Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

Documentos relacionados
Hematúria 1. DEFINIÇÕES 2. ETIOLOGIA. Revisão. Aprovação. Elaboração Joana Campos Dina Cirino Clara Gomes A Jorge Correia Data: Maio 2007

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor pelo autor

Diagnóstico Diferencial das Síndromes Glomerulares. Dra. Roberta M. Lima Sobral

GLOMERULOPATIAS. 5º ano médico. André Balbi

Hematuria. Margarida Abranches

CURSO DE INVERNO NEFROLOGIA. Secção de Nefrologia da SPP

Exames complementares em nefrologia pediátrica: Interpretação e conduta

ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS. Aula 4. Profª. Tatiane da Silva Campos

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL

Introdução. *Susceptibilidade. * Unidade funcional e morfológica: néfron - glomérulo ( parte vascular) - túbulo ( parte epitelial) TÚBULO PROXIMAL

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL

Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Abordagem do Paciente Renal. Síndromes Nefrológicas. Síndrome infecciosa: Infecciosa

Glomerulonefrite pós infecciosa

Papel do laboratório clínico na pesquisa, controle e tratamento da DRC. Dr. Carlos Zúñiga San Martín

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza RESPOSTAS DAS QUESTÕES:

Seminário de Biopatologia. Glomerulonefrites. Leccionada por: Prof. Clara Sambade Desgravada por: Pedro Carvalho e Petra Gouveia

Prof. Ms. Elton Pallone de Oliveira. Exames laboratoriais: definição, tipos, indicação, cuidados pré e pós exame. Urinálise

1. Paciente com síndrome nefrótica que apresenta dor lombar, hematúria e varicocele à esquerda sugere o diagnóstico de:

Registo nacional de IRC

HIV E DOENÇA RENAL I CONGRESSO PARANAENSE DE INFECTOLOGIA. 31 março e 01 abril de 2017 Londrina - PR

Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome

Fisiologia renal. Rim anatomia externa. Vascularização renal. Funções Renais. Rim Anatomia interna. Rim Vascularização. ramos anteriores e posteriores

Material para Colheita

INTRODUÇÃO À BASES DIAGNÓSTICAS. Profa Sandra Zeitoun Aula 1

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

Caso Clínico #3. Identificação: JHM, 18 anos, sexo masculino, estudante, natural e procedente de São Paulo/SP

EXAME 2018 PRÉ-REQUISITO: NEFROLOGIA. Instruções

3/6/ 2014 Manuela Cerqueira

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho!

1 - Excreção de substâncias. 2 - Regulação do equilíbrio eletrolítico. 3 - Regulação do equilíbrio ácido-básico

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

UrináliseSedimentoscopia

COMPLICAÇÕES RENAIS NO TRANSPLANTE HEPÁTICO

Etiologia: Etiologia:

Fisiologia Renal. Arqueada. Interlobar. Segmentar. Renal

Módulo 1 ABORDAGEM E OPÇÕES TERAPÊUTICAS NO DOENTE COM LITÍASE RENAL AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA CÓLICA RENAL 3 OBSERVAÇÃO 4 OPÇÕES TERAPÊUTICAS

Profa Dra Rachel Breg

São exemplos de órgãos que realizam excreção em nosso corpo: Rins (exemplo de substância excretada = uréia);

Vai estudar doenças glomerulares? Não se esqueça do elefantinho!

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM GATOS

Métodos de avaliação da função renal

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

Clique para editar o título mestre

AVALIAÇÃO DA TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR EM CÃES OBESOS RESUMO

Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulopatias Secundárias. Glomerulonefrites Bacterianas

URI: / DOI: / _34

RESIDÊNCIA MÉDICA 2014 PROVA OBJETIVA

Caso Clínico 5. Inês Burmester Interna 1º ano Medicina Interna Hospital de Braga

CASO CLÍNICO. O fim do mundo está próximo José Costa Leite Juazeiro do Norte Ceará

Estrutura néfron e vascularização

PRINCIPAIS SÍNDROMES EM NEFROLOGIA

Edema OBJECTIVOS. Definir edema. Compreender os principais mecanismos de formação do edema. Compreender a abordagem clínica do edema

Glomerulonefrite Membranosa Idiopática: um estudo de caso

Registo Nacional de crianças com IRC em tratamento conservador. Secção de Nefrologia Pediátrica da S.P.P Helena Pinto

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

Interpretação de Exames Laboratoriais para Doença Renal

PEDIDO DE CREDENCIAMENTO DO SEGUNDO ANO NA ÁREA DE ATUAÇÃO NEFROLOGIA PEDIÁTRICA

Fisiologia do Sistema Urinário

XI Curso Básico de Doenças Hereditárias do Metabolismo

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor.

Caso Clínico. (abordagem de Glomerulopatias pós-transplante)

Filtração Glomerular

HEMATÚRIA HEMATÚRIA, HEMATÚRIA MACROSCÓPICA, HEMATÚRIA MICROSCÓPICA.

Hospital Pediátrico Carmona da Mota - CHUC-EPE. 21 a 23 de setembro de Helena Pereira

GESF no Transplante. Introdução

Questionário - Proficiência Clínica

Glomerulonefrites Secundárias

ENFERMAGEM PROCESSO DE ENFERMAGEM E SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. EXAME FÍSICO Aula 10 Profª. Tatiane da Silva Campos

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

SÍNDROME NEFRÓTICA. proteínas pela membrana glomerular, e qualquer perturbação dessa célula repercutiria na proteinúria.

Avaliação e Distúrbios Renais e Urinários

Filtração Glomerular. Prof. Ricardo Luzardo

artéria renal arteríola aferente capilares glomerulares artéria renal capilares glomerulares veia renal

PROTEINÚRIA: AVALIAÇÃO CLÍNICA E LABORATORIAL

11º Imagem da Semana: Ultrassonografia dos rins e vias urinárias

Síndromes glomerulares

Alterações no Trato Urinário

artéria renal arteríola aferente capilares glomerulares artéria renal capilares glomerulares veia renal

1. Estratificação de risco clínico (cardiovascular global) para Hipertensão Arterial Sistêmica

FISIOLOGIA RENAL PROCESSOS BÁSICOS DE TROCA RENAL

CAUSAS GENÉTICAS DE HEMATÚRIA

artéria renal arteríola aferente capilares glomerulares artéria renal capilares glomerulares veia renal

Identificação: FTG, feminino, 34 anos, branca, odontóloga. Natural e procedente de São Paulo Data da Primeira consulta: 13/04/2018

Semiologia do aparelho osteoarticular. Professor Ivan da Costa Barros

Lesoes Glomerulares. Nefropatia Diabética

XIII Curso Básico de Doenças Hereditárias do Metabolismo

Dia Mundial do Rim 2019

Cuidados Partilhados Reumatologia / MGF. Alertar para agudizações e complicações graves mais comuns em doenças reumáticas inflamatórias

Hematúria Recorrente Como Conduzir

AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL EM DIABÉTICOS ADULTOS*

Farmacologia I, Aulas Práticas

Com base nesses dados, responda às questões a seguir, em relação à situação atual:

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico.

O que é a excreção? As células produzem substâncias tóxicas que têm de ser removidas do organismo. Excreção. efectuada por. Órgãos de excreção.

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DO FIGADO Silvia Regina Ricci Lucas

DETECÇÃO e MONITORIZAÇÃO de PACIENTES com DRC

Insuficiência Renal Aguda no Lúpus Eritematoso Sistêmico. Edna Solange Assis João Paulo Coelho Simone Chinwa Lo

Transtornos de importância clínica no sistema urinário dos ruminantes

Transcrição:

Obrigada por ver esta apresentação Gostaríamos de recordar-lhe que esta apresentação é propriedade do autor. É-lhe fornecida pela Sociedade Portuguesa de Nefrologia Pediátrica no contexto do Curso de Nefrologia Pediátrica, para seu uso pessoal, tal como submetido pelo autor

PROTEINÚRIA Carolina Cordinhã Unidade de Nefrologia Hospital Pediátrico - CHUC EPE

O autor declara ausência de potenciais conflitos de interesses (de acordo com o ponto 24. do documento UEMS 2012/30 Accreditation of Live Educational Events by the EACCME )

Objetivos Achado benigno e/ou transitório Marcador precoce de doença crónica Agravamento da função renal em patologia já conhecida Sinal de alarme para patologia sistémica

Introdução Achado transitório Sumária de urina de rotina: 10-15% Decresce para 0,1% em exames subsequentes Adolescentes, sexo masculino (mais frequente) Persistente Contribui para a progressão da doença renal crónica Factor de risco para doença cardiovascular

Fisiopatologia Fatores reguladores do movimento de proteínas no glomérulo: 1. Taxa de fluxo plasmático 2. Forças hidrostáticas e osmóticas 3. Proteínas Dimensão e peso molecular Configuração Carga elétrica 4. Propriedades da membrana glomerular

Fisiopatologia Barreira de filtração glomerular: 1. Endotélio fenestrado 2. Membrana basal glomerular (MBG) 3. Células epiteliais glomerulares viscerais (podócitos)

Fisiopatologia 1. Endotélio fenestrado Células que recobrem os capilares glomerulares Têm múltiplos poros com 70-100 nm de diâmetro Presença do glicocálix na superfície Carga negativa Sialoglicoproteínas aniónicas podocalixina

Fisiopatologia 2. Membrana basal glomerular (MBG) Espessura de 300 a 350 nm Lamina rara interna e externa Lamina densa (central) Rede tridimensional Constituída por colagénio tipo IV, laminina, enactina, nidogénio, proteoglicanos (perlecano, agrina) Poros de 4-6 nm de diâmetro Barreira elétrica (radicais negativos dos proteoglicanos)

Fisiopatologia 3. Células epiteliais glomerulares viscerais (podócitos) Corpo apoiado na capsula de Bowman Projeções primárias e secundárias ou pedicelos Submersos na MBG Fendas - espaços entre os pedicelos (diâmetro de 20-50 nm) Diafragma é uma fina lâmina formada por proteínas como a nefrina, P-caderina, alfa beta catenina e que estabiliza as fendas entre os pedicelos

A urina normal contém proteínas? Excreção normal: < 100 mg/m 2 /dia (< 4 mg/m 2 /h) ou total < 150 mg/1,73m 2 /dia < 300 mg/m 2 /dia (recém-nascidos) Cápsula de Bowman: Proteínas de baixo peso molecular (+++) β2 microglobulina, Lisozima Hormonas: PTH, vasopressina, insulina Albumina Que proteínas?? 50% - Secretadas pelo epitélio tubular Proteína de Tamm-Horsfall (uromodulina) 50% - Proteínas plasmáticas 40% - Albumina 10% - Proteínas BPM (β2 mg, aa) TCP: Reabsorção de 99.9% das proteínas de BPM (< 25000 Daltons) filtradas livremente

A urina normal contém proteínas? Alteração da permeabilidade da membrana glomerular Que proteínas?? Cápsula de Bowman: Proteínas de baixo peso molecular (+++) B2 microglobulina, Lisozima Hormonas: PTH, vasopressina, insulina Albumina Diminuição da capacidade de reabsorção tubular TCP: Reabsorção de 99.9% das proteínas de BPM (< 25000 Daltons) filtradas Aumento da concentração sérica livremente de proteínas de baixo peso molecular 50% - Secretadas pelo epitélio tubular Proteína de Tamm-Horsfall (uromodulina) 50% - Proteínas plasmáticas 40% - Albumina 10% - Proteínas BPM (β2 MG, aa) Aumento da secreção de proteínas de Tamm Horsfall

Diagnóstico Semi-quantitativo 1. Tiras reativas Quantitativo 2. Relação proteína/creatinina em amostra de urina 3. Doseamento de proteínas em colheita de urina de 12 ou 24 horas Qualitativo

Diagnóstico Semi-quantitativo Tiras reativas Detetam apenas albumina Reação colorimétrica entre a albumina e o azul de tetrabromofenol

Diagnóstico Semi-quantitativo Tiras reativas Concentração aproximada de albumina Negativo Vestígios/Indícios 15-30 mg/dl 1 + 30-100 mg/dl 2 + 100-300 mg/dl 3 + 300-1000 mg/dl 4 + > 1000 mg/dl

Diagnóstico Semi quantitativo Tiras reativas limitações: Falsos positivos: Falsos negativos: Densidade urinária > 1025 Densidade urinária < 1010 Urina alcalina (ph > 8) Urina ácida (ph < 4.5) Hematúria macroscópica Presença de proteínas de BPM, microalbuminúria Piúria Bacteriúria Contrastes iodados ( intervalo 24h) Fármacos: cefalosporinas, penicilinas Desinfeção com clorohexidina Exercício físico intenso (intervalo 2-3 dias)

Diagnóstico Quantitativo: relação proteína/creatinina em amostra de urina Primeira amostra da manhã Boa correlação com a proteinúria de 24 horas Falsos positivos Concentração da creatinina urinária baixa Crianças pequenas, tubulopatias, desnutrição severa Falsos negativos Concentração da creatinina urinária elevada Redução da taxa de filtração glomerular com aumento da secreção de creatinina

Diagnóstico Quantitativo: relação proteína/creatinina em amostra de urina Normal < 0.2 mg/mg < 20 mg/mmol < 0.5 mg/mg < 50 mg/mmol Idade > 2 anos Dos 6 meses aos 2 anos Significativa (não nefrótica) Nefrótica 0,2-2 mg/mg 20-200 mg/mmol > 2 mg/mg > 200 mg/mmol

Diagnóstico Quantitativo: doseamento de proteínas em colheita de urina de 24 horas Permite Problemas dosear albumina, globulinas e proteínas de BPM da colheita de urina Incontinência de esfíncteres Erros de colheita (tempo e volume) Alternativa Colheita de urina de 12 horas

Diagnóstico Quantitativo: doseamento de proteínas em colheita de urina de 24 horas Normal < 4 mg/m 2 /hora < 100 mg/m 2 /24h ou < 150 mg/24h Significativa (não nefrótica) 4-40 mg/m 2 /hora Nefrótica 40 mg/m 2 /hora 1000 mg/m 2 /24h

Diagnóstico Qualitativos Permite distinguir proteinúria glomerular e tubular Métodos utilizados: Electroforese, ELISA, RIA, imunodifusão radial Microalbuminúria Manifestação precoce de lesão glomerular em situações de hiperfiltração (nefropatia de refluxo) Normal < 30 mg/1,73 m 2 /dia (< 20 μg/min) < 30 mg/g creatinina 30-300 mg/1,73 m 2 /dia 20-200 μg/min

Diagnóstico Qualitativos β2-microglobulina Específica de doença renal tubular Normal < 0.4 mg/1,73 m 2 /dia < 40.7 mg/mmol creatinina

Classificação Transitória (intermitente)/ Persistente Assintomática / Sintomática Proteinúria confirmada em 2 ocasiões, excluindo a proteinúria ortostática (repetir tira reativa em condições ideais 1+) Isolada / Associada a outros elementos

Classificação De acordo com origem: 1. Proteinúria glomerular 2. Proteinúria tubular 3. Proteinúria de overflow

Classificação Intermitente Persistente Glomerular Tubular Comum Rara Não postural Postural Seletiva vs Não seletiva Lesão anatómica ou funcional Lesão TCP/Doença tubulointersticial: perda de proteínas de BPM (++ β2 mg) +/- outros defeitos da função tubular: Glicosúria ATR com perda de bicarbonato e fosfatúria... Exº S. Fanconi Benigna Patológica

Classificação Intermitente Não postural Exercício físico Febre Infecções Convulsões Desidratação (hipovolémia) Stress Insuf.cardíaca Frio intenso Glomerular Frequente em crianças e adolescentes Geralmente ligeira Induzida por diversos fatores Achado isolado sem significado patológico

Classificação Persistente Postural ou ortostática Glomerular Excreção aumentada de proteínas na posição supina que desaparece no repouso Raramente excede 1 gr/1.73m 2 /dia Frequente em adolescentes do sexo masculino Etiologia desconhecida: variante do normal, resposta hemodinâmica exagerada à posição supina, anomalias glomerulares subtis, compressão da veia renal (S. Nutcracker) Evolução benigna (tendência para resolução espontânea; casos raros de evolução para GEFS em follow-up de 50 anos) Não necessita de tratamento

Classificação Persistente Glomerular Tubular Glomerulopatias primárias SN idiopático (Dç lesões mínimas) GEFS SN congénito Nefropatia IgA Nefropatia membranosa GN membranoproliferativa Síndrome de Alport Glomerulopatias secundárias GN aguda PI SHU, LES, PHS Diabetes mellitus, HTA Amiloidose Infeções: VHB,VHC,VIH Hiperfiltração (nefropatia cicatricial) Primárias ATR Síndrome de Lowe Cistinose Doença Dent Síndrome de Fanconi Doença de Wilson Doenças mitocondriais Doença poliquística renal Secundárias (adquiridas) Pielonefrite Nefrite tubulointersticial Iatrogenia - NTA (AINES, intoxicação por vit D) Secundária a uropatia obstrutiva

Classificação Persistente Glomerular Tubular Seletiva: albumina e proteínas de BPM Não seletiva: proteínas de elevado PM Lesão do TCP < 1 gr/1,73m2/dia Predomínio de β2-microglobulina

Classificação Overflow Frequente em adultos (mieloma múltiplo) Mais rara em idade pediátrica Hemólise intravascular (hemoglobina) Rabdomiólise (mioglobina) Leucemias (lisozima)

Orientação Geralmente é um achado Colheita em condições não ideais Técnica semi-quantitativa / TIRA REATIVA Excluir causas de falsos positivos

Orientação Mesmo se ASSINTOMÁTICO: Anamnese Exame físico Repetir tira reativa em condições ideais Ratio proteínas/creatinina ( 1ª micção da manhã)

Orientação Anamnese - História da doença atual Idade início? Gravidade da proteinúria? Contexto de identificação? (infecção, exercício físico) Cor da urina? Espuma? Coágulos? Oligúria? Disúria? Polaquiúria? Enurese? Dor abdominal /lombar? Dores articulares, rash malar, febre, perda ponderal? História de traumatismo?

Orientação Anamnese - Antecedentes pessoais Neonatais: Hidronefrose, trombose renal, cardiopatia congénita AP nefrourológicos: ITU, litíase, doença quística renal Outras patologias: PHS, Nefropatia IgA Hábitos medicamentosos (AINES?)

Orientação Anamnese - Antecedentes familiares Consanguinidade Hematúria Surdez HTA Doença poliquística DRC Litíase

Orientação Exame objetivo: Avaliar TA Sinais associados a DRC: palidez, alteração do crescimento, osteodistrofia Sinais associados a síndrome nefrótico: edemas, ascite, hidrocelo Sinais associados a síndrome nefrítico: edemas, oligúria, HTA, hematúria Sinais associados a doença sistémica: artrite, lesões cutâneas, púrpura Massa e sopro abdominal Anomalias oftalmológicas, pavilhões auriculares, audição

Orientação Criança ou adolescente assintomático Anamnese Exame físico Repete tira reativa da urina em amostra aleatória Quantifica-se proteinúria na 1ª micção da manhã P/C (U) Tira teste normal P/C (U) normal Repete proteinúria na 1ª micção da manhã (1 ano)

Orientação Criança ou adolescente assintomático Anamnese Exame físico Repete tira reativa da urina em amostra aleatória Quantifica-se proteinúria na 1ª micção da manhã P/C (U) Tira teste: proteinúria 1+ P/C (U) normal Repete proteinúria na 1ª micção da manhã (1 ano)

Orientação Criança ou adolescente assintomático Anamnese Exame físico Positivos ou não Repete tira reativa da urina em amostra aleatória Quantifica-se proteinúria na 1ª micção da manhã P/C (U) Tira teste: proteinúria 1+ P/C (U) 0,2 mg/mg creatinina Investigar

Orientação Criança ou adolescente assintomático Sedimento Urinário: eritrócitos dismórficos?, cilindros?...piúria, bacteriúria? Photomicrograph of urine sediment with a red cell cast Urine sediment showing free red cells and a red cell cast that is tightly De acordo com a anamnese e exame físico selecionar os ECD adequados packed with red cells. It is more common for red cell casts to have fewer red cells trapped within a hyaline or granular cast. Red cell casts are virtually diagnostic of glomerulonephritis or vasculitis.

Orientação Criança ou adolescente assintomático Avaliação laboratorial (1): Hemograma, ureia, creatinina, ionograma completo, ficha lipídica, proteínas totais, albumina. Avaliação laboratorial (2): C3, C4, TASO, Anti-DNase B e TRE orofaringe. Imunoglobulinas. Autoimunidade: ANA, ANCA, anti-dsdna, anti-mbg, VS Eletroforese das Prot na urina Serologias VHB, VHC, HIV 1 e 2 Ecografia reno-vesical com Doppler

Orientação Criança ou adolescente assintomático Sedimento Urinário Avaliação laboratorial Ecografia reno-vesical com Doppler Normal Repete 2x tira teste (ocasiões diferentes) Proteinúria negativa Repete proteinúria na 1ª micção da manhã (1 ano)

Orientação Criança ou adolescente assintomático Sedimento Urinário Avaliação laboratorial Ecografia reno-vesical com Doppler Normal Repete 2x tira teste (ocasiões diferentes) Proteinúria persistente

Orientação Criança ou adolescente assintomático Sedimento Urinário Avaliação laboratorial Ecografia reno-vesical com Doppler ECD alterados

Bibliografia Boyer OG. Evaluation of proteinuria in children (disponível online). Consultado em www.uptodate.com em janeiro de 2017 Somers MJ. Orthostatic (postural) proteinuria (disponível online). Consultado em www.uptodate.com em janeiro de 2017 de Lucas Collantes C, Izquierdo García E. Proteinuria. Protoc diagn ter pediatr. 2014;1:69-79 Hogg RJ, Portman RJ, Milliner D, et al. Evaluation and management of proteinuria and nephrotic syndrome in children: recommendations from a pediatric nephrology panel established at the National Kidney Foundation conference on proteinuria, albuminuria, risk, assessment, detection, and elimination (PARADE). Pediatrics 2000; 105:1242. Documento de Consenso. Recomendaciones sobre la valoración de la proteinuria en el diagnóstico y seguimiento de la enfermedad renal crónica. Sociedad Española de Nefrología (S.E.N.). Nefrologia 2011;31(3):331-45 Obrigado