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ANEXO 5 TERMO DE CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO

Transcrição:

Origem: ICP 0288/2007 PRT/2ª S. Bernardo do Campo Procurador oficiante: Dr. João Filipe Moreira Lacerda Sabino Interessado: Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário da Solidariedade SP; Cardenuto Contruções e Incorporações Ltda. Assunto: outros temas EMENTA: 1) TAC. Obrigações de natureza continuativa. Vigência indeterminada. Pela devolução dos autos à origem. 2) Falta de registro em CTPS, não concessão de valetransporte e descumprimento de convenção coletiva. Aplicação do Precedente nº 3/CCR. Arquivamento que se homologa. I - RELATÓRIO O presente feito foi instaurado a partir de denúncia do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário da Solidariedade SP, na qual relata a prática de diversas irregularidades trabalhistas pela empresa Cardenuto Construções e Incorporações Ltda., a saber: exigência de devolução das verbas rescisórias sob a promessa de recontratação; falta de registro de empregados; não recolhimento de FGTS e INSS; não fornecimento de valetransporte; descumprimento de instrumento normativo. Termo de Ajuste de Conduta (TAC) às fls. 149/151. O douto Procurador oficiante, Dr. João Filipe Moreira Lacerda Sabino, propôs o arquivamento do feito, assim se posicionando (fls. 224/227): (...) quanto às denúncias de falta de registro dos contratos de trabalho na CTPS dos trabalhadores, não fornecimento de vale transporte e descumprimento de cláusulas de Convenção Coletiva de Trabalho verificou-se inexistência de tais irregularidades. (...) Em audiência com a sócia da empresa investigada (Termo de Audiência de fl. 96), foi informado que a empresa não tem a prática de exigir dos empregados a devolução das verbas rescisórias. O que acontecia era que a empresa fornecia empréstimos a seus trabalhadores e por vezes o valor era descontado na oportunidade da rescisão contratual, mas que 1

atualmente os descontos são feitos nos salários mensais. (...) O artigo 462, caput da CLT veda descontos nos salários dos empregados senão por motivo de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de contratos coletivos, e o verbete de Súmula nº 18 do TST, determina que na Justiça do Trabalho,a compensação está restrita a dívidas de natureza trabalhista. Ainda que, em princípio, a prática de empréstimos a serem quitados em parcelas mensais descontadas dos salários dos trabalhadores não tenha causado prejuízo aos trabalhadores, vai de encontro com o que preceitua o ordenamento jurídico. Desta feita, a empresa foi intimada a firmar o Termo de Ajuste de Conduta (fls. 138/139), o qual foi assinado em 04 de março de 2010. (...) Agregou, ainda, o douto membro oficiante (fl. 226): Com a assinatura do TAC o procedimento foi arquivado na origem conforme fls. 153/154, porém em diligência fiscal da GRTE em 18 de maio de 2010 verificou-se que no mês de abril de 2010 houve desconto a título de empréstimo de salário de um trabalhador, motivo pelo qual foi lavrado um Auto de Infração (fls. 156/158). Com o descumprimento do acordo firmado, a empresa foi intimada a recolher a multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) ao FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador). Comprovante de recolhimento às fls. 163/164. A investigada foi intimada a juntar aos Autos cópia de todas as folhas de pagamento de seus empregados, referente aos meses de outubro e novembro de 2010, o que foi feito às fls. 169/222. Analisando a documentação juntada, constata-se não haver novos descontos em razão de empréstimos, tendo a empresa cumprido o TAC. É o relatório. 2

II VOTO Com relação às matérias que não foram objeto do TAC firmado (falta de registro em CTPS, não concessão de valetransporte, descumprimento de convenção coletiva), considero suficientes os fundamentos expendidos na promoção de arquivamento de fls. 224/227, motivo pelo qual a homologo, na forma do Precedente nº 03/08-CCR. Todavia, há de se analisar com mais profundidade a questão relativa ao TAC considerado cumprido. Na 185ª Reunião Ordinária, a Câmara de Coordenação e Revisão ao apreciar consulta sobre o arquivamento de feito em razão da celebração de TAC houve por bem encaminhar ao E. CSMPT a proposta de inclusão de parágrafo no artigo 14 da Res. 69/2007. Assim se posicionou este colegiado: ATA DA 185ª REUNIÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DE COORDENAÇÃO E REVISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Processo PGT/CCR/nº 3070/2011 Assunto: Consulta: arquivamento de TAC homologação da CCR Recomendação da Corregedoria do MPT - Interessados: PRT-5ª Região e MPT - Relatora: Maria Aparecida Gugel. A Câmara de Coordenação e Revisão deliberou, por unanimidade, responder o seguinte: 1) evidenciada a existência de lacuna na norma interna (Resolução nº 69/CSMPT) em relação ao arquivamento do procedimento preparatório e inquérito civil e após o cumprimento do ajustado no termo de ajustamento de conduta, assim como o fato de a parte interessada ter o direito de ver concluída a atuação do MPT que sobre si pesa, encaminhe-se ao E. CSMPT a proposta de inclusão de parágrafo no artigo 14 que trata Do Ajuste de Conduta nos seguintes termos: - Cumpridas integralmente as disposições do termo de ajuste de conduta, o membro do Ministério Público promoverá o arquivamento do procedimento preparatório ou do inquérito civil respectivo, remetendo-o, na forma do art. 10 à Câmara de Coordenação e Revisão, notificando os interessados ; 2) uma vez cumpridas as disposições do TAC deve o órgão oficiante promover o arquivamento do PP/IC à CCR que, daqui por diante passará a homologar o arquivamento até o advento de norma específica, conforme supra 3

encaminhado, posto que se trata de rotina da maioria dos Ministérios Públicos e porque a parte interessada merece ver encerrada a atuação do MPT; 3) a CCR, de acordo com a LACP e a norma interna corporis, não afere promoções de arquivamento de natureza parcial; conforme proposta a ser encaminhada ao CSMPT, as disposições do TAC deverão estar perfeitamente cumpridas; TAC com previsão de cláusula cujo cumprimento é continuativo não se insere na hipótese diante de sua própria natureza. (grifo nosso) Conforme se pode constatar às fls. 149/151 dos autos, a empresa investigada, quando da celebração do TAC, assumiu a obrigação de abster-se de efetuar qualquer desconto no salário dos empregados, inclusive a título de empréstimos, salvo nas hipóteses legais. Restou estabelecido ainda que a vigência do TAC terá prazo indeterminado. Entendo que, in casu, não é possível atestar o cumprimento do TAC nº 140/2010, haja vista que a obrigação assumida tem caráter continuativo, além de ter sido firmado por prazo indeterminado. Como bem entendeu a CCR na proposta encaminhada ao CSMPT, o TAC com previsão de cláusula cujo cumprimento é continuativo não se insere nas hipóteses de controle revisional, diante de sua própria natureza. Assim, neste particular, voto pela devolução dos autos à origem, para as providências que o douto membro oficiante entender cabíveis. III - CONCLUSÃO Com base na fundamentação supra, voto: a) Pela devolução dos autos à origem no que tange ao TAC nº 140/2010, ante a natureza continuativa da obrigação assumida, bem como a vigência por prazo indeterminado; b) Pela homologação do arquivamento proposto às fls. 224/227 quanto aos temas falta de registro em CTPS, não 4

concessão de vale-transporte e descumprimento de convenção coletiva. Brasília/DF, 21 de junho de 2011. Lucinea Alves Ocampos Membro da CCR - Relatora 5