442 W 72 05/1954 Mnus INMET 82331 0308 S 6001 W 44 01/1972 Cruzeiro do Sul INMET 82704 0738 S 7240 W 180 12/1927 Porto Velho INMET 82825 0846 S 6355 W 128 05/1928 Cchimb o DEPV 82930 0922 S 5454 W 432 02/1958 Mcpá INMET 82098 0010 N 5103 W 14 07/1925 Tiriós DEPV 82026 0218 N 5516 W 325 12/1971 Bo Vist INMET 82024 0249 N 6040 W 95 01/1923 Tefé INMET 82317 0322 S 6442 W 55 08/1929 Tipo de colet