V Congresso UFV de Administração e Contabilidade e II Mostra Científica UMA OBSERVAÇÃO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA NAS EMPRESAS FRIGORÍFICAS NO BRASIL

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Transcrição:

UMA OBSERVAÇÃO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA NAS EMPRESAS FRIGORÍFICAS NO BRASIL AN OBSERVATION OF CORPORATE GOVERNANCE IN THE BEEF BUSINESS IN BRAZIL Edson Barbosa Franco Claudio Roberto Severino Júnior Angelo Antonio Davis de Oliveira Nunes e Rodrigues Área temática: Contabilidade Sub - área: Contabilidade e Governança Corporativa RESUMO O objetivo dessa pesquisa é analisar quais as práticas de governança adotadas pelas empresas frigoríficas no Brasil e para alcançar esse objetivo foi utilizado o índice desenvolvido por Silveira, Barros e Fama (2004), que observa por meio de vinte perguntas sobre acesso ao conteúdo das informações públicas dessa entidade, a estrutura do seu conselho administrativo, a sua estrutura de propriedade e o controle dessas organizações. Essa análise foi realizada em quatro empresas frigoríficas listadas na bolsa de valores do Brasil por meio de informações observadas em seu site e em seu relatório financeiro anual de 2010 e os resultados evidenciam a necessidade de melhora nas práticas de governança adotadas. Palavras Chave: Governança Corporativa; Práticas de Governança; Índices de Governança. ABSTRACT The objective of this research is to analyze the governance practices adopted by companies in Brazil and refrigeration to achieve this goal we used the index developed by Silveira, Barros and Fame (2004), who observes through twenty questions about access to the information content this public entity, the structure of its board, its ownership structure and control of these organizations. This analysis was performed in four companies listed in the refrigerated stock exchange in Brazil through information found on their website and in its annual financial report 2010 and the results highlight the need for improvement in governance practices adopted. Keywords: Corporate Governance; Governance Practices; Governance Indices. 1 INTRODUÇÃO A Governança Corporativa é um assunto atual devido à possibilidade desse conhecimento oferecer solução para diminuir o problema de agência na gestão das empresas, assim, para o Instituto Brasileiro de Governança (IBGC, 2009 pg.19): 1

[A] Governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgão de controle. As boas práticas de Governança Corporativa convertem - os princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para sua longevidade. Segundo Srour (2005) a falta de transparência das firmas e suas condutas nem sempre corretas com os acionistas minoritários vêm sendo constantemente apontadas como origens para o mau funcionamento do mercado acionário, acarretando graves consequências para a eficiência da economia como um todo, pois projetos deixam de ser financiados quando a firma não se compromete com a proteção dos interesses dos seus investidores. A governança corporativa pode ser descrita como os mecanismos ou princípios que governam o processo decisório dentro de uma empresa, assim, essa é um conjunto de regras que visam minimizar os problemas de agência (CARVALHO, 2000). Essa teoria busca impedir esses problemas por meio de um sistema competente de divulgação de informação, além de se impedir a utilização de informação privilegiada, prática nociva à manutenção da credibilidade do mercado (CANTIDIANO, 2005). Segundo o mesmo autor, a governança corporativa ganhou mais força devido aos casos recentes de abuso de poder, fraudes e erros estratégicos nas empresas, assim, entende-se que se esse conhecimento for bem aplicado nas empresas pode garantir a igualdade a seus investidores e a responsabilidade de seus resultados, ajudando a entidade a conquistar uma vantagem competitiva, mantendo o crescimento e melhorando sua rentabilidade, assegurando e diminuindo riscos de todos dentro da organização, tornando-a mais vantajosa para o investidor. A importância de falar das empresas frigoríficas brasileiras se dá pelo fato de o Brasil ter o segundo maior rebanho comercial do mundo e ser o maior exportador mundial de carne bovina, exportando para cerca de cento e quarenta países, sendo que no início dos anos 90, o país exportava 5% de sua produção e hoje, passou a exportar 25% da sua produção total (LUCHIARI FILHO, 2006). Para o mesmo autor o aumento do consumo da carne nacional se dá pelos problemas sanitários que alteraram o equilíbrio e o relacionamento comercial em vários países, devido à febre aftosa que surgiu na América do Sul. Com isso as exportações da Argentina e Uruguai obtiveram uma grande baixa, pois países como Rússia, a comunidade europeia e os países Árabes proibiram a entrada dessa carne em seus mercados. Esse crescimento nas vendas internacionais pode influenciar o valor dessas empresas e assim atrair mais investidores, que desejam ter seus interesses atendidos pela gestão, assim, o 2

objetivo dessa pesquisa é verificar quais as práticas de governanças estão sendo utilizadas pelas empresas frigorificas e isso é importante, pois levantará as possíveis lacunas e diante dos apontamentos: quais as práticas de governança adotadas pelas empresas frigoríficas no Brasil? Na busca desse objetivo, esse trabalho esta estruturado em seções, sendo a introdução, que apresenta o objeto do estudo, a fundamentação teórica, que explica a função da governança na empresa, a metodologia, que orientou o estudo, a análise de dados, as considerações finais e as referencias utilizadas. 2 TEORIA CONTRATUAL DA FIRMA E O PROBLEMA DE AGÊNCIA A teoria econômica clássica assume que as empresas atuam de forma racional e sempre melhorando o lucro econômico no longo prazo e na maioria das vezes o acionista é o único gestor, com isso não há conflitos de agência, pois as informações da empresa estão sendo acompanhadas pelo próprio acionista (LOPES; MARTINS, 2007). O desenvolvimento das entidades levou a novas teorias sobre as organizações, assim, as entidades seriam definidas como um conjunto de relações contratuais entre indivíduos envolvidos com o negócio. Para Jensen e Meckling (1976) as relações contratuais são a essência de uma empresa, ou seja, os problemas de agência e monitoramento estarão presentes em todos os níveis hierárquicos da empresa, além das relações com fornecedores, clientes, credores e empregados. Essa teoria é um modelo de tomada de decisão para mais de um indivíduo que tem um enfoque prescritivo, embasado em um modelo normativo que envolve a delegação de poder. Nesse sistema, onde um dos indivíduos é o agente e o outro é o principal, o primeiro cumpre certas tarefas para o segundo, o qual se compromete a remunerá-lo (ROSS, 1973; HENDRIKSEN; BREDA, 1999). O principal é o avaliador das informações e o responsável pela escolha do sistema de informação, o agente assume o papel de tomador de decisão, optando pelas melhores alternativas de decisão do ponto de vista do proprietário, porém, nenhum indivíduo pode desejar maximizar uma função que não seja a sua, pois o seu comportamento está fundamentado no conjunto de suas preferências e em seus objetivos (JENSEN; MECKLING, 1976; HENDRIKSEN; BREDA, 1999, MENDES; ROCHA, 2001). O conflito de agência pode surgir na relação entre o acionista e o gestor, mas também entre os acionistas e gestores e os credores, quando a entidade assume riscos elevados na aplicação de capital de terceiros, ou se diminuir o investimento com capital próprio em projetos de valor presente 3

líquido positivo quando existe elevado endividamento ou mesmo ao promover retiradas maciças de capital na eminência de falência (JENSEN; MECKLING, 1976; WESTON; BRIGHAM, 2004, RODRIGUES, 2011). 2.1 MECANISMOS DE GOVERNANÇA E SUAS PRÁTICAS A Governança Corporativa passou a dilatar a sua ênfase, que era centrada na gestão pela busca da maximização da riqueza do Shareholder, para o equilíbrio dos interesses entre as partes envolvidas com a organização, e essa expansão conceitual relaciona-se aos mecanismos por meio da transparência nos relatórios financeiros auditados e com os colegiados internos de controle e responsabilização (BRENNAN; SOLOMON, 2008; BORGES; SERRÃO, 2005; RODRIGUES, 2011). Os mecanismos de governança são a forma pela qual se procura controlar a administração, diminuindo os custos de agência e assim o potencial de expropriação dos minoritários, por isso esses artefatos estão relacionados à minimização do desalinhamento entre os interesses dos agentes e assim podem afetar o valor ou desempenho da organização (OKIMURA, 2003). Assim, os investidores das empresas de frigoríficos listadas na bolsa de valores, esperam obter retorno de seus investimentos e com as decisões corporativas torna-se mais seguro a expectativa desse retorno ocorrer, trazendo transparência para os investidores. A importância do novo mercado para os acionistas que participam do mesmo é dada pelo fato de as empresas terem uma melhoria nas informações demonstradas, mais segurança, transparência, sendo que essas informações são disponibilizadas ao público, podendo trazer novos investidores nas compras de ações (ALMEIDA; SCALAZER; COSTA, 2008). Para Silveira (2002) os instrumentos de governança dividem-se em dois, sendo que os mecanismos internos possuem origem dentro da organização, porém, os externos são derivados da necessidade da sociedade ou do mercado em controlar as práticas gerenciais que podem prejudicar um tipo de agente envolvido na firma (RODRIGUES, 2011). Esses artefatos de controle são as formas por meio das quais se procura diminuir os conflitos, mitigando assim as possibilidades de desvios e com isso alinhar os interesses dissonantes na organização possibilitando o seu desenvolvimento (RODRIGUES, 2011). Os mecanismos internos são o conselho de administração, o sistema de remuneração, a estrutura de propriedades e o conselho fiscal e os considerados externos são: mercado de aquisição hostil, o mercado de trabalho competitivo e os relatórios contábeis periódicos auditados. O Conselho de Administração é o mecanismo que busca diminuir os conflitos entre os 4

acionistas e gestores, por meio do acompanhamento do processo de decisão, este processo é dividido por Fama e Jensen (1983) em iniciação, ratificação, implantação e monitoramento da gestão e esse colegiado deve ser composto por, no mínimo, cinco pessoas e, no máximo, onze pessoas (IBGC, 2009). Segundo o mesmo órgão, as práticas do conselho administrativo envolvem: administrar situações de conflitos de interesse; administrar divergências de opiniões; discutir, aprovar e monitorar decisões; apoiar e supervisionar a gestão em relação aos negócios, riscos e às pessoas; e não deve interferir em assuntos operacionais. O Conselho Fiscal é o mecanismo que protege os acionistas, principalmente os minoritários, por meio da fiscalização da gestão da empresa e dos diretores e ele não está vinculado a qualquer órgão de gestão, porém, a sua instalação não é obrigatória e para que isso ocorra é necessário o pedido dos acionistas em assembleia geral, mas esses devem possuir 10% do capital total ou 5% do capital votante e a composição deve ter entre três e cinco membros, que serão eleitos pela representatividade dos sócios (CARVALHAL DA SILVA, 2006; IBGC, 2009; FURUTA; SANTOS, 2010). As práticas do conselho fiscal envolvem fiscalizar os atos dos administradores, opinar sobre o relatório anual e sobre as propostas dos órgãos de Administração, analisar as demonstrações financeiras elaboradas; e denunciar aos órgãos de Administração e à Assembleia Geral todos os erros, fraudes e crimes que descobrirem (IBGC, 2009). A Estrutura de Propriedade é um mecanismo interno, que pode estra relacionado ao desempenho e ao controle do negócio, variando na sua forma em relação ao tipo de ações lançadas no mercado e a quantidade de ações mantidas pelo controlador (OKIMURA, 2003; RODRIGUES, 2008, 2011) Segundo o IBGC (2009) as práticas da propriedade envolvem mecanismos de proteção quanto ao controle da empresa (poison pills) e mecanismos para resolver conflitos de interesses; e quando surgir a possibilidade de trocar o controlador da companhia, a oferta de compra de ações/quotas deve ser dirigida a todos os sócios nas mesmas condições (tag along). O Sistema de Remuneração de Executivos relaciona-se ao fato do principal delegar ao agente o direito de tomar decisões em troca de remuneração, esta nada mais é que um incentivo para que o agente aumente a riqueza do principal e esse incentivo deve estar relacionado com metas e objetivos para que o agente consiga gerar valor econômico para a empresa, entretanto, esse sistema de incentivo deve impedir que o gestor esteja no processo decisório, fiscalização e deliberação de sua remuneração (ROSS, 1973; IBGC, 2009). 5

Segundo o IBGC (2009) as práticas de remuneração envolvem a transparência na aprovação das políticas de remuneração e benefícios aos diretores, os valores e a política de remuneração devem ser encaminhados para aprovação na Assembleia, a remuneração deve ser divulgada individualmente e incluir todos os tipos como salários, bônus, gratificações, benefícios baseados em ações e outros. Os mecanismos externos de governança envolvem ações do mercado na tentativa de alinhar interesses para controlar a gestão ou de trocar o controle da entidade, e esses artefatos de controle são: o mercado de aquisição hostil, o mercado de trabalho competitivo e as demonstrações financeiras auditadas (SILVEIRA, 2002). Na aquisição hostil, que também pode ser conhecida como takeover, o comprador faz uma oferta para os acionistas dispersos da empresa-alvo e, se for aceito, o negócio promove a troca de controle da organização, que pode ser por meio da substituição da gestão (SHLEIFER; VISHN, 1997). O takeover pode acontecer quando algum indivíduo ou um grupo adquire uma parte de suas ações via bolsa de valores sem negociação com o controlador, assim ele conquista o direito de assumir uma vaga no conselho de administração da empresa, podendo até indicar o presidente. Em geral, essa estratégia de aquisição acontece com entidades que possuem seu capital social disperso na bolsa, e o valor de suas ações estão abaixo do preço real, funcionando como estímulo aos controladores para que construam riqueza na gestão da entidade (RODRIGUES, 2011). Já as demonstrações contábeis auditadas não são evidenciadas por todas as empresas, mas pelas as que são obrigadas por lei, pelas agências reguladoras ou pelas entidades de forma voluntária, porém essas demonstrações devem seguir a estrutura conceitual elaborada pelo Comitê de Pronunciamento Contábil (CPC) para que elas possam atribuir qualidade a essas informações e trazer segurança ao mercado. As informações contábeis permitem que os interessados na empresa acompanhem a real situação patrimonial, a mutação do patrimônio, o desempenho, a geração de caixa e a distribuição de dividendos, evidenciando a situação da entidade e servindo de apoio para tomada de decisão, e assim torna-se possível que os diversos usuários da contabilidade opinem sobre investimentos em ações da empresa, avaliem a gestão, verifiquem a liquidez do caixa dessa entidade, observem a relação com os colaboradores, e para o governo regulamentar o setor de atividade da empresa e determinar políticas governamentais (CPC, 2008). Segundo o IBGC (2009) as práticas que envolvem a demonstrações contábeis estão relacionadas à preparação e divulgação de relatórios de acordo com padrões internacionalmente 6

aceitos e a organização deve divulgar de forma completa e objetiva relatórios periódicos informando sobre todos os aspectos de sua atividade empresarial e também o relatório anual. 2.2 ÍNDICES DE GOVERNANÇA O Índice de Governança foi criado para mensurar a qualidade da Governança Corporativa nas empresas e sua constituição contempla quatro dimensões: Acesso às Informações, Conteúdo das Informações Públicas, Estrutura do Conselho de Administração e Estrutura de Propriedade e Controle (SILVEIRA; BARROS; FAMÁ, 2004). GOVERNANÇA CORPORATIVA ACESSO INFORMAÇÕES CONTEÚDO INFORMAÇOES PUBLICAS AS DAS ESTRUTURA DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ESTRUTURA PROPRIEDADE CONTROLE DE E 1 É possível obter o Relatório Anual (RA) da companhia via Internet? 2 O website dispõe de documentos relativos a governança corporativa? O website dispõe de apresentações para analistas ou dados que possibilitem 3 projeções operacionais e financeiras da empresa? 4 O website é bilíngüe e possui uma seção de Relações com os Investidores? Não houve necessidade de contato direto com a companhia para obtenção de 5 informações sobre a empresa. 6 O RA inclui uma seção específica dedicada à Implementação de princípios de Governança Corporativa? 7 O RA ou outro documento explica a remuneração global dos executivos? 8 Os demonstrativos são apresentados em US-GAAP ou IAS-GAAP? O RA, website ou algum outro documento inclui uma seção com estimativas 9 de lucros ou projeções de retornos financeiros (ROA, ROE, etc.)? 10 11 O RA, website ou algum outro documento corporativo apresenta o valor adicionado/destruído pelo negócio no período com base em alguma medida de lucro econômico? Os cargos de Diretor Executivo e Presidente do Conselho de Administração são ocupados por pessoas diferentes? 12 A empresa possui um Conselho de Administração com 5 a 9 membros? 13 Mais do que 80% do Conselho de Administração é composto por conselheiros externos? 14 O Conselho de Administração possui mandato unificado de um ano? 15 A empresa possui Acordo de Acionistas? 16 A empresa emite apenas ações com direito a voto (ON)? 17 As ações preferenciais correspondem a menos que 50% do total de ações? 18 O controlador possui menos que 70% do total de ações ordinárias? 19 O excesso (DIF) de direitos de controle (%ON) em relação aos direitos sobre O fluxo de caixa (%TA) do controlador é menor que 23%? 20 A empresa concede tag along aos detentores de ações preferenciais? Quadro 1 Perguntas para construção do índice de governança corporativa (IGOV) Fonte: Silveira, Barros e Fama (2004, p.6) 7

Para Silveira, Barros e Fama (2004), que pesquisaram em 161 empresas listadas na bolsa de valores do Brasil os determinantes do nível de governança verificaram que quanto maior o poder do controlador, pior a qualidade da governança e os mais importantes artefatos de controles estão relacionados às variáveis de estrutura de propriedade e se o direito de voto do grupo gestor e o fluxo de caixa estiverem dissociados, o nível de Governança Corporativa fica pior. Nesse contexto, a adoção de práticas de governança influencia positivamente a acurácia das previsões dos analistas de investimentos do mercado brasileiro, levando a uma previsão de lucros mais exata possível e as empresas adquirem maior confiabilidade na obtenção desses lucros e isso irá refletir no seu desempenho operacional e no seu valor intrínseco, favorecendo a exatidão dos resultados previstos (DALMACIO, 2009) Segundo a mesma autora, a adoção das práticas de governança favorece a liquidez de mercado da empresa, reduzindo a incerteza sobre o futuro por meio do aumento da confiança dos analistas e investidores durante o processo de avaliação dessas entidades. 3 METODOLOGIA A classificação metodológica dessa pesquisa é realizada de acordo com Beuren (2003), que observa a natureza do problema, o objetivo e os métodos utilizados no trabalho. A abordagem relativa ao problema é qualitativa, pois essa técnica concebe análises mais profundas em relação ao fenômeno que está sendo estudado e isso está relacionado à natureza do fenômeno social estudado (BEUREN, 2003). A pesquisa é exploratória em relação ao seu objetivo, pois existe pouco conhecimento sobre o objeto abordado e assim busca-se maior profundidade no assunto para que sirva de fundamento para futuras investigações cientificas. A técnica utilizada no trabalho é a bibliográfica, devido à fonte de informações para verificação ser as informações financeiras disponíveis no site das empresas estudadas. [...] [a] pesquisa bibliográfica [...] explica um problema a partir de referenciais teóricos publicados em documentos. Pode ser realizada independentemente ou como parte da pesquisa descritiva ou experimental. Ambos os casos buscam conhecer e analisar as contribuições culturais ou cientificas do passado existente sobre um determinado assunto, tema ou problema. (BEUREN, 2003, p.80). 4 ANÁLISE DE DADOS 8

ACESSO AS INFORMAÇÕES V Congresso UFV de Administração e Contabilidade e II Mostra Científica Com o objetivo de avaliar quais são as práticas de governança que estão sendo adotada pelas empresas analisadas, essa pesquisa observou um índice determinante para mensurar a qualidade da Governança Corporativa nas empresas frigoríficas com capital aberto na bolsa de valores do Brasil, utilizando dados disponíveis nos sites das próprias empresas, entre 01/10/2011 a 20/10/2011. Esta análise conta com 20 perguntas, divididas em quatro estruturas, sendo elas relacionadas ao Acesso às informações, o Conteúdo das Informações Públicas, a Estrutura do Conselho de Administração e a Estrutura de Propriedade e Controle. A pesquisa foi feita nas empresas e no quadro abaixo pode ser visto que resultados com resposta positiva possui valor 1 e negativas o valor 0. EMPRESAS MINERVA JBS MARFRIG BRASIL FOODS 1 2 3 4 5 É possível obter o Relatório Anual (RA) da companhia via Internet? O website dispõe de documentos relativos a governança corporativa? O website dispõe de apresentações para analistas ou dados que possibilitem projeções operacionais e financeiras da empresa? O website é bilíngüe e possui uma seção de Relações com os Investidores? Não houve necessidade de contato direto com a companhia para obtenção de informações sobre a empresa? 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 Total 5 5 5 5 Quadro 2 Acesso as Informações Fonte: pesquisado pelos autores com base em Silveira; Barros; Fama (2004, p.14). Os dados disponíveis no quadro 2 apontam que as quatro empresas possuem o mesmo nível de informações disponíveis, em todas elas pode ser obtido o Relatório Anual (RA), os documentos relacionados à Governança Corporativa, as projeções operacionais e financeiras das empresas e seus sites são bilíngues, assim essas entidades permitem que um maior número de usuários possam ter acesso as suas informações. EMPRESAS MINERVA JBS MARFRIG BRASIL FOODS 9

ESTRU TURA DO CONSE LHO DE ADMIN ISTRA ÇÃO CONTEÚDO DAS INFOR MAÇOES PÚBLICAS V Congresso UFV de Administração e Contabilidade e II Mostra Científica 1 2 3 4 5 O RA inclui uma seção específica dedicada à implementação de princípios de 0 1 1 1 Governança corporativa? O RA ou outro documento explica a remuneração global dos executivos? 0 0 1 0 Os demonstrativos são apresentados em US-GAAP ou IAS-GAAP? 1 1 1 1 O RA, website ou algum outro documento inclui uma seção com estimativas de lucros ou projeções de retorno financeiro (ROA, ROE, ETC.)? 0 0 0 0 O RA, website ou algum outro documento corporativo apresenta o valor adicionado/ destruído pelo negocio no período com base 1 1 1 0 em alguma medida de lucro econômico? Total 2 3 4 2 Quadro 3 Conteúdo das informações públicas Fonte: pesquisado pelos autores com base em Silveira, Barros e Fama (2004, p. 14) Os dados disponíveis no quadro 3 são relacionados as informações públicas das empresas estudadas e nessa estrutura pode-se observar que a Marfrig é a que mais disponibiliza informações, destacando-se, pois essas informações são interessantes aos novos investidores e parceiros. A Minerva é a única entidade que não possui em seu RA uma seção especifica dedicada à implantação dos princípios de governança corporativa e em relação aos documentos que expliquem a remuneração global dos executivos a Marfrig é a única empresa que possui essa explicação. Em todas as empresas analisadas não foi possível encontrar informação sobre estimativa de lucros ou projeções de retorno financeiro e a Brasil Foods foi à única empresa que apresentou o valor adicionado ou distribuído pelo negocio naquele período. EMPRESAS MINERVA JBS MARFRIG BRASIL FOODS 1 Os cargos de Diretor Executivo e Presidente do Conselho de Administração são ocupados 1 0 1 1 por pessoas diferentes? 2 A empresa possui um Conselho de 1 0 1 0 10

ESTRUTURA DE PROPRIEDADE E CONROLE V Congresso UFV de Administração e Contabilidade e II Mostra Científica Administração com 5 a 9 membros? Mais do que 80% do Conselho de 3 Administração é composto por conselheiros 0 0 0 0 externo? O Conselho de Administração possui mandato 4 unificado de um ano? 1 0 0 0 5 A empresa possui Acordo de Acionistas? 1 1 1 1 Total 4 1 3 2 Quadro 4 Estrutura do Conselho de Administração Fonte: pesquisado pelos autores com base em Silveira; Barros; Fama (2004, p.14) O quadro 4 apresenta os dados relativos a estrutura do conselho administrativo das empresas, nele pode-se observar que apenas na JBS o cargo de presidente do conselho de administração é ocupado por um dos diretores executivo da empresa. Em todas as empresas o cargo do conselho administrativo é composto por, no mínimo, cinco membros, mas a JBS e a Brasil Foods possuem mais de nove membros, fato que pode dificultar o funcionamento desse órgão. No mesmo quadro é possível verificar que todas as empresas possuem um número maior que 80% de conselheiros externos, apenas na Minerva o conselho de administração possui um mandato unificado de um ano, já nas outras é de dois anos e em todas ocorre algum tipo de acordo com seus acionistas. EMPRESAS MINERVA JBS MARFRIG BRASIL FOODS 1 A empresa emite apenas ações com direito a voto (ON)? 1 1 1 1 2 As ações preferenciais correspondem a menos que 50% do total de ações? 1 1 1 1 3 O controlador possui menos que 70% do total de ações ordinárias? 1 1 1 1 O excesso (DIF) de direitos de controle (%ON) em relação aos direitos sobre o fluxo de caixa (%TA) do controlador é 0 0 0 0 4 menor que 23%? A empresa concede tag along aos 5 detentores de ações preferenciais? 1 1 1 1 Total 4 4 4 4 Quadro 5 Estrutura de Propriedade e Controle Fonte: pesquisado pelos autores com base em Silveira; Barros; Fama (2004, p.14) As informações no quadro 5 são sobre a estrutura de propriedade e controle e de acordo com as regras do novo mercado, todas as empresas emitem apenas ações com direito a votos e em todas elas o controlador possuem menos de 70% de ações ordinárias e também concedem tan along a todos os detentores de suas ações preferências. 11

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este artigo realizou uma pesquisa nas empresas frigoríficas com o seu capital negociável na bolsa de valores do Brasil e o seu objetivo foi verificar quais as práticas de governança que estão sendo adotadas por essas empresas. Essa observação ocorreu por meio de um estudo que observou quatro entidades com ações negociadas no segmento do novo mercado da referida entidade e apesar dessas estarem no nível mais alto de exigências, ainda apresentam algumas práticas a serem implantadas. As práticas de governança mais adotadas pelas empresas estudadas estão dentro da área de acessos às informações e estrutura de propriedade e controle, nesses dois índices as empresas estão iguais, podendo oferecer aos seus usuários uma melhor transparência. Assim, sugere-se um aprofundamento na implantação desses artefatos, com ênfase no oferecimento de informações aos interessados no negócio e na estrutura do conselho de administração e sugere-se como oportunidade de estudo futuro o impacto da adoção dessas práticas como mecanismo de atração de novos acionistas paras as organizações. 6 REFERÊNCIAS ALMEIDA, C. J.; SCALZER, S. R.; COSTA M. F. Níveis Diferenciados de Governança Corporativa e Grau de Conservadorismo: estudo empírico em companhias abertas listadas na Bovespa. Revista de Contabilidade e Organizações, Ribeirão Preto, v. 2, n. 2, p 118-136, jan/abr. 2008. BEUREN, I. M. (Org). Como Elaborar Trabalhos Monográficos em Contabilidade, São Paulo: Atlas, 2003. BORGES, L. F. X.; SERRÃO, C. F. B. Aspectos de Governança Corporativa Moderna no Brasil. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 12, n. 24, p. 111-148, 2005. BRASIL FOODS. Relação com Investidores. 2011. Disponível em: <http://www.brasilfoods.com/>. Acesso em 01/10/2011. BRENNAN, N. M.; SOLOMON, J. Corporate governance, accountability and mechanisms of accountability: an overview. Accounting, Auditing & Accountability Journal, Adelaide, v. 21, n. 7, p. 885-906, 2008. CARVALHO, A. G. Governança corporativa no Brasil em Perspectiva. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, São Paulo v. 37, n. 3, p. 19-32, jul./set. 2002. CANTIDIANO, L. L. Em pauta a Lei Sarbanes-Oxley e o seu reflexo nos mercados globais: Aspecto da Lei Sarbanes- Oxley. Revista RI, Rio de Janeiro, n. 88, p. 19-21, jun, 2005. CARVALHAL DA SILVA, A. L. Governança Corporativa, valor, alavancagem e política de dividendos das empresas brasileiras. Revista de Administração da Universidade de São Paulo, São Paulo, v. 39, n. 4, p. 348-361, 2004. COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento conceitual básico. 2008. Disponível em < http://www.cpc.org.br/pdf/pronunciamento_conceitual.pdf>. Acesso em: 14 ago. 2011. 12

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