AGROSAFRA SETEMBRO DE 2015 1. Indicadores da macroeconomia brasileira. 2. Agro-cotações no PR para soja, trigo e milho - anual e mensal. 3. Agro-cotações na CBOT (bolsa de Chicago) para soja, trigo e milho - mensal. 4. Estimativa da produção agrícola brasileira segundo a Conab - anual. Curitiba, 15 de setembro de 2015. 1
1. MACROECONOMIA BRASILEIRA INDICADORES DE 11 DE SETEMBRO DE 2015 Indicadores dos agentes de mercado coletados pelo Banco Central do Brasil Quadro 01 Comparativo dos indicadores da macroeconomia brasileira - 2015 e 2016 ÍNDICES INFLAÇÃO 2015 2016 VAR (p.p.) IPCA (%) 9,28 5,64-3,64 IGP-DI (%) 7,77 5,57-2,20 Preços administrados (%) 15,20 5,88-9,32 CÂMBIO Taxa de câmbio fim do período (R$/US$) 3,70 3,80 +0,10 JUROS BÁSICOS DA ECONOMIA Meta taxa Selic fim do período (%) 14,25 12,00-2,25 ENDIVIDAMENTO Dívida líquida do setor público (% PIB) 36,20 39,10 +2,90 ATIVIDADE ECONÔMICA PIB (% Variação) -2,55-0,60 +1,95 ÍNDICES COMÉRCIO INTERNACIONAL 2015 2016 VAR (abs.) Saldo conta corrente (US$ BI) -73,50-65,00 +8,50 Balança comercial (US$ BI) 10,00 20,00 +10,00 INVESTIMENTOS Investimentos estrangeiros (US$ BI) 65,00 64,90-0,10 Fonte: Boletim Focus do BACEN de 2015. Estimativas são de 11 de setembro para os indicadores em 2015 e 2016. O Governo Federal anunciou no final de junho a redução da previsão de superávit primário nas contas públicas para 2015 de R$ 66 bilhões ou 1,1% do PIB em 2015 para R$ 8,7 bilhões, ou seja, 0,15% do PIB. Para 2016 e 2017 a meta também foi reduzida de 2,0% do PIB para 0,7% e 1,3% do PIB, respectivamente. No entanto, a situação fiscal se deteriorou muito nos últimos meses e o receio do mercado que não se consiga atingir nem mesmo estes números. Fato concreto é que no final de agosto o governo enviou ao Congresso Nacional proposta orçamentaria para 2016 com déficit de R$ 30,0 bilhões. Em 14 de setembro o Governo Federal anuncia uma série de medidas de redução de gastos e aumento de impostos para tentar fechar as contas e ter o prometido superávit primário em 2016 de 0,7% do PIB. 2
2. AGRO-COTAÇÕES NO PARANÁ PARA SOJA, TRIGO E MILHO. PREÇOS AGRÍCOLAS DA SOJA, TRIGO E MILHO NO PARANÁ. Gráfico 01 - Evolução dos preços anuais recebidos pelos produtores paranaenses de milho, trigo e soja nos últimos 5 anos (R$/saca 60 kg). Fonte: Seab/Deral, Elaboração: Ocepar/Getec Set/15. * preços até 31/08/2015. A variação de preços nós últimos 5 anos foi de: + 40% na soja, + 29% no trigo e de 8,5% no milho. Gráfico 02 - Evolução dos preços mensais recebidos pelos produtores paranaenses de milho, trigo e soja nos últimos 12 meses (R$/saca 60 kg). Fonte: Seab/Deral, Elaboração: Ocepar/Getec 14 de Setembro de 2015. A variação de preços nós últimos 12 meses (ago/14 ago/15) foi de: +12,8% na soja, + 2,1% no trigo e de +13,6% no milho. 3
3. AGRO-COTAÇÕES NA CBOT PARA SOJA, TRIGO E MILHO. Quadro 02 Comparativo dos preços internacionais da soja, trigo e milho nos últimos 12 meses na bolsa de Chicago (US$/bushel) Produtos Setembro/2014 Setembro /2015 Var (%) Soja 10,00 8,75-12,5% Trigo 5,80 4,90-15,5% Milho 4,00 3,90-2,5% Fonte: CBOT, elaboração: Ocepar/Getec. 1 bushel de soja e trigo = 27,2 kg e de milho = 25,4 kg. Gráfico 03 - Evolução dos preços médios mensais da soja na 1ª entrega na CBOT (US$/bushel). Fonte: MAPA/CBOT/CMA 2015. 1 bushel de soja = 27,216 kg. Gráfico 04 - Evolução dos preços médios mensais do trigo na 1ª entrega na bolsa de Kansas (US$/bushel). Fonte: MAPA/CBOT/CMA 2015. 1 bushel de trigo = 27,216 kg. 4
Gráfico 05 - Evolução dos preços médios mensais do milho na 1ª entrega na CBOT (US$/bushel). Fonte: MAPA/CBOT/CMA 2015. 1 bushel de milho = 25,400 kg. As cotações internacionais das commodities na bolsa de Chicago (CBOT) reduziramse nos últimos 12 meses em média a depender da commodity de 2,5% a 15,5%, no entanto, os preços recebidos pelos produtores brasileiros apresentaram elevação em relação ao mesmo período do ano passado (motivado pela forte desvalorização do real frente ao dólar). A redução em Chicago foi motivada pela recomposição dos estoques mundiais da soja, milho e trigo, em que, a produção tem sido beneficiada pelas últimas 3 safras recordes em todo o mundo. 5
4. ESTIMATIVA DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA CONAB Setembro/2015 Gráfico 06 - Evolução da área e produção brasileira de grãos (milhões de hectares e toneladas) Fonte: Conab, Elaboração: Ocepar/Getec Aumento da área no período 22% e da produção em 55%. Gráfico 07 Comparativo da produção dos principais cultivos de grãos e fibras no Brasil safra 2014/15 (%) Fonte: Conab, soja e milho respondem por 86% da produção total brasileira. 6
Quadro 03 Comparativo da produção brasileira de grãos safra 2013/14 e 2014/15 Produtos Safra 2013/14 (milhões t) Safra 2014/15 (milhões t) Var (relativa) Var (absoluta) (milhões t) Soja 86,1 96,2 +11,8% +10,20 Milho 80,0 84,7 +5,8% +4,70 Feijão 3,40 3,20-7,8% -0,20 Arroz 12,10 12,40 +2,0% +0,30 Trigo 5,90 7,00 +18,0% +1,10 Algodão 2,70 2,40-11,6% -0,30 Total 193,6 209,5 +15,90 +8,20 Fonte: Conab, Elaboração: Ocepar/Getec Set/15. Gráfico 08 - Participação das diferentes unidades de federação na produção brasileira de grãos e fibras safra 2014/15 Fonte: Conab, Elaboração: Ocepar/Getec Set/15. No Brasil o cultivo de soja e milho representa 86% de toda a safra brasileira e são fundamentais nas exportações brasileiras, bem como, na sustentação das cadeias produtivas de carnes e lácteos. O ranking de produção coloca o Paraná na 2ª lugar atrás somente de Mato Grosso que tem 4 vezes mais área territorial. O PR é o primeiro em produção de trigo, feijão, frango e cevada e segundo em soja e milho. 7