CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO DISTRITO FEDERAL
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- Pietra Palma Osório
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1 RESOLUÇÃO CRM/DF nº 378/2015 (Publicada no DODF de 25 de março de 2015, Seção 03, p. 47) Dispõe sobre a instituição do Termo de Ajustamento de Conduta no âmbito da jurisdição do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal e dá outras providências. O CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO, no uso das atribuições conferidas pela Lei Federal nº 3.268, de 30 de setembro de 1957, alterada pela Lei nº /04 e regulamentada pelo Decreto nº /58 alterada pelo Decreto nº 6.821/09, e CONSIDERANDO que o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), constitui-se em uma solução extrajudicial de conflitos que envolvam direitos de ordem coletiva, realizada pelos órgãos públicos legitimados para a Ação Civil Pública, com previsão na Lei 7.347/85; CONSIDERANDO o que dispõe o parágrafo sexto do artigo 5º da Lei nº 7.347/85, que confere legitimidade às Autarquias para a celebração de Termo de Ajustamento de Conduta; CONSIDERANDO o que dispõe a Resolução CFM nº 1967/11 sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no âmbito dos conselhos regionais de medicina; CONSIDERANDO o decidido na Sessão Plenária Ordinária do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, realizada em 23/09/2014. RESOLVE:
2 Art. 1º - O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal poderá firmar com os médicos envolvidos em denúncia de indícios de infração ética, sob sua jurisdição, Termo de Ajustamento de Conduta, nos termos da Resolução CFM nº 1.967/11. Parágrafo único No TAC, o CRM/DF figurará como Compromitente e o médico denunciado como Compromissário. Art. 2º - O TAC será pactuado nos casos de denúncias que envolvam indícios de infrações ao Código de Ética Médica (CEM) consideradas de menor potencial ofensivo, tomando-se como base a proposta encaminhada pelo Conselheiro Sindicante e aprovada pela Câmara de Sindicância do CRM/DF. Parágrafo único - São consideradas infrações éticas de menor potencial ofensivo aquelas cuja repercussão não afete direitos indisponíveis dos pacientes (vida, integridade física, psicológica e social); não retire do CRM/DF a eficácia de suas decisões, não afete o cumprimento de Leis, Decretos ou regulamentos, especialmente de natureza sanitária, não se configure em quebra do sigilo profissional, não se caracterize em culpa comprovada ou omissão dolosa de cuidados médicos e não desrespeite a dignidade humana. Art. 3º - Caberá ao Conselheiro Sindicante elaborar, nas hipóteses pertinentes, a proposta de TAC, com parte expositiva, conclusiva e o termo de ajustamento de conduta. Parágrafo único - O relatório do Conselheiro Sindicante, antes de ser submetido à Câmara de Sindicâncias poderá ser encaminhado ao Departamento Jurídico para análise jurídica. Art. 4º - O relatório do Sindicante, para indícios de infração de pequena monta ao Código de Ética Médica (CEM), sem maiores repercussões, será submetido a julgamento competente que verificará a pertinência da aplicação do TAC, bem como o conteúdo de suas cláusulas, podendo sugerir modificações.
3 Art.5º - A decisão de aplicação do TAC aprovado pela Câmara de Ética Médica e após firmado pelo médico denunciado deverá ser homologada em Reunião de Câmara ou Sessão Plenária do CRM/DF. Art. 6º - A audiência do TAC junto ao médico denunciado será realizada pelo conselheiro designado e por mais 3 (três) conselheiros que assinarão como testemunhas facultado ao denunciado assinar o termo. Art. 7º - O Compromissário deverá assumir, espontaneamente, as obrigações estabelecidas na proposta, de fazer, ou não fazer, adequando à sua conduta as normas éticas deste Ordenamento Ético e às demais exigências legais vigentes. Parágrafo único - Não caberá novo TAC em vigência de um anterior. Art. 8º - A assinatura de compromisso aposta no termo de ajustamento de conduta (TAC), não importa em confissão do médico quanto à infração ética na matéria de fato, nem o reconhecimento de ilicitude da conduta em apuração. Art. 9º - O médico denunciado não está obrigado a celebrar o ajuste, podendo deixar de fazê-lo, caso entenda excessivamente oneroso ou violador de seu direito particular. Art. 10º - O TAC não possui natureza jurídica sancionatória de qualquer espécie. Art Fixadas as condições do TAC em suas cláusulas respectivas, fica vedado ao CRM/DF e ao médico compromissário descumprir sobre as mesmas, admitindose, motivadamente, nos Autos da Sindicância, e por requerimento fundamentado do Compromissário, a flexibilização, por uma só vez, do seu cumprimento quanto ao tempo.
4 Art O compromissário deverá comprovar o cumprimento do TAC, mediante relatório a ser protocolado no CRMDF, no curso dos 06 (seis) primeiros meses, e ao final, para ciência do Conselheiro Compromitente. Parágrafo único - Tais Relatórios não isentam possíveis procedimentos de fiscalização do CRM. Art O TAC vigerá durante o período estipulado em suas cláusulas, sendo resolvido pelo efetivo cumprimento de todas as condições nele estabelecidas dentro do período firmado, e revogado, quando do descumprimento de quaisquer das cláusulas pactuadas.. Art. 14 Transcorrido o prazo estabelecido no TAC com o consequente cumprimento integral das obrigações assumidas pelo compromissário, a sindicância será arquivada, para os devidos fins, mediante Termo de Encerramento aprovado em Câmara ou Plenária. Art O modelo de termo de ajustamento de conduta (TAC) consta do anexo desta Resolução. Art. 16 Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Brasília - DF, de março de LUIZ FERNANDO GALVÃO SALINAS 1º Secretário MARTHA HELENA PIMENTEL ZAPPALÁ BORGES Presidente
5 ANEXO TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA TAC COMPROMITENTE: Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal COMPROMISSÁRIO: Dr. XXXX, CRMDF XXXX SINDICÂNCIA: XXXX/XX O Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal, neste ato denominado Compromitente, nos termos parágrafo único do art. 1º da Resolução CFM 1.967/11 e da Resolução CRMDF XXXX/XX, ajusta com o médico Dr. XXXX, CRMDF XXXX, neste ato denominado Compromissário, o presente Termo de Ajustamento de Conduta, nos seguintes termos: CLÁUSULA PRIMEIRA: O fato imputado ao ora compromissário diz respeito (...). CLAÚSULA SEGUNDA: O compromissário se compromete a não mais agir, da forma demonstrada, procurando se pautar doravante sempre em observância aos princípios éticos, frente a quaisquer situações, por ele vivenciadas, no exercício da profissão médica. Parágrafo Único: O descumprimento do presente termo importará na reativação da sindicância em epígrafe, com a sua regular tramitação. CLÁUSULA TERCEIRA: A sindicância ficará suspensa pelo prazo de 1 (um) anos, contados a partir da notificação feita ao compromissário acerca da homologação do TAC pela Plenária do CRM/DF compromitente, nos termos do artigo 52 do CPEP. Parágrafo Único: Transcorrido o prazo referido e cumpridas integralmente às cláusulas do presente termo, a sindicância em epígrafe será arquivada, para os devidos fins.
6 CLÁUSULA QUARTA: A fiscalização do presente TAC será realizada de acordo com o previsto na Resolução nº 378/2015 CRMDF. CLÁUSULA QUINTA: Este TAC passa a viger a partir de sua homologação pela Plenária. Brasília, XX DE XXXX de 201X. COMPROMITENTE COMPROMISSÁRIO
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