LEITURA E INTERTEXTUALIDADE

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Transcrição:

LEITURA E INTERTEXTUALIDADE Alexandra Pereira Dias (UFPB) alexandradias25@gmail.com Maria do Carmo dos Santos (UFPB) Maradeus22@hotmail.com Introdução As práticas pedagógicas que recorrem à diversidade de gêneros textuais têm se tornado uma atividade frequente em sala de aula. Profissionais da educação vêm elaborando projetos didáticos utilizando diferentes gêneros, com o intuito de possibilitar a adequação do aluno às demandas sociais, orientados pela proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs). Nesse sentido, os professores de português têm cada vez mais atentado para a importância de explorar os mais diversos tipos de gêneros textuais. Existe uma diversidade inesgotável de gêneros textuais que podem ser trabalhados em sala de aula, como por exemplo, a notícia, história em quadrinhos, charge, dentre outros. Dentre os vários gêneros existentes, a tirinha é um dos que mais chamam a atenção dos alunos, por ser um texto que geralmente transmite humor e que vem sempre acompanhado de imagens. Alguns desses textos retomam personagens famosos das histórias em quadrinhos e dos contos de fadas, o que é um ponto favorável à sua utilização. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) propõem a incorporação das histórias em quadrinhos no ensino de leitura e produção de texto em Língua Portuguesa. Embora já exista o contato do aluno com o referido gênero em sala de aula, seja através dos textos extraídos de outras fontes ou dos livros didáticos, muitas vezes a tirinha torna-se de difícil compreensão para o leitor, por apresentar um humor que nem sempre é percebido pelos alunos, porque apresenta uma relação de intertextualidade com outros textos. Nesse sentido, é necessário que o leitor recupere informações contidas em outros textos a fim de construir o sentido do texto da tirinha. O presente trabalho insere-se na área de Linguística de Texto e tem por finalidade investigar a construção do sentido de tirinhas que apresentem o fenômeno da intertextualidade por alunos do Ensino Fundamental II de duas escolas públicas de João Pessoa. Exploraremos o fenômeno da intertextualidade stricto sensu com base em Koch, Bentes e Cavalcante (2007). Alguns autores já se debruçaram sobre o gênero tirinha, dentre os quais podemos citar Carvalho (2008) e Machado (2010). O primeiro observou as propostas de leitura de tiras em livros didáticos analisando se estas atividades permitiam ao aluno ser capaz de perceber o humor obtido nas tiras e a contribuição da linguagem verbal e não verbal para a compreensão do referido gênero. Os resultados apontaram que, para se obter uma leitura eficiente do gênero textual tira, é necessário que o aluno conheça e identifique os vários recursos verbais e nãoverbais presentes nesse gênero, e que saiba utilizá-los como facilitadores dessa leitura de humor. Machado (2010), por sua vez, apresenta ao professor propostas de trabalho com o gênero tirinha. Tal pesquisa examinou como o gênero textual tirinha poderia contribuir para aumentar a capacidade interpretativa dos alunos. Para isto foi proposto aos professores, atividades de leitura crítica que estimulassem a busca pelos sentidos explícitos e implícitos no texto. A pesquisa também sugeriu como

explorar atividades orais de discussão com os alunos de forma a observar alguns elementos linguístico- pragmáticos como a ironia, coerência, intencionalidade, situacionalidade. Os resultados dessas pesquisas demonstraram as tirinhas têm um importante potencial para as atividades de interpretação textual no nível implícito, tendo em vista que para que seja construído o sentido do texto, o aluno precisa mobilizar conhecimentos enciclopédicos, textuais, e ainda estar atento às pistas textuais deixadas no texto. No presente trabalho, foi elaborado um instrumento de coleta de dados constituído de nove questões e aplicado em duas turmas do Ensino Fundamental II (9º ano), sendo uma do ensino regular e outra da Educação de Jovens e Adultos (EJA). As tirinhas foram selecionadas da internet para compor as questões e continham exemplos de intertextualidade do tipo temática, explícita, implícita e estilística. Afora a introdução e a conclusão, o trabalho está dividido em três seções. Na primeira, revisou-se a literatura sobre a intertextualidade stricto sensu sob à ótica de Koch, Bentes e Cavalcante (2007). Na segunda, explicitou-se o percurso metodológico adotado. Na terceira, procedeu-se a análise dos dados. 1. O fenômeno da intertextualidade O fenômeno da intertextualidade tem sido explorado por diferentes estudiosos dentro da Linguística, dentre as quais podemos citar Barros e Fiorin (1999), Fairclough (2001), Koch, Bentes e Cavalcante (2007), dentre outros. Considerando que o escopo do presente trabalho está relacionado a relação entre compreensão dos sentidos de tirinhas através da identificação de intertextualidade, apresentaremos apenas a classificação de intertextualidade stricto sensu na visão de Koch, Bentes e Cavalcante (2007). Conforme essas autoras, o conceito de intertextualidade foi introduzido em 1960, pela crítica literária Júlia Kristeva, no sentido bakhtiniano do termo, isto é, concebe cada texto como constituindo um intertexto em uma sucessão de textos já escrito. As autoras citando Transk (2004) afirmam que a Linguística Textual ao incorporar o postulado dialógico de Bakhtin (1929), o qual diz que um texto não existe nem pode ser avaliado ou compreendido isoladamente, revela que um texto está sempre em diálogo com outros. Segundo Kristeva apud Koch, Bentes e Cavalcante (2007), qualquer texto se constrói como mosaicos de citações e é a absorção de outro texto. Como enfatizam as autoras, a intertextualidade stricto sensu ocorre quando um texto está inserido em outro. É necessário, segundo elas, que um texto remeta a outros ou possuam fragmentos de textos já produzidos, o qual faz parte de uma memória social, de uma coletividade ou da memória discursiva dos interlocutores. As autoras apresentam quatro tipos de intertextualidades stricto sensu, a saber: temática, estilística, explícita e implícita. A intertextualidade temática é encontrada em textos científicos, pertencentes a uma mesma área do saber ou mesma corrente de pensamento. Compartilham desse tipo de intertextualidade temas de revistas semanais, matérias jornalísticas da semana, textos literários de uma mesma escola ou gênero. A intertextualidade temática é encontrada, por exemplo, no tema da Medéia de Eurípedes, da Medéia de Sêneca e de A gota d água de Chico Buarque.

Já a intertextualidade estilística ocorre quando um produtor de um texto, com objetivos variados, repete, imita, parodia certos estilos ou variedades linguísticas. São frequentes em textos que reproduzem a linguagem bíblica, jargão profissional ou estilo de um determinado gênero. O exemplo a seguir ilustra esse tipo de intertextualidade. Oração de Natal com Retrospectiva 2006 (Luiz Celso Pinto) Pelo projeto político do deputado Clodovil Pelo espetáculo do crescimento que até hoje ninguém viu Pelas explicações sucintas do ministro Gilberto Gil Senhor, tende piedade de nós. (KOCH, BENTES e CAVALCANTE, 2007, p. 20) Na intertextualidade explícita é feita menção no próprio texto da fonte do intertexto, ou seja, quando um fragmento de outro enunciador é citado no texto. Acontece em casos de citação, resumo, referências, resenhas, traduções, menções, textos argumentativos para se empregar o recurso de autoridade, interação, contestação, protelação de respostas, dúvidas, discórdias. Para retomadas do texto, para argumentar-se sobre eles ou contraditá-lo, ou ainda, com finalidades diversas. Observe-se o exemplo a seguir: Van Dijk, em sua obra [...] escreve: o planejamento pragmático de um discurso conversação requer a atualização mental de um conceito de ato de fala global [...]. (KOCH, BENTES e CAVALCANTE, 2007, p. 29). E por fim, a Intertextualidade implícita acontece quando se introduz no texto um intertexto alheio sem qualquer menção explícita da fonte com objetivos variados. Seja para seguir uma orientação argumentativa, contraditá-lo, colocá-lo em questão, ridicularizá-lo ou argumentar sentido contrário, no caso de paráfrases mais ou menos próximas do texto fonte. No caso da intertextualidade implícita, o produtor do texto espera que o leitor ouvinte reconheça o intertexto ao ativar o texto fonte em sua memória discursiva. A intertextualidade implícita pode ser encontrada em provérbios, publicidade, bordões de programas humorísticos de rádio, televisão, trechos de obras literárias, de músicas populares, ditos populares, entre outros. O exemplo a seguir ilustra esse tipo de intertextualidade. Canção do exílio às avessas (Jô Soares) Minha Dinda tem cascatas Onde canta o curió, Não permita Deus que eu tenha De voltar para Maceió... Minha Dinda tem coqueiros Da ilha de Marajó As aves, aqui, gorjeiam Não fazem cocoricó (KOCH, BENTES e CAVALCANTE, 2007, p. 39) Considerando esses tipos de intertextualidade stricto sensu é que elaboraremos um instrumento de coleta de dados para investigar a relação entre compreensão de tirinhas e intertextualidade por alunos de Ensino Fundamental de João Pessoa. 2. Metodologia

Nesta seção, serão descritos o universo da pesquisa e o instrumento de coleta de dados. 2.1 O universo da pesquisa Para o universo da pesquisa e a coleta de dados foram selecionadas duas escolas públicas do município de João Pessoa: a Escola Municipal General Rodrigo Otávio e a Escola Municipal Seráfico da Nóbrega. A primeira escola foi escolhida por ter a Educação de Jovens e Adultos (EJA), visto que seria necessário realizar uma comparação entre uma turma do EJA com uma de ensino regular para investigarmos se haveria diferença na compreensão das tirinhas por sujeitos de realidades distintas. Já a segunda escola foi escolhida devido ao critério da acessibilidade, haja vista uma das pesquisadoras já realizar estágio nesta instituição. A escola General Rodrigo Otávio é uma instituição pública da rede de ensino do município de João Pessoa. Funciona em três turnos e oferece Ensino Fundamental I e II nos turnos manhã e tarde, respectivamente, e Educação de Jovens e Adultos à noite. O colégio Seráfico da Nóbrega também faz parte da rede pública de ensino da prefeitura de João Pessoa e funciona nos três turnos e tem aproximadamente 416 alunos. A instituição oferece o ensino fundamental I e II e Educação de Jovens e Adultos (EJA). Além disso, conta também com o programa Mais Educação que oferece atividades extracurriculares aos alunos. Esse programa atende a 120 alunos do 2º ao 9º ano do Ensino Fundamental e é uma iniciativa político-educacional do governo federal em parceria com a prefeitura municipal da cidade de João Pessoa. Caracteriza-se pela realização de diferentes atividades, tais como: xadrez, capoeira, música, dentre outros. A opção por investigar o fenômeno da intertextualidade no gênero tirinha em alunos do 9º ano justifica-se por acreditar que apesar da introdução desse gênero em sala de aula já há algum tempo, ainda há sérias dificuldades, por parte do discente, em compreender o sentido desses textos principalmente por não haver uma identificação da relação de intertextualidade. Com relação aos informantes, ao todo foram pesquisados trinta informantes, sendo dez na instituição General Rodrigo Otávio e 20 na Seráfico da Nóbrega. 2.2 O instrumento de coleta de dados Para compor o instrumento de coleta de dados, serviu-se de base o conceito de intertextualidade apresentado por Koch, Bentes e Cavalcante (2008). Após a apropriação do conhecimento a respeito dos quatro tipos de intertextualidade apresentadas pelas autoras, elaborou-se um instrumento de coleta de dados constituído de nove questões. Para cada tipo de intertextualidade foram elaboradas duas questões, o que totalizaria oito questões. Destaca-se que em relação as questões que abordassem a intertextualidade estilística elaborou-se três, apenas pelo fato de que ao ser construído o exercício, foi feita uma seleção das perguntas, e como não se queria descartar a nona pergunta, por se achar que seria um complemento da oitava, optou-se por incluí-la no instrumento. Cada questão foi construída com uma tirinha e perguntas de interpretação textual relacionadas à identificação da intertextualidade da tirinha com outros textos. As tirinhas, por sua vez, foram selecionadas da internet. Justifica-se a opção de elaborar duas questões de interpretação textual para cada tipo de intertextualidade pelo fato de considerarmos os tipos de

intertextualidade como um aspecto a ser investigado e nesse caso somente o acerto ou erro de uma questão não daria às pesquisadoras confiabilidade na elaboração das conclusões das pesquisas. Com relação ao momento de coleta de dados, os alunos investigados tiveram orientação pedagógica apenas no que concerne à explicação das questões propostas na coleta de dados, não sendo inserida, portanto, a explicação acerca da intertextualidade. Na seção a seguir, serão analisados os dados obtidos, no que concerne ao desempenho e dificuldades apresentadas pelos trinta informantes. 3. Análise dos dados Após a análise do instrumento de coleta de dados foi verificado que na escola Seráfico da Nóbrega, os alunos apresentaram dificuldades em perceberem o fenômeno da intertextualidade. Percebeu-se também que os alunos do turno diurno e regular de ensino em comparação com EJA tiveram um desempenho inferior no que se refere ao acerto de questões. Por outro lado, a escola General Rodrigo Otávio cujos alunos são do turno da noite e fazem parte do Ensino de Jovens e adultos obtiveram um desempenho relativamente significante quanto à percepção do fenômeno da intertextualidade. Esse resultado refuta a nossa hipótese de que os alunos do ensino regular identificariam ou perceberiam melhor a intertextualidade do que os alunos do EJA, tendo em vista serem adolescentes e terem, portanto, maior disponibilidade de tempo para os estudos e consequentemente para a leitura. Percebeu-se em contrapartida, que os alunos do EJA, mesmo tendo de uma faixa-etária maior e por serem geralmente pessoas que trabalham, isto é, que não dispõem de muito tempo para os estudos, tiveram menos dificuldades em relacionar as tirinhas com o texto fonte. A tabela 01 ilustra esse resultado. Tabela 01: Desempenho geral das escolas na identificação da intertextualidade ESCOLAS Acertos Erros Seráfico Nóbrega da General R. Otávio (EJA) 35% 65% 50% 50% Em relação aos tipos de intertextualidade, verificou-se que os alunos do ensino regular obtiveram maior êxito com as perguntas relacionadas às intertextualidades implícita e temática, sendo que esta última foi a mais reconhecida pelos alunos. Verificou-se também que foram as questões que envolviam a intertextualidade explícita e estilística que os informantes tanto de uma escola como de outra escola tiveram o número maior de erros, ressaltando que a estilística foi a menos reconhecida. Esse resultado da pesquisa se deu, talvez, pelo fato de que as questões acerca da intertextualidade implícita e temática (mais reconhecidas) fizessem remissão a textos mais acessíveis aos alunos, isto é, textos divulgados no meio midiático. Além disso, uma dessas tirinhas fazia menção a um dos textos bíblicos bastante conhecido que é a história de Adão e Eva. As intertextualidades explícitas e estilísticas, por sua vez, fizeram remissão a textos que faziam parte da literatura, o que talvez tenha ocasionado a dificuldade

na percepção do fenômeno por parte dos alunos, visto que, parece haver uma grande deficiência na inserção dos textos literários no Ensino Fundamental, não se constituindo, portanto, textos acessíveis aos alunos. Nesse sentido, se confirma a hipótese de que remissão a textos mais acessíveis facilitaram a construção do sentido das tirinhas enquanto textos literários a dificultaram. Observe os dados na tabela a seguir. Tabela 02: Tipos de intertextualidade e construção do sentido em tirinhas ESCOLAS Informantes Menos reconhecida Mais reconhecida Seráfico Nóbrega da General R. Otávio (EJA) 20 Explícita 3 Estilística 5 10 Explícita 07 Estilística 06 Implícita 13 Temática 13 Temática 07 Implícita 09 Na escola de ensino regular Seráfico da Nóbrega, de um total de vinte informantes apenas seis não conseguiram acertar as duas questões acerca da intertextualidade implícita e no que concerne à temática, todos acertaram, sendo neste tipo que os alunos obtiveram o maior número de acertos. Na segunda escola pesquisada, na turma do EJA, verificou-se que os alunos obtiveram um desempenho significativo ao que tange ao fenômeno da intertextualidade Percebe-se que dos quatro modelos de intertextualidade apresentadas aos discentes, a que eles sentiram mais dificuldade foi em relação à intertextualidade explícita e estilística. Na questão que se trabalhou a intertextualidade explicita, embora contivesse em seu texto o nome de uma das escritoras mais notáveis da literatura infanto-juvenil, Clarice Lispector, os alunos não fizeram seu reconhecimento. Na intertextualidade estilística, os alunos também sentiram dificuldades, mesmo se tratando de um poema que continha uma frase célebre de um dos maiores poetas português, Fernando Pessoa. Por outro lado, as questões que os alunos sentiram menos dificuldade foram as que se referiam intertextualidades do tipo temática e implícita. Pode-se considerar esse melhor desempenho devido ao fato de os textos abordados nas duas intertextualidades mais reconhecidas serem de histórias de contos infantis, bem como, a eventos bíblicos. Na tabela 03 apresenta-se a relação entre os acertos dos estudantes com o tipo de texto que a tirinha faz remissão. TABELA 03 - Percentual de acertos e erros dos alunos em relação ao texto remetido ESCOLAS Midiáticos Literários Bíblicos Contos de fada Seráfico Nóbrega da 65% 20% 50% 70% General Rodrigo (EJA) 60% 50% 30% 40%

Ao investigarem-se quais textos são mais reconhecidos pelos informantes, percebeu-se que os textos que circulam na internet, revistas, televisão, por exemplo, o que aqui denominamos midiáticos foram os mais reconhecidos pelos informantes. Isto significa dizer que mesmo que esses textos sejam de outra realidade, ou ainda de outra cultura, como é o caso do evento da intertextualidade temática que retoma a festa de Halloween, muitos informantes conseguiram com propriedade, identificar os eventos, pois foi revelado que é bastante conhecido por ser divulgado na mídia e nas redes sociais. Constatou-se em alguns questionários que os informantes, sabiam da relação da festa do Halloween com o dia das bruxas aqui no Brasil. Em contrapartida, nos temas relacionados à Literatura, como os poemas, bem como, o nome de escritores da área infanto-juvenil, percebeu-se um baixo nível de conhecimento dos informantes, gerando, por conseguinte, a não construção de sentido na tirinha. Verificou-se ainda que o nível de compreensão acerca dos textos abordados sofreu variação por parte dos alunos, alguns não conseguiram compreender do que se tratava o assunto abordado na tirinha, resultando em respostas incorretas. Um exemplo de uma das respostas à pergunta Quem foi Clarice Lispector? Obteve-se a resposta Uma atriz que vive no limite, só fazendo regime isso porque a tirinha utilizada para a elaboração da pergunta tinha como uma das personagens uma menina magra. Isso demonstra que o nível de compreensão da tirinha, se é que houve, ficou apenas no nível da superficialidade do texto. Diante da mesma pergunta citada anteriormente, foi obtida, uma resposta como Uma grande escritora. Percebeu-se com tal afirmação, que esse informante já ouviu falar sobre a autora citada, contudo, a resposta revela ainda o insuficiente contato do informante com suas obras, pois não conseguiu dar uma reposta adequada à pergunta. Outra surpresa, embora contrária as expectativas, foi o fato de os alunos não reconhecerem, na visão das pesquisadoras, um texto bastante conhecido como Canção do exílio de Gonçalves Dias, mesmo sendo um poema bastante trabalhado nos livros didáticos e constantemente mencionado por outros autores em paródias. Em contrapartida identificou-se em outras respostas um nível mais alto de compreensão. Quando se perguntou o que o informante sabia acerca da história de Aladim e a lâmpada maravilhosa (intertextualidade explícita), obteve-se como uma das respostas a seguinte: [...] não muito, essa é uma das histórias menos contadas apesar de ter o filme da Walt Disney, mas que mesmo assim não leva este nome marcado. É a história de um garoto órfão que cresce nas ruas e costuma roubar para sobreviver até que conhece uma princesa e se apaixona, e depois dá para imaginar o que vêem, o famoso final feliz (até sair à continuação do filme). Através dessa resposta observa-se que tal aluno compreendeu completamente o sentido do texto porque conhecia em detalhes a história a que a tirinha fazia remissão. Supõem-se ainda que um dos motivos para que o informante tenha tido facilidade em identificar a intertextualidade deu-se pelo fato do tipo de texto remetido ser um conto de fadas, texto bastante presente no contexto dos alunos. Conclusões

O presente trabalho teve como objetivo investigar se os estudantes conseguiriam construir o sentido de tirinhas a partir da percepção da relação de intertextualidade que um determinado texto mantém com outros. Para se atingir tal objetivo, elaborou-se um instrumento de coleta de dados, ou seja, um questionário constituído de nove questões composto por uma tirinha e um conjunto de questões relacionadas à identificação ou não de intertualidade stricto sensu, que foi aplicado em alunos do Ensino Fundamental e do EJA. As questões propostas foram elaboradas mesclando os quatro tipos de intertextualidade, a saber: explícita, implícita, temática e estilística. De posse dos resultados obtidos, verificou-se que das duas escolas investigadas a do EJA obteve um resultado significativamente melhor que a de Ensino regular. Pode-se perceber que em ambas as instituições de ensino os tipos de intertextualidade mais identificados pelos discentes foram as implícitas e temáticas e as explícitas e estilísticas as menos identificados. Observou-se que nas tirinhas que faziam referência a textos literários houve mais dificuldade por parte dos alunos em compreender o sentido do texto, por outro lado as que faziam menção a textos midiáticos e de contos de fadas, foram mais identificados. Percebeu-se ainda que, alguns discentes compreenderam o sentido do texto apenas em sua superficialidade, enquanto que outros mostraram um maior conhecimento acerca dos conteúdos abordados nas tirinhas. Os estudos acerca dos gêneros literários e, sobretudo, do gênero tirinha é de fundamental importância para o letramento dos estudantes. Contudo, percebeuse que mesmo diante das propostas dos PCNs em inserir variados gêneros textuais no contexto escolar ainda se depara com um desconhecimento por parte dos alunos de autores e textos literários considerados pelas pesquisadoras como bastante conhecidos. Esse dado parece indicar que a exploração de textos literários na escola ainda não pode ser considerada eficiente. Almeja-se também que os docentes possam inserir os textos literários nas aulas de Língua Portuguesa, não usando o texto como pretexto, mas sim o explorando como um todo. A não construção dos sentidos das tirinhas está intimamente relacionada com o desconhecimento do texto remetido o que promove as seguintes reflexões: Por que muitos alunos não identificam textos comuns?; Que práticas pedagógicas têm sido vivenciadas por alunos no que se refere ao ensino de leitura? Como tem sido explorada a tirinha em aulas de Língua Portuguesa? Espera-se que este trabalho fomente as reflexões sobre o ensino de leitura, principalmente destacando o trabalho com uma maior diversidade de gêneros textuais na educação básica, pois se acredita que desse modo os discentes possam construir diferentes competências e habilidades de leitura. O uso das tirinhas em sala de aula tem um importante papel na identificação de conhecimentos implícitos, principalmente se houver uma eficiente exploração dos aspectos de intertextualidade que algumas tirinhas trazem. Referências bibliográficas BARROS, D. L. P.; FIORIN, J. L. (Orgs.). Dialogismo, Polifonia, Intertextualidade: em torno de Bakhtin. São Paulo: Edusp, 1999. BENTES, A. C., CAVALCANTE, M. M.; KOCH, I. G. V. INTERTEXTUALIDADES: diálogos possíveis. São Paulo: Cortez, 2007, Pgs. 9-42.

CARVALHO, M. S. M. O gênero discursivo tira em atividade de leitura em sala de aula. São Paulo. 2008. Disponível em: https://www.google.com.br/search?sourceid=navclient&aq=f&oq=o+g%c3%aan ero+discursivo+tira+em+atividade+de+leitura+em+sala+de+aula&hl=pt- BR&ie=UTF-8&rlz=1T4ADFA_pt- BRBR420BR424&q=O+g%C3%AAnero+discursivo+tira+em+atividade+de+leitur a+em+sala+de+aula&gs_upl=0l0l0l964lllllllllll0. Acesso em: 12 de abril de 2012. FAIRCLOUGH, N. Discurso e mudança social. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001. MACHADO, T. H. Souza. Gênero HQ- Compreendendo o Conteúdo Implícito. Cascavel/PR, outubro de 2010. Disponível em: http://cacphp.unioeste.br/eventos/iisnel/cd_iisnell/pages/simposios/simposio%200 6/GENERO%20HQ%20COMPREENDENDO%20O%20CONTEUDO%20IMPLI CITO.pdf. Acesso em: 20 de maio de 2012. PCN - Parâmetros Curriculares Nacionais. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro01.pdf. acesso em: 25 de maio de 2012. Anexo Anexo 1ª Questão- Leia atentamente a tirinha abaixo: a) A pergunta que a Mônica faz ao espelho lhe desperta alguma lembrança? ( ) Sim - ( ) Não b) Qual a personagem do conto de fada que faz esta pergunta ao espelho? ( ) Rapunzel ( ) A bela ( ) A rainha má c) Qual o conto de fadas que é retratado na tirinha acima? O que você sabe sobre ele? 2ª Questão - Leia com muita atenção o diálogo da tirinha abaixo: Magali trocou a vaca velha por um saco de feijões mágicos. Essa tirinha lembra alguma história que você já leu ou ouviu falar? Se a resposta for SIM, descreva abaixo qual é essa história. ------------------------------------------------------------------------------------------------------------ 3ª Questão- Analise a seguinte tirinha:

No primeiro quadrinho da tirinha há referência a Clarice Lispector. Você já ouviu falar dela? Sim ( ) Não ( ) Em sua opinião, quem foi Clarice Lispector? 4ª Questão - Leia a tirinha abaixo: Na tirinha analisada, Cebolinha e Cascão encontram uma lâmpada igual a da história do Aladim. Qual é o nome da história? a) Aladim, a lâmpada e os quarenta ladrões. b) Aladim e a lâmpada maravilhosa. c) Aladim, o mágico da lâmpada. O que você sabe sobre essa história? 5ª QUESTÃO: a) A tirinha lembra de um texto bíblico bastante conhecido. Qual seria ele? b) Apresente as semelhanças entre a tirinha e o texto bíblico citado anteriormente. 6ª- QUESTÃO Nesta tirinha, Garfield está muito engraçado imitando a abóbora. Você lembra de algum evento social que está relacionado à abóbora desta tirinha? - ( ) SIM - ( ) NÃO. Se você marcar SIM, descreva abaixo que evento é esse. 7ª- QUESTÃO

http://arquivos.unama.br/nead/graduacao/cche/letras/2semestre/novos_codigos/html/unidade3 /unidade3.pdf Acesso em 16 maio 2012 Marque as alternativas abaixo: a) Após ler o texto acima você consegue fazer uma relação da linguagem utilizada na tirinha com outra que você já conhece? Sim ( ) Não ( ) b) A tirinha acima fala sobre a rivalidade que há entre as torcidas de futebol corintiana e palmeirense. Além disso, que outra informação o texto traz que você já ouviu falar? ( ) Da espécie de aves sabiás ( ) Do planeta terra ( ) De um poema bastante conhecido ( ) Da briga entre cachorros C) Você lembra de algum poema que nos remete a essa tirinha? ( ) Mar Português Fernando Pessoa ( ) Canção do exílio Gonçalves Dias ( ) Retrato Cecília Meireles 8ª QUESTÃO Observe bem as figuras e o texto desta tirinha para responder as questões seguintes: O nome Ferrato Pessoa lembra algum poeta Português? ( ) Sim ( ) Não Se a sua resposta for sim, qual o nome do poeta? 9ª Questão O poema Mar Português cita uma célebre frase de um dos maiores poetas portugueses do século XX. A frase corresponde a: a) Calma com o problema se a conta não é pequena b) Sempre tiro a pena se a galinha não é pequena c) O vale-tudo vale a pena se a luta não é pequena d) Tudo vale a pena se a alma não é pequena