VOLUME MOLAR EXCESSO DE SOLUÇÕES LÍQUIDAS BINÁRIAS DE GLICEROL + ÁLCOOIS A DIFERENTES TEMPERATURAS E À PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Documentos relacionados
Gases reais. Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Química

Gases reais. Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Química

Seu sonho, nossa meta Pa. Resposta da questão 1: [B]

ZEA0466 TERMODINÂMICA

EQUAÇÕES DE ESTADO DE UM FLUIDO E SUAS MISTURAS

Diagramas Binários Introdução

Sentido do tato medida qualitativa

ESTUDO DAS CARACTERÍSTICAS DO LICOR NEGRO

4 Efeitos da Temperatura nas Propriedades dos Solos

Mecânica não linear. Introdução. Elementos. Hiperelasticidade. Conclusões. (Maxwell e Kelvin-Voigt) + Complexos

AVALIAÇÃO DO MODELO PRIGOGINE-FLORY- PATTERSON NA PREDIÇÃO DO VOLUME PARCIAL MOLAR DE SOLUÇÕES LÍQUIDAS BINÁRIAS

FMJ MEDICINA FACULDADE DE MEDICINA DE JUNDIAÍ

EQUILÍBRIO TERNÁRIO SÓLIDO-SÓLIDO- LÍQUIDO TP7

m V r r ar, u ar, V, p, p (3)

CUSC MEDICINA - Segundo Semestre CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

Nome : n o Classe: 2 2MB. Estequiometria

DISCUSSÃO DE HIPÓTESES PARA MODELAGEM DA DISPERSÃO DE GASES PESADOS NA ATMOSFERA

ENEM Prova resolvida Química

3º Trimestre Sala de estudo Química Data: 27/03/19 Ensino Médio 3º ano classe: A_B Profª Danusa Nome: nº

3 Modelo matemático do processo APCI-C3MR

Para pressões superiores a 7620 Pa: compressores ou sopradores.

XII Congresso Brasileiro de Meteorologia, Foz de Iguaçu-PR, 2002

P1 - PROVA DE QUÍMICA GERAL 22/03/2014

UNIFEV MEDICINA - Segundo Semestre CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA

TRANSIÇÕES DE FASE DE SUBSTÂNCIAS PURAS

G1 - PROVA DE QUÍMICA GERAL 08/04/06

TERMOQUÍMICA. Prof. Harley P. Martins Filho

Para a modelagem e desenvolvimento dos cálculos termodinâmicos do ciclo tradicional, as seguintes hipóteses são admitidas:

OTIMIZAÇÃO DA REAÇÃO DE TRANSESTERIFICAÇÃO DO ÓLEO DE MAMONA

Curso Semi-extensivo LISTA EXERCÍCIOS - 03 Disciplina: Química Professor: Eduar Fernando Rosso

ANÁLISE DO LUGAR DAS RAÍZES

CUSC MEDICINA Segundo Semestre CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO CAMILO

ENEM Prova resolvida Química

SOLUÇÃO PRATIQUE EM CASA

EXPERIÊNCIA 02- CONDUTIVIDADE DE ELETRÓLITOS

Propagação do som em misturas binárias de gases rarefeitos via solução numérica do modelo de McCormack para a equação não-estacionária de Boltzmann

Fenômenos de Transporte. Aula 1 do segundo semestre de 2012

UNICID MEDICINA - Primeiro Semestre UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

UNICID MEDICINA - Primeiro Semestre UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO

Módulo 3: Conteúdo programático Diâmetro Hidráulico

PROVA MODELO 1 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

TRANSFERÊNCIAS DE MOMENTO LINEAR EM COBERTURAS VEGETAIS NA BACIA AMAZÔNICA

AVALIAÇÃO DE MODELOS PARA SIMULAÇÃO DE TURBINAS A GÁS COM RESFRIAMENTO

4.º Teste de Física e Química A 10.º A Fev minutos /

EXAME NACIONAL 2009 ÉPOCA ESPECIAL PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

CQ 050 FÍSICO QUÍMICA EXPERIMENTAL I. Revisão para a 1 a. prova

Física do Calor Licenciatura: 3ª Aula (12/08/2015)

ENZIMAS CINÉTICA ENZIMÁTICA. Classificação. Natureza da reação catalisada. Disponibilidade comercial IMPORTÂNCIA INDUSTRIAL OBJETIVOS

Determinação e modelagem das propriedades físicas e da contração volumétrica do trigo, durante a secagem

UNISA MEDICINA Primeiro semestre UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO

Caloria (símbolo: cal) é uma unidade de medida de ENERGIA não pertencente ao Sistema Internacional de Unidade.

Centro Universitário Anchieta Engenharia Química Físico Química I Prof. Vanderlei I Paula Nome: R.A. Gabarito 4 a lista de exercícios

UNIFEV MEDICINA - Segundo Semestre CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA

AVALIAÇÃO DA INFLUÊNCIA DA ADIÇÃO DE GLICEROL NA ETAPA DE SEPARAÇÃO DE FASES DA PREPARAÇÃO DE BIODIESEL UTILIZANDO ETANOL E ÓLEO DE SOJA

Gases. 4. Pressão. 1. Fases de agregação. 2.2 Fator de compressibilidade (Z)

Capítulo 1 Introdução, propriedades e leis básicas dos fluidos.

TIPOS DE MÉTODOS ELETROANALÍTICOS

Experiência de Difracção e Interferências de ondas electromagnéticas

O PERFIL SÔNICO, A FÍSICA DE ROCHAS E A IDENTIFICAÇÃO DE FLUIDOS EM RESERVATÓRIOS SILICICLÁSTICOS

Semana 05. em que m e e m a são as massas de etanol e de água na mistura, respectivamente, a uma temperatura de 20 o C.

07. Obras célebres da literatura brasileira foram ambientadas em regiões assinaladas neste mapa:

PROPRIEDADES TERMOFÍSICAS DE MISTURAS BINÁRIAS CONTENDO BIODIESEL E METANOL

ESTUDO DO EFEITO DAS COORDENADAS TERMODINÂMICAS SOBRE O ESCOAMENTO NO INTERIOR DE UMA CÂMARA DE PRECIPITAÇÃO DE PARTÍCULAS

Laboratório de Física 2

Como já definido no ítem 1.2, o método mais comum usado para determinar o desempenho térmico de uma planta térmica é a análise energética baseada na

QUÍMICA 2 Volume 1 RESOLUÇÕES EXERCITANDO EM CASA

UNIFEV MEDICINA - Segundo Semestre CENTRO UNIVERSITÁRIO DE VOTUPORANGA

FASM MEDICINA - Segundo Semestre FACULDADE SANTA MARCELINA

z o z (a) a atmosfera pode ser tratada como um gás ideal;

INSTRUMENTO DE CALIBRAÇÃO PARA SENSORES DE TEMPERATURA DO TIPO PT-1000

Ð Ð Ð. Estudo das soluções. ÐÐDissolução exotérmica O soluto se dissolve liberando. Coeficiente de solubilidade (C S. Gráfico de solubilidade

Nome : n o Classe: 2 1MA. Estequiometria

Controlo digital de um motor de corrente contínua

SÍNTESE TRANSFORMAÇÕES FÍSICAS

H inicial. ΔH = H final H inicial ΔH = [+ 10] [2(+ 34)] ΔH = 58 kj. ΔH em kj por mol de NO 2 que dimeriza? NO 2 N 2 O 4 ΔH = 58/2 kj

Conteúdos: - Concentração de Soluções

Exemplo: Controlo digital de um motor de corrente contínua

Física Arquitectura Paisagística LEI DE HOOKE

SIMULAÇÃO DE DESEMPENHO DE MOTORES DE COMBUSTÃO INTERNA

Gabarito Revisão Segunda Fase Fuvest/Unicamp:

UNINOVE MEDICINA - Primeiro Semestre - Discursivas UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO

ABSORÇÃO DE PESADOS DO GÁS NATURAL UTILIZANDO SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL

Docente Marília Silva Soares Ano letivo 2012/2013 1

UNISA MEDICINA Segundo semestre UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO

Segmentação de Imagens de Bolhas em Sistemas Bifásicos utilizando Morfologia Matemática e Crescimento de Região

CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FEI HELOISA EMI HOGA

Exercícios sobre estequiometria - Cálculo estequiométrico II

GABARITO R4 SETOR 1301

REFORMA A VAPOR DE GÁS NATURAL: A QUE DISTÂNCIA ESTAMOS DA CINÉTICA ÓTIMA EM REATORES INDUSTRIAIS?

UNISA MEDICINA 2014 UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO

em água. Devido à elevada afinidade com a água esses íons podem ser infiltrados nos lençóis freáticos causando sua contaminação.

MANUAL OPERAÇÃO SIMULADOR DE BALANÇA DINÂMICA SÉRIE 1420

Fenômenos Interfaciais

Paramêtros Cinéticos do Pico Termoluminescente em 215ºC do Espodumênio Lilás.

Segunda aula de laboratório de ME /02/2015

UNISANTA FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA 1/5 DISCIPLINA TERMODINÂMICA QUÍMICA I 1 O Semestre de 2002 PROVA P1

Cinética dos Processos Fermentativos

defi departamento de física

EQUILÍBRIO LÍQUIDO-VAPOR A ALTAS PRESSÕES DO SISTEMA DIÓXIDO DE CARBONO + ANETOL: DADOS EXPERIMENTAIS E MODELAGEM MATEMÁTICA

USCS MEDICINA - Primeiro Semestre - Primeira Prova UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL

Transcrição:

VOLUM MOLAR XCSSO D SOLUÇÕS LÍQUIDAS BINÁRIAS D GLICROL + ÁLCOOIS A DIFRNTS TMPRATURAS À PRSSÃO ATMOSFÉRICA V. B. VICNT 1, R. B. TÔRRS 2 1 FI, Departaento de ngenharia Mecânica, 2 FI, Departaento de ngenharia Quíica, -ail para contato: belchior@fei.edu.br RSUMO Neste estudo, fora deterinados dados experientais de densidades de soluções líquidas binárias de glicerol + etanol, ou + etanol, ou + 1-propanol, ou + 2-propanol, ou + 1-butanol, e toda faixa de coposição, a diferentes teperaturas e à pressão atosférica. As teperaturas estudadas fora: 288,15 K, 293,15 K, 298,15 K, 303,15 K e 308,15 K. As densidades fora deterinadas usando u densíetro de oscilação ecânica da arca Anton Paar (Modelo DMA 4500). Os resultados experientais fora usados para calcular o volue olar excesso, V, dos sisteas estudados, os quais fora correlacionados através de u polinôio de Redlich-Kister. Os valores do volue olar excesso fora negativos, e toda faixa de coposição, para todos os sisteas, e auentara co o auento da teperatura e da cadeia carbônica, seguindo a orde: etanol > etanol > 2- propanol > 1-propanol > 1-butanol. 1. INTRODUÇÃO O estudo de grandezas excesso é u tea clássico e de grande relevância na terodinâica quíica de soluções, sobretudo, porque a indústria quíica necessita de valores dessas grandezas para projetos de processos quíicos. Alé disso, dados de densidades e propriedades voluétricas são de grande iportância para tentar copreender as possíveis interações interoleculares presentes nos sisteas estudados. O uso de novas tecnologias e equipaentos de edidas de densidade possibilitou o avanço do estudo de grandezas voluétricas devido à grande precisão co que essas são deterinadas utilizando pequenos volues de aostras. Dentre as grandezas excesso, o volue olar excesso é de grande iportância, ua vez que o seu coportaento está associado a efeitos físicos, quíicos e estruturais. virtude da coplexidade associada ao seu coportaento, juntaente co a sua pequena agnitude e relativa facilidade de obtê-lo co rapidez e grande precisão, utilizando pequenas quantidades de Área teática: ngenharia das Separações e Terodinâica 1

aostra, faz do volue olar excesso ua grandeza de grande utilidade no desenvolviento e teste de odelos e teorias de solução. Glicerol pertence à classe de solventes que apresenta ligações de hidrogênio e redes tridiensionais, assi coo a água e os dióis (Towey et al., 2011; Chapeney et al., 1986; Chelli et al., 1999a; Chelli, et al., 1999b; Chelli et al., 2000; Van Koningsveld, 1968; Garawia, 1987; Dashnau, 2006; Marcus, 2000). ssas estruturas perite aos sisteas líquidos alguas propriedades específicas, coo baixa copressibilidade isotérica e expansividade térica isobárica, volue livre relativaente grande e alta viscosidade, entre outras. A olécula do glicerol possui três grupaentos hidroxilas que perite forar ligações de hidrogênio inter e intraoleculares. O glicerol é capaz de forar 126 conforações coo constatado e diferentes estudos de dinâica olecular (MD) (Chelli et al., 1999a; Chelli, et al., 1999b; Calla et al., 2001). Glicerol e alcoóis são iportantes solventes na indústria faracêutica e de alientos. les fora entre si sisteas líquidos binários copletaente iscíveis. Sisteas contendo glicerol e alcoóis pode ser usados coo u fluido de istura entre óleo pesados e hidrocarbonetos ou dióxido de carbono no processo de recuperação de óleo por extração a vapor. A istura desses solventes co óleo reduz a viscosidade auentando a taxa de produção (Das e Butler, 1998; Boustani e Maini, 2001). O objetivo do presente estudo consistiu e deterinar o volue olar excesso, V, a partir de dados experientais de densidade, de soluções liquidas binárias de glicerol + etanol, ou + etanol, ou + 1-propanol, ou + 2-propanol, ou + 1-butanol nas teperaturas de 288,15 K, 293,15 K, 298,15 K, 303,15 K e 308,15 K, e toda faixa de coposição e à pressão atosférica. Os resultados experientais do volue olar excesso dos sisteas estudados fora correlacionados através de u polinôio de Redlich-Kister. 2. PART XPRIMNTAL Todos os reagentes utilizados no estudo apresentara os seguintes valores de pureza, confore especificações encontradas nos rótulos dos fabricantes: glicerol (Siga-Aldrich, pureza 99,5%), etanol (Merck, pureza 99,9%), etanol (Merck, pureza 99,5%), 1-propanol (Merck, pureza 99,8%), 2-propanol (Merck, pureza 99,9%) e 1-butanol (Merck, pureza 99,5%). Nenhu dos reagentes passou por processo de purificação adicional. A Tabela 1 apresenta ua coparação entre os valores das densidades encontrados na literatura e os valores experientais. Área teática: ngenharia das Separações e Terodinâica 2

Tabela 1 - Coparação entre as densidades experientais,, e aquelas encontradas na literatura dos coponentes puros utilizados neste trabalho. Coponente Literatura, 293,15 / g c -3 xperiental, 293,15 / g c -3 Glicerol 1,26088 (gorov e Makarov, 2012) 1,26080 Metanol 0,7915 (Pereira et al., 2003) 0,79135 tanol 0,789454 (Kijevcanin et al., 2007) 0,78944 1-Propanol 0,80350 (Zarei et al., 2008) 0,80343 2-Propanol 0,78513(Zarei et al., 2008) 0,78506 1-Butanol 0,80956 (Liau et al., 1998) 0,81150 As densidades dos coponentes puros e das soluções binárias fora obtidas utilizando u densíetro de oscilação ecânica fabricado pela Anton Paar (odelo DMA 4500). A teperatura do tudo oscilador foi controlada autoaticaente e antida constante e 0,01 K através de u dispositivo eletrônico Peltier. O equipaento foi calibrado co ar e água. A incerteza na edida da densidade foi estiada e 2 x 10-5 g c -3 e a incerteza no V foi estiada e 1 x 10-3 c 3 ol -1. As aostras fora preparadas por pesage dos reagentes, e para isso foi utilizada ua balança analítica fabricada pela OHAUS Adventurer (Modelo AR 2140, co resolução de 1 x 10 5 g). A incerteza na fração olar foi estiada e 1 x 10-4. 3. RSULTADOS O volue olar excesso foi calculado a partir das densidades dos coponentes puros e das respectivas soluções, através da seguinte equação: 1 1 1 1 V x1m 1 x2m 2, (1) ρ ρ1 ρ ρ2 onde x i representa a fração olar, M i é a assa olar, i a densidade dos coponentes puros e é a densidade da solução. Os valores experientais de Kister (Redlich e Kister, 1948): V fora ajustados através do seguinte polinôio de Redlich- 3 2 ( 1 x2 ) A j (1 2x2 j o V x ) j. (2) Os valores do desvio padrão,, fora calculados utilizando a seguinte equação: 2 V 1/ 2 exp Vcal /( N n) σ, (3) Área teática: ngenharia das Separações e Terodinâica 3

onde N é o núero de dados experientais e n é o núero de coeficientes do polinôio. Os coeficientes A j, obtidos pelo étodo dos ínios quadrados, estão apresentados na Tabela 2, juntaente co os desvios padrões. Tabela 2 - Coeficiente da quação 2 e os desvios padrões,, calculados pela quação 3, para os sisteas estudados a diferentes teperaturas. T / K A o / c 3 ol -1 A 1 / c 3 ol -1 A 2 / c 3 ol -1 A 3 / c 3 ol -1 x10-2 / c 3 ol -1 ( ) 288,15-4,05526-1,89591-0,94453-1,30021 1,132 293,15-4,21420-1,94683-1,06807-1,19480 1,061 298,15-4,34670-2,01106-1,08433-1,23663 1,034 303,15-4,48248-2,06893-1,10062-1,30284 1,031 308,15-4,61902-2,12134-1,13228-1,38896 1,018 ( ) 288,15-3,73149-0,76020-0,54400-0,67345 0,575 293,15-3,88854-0,79782-0,57280-0,44400 0,278 298,15-4,00277-0,75733-0,51864-0,70646 0,844 303,15-4,12065-0,78113-0,44776-0,78788 0,891 308,15-4,23440-0,77279-0,38481-0,92178 1,046 ( ) ( ) 288,15-2,47349 0,21987-0,43685-0,41297 1,100 293,15-2,59148 0,22798-0,51029-0,21574 0,956 298,15-2,68279 0,24021-0,46250-0,22326 0,903 303,15-2,77720 0,26192-0,41749-0,23002 0,851 308,15-2,87880 0,29327-0,38257-0,24190 0,904 ( ) ( ) ( ) 288,15-1,47130 0,30552-0,56124 0,41225 0,653 293,15-1,56927 0,33360-0,63258 0,55639 0,679 298,15-1,65004 0,35427-0,56764 0,51938 0,638 303,15-1,73157 0,40349-0,56823 0,48970 0,642 308,15-1,81779 0,44377-0,53409 0,46943 0,644 ( ) ( ) 288,15-3,30930 0,33579-0,31593 0,04677 1,176 293,15-3,46644 0,34338-0,36959 0,22715 1,088 298,15-3,59903 0,35236-0,31764 0,20897 1,085 303,15-3,74495 0,35766-0,26192 0,20417 1,095 308,15-3,90641 0,39132-0,18128 0,19511 1,146 Área teática: ngenharia das Separações e Terodinâica 4

4. DISCUSSÕS As Figuras 1-2 apresenta os valores do volue olar excesso, e função da fração olar do glicerol, a diferentes teperaturas. Para todos os sisteas estudados, V é negativo e toda faixa de coposição e teperaturas estudadas, e a contração segue a sequência: etanol > etanol > 2-propanol > 1-propanol > 1-butanol. Isso tabé pode ser observado na Figura 3. -1.000, -1.200, -1.000, A -1.400, -1.200, B -1.000, C -1.200, D Figura 1 - Volue olar excesso, e função da fração olar do glicerol, para o sistea {x 1 glicerol + (1 x 1 ) álcool} a diferentes teperaturas e à pressão atosférica:, 288,15 K;, 293,15 K;, 298,15 K;, 303,15 K;, 308,15 K: A, etanol; B, etanol; C, 1-propanol; D, 2-propanol. As linhas sólidas representa a correlação Redlich-Kister Área teática: ngenharia das Separações e Terodinâica 5

-0.100, -0.300, -0.500, Figura 2 - Volue olar excesso, e função da fração olar do glicerol, para o sistea {x 1 glicerol + (1 x 1 ) 1-butanol} a diferentes teperaturas e à pressão atosférica:, 288,15 K;, 293,15 K;, 298,15 K;, 303,15 K;, 308,15 K. As linhas sólidas representa a correlação Redlich-Kister -1.000, -1.200, -1.400, Figura 3 Volue olar excesso, e função da fração olar do glicerol, a T = 298,15 K e à pressão atosférica:, etanol;, etanol ;, 1-propanol;, 2-propanol;, 1-butanol. Valores negativos do volue olar excesso são atribuídos a dois principais fenôenos (Benson et al., 1981): (1) a efeitos estruturais decorrentes das acoadações das oléculas dos coponentes presentes no sistea coo consequeência da difernça entre os seus volues Área teática: ngenharia das Separações e Terodinâica 6

olares e volues livres; (2) a interações específicas, principalente pela foração de coplexo de transferência de carga e ligações de hidrogênio entre as diferentes espécies quíicas presentes no sistea. Para todos os sisteas estudados, o volue olar excesso auentou e ódulo, isto é, diinui co o auento da teperatura. Ua vez que os efeitos quíicos tende a diinuir co o auento da teperatura, é possível que os efeitos estruturais tabé seja preponderantes no coportaento do V para esses sisteas. A aior contração para o sistea contendo etanol pode ser entendida pela aior interação entre o glicerol e o etanol quando coparada aos outros alcoóis e pela elhor acoodação das oléculas do etanol na estrutura do glicerol. À edida que a cadeia carbônica cresce, esses efeitos tende a diinuir. 5. CONCLUSÕS No presente estudo, fora deterinados dados experientais de densidade de soluções líquidas binárias de (glicerol + alcoóis), e toda faixa de coposição, a diferentes teperaturas e à pressão atosférica. Os resultados experientais fora usados para calcular o volue olar excesso dos sisteas. Os valores do V fora negativos e seguira a orde: etanol > etanol > 2-propanol > 1-propanol > 1-butanol. O efeito da teperatura no coportaento do V ostrou que a contração auenta co o auento da teperatura. Os resultados do volue olar excesso fora correlacionados co u polinôio de Redlich-Kister. Os resultados experientais obtidos neste estudo sugere que as interações específicas e os efeitos estruturais deve prevalecer sobre os efeitos físicos. 6. AGRADCIMNTOS Os autores agradece a FI e a Fundação de Aparo à Pesquisa do stado de São Paulo (FAPSP) pelo auxilio financeiro através do Projeto 04/11855-8. 7. RFRÊNCIAS BNSON, G.C.; HALPIN, C.J.; TRSZCZANOWICZ, A.J. xcess volues and isentropic copressibilities for (2-ethoxyethanol + n-heptane) at 298.15 K. J. Che. Therodynaics, v. 13, p. 1175-1183, 1981. BOUSTANI, A.; MAINI, B. The role of diffusion and convective dispersion in vapour extraction process. J. Can. Pet. Technol., v. 40, p. 68-77, 2001. CALLAM, C.S.; SINGR, S.J.; LOWARY, T.L.; HADAD, C.M. Coputational analysis of the potential energy surfaces of glycerol in the gas and aqueous phases: effects of level of theory, basis set, and solvation on strongly intraolecularly hydrogen-bonded systes. J. A. Che. Soc., v. 123, p. 11743 11754, 2001. CHAMPNY, D.C.; JOARDR, R.N.; DOR, J.C. Structural studies of liquid D-glycerol by neutrondiffraction. Mol. Phys., v. 58, p. 337 347, 1986. Área teática: ngenharia das Separações e Terodinâica 7

CHLLI, R.; PROCACCI, P.; CARDINI, G.; DLLA VALL, R.G.; CALIFANO, S. Glycerol condensed phases Part I. A olecular dynaics study. Phys. Che. Che. Phys., v. 1, p. 871 877, 1999a. CHLLI, R.; PROCACCI, P.; CARDINI, G.; CALIFANO, S. Glycerol condensed phases. Part II: a olecular dynaics study of the conforational structure and hydrogen bonding. Phys. Che. Che. Phys., v. 1, p. 879 885, 1999b. CHLLI, R.; GRVASIO, F.L.; GLLINI, C.; PROCACCI, P.; CARDINI, G.; SCHTTINO, V. Density functional calculation of structural and vibrational properties of glycerol. J. Phys. Che., v. A104, p. 5351 5357, 2000. DAS, S. K.; BUTLR, R. M. Mechaniss of the vapour extraction process for heavy oil and bituen. J. Pet. Sci. ng., v. 21, p. 43-59, 1998. DASHNAU, J.L.; NUCCI, N.V.; SHARP, K.A.; VANDRKOOI, J.M. Hydrogen bonding and the cryoprotective properties glycerol/water ixtures. J. Phys. Che., v. B110, p. 13670 13677, 2006. DAWIDOWSKI, J.; BRMJO, F.J.; FAYOS, R.; PRA, R.F.; BNNINGTON, S.M.; CRIADO, A. Coherent neutron scattering response fro glassy glycerol. Phys. Rev., v. 53, p. 5079 5088, 1996. GOROV, G.I.; MAKAROV, D.M. Voluetric properties of binary ixtures of glycerol + tertbutanol over the teperature range 293.15 to 348.15 k at atospheric pressure. J Solution Che., v. 41, p. 536-554, 2012. GARAWIA, M.; DORA, J.C.; CHAMPNY, D.C. Structural studies of liquid D-glycerol II. Molecular conforation and long range correlations. Mol. Phys., p. 62, v. 475 487, 1987. KIJVČANIN, M.L.; ŠRBAN VIĆ, S.P.; RADOVIĆ, I.R.; DJORDJVIĆ, B.D.; TASIĆ, A.Ž. Voluetric properties of the ternary syste ethanol + chlorofor + benzene at teperature range (288.15 313.15) K: xperiental data, correlation and prediction by cubic OS. Fluid Phase quilib., v. 251, p. 78 92, 2007. LIAU, W. R.; TANG, M.; CHN. Y. P. Densities and viscosities of butyl acrylate + 1-butanol and ethyl laurate + 1-butanol at 293.15, 303.15, and 313.15 K. J. Che. ng. Data, v. 43, p. 826 829, 1998. MARCUS, Y. Soe therodynaic and structural aspects of ixtures of glycerol with water. Phys. Che.Che. Phys., v. 2, p. 4891 4896, 2000. PRIRA, S.M.; RIVAS, M.A.; LGIDO, J.L.; IGLSIAS, T.P. Speeds of sound, densities, isentropic copressibilities of the syste (ethanol + polyethylene glycol diethyl ether 250) at teperatures fro 293.15 to 333.15K. J. Che. Therodynaics, v. 35, p. 383-391, 2003. RDLICH, O.; KISTR, T. Algebraic representation of therodynaic properties and the classification of solutions. Ind. ng. Cheistry, v. 40, p. 345-348, 1948. TOWY, J.J.; SOPR, A.K.; DOUGAN, L. The structure of glycerol in the liquid state: a neutron diffraction study. Phys. Che. Che. Phys., v.13, p. 9397 9406, 2011. ZARI, H.A.; ASADI, S.; ILOUKHANI, H. Teperature dependence of the voluetric properties of binary ixtures of (1-propanol, 2-propanol and 1,2-propanediol) at abient pressure (81.5 kpa). J. Molecular Liq., v. 141, p. 25-30, 2008. VAN KONINGSVLD, H. The crystal structure of glycerol and its conforation. Recl. Trav. Chi. Pays-Bas., v. 87, p. 243 254, 1968. Área teática: ngenharia das Separações e Terodinâica 8