Oportunidades, desafios e competitividade para rede de fornecedores da indústria de O&G Eloi Fernández y Fernández FIESP, São Paulo, 06 de agosto de 2013
Quem é a ONIP? A ONIP - Organização Nacional da Indústria do Petróleo, atua como fórum de articulação e cooperação entre as companhias de petróleo e empresas da rede de fornecedoras de bens e serviços do setor, organismos governamentais e agências de fomento., com o objetivo de contribuir para o aumento da competitividade da indústria nacional, para a maximização do conteúdo local e para a geração de emprego e renda no setor de petróleo e gás. Membros Integrantes da ONIP INDÚSTRIA SISTEMA NACIONAL DA INDÚSTRIA 1 GOVERNO FEDERAL OPERADORES GOVERNO ESTADUAL 2
Abertura do setor de petróleo no Brasil foi feita durante crise da indústria no mundo e baixo crescimento econômico Preços internacionais ficaram baixos por muito tempo (Crise da Ásia) Oil companies atravessavam corte de gastos e fusões Petrobras pós-monopólio exposta a cenário muito competitivo Indústria fornecedora nacional com ociosidade e desconectada do mercado internacional 3
Política brasileira de compras locais foi formulada em resposta a esses desafios Direcionar para o mercado nacional os investimentos no setor petróleo e gás das empresas concessionárias Adaptação da experiência do Mar do Norte: leilão de áreas com lances compostos por pagamentos em dinheiro (a vista) mais um bid de % mínimo de compra local (pagamento a prazo), gerando uma obrigação do contrato de concessão Essa forma de leilão foi mudando ao longo do tempo: percentuais mínimo globais e por equipamento 4
Rodada 1 Rodada 2 Rodada 3 Rodada 4 Rodada Rodada 6 Rodada Rodada 9 Rodada 10* Rodada 11 Coompromisso de Conteúdo Local (%) Situação da política de compras locais evoluiu Níveis foram fixados em percentuais elevados MÉDIA DE COMPROMISSO DE CONTEÚDO LOCAL 100 90 80 Descobertas aumentaram muito a escala das obrigações 0 60 0 40 30 Apesar de as obrigações serem de longo prazo, não há mecanismo 20 10 0 de política industrial (ajuste fino) previsto em contrato. Exploração Desenvolvimento * Somente blocos terrestres
1990 1991 1992 1993 1994 199 1996 199 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 200 2006 200 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 201 2016 O sucesso setorial criou um desafio para a cadeia fornecedora do E&P offshore 40 30 INVESTIMENTO ANUAL EM E&P US$ bilhões Petrobras Total PRÉ-SAL 20 10 RODADA RODADA 1 RODADA RODADA 0 0 Fonte: Prominp, IBP, Petrobras. 6
O que poderia ser feito para se reativar uma política industrial que promova investimento na cadeia do petróleo? Ampliar o escopo da política de compras locais para estimular diretamente investimentos prioritários na cadeia de fornecedores nacionais de forma a aumentar rapidamente a oferta doméstica Permitir que parte dos incentivos (obrigações) já existentes sejam atendidos com investimentos prioritários na cadeia de fornecedores, de forma a reduzir gargalos de oferta no tempo Estimular as concessionárias a contribuir para a ampliação dos investimentos na cadeia (necessidade identificada em recente Estudo do IBP/Bain)
Perspectivas da política de compras locais para as empresas concessionárias Expectativas de multas por descumprimento são obrigações financeiras que deveriam ser provisionadas em balanço Reconhecimento dessas liabilities compromete valor de mercado das empresas e dos projetos Excesso de descumprimentos pode se tornar um problema para o governo Possibilidade de contingências jurídicas Política de compra local deixa de se tornar um incentivo industrial para torna-se um problema financeiro 8 Necessidade de soluções que preservem a integridade dos contratos
Investimentos 2013-201 DA PETROBRAS NO BRASIL 3,6 Distribuição Petroquímica,0 3,8 Biocombustíveis G&E 13,8 (,84%) 3,0 Corporativo RTC 6, (2,0%) (9,96%) 141,8 E&P DO SETOR O&G NO BRASIL Total: US$ 236, bilhões EM E&P NO BRASIL Outras Empresas 21% US$ 28 bilhões Petrobras US$ 22 bilhões Outras Empresas 20% US$ 16 bilhões Petrobras US$ 132 bilhões Outras US$ 60 bilhões Outras US$ 33 bilhões 9% Petrobras 80% Petrobras PE- CC-ONIP-Nov12 9
Importância do Setor Petróleo no Investimento da Indústria PERSPECTIVA DO INVESTIMENTO (R$ BILHÕES) Setores 2011-2014 2012-201 Crescimento Petróleo e Gás 38 34-6,3 Extrativa Mineral 62 8-6, Automotivo 33 6 69, Papel e Celulose 28 26 -,1 Eletroeletrônica 29 2-13,8 Química 40 2-3, Siderurgia 33 21-36,4 Têxtil e Confecções 12 14 16, Total 61 9 -,9 Fonte: BNDES 10
Contribuição para uma política industrial do setor A ONIP coordenou o desenvolvimento de um amplo estudo visando aumentar a competitividade da cadeia de fornecimento offshore Além de um profundo diagnóstico, o estudo resultou em uma agenda pragmática para aprimorar a política industrial atual Avaliação da Demanda Caracterização da Oferta Identificação de lacunas de competitividade Desenvolvimento de propostas para o setor TEMAS ABORDADOS Casos Internacionais Mapeamento da Cadeia de Fornecimento do Setor Casos de sucessos locais Visão e Impacto das Propostas Fonte: Agenda da Competitividade. ONIP (2010). 11
Cadeia de Fornecimento O&G Petroquímicos Equipamentos Mecânicos Módulos/Sistemas OPERADOR Apoio Logístico ¹ Inclui todos os materiais e equipamentos para os quais a cadeia offshore é pouco representativa, ficando portanto fora da cadeia de fornecimento principal Outros Setores Relacionados Drivers da Cadeia Fornecedores Diretos Setores Relacionados 12
A demanda por bens e serviços será em torno de US$ 30 bilhões até 2020 GASTOS E INVESTIMENTOS NO SETOR DE E&P US$ bi DISPÊNDIO TOTAL (INVESTIMENTO E GASTOS OPERACIONAIS) 28 30 1 2 6 4 2 9 29 1 4 9 1 2 2 9 36 1 6 11 3 2 136 41 1 11 6 2 3 19 42 1 4 10 8 2 4 226 4 0 8 11 8 2 23 48 1 9 12 2 321 48 0 9 12 3 3 8 31 0 0 10 12 1 3 11 2012 2013 2014 201 2016 201 2018 2019 2020 Constr. de Petroleiros e Barcos de Apoio Constr. de Un. Produtoras Afret. de Sondas e Serv. de Poços Sísmica Equip. e Infraestrutura Submarina Afret. de Un. de Produção Construção de Sondas Despesas Operac. destinadas à cadeia Nota: Inclui sondas e unidades produtivas já arrendadas Fonte: Plano de Negócios Petrobras 2012-2016 Clippings; Análises Booz & Company PE- CC-ONIP-Nov12 13
Cadeia de Suprimentos PRINCIPAIS PROCESSOS - E&P OFFSHORE Levantamento de informações geológicas, geofísicas e ambientais dos reservatórios Construção de unidades de transporte e apoio (perfuração e operação) Execução do revestimento, avaliação e completação do poço de produção Construção de Unidades de Perfuração Offshore Suprimento e apoio das atividades de perfuração Offshore Construção de Unidades de Produção Offshore Operação e Gerenciamento das Unidades de Perfuração Execução do revestimento, avaliação e completação do poço exploratório Instalação de equipamentos de superfície em unidades de produção PRINCIPAIS PARTICIPANTES DA CADEIA Operadores Serviço de Campo / Poço Estaleiros EPCistas Sistemistas/Moduleiros Fabricação e integração de infraestrutura submarina Construção de navios de transporte e estocagem de petróleo Operação de Produção Construção de dutos para transporte de Óleo e Gás Serviços e equipamentos de Manutenção de poços Desativação e abandono das atividades de produção Fabricantes de Equipamentos Prestadores de Serviços de Apoio Fabricantes de Componentes para Equipamentos Fonte: Entrevistas Especialistas do Setor. 14
Bens de Capital PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS SETOR DE BENS DE CAPITAL NÃO EXAUSTIVO EMBARCAÇÕES E INFRA- ESTRUTURA DE E&P Bombas Brocas Unidades de Produção Válvulas Compressores Tubos Vasos Trocador de Calor Sistemas Elétricos Sistemas de Controle Equipamentos Submarinos Unidades de Perfuração Navios de Apoio Processos de E&P Motores Fornos Caldeiras Separadores Infra-estrutura Submarina 1
Realidade x Desafios Poucos fornecedores habilitados em grande parte do fornecimento FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS E SISTEMAS EMPRESAS NO VENDOR LIST P-ZZ NÚMERO DE EMPRESAS 286 GRUPOS 112 FORNECEDORES % VALOR ESTIMADO 38% Somente Empresas Estrangeiras 42-46% 111 3% Predomínio de Empresas Estrangeiras 48-2% Brasil Outros Países 18% % Predomínio de Empresas Nacionais Somente Empresas Nacionais 3-% 1-2% Fonte: Agenda da Competitividade. ONIP (2010). 16
Lacuna de competitividade é sistêmica Competitividade Chinesa VÁLVULA BORBOLETA 4 ¹ - COMPOSIÇÃO DA DIFERENÇA DE CUSTOS Brasil vs. China 38 13 42 18 10 13 13 39 124 1 9 Impostos Custo de Capital Despesas Comerc. e Adm. Mão-de-Obra Insumos Importado vs. Nacional N/A -6% -6% -1% -2% 100 3 21 9 4 8 Preço China 46 Margem Mat. Prima Insumos e Componentes Mão-de- Obra Desp. Com. e Admin.² Custo de Capital Imposto Não Recuperável 19 4 Preço Brasil Matéria-Prima Margem -68% -86% ¹ Válvula Borboleta, corpo ferro nodular, disco inox cf8m, vedação epdm ² Despesas de Vendas, Administrativas e Gerais, inclui Custos Logísticos e Depreciação Nota: Câmbio de R$ 1,80 por dólar Fonte: Pesquisas de Campo, ABIMAQ, Entrevistas, Análise Booz & Company 1
Arrecadação no período 1999-2011 Milhões de reais O investimento viabilizador pode ter uma dinâmica similar à do 1% de P&D, que teve uma utilização mais efetiva que o CT-PETRO CT-PETRO 8.19 OBRIGAÇÃO DE INVESTIMENTOS EM P&D - 1% DA RECEITA BRUTA DOS CAMPOS QUE PAGAM PE 6.263 91% 20% 9% Recursos 80% Recursos 2.0 Distribuição dos recursos objeto de autorização prévia pela ANP Outros % Infraestrutura 80% Laboratorial Recursos Humanos 1% Orçamento executado Orçamento não executado Fonte: Estimativa ONIP com dados da ANP e MCTI. 18
Oportunidades Investimentos programados 2013 201: U$ 28 bilhões ( U$ bi / ano) Despesas operacionais estimadas: U$ 12 bi / Ano Participação positiva das empresas privadas (nacionais e internacionais) na 11ª rodada Diagnóstico da rede de suprimentos Complexidade, gigantismo e capilaridade da relação dos elos da rede de fornecedores Diversificação do faturamento e do porte dos fornecedores Identificação das lacunas de competitividade Levantamento dos perfis das empresas, da concorrência externa, do potencial de crescimento e dos desafios 19
Pontos Críticos Desafios da Indústria Nacional para Atender a Demanda Capital de Giro e Variação Cambial Sistema Tributário Engenharia Nacional - Sustentabilidade Recursos Humanos Qualificados Tecnologia nas Empresas (PD&I na produção) Produtividade Industrial Marco regulatório do sistema de medição do conteúdo local 20
Riscos Captação de financiamento externo atrelado a suprimento Atração de empresas do exterior (importação ou deslocamento da industria local, para setores de menor valor agregado) Conteúdo Local Acéfalo Competitividade chinesa Cliente Único Dosagem do conteúdo local pode levar a inviabilidade econômica de projetos 21
Membros Integrantes da ONIP INDÚSTRIA SISTEMA NACIONAL DA INDÚSTRIA 1 GOVERNO FEDERAL OPERADORES GOVERNO ESTADUAL
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