PREVALÊNCIA DE MYCOPLASMAGALLISEPTICUM EM FRANGOS DA REGIÃO DA GRANDE ARAGUAÍNA, ESTADO DO TOCANTINS

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Transcrição:

PREVALÊNCIA DE MYCOPLASMAGALLISEPTICUM EM FRANGOS DA REGIÃO DA GRANDE ARAGUAÍNA, ESTADO DO TOCANTINS Aléxia Lohanna Monteiro Lima¹; Francisco Baptista² 1 Aluna do Curso de Medicina Veterinária; Campus de Araguaína; e-mail:alexia22kinha@gmail.com PIBIC/CNPq 2 Orientador do Curso de Medicina Veterinária; Campus de Araguaína; e-mail:baptista@mail.uft.edu.br RESUMO - o presente estudo objetivou analisar a prevalência de Micoplasmose Aviária pelo patógeno Mycoplasma gallisepticum em aves de fundo de quintal na cidade de Araguaína TO. Foram coletadas 175 amostras provenientes de quatro propriedades, onde duas estão situadas nas proximidades da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia UFT (região norte da cidade), uma chácara particular na região sul da cidade e a última em uma propriedade na região urbana (centro) da cidade. A seleção das aves foi totalmente casualizada. As amostras obtidas foram colhidas nas propriedades, refrigeradas e levadas cautelosamente, para que não houvesse hemólise durante o transporte. Posteriormente houve sua centrifugação, e foram seguidos os protocolos quanto à sorologia, obtendo-se determinado resultado. Nas propriedades trabalhadas na região da Grande Araguaína TO, 42% (74) das amostras apresentaram reação positiva frente asoroaglutinação rápida (SAR), em contrapartida 58% (101) das amostras foram negativas. As medidas de controle sanitário das aves nessa região são mínimas, pois é comum encontrar criações de fundo de quintal próximo a granjas, além da mistura de lotes com idade e fase de cria diferentes no qual estes fatores contribuem para a difusão do patógeno em questão. Palavras-chave: sanidade animal; aves; microbiologia; micoplasma. INTRODUÇÃO - Micoplasmose Aviária é uma enfermidade infecto-contagiosa que afeta aves em todo o mundo. Segundo Mettifogo e Ferreira (2007) a fonte de infecção mais importante são as aves doentes ou portadoras do patógeno. A eliminação do Micoplasma spp pode ocorrer por meio do ovo, presença do agente no sêmen dos galos ou oviduto das galinhas. A transmissão pode ocorrer no contato direto e indireto entre as aves (fômites), fezes e penas contaminadas contidas em água e alimentos, e na transmissão aerógena onde estão envolvidos aerossóis e gotículas. As perdas

econômicas causadas pelo Micoplasma ssp variam desde a queda na produção e na qualidade dos ovos (NOORMOHAMMADI et al., 2002), baixa eclodibilidade dos ovos, alta taxa de pintos refugados, baixa eficiência alimentar, carcaças condenadas, alto custo de fármacos (antibióticos), resistência bacteriana até restrições comerciais (METTIFOGO & BUIM, 2009). De acordo com Ito et al. (2002), a adoção de medidas de biosseguridade é a principal medida preventiva que pode ser adotada para evitar a introdução do M. gallisepticum em plantéis avícolas. A cidade de Araguaína está localizada no Norte do Estado do Tocantins e nesta região as medidas de controle sanitário das aves são mínimas. É comum encontrarmos criações de fundo de quintal próximo a granjas, além da mistura de lotes com idade e fase de cria diferente. Estes fatores contribuem para a difusão do patógeno. A implantação de medidas de biossegurança conforme salienta Nascimento et al., (2000), são primordiais nestes casos. MATERIAL E MÉTODOS - Cento e setenta e cinco amostras de sangue das aves foram obtidas de coletas aleatórias em quatro pequenas propriedades rurais da Grande Araguaína TO. A obtenção das mesmas foi realizada através da punção da veia umeral de cada ave, com o uso de seringas de três ml e agulhas 21 x 0,7mm descartáveis. As amostras foram depositadas em tubos de coleta que foram identificadas com número, lote, data, e nome da granja e em seguida acondicionadas em isopor com gelo reciclável. As amostras de sangue foram, imediatamente, encaminhadas ao Laboratório de Higiene e Saúde Pública, Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia, Universidade Federal do Tocantins, para a realização da sorologia. O teste foi realizado de acordo com as instruções do fabricante. O antígeno, o soro a ser testado e os soros de controle positivo e negativo foram retirados do refrigerador e mantidos a temperatura ambiente por 30 minutos. A amostra de soro a ser testada foi inativada em banho-maria a 56ºC por 30 minutos. 30uL do soro a serem testados, bem como os soros de controle positivo e negativo foram colocados sobre uma placa de vidro. O frasco de antígeno foi agitado e 30uL foram posicionados ao lado de cada amostra de soro. As gotas de soro e do antígeno foram homogeneizadas com o bastão formando um círculo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro. A placa teve que sofrer movimentos circulares

suaves. No fim do primeiro minuto a placa foi novamente movimentada de forma circular e os resultados foram observados e anotados em dois minutos. RESULTADOS E DISCUSSÃO - Foram obtidas 175 amostras de sangue de aves provenientes de quatro propriedades da Região de Araguaína, onde duas estão situadas nas proximidades da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia UFT (região norte da cidade), uma chácara particular na região sul da cidade e a última em uma propriedade na região urbana (centro) da cidade. Na primeira propriedade situada na região norte da cidade foram obtidas 95 amostras em três etapas (20, 20 e 55 amostras). Das 95 amostras analisadas 39 (41%) tiveram resultado positivo para a Micoplasmose e 56 negativos (59%). Na segunda propriedade da região Norte das 32 amostras colhidas, obtivemos 23 positivas (72%) e 9 negativas (28%). A terceira propriedade está situada no centro da cidade e foram obtidas 8 amostras todas com resultado negativo. E por último, a propriedade encontrada no centro da cidade (área urbana), nos permitiu obter um total de 40 amostras, as quais são aves caipiras melhoradas, para venda na feira local. Das 40 amostras, 28 (7%) foram negativas, e 12 (30%) amostras foram positivas. Portanto, no panorama geral obtivemos 175 amostras, sendo 74 (42%) positivas e 101 (58%) negativas. Na primeira propriedade, observou-se maior organização e manejo sanitário, já que as aves eram melhoradas objetivando a venda em mercado popular da cidade. A área era limpa, sombreada, havia área coberta, comedouros e bebedouros adequados e limpos. A ração e os piquetes eram uniformes, pois havia pintos, frangos jovens, e aves de aproximadamente quatro meses (lote de obtenção das amostras), todos separados. A segunda propriedade situada na região norte da cidade também apresentou significativa positividade 72% (23). As primeiras amostras obtidas foram mais fáceis de serem coletadas, a aparência das aves era saudável, e as veias mais evidentes (calibrosas), comparadas às da segunda propriedade, onde houve maior dificuldade de punção, e até mesmo obtenção de 3 ml de sangue, sugerindo que as aves da segunda propriedade estavam mais debilitadas. A terceira propriedade está situada na região sul da cidade e foram obtidas 8 amostras, salientando que esta é uma chácara particular, na qual as aves eram apenas para consumo doméstico. Todas eram caipiras e isentas da bactéria em questão. Neste caso a presença de poucos animais e ambiente limpo e

controlado resultou em aves livres da doença. Por sua vez a propriedade localizada na região central da cidade apresentou 30% (12) de positividade, esta frequência poderia ser justificada devido ao acúmulo de aves num mesmo local, facilitando a disseminação da doença. Com este trabalho conseguimos observar o quanto os fatores de biosseguridade e sanidade são essenciais para a qualidade das aves de fundo de quintal no estado do Tocantins. E mesmo que a Micoplasmose não seja um problema de saúde pública, é de grande preocupação aos produtores, pois afeta economicamente as grandes ou pequenas produções, já que se trata de uma patologia de alta mortalidade.vê-se, portanto, que a alta positividade é significativa de alerta para a realização de ações preventivas nas pequenas propriedades, seja no meio rural ou urbano. Amostras Propriedade 1 Propriedade 2 Propriedade 3 Propriedade 4 Total (Região Norte) (Região Norte) (Região Sul) (Região Central) Positivo 39 (41%) 23 (72%) 0 12 (30%) 74 (42%) Negativo 56 (59%) 09 (28%) 8 (100%) 28 (70%) 101 (58%) Total 95 32 8 40 175 Tabela 1: Total de amostras de sangue de aves colhidas na região da Grande Araguaína TO e resultados da sorologia para Mycoplasma gallisepticum. LITERATURA CITADA: METTIFOGO, E.; BUIM, M. R. Mycoplasma gallisepticum. In: REVOLLEDO, L.; FERREIRA, A. J. P. (Orgs.). Patologia Aviaria. Barueri: Editora Manole Ltda., 2009. p. 86-100. METTIFOGO, E.; FERREIRA, A. J. P. Micoplasmose aviária. In: FILHO, R. L. A. Saúde Aviária e Doenças. São Paulo: Roca, 2007. p.147-151. NASCIMENTO, E. R. Micoplasmoses aviárias. In: BERCHIERI J NIOR, A.; MACARI, M. (Eds.) Doença das aves. Campinas: Facta, 2000. p.217-224. NOORMOHAMMADI, A. H.; BROWNING, G. F.; COWLING, P. J.; O ROURKE, D.; WHITHEAR, K. G.; MARKHAM, P. F. Detection of antibodies to Mycoplasma gallisepticum vaccine ts-11 by an autologous Enzyme-Linked Immunosorbent Assay. AvianDiseases, v. 46, n. 2, p. 405-411, 2002.

AGRADECIMENTOS o presente trabalho foi realizado com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico CNPq Brasil.