Doença aterosclerótica

Documentos relacionados
SEMINÁRIO BRASILEIRO DE PREVENÇÃO QUATERNÁRIA EM APS

O objetivo primordial do tratamento da hipertensão arterial é a redução da morbidade e da mortalidade cardiovascular do paciente hipertenso

XIV JORNADAS DE CARDIOLOGIA DA MEDICINA FAMILIAR DE AVEIRO NORTE. Hiroshi Okai USF Vale do Vouga / ACES Aveiro Norte 9 de outubro de 2015

An aspirin a day keeps the doctor away. As Novas Evidências dos Efeitos da. Mudar as Recomendações dos Guidelines?

COLESTEROL, ESTOU TOMANDO

Ensaios Clínicos Recentes em Dislipidemia: lições do ASCOT-LLA, ALLHAT-LLP e HPS

DIABETES E DISLIPIDÉMIA

Questões actuais na prática clínica: Qual a importância e risco da terapêutica anti-dislipidémica no doente idoso?

João Morais Cardiologista, Director do Serviço de Cardiologia do Hospital de Santo André, EPE, Leiria.

XXXV Congresso Português de Cardiologia Abril ú ç

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Dr Achilles Gustavo da Silva

Velhas doenças, terapêuticas atuais

Paciente com DM, HAS e DAC (IAM recente), HBAC 7%, IMC 42: A curva J teria importância no tratamento deste paciente? Claudio Marcelo B.

DISLIPIDEMIAS: O QUE DIZEM AS DIRETRIZES SOBRE O TRATAMENTO COM MEDICAMENTOS?

Abordagem intervencionista na síndrome coronária aguda sem supra do segmento ST. Roberto Botelho M.D. PhD.

O diabético com doença coronária crónica

Adesão a um Programa de Reabilitação Cardíaca: quais os benefícios e impacto no prognóstico?

Agenda. Efeito dos imunossupressores biológicos no perfil lipídico na Artrite Reumatóide Introdução Métodos Resultados

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR

Anexo III Resumo das características do medicamento, rotulagem e folheto informativo

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 1. Profª. Tatiane da Silva Campos

ELSA-Brasil: conhecendo o povo brasileiro na perspectiva da epidemiologia

07 / 11 / Atualização em Ômega-3. Profa. Dra. Tania Martinez

TESTOSTERONA E DOENÇA CARDIOVASCULAR

COLESTEROL ALTO. Por isso que, mesmo pessoas que se alimentam bem, podem ter colesterol alto.

1/13. período de tempo

Thiers R Chagas SOCEBA/2017

Análise crítica dos novos medicamentos anti-diabéticos

OVO UM ALIMENTO FUNCIONAL. Gabriel de Carvalho

Programa de Educação Continuada 3

TRATAMENTO ATUAL DA HIPERCOLESTEROLEMIA E NOVAS PERSPECTIVAS

Register of patients with bioresorbable device in daily clinical practice REPARA study. Andreia Magalhães Hospital de Santa Maria

doenças coronárias Factores de Risco

Estatinas na Prevenção Primária e Secundária da Doença Cardiovascular Prof. Dr. Roberto Rocha Giraldez

Papel dos Betabloqueadores e Estatinas

Atividade Física na DHGNA F I S I O T E R A P E U T A L A R I S S A B E R T O L I N I A N D R E A T T A S A M M A R C O

Coração Outono/Inverno

Aterosclerose e Dislipidemia: Visão Geral 1

Introdução. visão do especialista

LIPIDOLOGIA: ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO

ANTIAGREGANTES Quem e quando parar?

Referências e apresentações

Estudo Courage. A Visão do Cardiologista Intervencionista. Pós Graduação Lato - Sensu Hospital da Beneficência Portuguesa Abril/2008

O tratamento das doenças do coração e suas implicações no cenário nacional

Quanto Pagamos por um Benefício? Análise Descritiva de Custo do Uso das Vastatinas. A Necessidade de uma Análise Custo-Efetividade Nacional

Protocolo de Prevenção Clínica de Doença Cardiovascular e Renal Crônica

Recomendações: evidências e lacunas- Revascularização do Miocárdio. Lacunas

Sessão Televoter Diabetes

Medical Research Council (MRC) Study

SÍNDROME METABÓLICA E ADOLESCÊNCIA

Terapêutica de Reposição Hormonal e Risco Cardiovascular

História Clínica. Fatores de Risco e Fisiopatologia Parte 1. Dislipidemia e Hipertensão. Annie Bello PhD

Insuficiência Renal Crônica

TRATAMENTO DO DIABETES DO IDOSO CONGRESSO CATARINENSE DE CARDIOLOGIA 2012

Estatinas versus diabetes

SABADOR. Apresentadora: Renée Sarmento de Oliveira Membro da equipe de Cardiologia/Coronária HBD. Professora de Clínica Médica da UNIRIO

ESTATINAS NO IDOSO E A PREVENÇÃO DA MORBIMORTALIDADE NA IDADE AVANÇADA

FA e DAC: Como abordar esse paciente? Ricardo Gusmão

EM DISCUSSÃO PÚBLICA ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS: NÚMERO: 005/2013 DATA: 19/03/2013

Terapia Alvo versus Imunoterapia: Qual a melhor opção? Helena de Andrade Oncologista Clínica

Cuidados Práticos da Reabilitação Cardiometabólica

ACARBOSE. Hipoglicemiante

AUSÊNCIA DE EFEITO DO ÔMEGA-3 NA PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Artigo Original. Valor de p. Variável n = 36 n = 80

GUIA PRÁTICO PARA A UTILIZAÇÃO DOS INIBIDORES DA PCSK9 EM PORTUGAL*

INIBIDORES DA CETP: EFICIÊNCIA NO TRANSPORTE REVERSO DO COLESTEROL PELAS HDL-2 E HDL-3 1

ESTATINAS NA PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

Aproximadamente metade das crianças com dislipidemia carregará essa. Quando Devemos Pesquisar Dislipidemia em Crianças?

Avaliação do Impacto das Novas Diretrizes no Uso de Estatinas

PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO AERÓBICO NO CARDIOPATA

PERFIL LIPIDÊMICO EM PACIENTES DE UMA COMUNIDADE RURAL ATENDIDOS PELO PROGRAMA CRUTAC NO DISTRITO DE ITAICOCA NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA - PR

Questão clínica: Tratamento/prevenção. Estudos de intervenção (experimentais) Ensaios clínicos randomizados

Influência dos Ácidos Graxos Saturados da Dieta

Resultados 2018 e Novas Perspectivas. Fábio P. Taniguchi MD, MBA, PhD Investigador Principal

Revista Portuguesa de. Cardiologia. Portuguese Journal of Cardiology.

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO PARA DAC E TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA HIPERCOLESTEROLEMIA

UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES CAMPUS DE ERECHIM DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CURSO DE ENFERMAGEM

2. Implicações clínicas. Figura 1 Variações percentuais desde os valores basais para o LDLc e a PCR, durante o estudo.

CONTRIBUIÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA À CONSULTA PÚBLICA N º 44/2018. Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD)

MANEJO DA DISLIPIDEMIA MANAGEMENT OF DYSLIPIDEMIA

PERFIL E FATORES DE RISCO PRESENTES EM DOENTES COM AVC ISQUÉMICO ADMITIDOS NUM SERVIÇO DE URGÊNCIA

Aterosclerose. Natália Borges de Melo Patrícia Gabriella Zapata Paulo Henrique Maia Vilela

Gestão da terapêutica antiagregante

Publicações de impacto no último ano em: Hipertensão

Vitamina D em Pacientes Diabéticos com Doença Arterial Coronariana

Princípios de Bioestatística

CARACTERIZAÇÃO DO RISCO CARDÍACO EM ESTUDANTES DE ESCOLAS PÚBLICAS E PRIVADAS DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA

SUSANA AMÉRICA FERREIRA

Atualização de Angina Instável e IAM sem supra ST AHA/ACC Guideline

1. Estratificação de risco clínico (cardiovascular global) para Hipertensão Arterial Sistêmica

Estudo do polimorfismo TaqIB do gene CETP em indivíduos dislipidêmicos

A cidos Graxos Ômegas e Doenc as Cardiovasculares. Prof. Dr. Raul D. Santos Unidade Clínica de Lípides InCor-HCFMUSP Faculdade de Medicina da USP

Evolução do prognóstico das síndromes coronárias agudas ao longo de 12 anos - a realidade de um centro.

Avaliação do Risco Cardiovascular

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

Riscos e Benefícios do Exercício de Força...

Fitosteróis: Benefícios e Aplicações. Camen Arruda Gerente de Pesquisa & Desenvolvimento

Lipídios e Membranas

TRATAMENTO DAS SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS

Transcrição:

2010 Doença aterosclerótica Alvos terapêuticos João Morais

Placa de ateroma o centro das atenções na doença aterosclerótica

Aterosclerose doença difusa com manifestações focais Coronária direita Carótida interna Iliaca comum

Experiência REACH Aterosclerose doença plurivascular

Aterosclerose doença evolutiva com formas subclínicas Complexo média/intima carotídeo

Aterosclerose doença evolutiva com formas subclínicas Risk of MI and stroke Complexo média/intima carotídeo Cardiovascular Health Study

Aterosclerose doença evolutiva com formas subclínicas Carga de cálcio coronário

Aterosclerose doença evolutiva com formas subclínicas Shaw LJ et al., Radiology 2003; 228: 826-33 Risk of total mortality in 10377 asymptomatic individuals Carga de cálcio coronário

Vários componentes de uma doença complexa VSMC migration Foam-cell formation T-cell activation Adherence and entry of leukocytes Adherence and aggregation of platelets VSMC, vascular smooth muscle cell migration.

Vários componentes de uma doença complexa VSMC migration Foam-cell formation T-cell activation Adherence and entry of leukocytes Adherence and aggregation of platelets Lipidos Inflamação Trombose

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos

1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 30 mg c-ldl major coronary events 30 % eventos major vascular events Cholesterol Treatment Trialist s (CTT) Collaborators Lancet 2005;366:1267 Redução do col-ldl (mmol/l)

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 2. Consistência nas várias áreas da doença vascular

2. Consistência nas várias áreas da doença vascular Doença cerebrovascular Doença coronária aguda Doença coronária crónica Doença diabética

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 2. Consistência nas várias áreas da doença vascular 3. Consistência nos diferentes subgrupos testados

3. Consistência nos diferentes subgrupos Doença prévia Idade Género Hipertensão arterial História de diabetes TA diastólica Nivel de colesterol total Nível de colesterol LDL Nivel de colesterol HDL Nível de triglicerídeos Cholesterol Treatment Trialist s (CTT) Collaborators Lancet 2005;366:1267

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 2. Consistência nas várias áreas da doença vascular 3. Consistência nos diferentes subgrupos testados 4. Eficácia sobre a progressão da placa de ateroma

4. Eficácia sobre a progressão da placa de ateroma Ultrasonografia intra-coronária Rosuvastatina promove a regressão da placa Atorvastatina interrompe a progressão da placa

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 2. Consistência nas várias áreas da doença vascular 3. Consistência nos diferentes subgrupos testados 4. Eficácia sobre a progressão da placa de ateroma 5. Eficácia sobre formas subclínicas da d. aterosclerótica

4. Eficácia sobre formas subclínicas da d. aterosclerótica Ultrasonografia carotidea Complexo Media-intima Rosuvastatina reduz a progressão da doença aterosclerótica

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 2. Consistência nas várias áreas da doença vascular 3. Consistência nos diferentes subgrupos testados 4. Eficácia sobre a progressão da placa de ateroma 5. Eficácia sobre formas subclínicas da d. aterosclerótica 6. Permite objectivos individualizados de acordo com o risco

6. Permite objectivos individualizados de acordo com o risco col-ldl mg/dl < 115 < 100... < 70 Prevenção risco Fase subclínica Alto primária 2ª e Prev. Estratégia de acordo com a fase evolutiva da doença

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 2. Consistência nas várias áreas da doença vascular 3. Consistência nos diferentes subgrupos testados 4. Eficácia sobre a progressão da placa de ateroma 5. Eficácia sobre formas subclínicas da d. aterosclerótica 6. Permite objectivos individualizados de acordo com o risco 7. Eficaz mesmo em prevenção primária

JUPITER Primary Trial Endpoint : MI, Stroke, UA/Revascularization, CV Death 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 Cumulative Incidence Ridker et al NEJM 2008 HR 0.56, 95% CI 0.46-0.69 P < 0.00001 0 1 2 3 4 Placebo 251 / 8901-44 % Rosuvastatin 142 / 8901 Number at Risk Rosuvastatin Placebo Follow-up (years) 8,901 8,631 8,412 6,540 3,893 1,958 1,353 983 544 157 8,901 8,621 8,353 6,508 3,872 1,963 1,333 955 534 174

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 2. Consistência nas várias áreas da doença vascular 3. Consistência nos diferentes subgrupos testados 4. Eficácia sobre a progressão da placa de ateroma 5. Eficácia sobre formas subclínicas da d. aterosclerótica 6. Permite objectivos individualizados de acordo com o risco 7. Eficaz mesmo em prevenção primária

Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 1. Benefícios inequívocos na redução de eventos 2. Consistência nas várias áreas da doença vascular 3. Consistência nos diferentes subgrupos testados 4. Eficácia sobre a progressão da placa de ateroma 5. Eficácia sobre formas subclínicas da d. aterosclerótica 6. Permite objectivos individualizados de acordo com o risco 7. Eficaz mesmo em prevenção primária As estatinas são a forma mais eficaz de tratamento da doença aterosclerótica, influenciando o seu curso de forma determinante

Relative Risk Reduction in Major Coronary Events, % Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 0 4S CARE WOSCOPS LIPID AFCAPS HPS PROSPER ASCOT 20 40 34 24 31 24 37 27 15 36 60 80 100 A redução de risco possivel

Relative Risk Reduction in Major Coronary Events, % Colesterol-LDL o alvo preferencial para a terapêutica 0 4S CARE WOSCOPS LIPID AFCAPS HPS PROSPER ASCOT 20 40 34 24 31 24 37 27 15 36 60 80 100 O caminho que ainda falta percorrer

Para além do col-ldl INFLAMAÇÃO

PCR no contexto de SCA (PROVE-IT) Impacte de PCR em doentes com LDL normal O efeito sinérgico de PCR e LDL

O que sabemos sobre inflamação A doença aterosclerótica pode ser considerada como uma doença inflamatória, local e sistémica A inflamação precede as manifestações clínicas em mais de dez anos A detecção precoce de inflamação sugere risco vascular aumentado, mas só após exclusão de outras causas A PCR parece ser um bom candidato para uso clínico

Change from baseline % A inflamação como alvo terapêutico a par do c- LDL 0 8 weeks (10 mg) 16 weeks (20 mg) LDL-C CRP LDL-C CRP -10-20 -30-21,2-40 -50-60 -70-34,0-39,0-51,3 ANDROMEDA Study -57,4 * -46,0-33,8-39,8 Rosuvastatin Atorvastatin Betteridge J et al. Presented at EAS, 17 20 April 2004, Seville, Spain

A inflamação como alvo terapêutico para além do c-ldl Estudo interrompido prematuramente por eficácia da rosuvastatina Ridker et al, Circulation 2003;108:2292-2297.

JUPITER Baseline Blood Levels (median, interquartile range) Ridker et al NEJM 2008 Rosuvastatin Placebo (N = 8901) (n = 8901) hscrp, mg/l 4.2 (2.8-7.1) 4.3 (2.8-7.2) LDL, mg/dl 108 (94-119) 108 (94-119) HDL, mg/dl 49 (40 60) 49 (40 60) Triglycerides, mg/l 118 (85-169) 118 (86-169) Total Cholesterol, mg/dl 186 (168-200) 185 (169-199) Glucose, mg/dl 94 (87 102) 94 (88 102) HbA1c, % 5.7 (5.4 5.9) 5.7 (5.5 5.9) All values are median (interquartile range). [ Mean LDL = 104 mg/dl ]

JUPITER Primary Trial Endpoint : MI, Stroke, UA/Revascularization, CV Death 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 Cumulative Incidence Ridker et al NEJM 2008 HR 0.56, 95% CI 0.46-0.69 P < 0.00001 0 1 2 3 4 Placebo 251 / 8901-44 % Rosuvastatin 142 / 8901 Number at Risk Rosuvastatin Placebo Follow-up (years) 8,901 8,631 8,412 6,540 3,893 1,958 1,353 983 544 157 8,901 8,621 8,353 6,508 3,872 1,963 1,333 955 534 174

JUPITER Individual Components of the Primary Endpoint Ridker et al NEJM 2008 Endpoint Rosuvastatin Placebo HR 95%CI P Primary Endpoint* 142 251 0.56 0.46-0.69 <0.00001 Non-fatal MI 22 62 0.35 0.22-0.58 <0.00001 Any MI 31 68 0.46 0.30-0.70 <0.0002 Non-fatal Stroke 30 58 0.52 0.33-0.80 0.003 Any Stroke 33 64 0.52 0.34-0.79 0.002 Revascularization or Unstable Angina 76 143 0.53 0.40-0.70 <0.00001 MI, Stroke, CV Death 83 157 0.53 0.40-0.69 <0.00001 *Nonfatal MI, nonfatal stroke, revascularization, unstable angina, CV death

JUPITER LDL reduction, hscrp reduction, or both? N Rate Placebo 7832 1.11 LDL Achieved > 70 mg/dl 2110 0.91 LDL Achieved < 70 mg/dl 5606 0.51 P < 0.001 Placebo 7832 1.11 LDL Reduction < 50 % 4181 0.74 LDL Reduction > 50 % 3535 0.47 P < 0.001 Placebo 7832 1.11 hscrp Achieved > 2 mg/l 4305 0.77 hscrp Achieved < 2 mg/l 3411 0.42 P < 0.001 Placebo 7832 1.11 hscrp Reduction < 50 % 4143 0.70 hscrp Reduction > 50 % 3573 0.51 P < 0.001 0.25 0.5 1.0 2.0 4.0 Rosuvastatin Better Rosuvastatin Worse

JUPITER Dual Target Analysis: LDLC<70 mg/dl, hscrp<2 mg/l Cumulative Incidence 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0 1 2 3 4 Placebo HR 1.0 (referent) LDL > 70 mg/dl and / or hscrp > 2 mg/l HR 0.64 (0.49-0.84) LDL < 70 mg/dl and hscrp < 2 mg/l HR 0.35 (0.23-0.54) Number at Risk Rosuvastatin Placebo Follow-up (years) 7,716 7,699 7,678 6,040 3,608 1,812 1,254 913 508 145 7,832 7,806 7,777 6,114 3,656 1,863 1,263 905 507 168 P < 0.0001

Clinical Relevance of Achieving LDL-C < 70 mg/dl and hscrp < 2 mg/l Following Initiation of Statin Therapy LDL>70, hscrp>2 LDL<70, hscrp>2 LDL>70, hscrp<2 LDL<70, hscrp<2 0 2 4 6 6 8 8 10 0 180 360 540 720 900 Follow-up (days) 10 8 6 4 2 0 0 120 240 360 480 600 Follow-up (days) PROVE IT TIMI 22 NEJM 2005;352:20-28. A to Z Circulation 2006;114:281-8

JUPITER algumas implicações 1. A eficácia das estatinas (rosuvastatina) em prevenção primária, após JUPITER, fica esclarecida 2. O estudo JUPITER constitui a primeira grande 3. JUPITER alarga os horizontes para utilização das estatinas, abrindo hipóteses até então não exploradas. F.D.A. Aprovou evidência a que rosuvastatina nos permite como considerar, 1º fármaco esta terapêutica, com eficácia como no eficaz contexto sobre da a inflamação doença aterosclerótica, tendo a inflamação como alvo terapêutico

Para além do col-ldl INFLAMAÇÃO HDL um velho problema a aguardar novas soluções

Low HDL-C Levels Substantially Increase CHD Risk at all LDL-C Levels Framingham Study 3,0 2,0 Risk of CHD after 4 Years* 1,0 25 0,0 100 160 220 85 65 45 HDL-C (mg/dl) LDL-C (mg/dl) *Risk of coronary heart disease (CHD) over 4 years of follow-up for men ages 50 to 70 Adapted from Castelli WP. Can J Cardiol 1988;4 Suppl A:5A 10A.

Incidence, per 1000 in 6 Years HDL-C: Inverse Correlation With CHD Risk Prospective Cardiovascular Münster (PROCAM) Study 120 110 100 80 60 40 20 30 21 0 <0.9 mmol/l 0.9 1.4 mmol/l >1.4 mmol/l HDL-C HDL-C=high-density lipoprotein cholesterol; CHD=coronary heart disease Adapted from Assmann G et al. In: Lipid Metabolism Disorders and Coronary Heart Disease: Primary Prevention, Diagnosis and Therapy Guidelines for General Practice. 2nd ed. Munich: MMV Medizin Verlag; 1993:19 67. Permission pending.

Event Rate, % Lipid Triad Increases Coronary Risk vs Elevated LDL-C Only Scandinavian Simvastatin Survival Study (4S) Placebo Arm Subgroup Analysis 40 35 30 25 20 15 10 5 0 20.9 35.9 8.5 12.2 n=284 n=237 n=284 n=237 Major Coronary Events Elevated LDL-C only Elevated LDL-C + lowest HDL-C quartile/highest triglyceride quartile (lipid triad) Coronary Mortality LDL-C=low-density lipoprotein cholesterol; HDL-C=high-density lipoprotein cholesterol Adapted from Ballantyne CM et al. Circulation. 2001;104:3046 3051.

Multiple Biological Actions of HDL-C as a Potential Basis for Antiatherosclerotic Activity Antioxidant Antithrombotic Antiplatelet Protein C activation HDL-C Antiinflammatory Profibrinolytic Enhanced RCT Antiatherothrombotic effect HDL-C=high-density lipoprotein cholesterol; RCT=reverse cholesterol transport Adapted from Shah PK et al. Circulation. 2001;104:2376 2383.

HDL como novo alvo terapêutico Como intervir?

Nonpharmacologic Therapies to Raise HDL-C Therapeutic Intervention Aerobic exercise Tobacco cessation Weight loss Alcohol consumption Dietary factors (n-3 PUFA, n-6 PUFA, MUFA) Increase in HDL-C Levels (%) 5 10 Pre- -HDL Mechanism of Action Reverse cholesterol transport LPL and atheroprotective subpopulations 5 10 LCAT and reverse cholesterol transport 0.009 mmol/l for each kilogram of weight lost CETP LCAT Reverse cholesterol transport LPL 5 15 ABCA1 apo A-1 and paraoxonase CETP 0 5 Improves LDL-C: HDL-C ratio and atheroprotective subpopulations HDL-C=high-density lipoprotein cholesterol; LPL=lipoprotein lipase; LCAT=lecithin-cholesterol acyltransferase; CETP=cholesteryl ester transfer protein; ABCA1=adenosine triphoshate-binding cassette transporter A1; apo A-1=apolipoprotein A-1; PUFA=polyunsaturated fatty acid; MUFA=monounsaturated fatty acid Reprinted with permission from Singh IM et al. JAMA. 2007;298:786 798. 48

% Change Base HDL-C (mg/dl) Torcetrapib: Pharmacodynamic Effect on HDL-C in Phase 1 Phase I Summary of Lipid and Lipoprotein Changes 100 91 70 80 Base HDL-C 73 60 60 40 20 % HDL-C % Apo A1 16 11 28 12 62 27 24 27 50 40 30 20 0-20 3 2 PBO 10 30 120 240 (bid) Daily Dose Changes are following 2 weeks of treatment; n=6 per active dose group; n=9 placebo (PBO) Created from Clark RW et al. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2004; 24:490 497. 60 10 0

Torcetrapib (Study A3071007) Consistent HDL-C Raising by Gender and Baseline HDL-C Mean % Change: 58% 55% 45% 42% HDL-C (mg/dl) 140 130 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 Week: 0 Male Torcetrapib 120 mg qd 8 0 8 0 8 0 8 Created from Bamberger MJ et al. Circulation 2005;112:II-179. Female Baseline HDL-C: Low High Low High

HDL 72% mortalidade 58% eventos CV 25%

Change From Baseline, % ER Niacin for Treatment of Dyslipidemia 40 30 20 n=35 17 12 weeks (N=96) n=31 23 96 weeks (N=225) 28 TG LDL-C HDL-C 10 0-10 -20-30 -40-6 -15-21 -20-28 -28 1000 mg/d 2000 mg/d 3000 mg/d All, significant change from baseline, P<0.001 ER=extended release; TG=triglycerides; LDL-C=low-density lipoprotein cholesterol; HDL-C=high-density lipoprotein cholesterol Morgan JM et al. Am J Cardiol. 1998;82(12A):29U 34U; Capuzzi DM et al. Am J Cardiol. 1998;82(12A):74U 81U. 52

Users, % Most Patients on ER Niacin Therapy Do Not Reach a 2-g Dose 100 80 60 40 20 > 1500 mg 1001 1500 mg 751 1000 mg 501 750 mg 500 mg 0 4 weeks 8 weeks 12 weeks 24 weeks 1 year N = 14,386 n = 6349 n = 5277 n = 5402 n = 2104 Retrospective cohort study using administrative claims data from 2000 to 2003 Ingenix Lab/Rx Database. Kamal-Bahl S, Burke T, Watson D et al. Dosage and titration patterns of extended release niacin in clinical practice. Abstract presented at the 7th American Heart Association Scientific Forum on Quality of Care and Outcomes Research in Cardiovascular Disease and Stroke; May 2006; Washington, DC, USA. 53

% Change From Baseline Proof of Concept in Humans: Laropiprant Reduces Niacin-Induced Vasodilation As seen with laser Doppler perfusion imaging 400 Placebo with IR niacin 500 mg (n = 11) Laropiprant 100 mg with IR niacin 500 mg (n = 11) Laropiprant 100 mg 60 minutes prior to IR niacin 500 mg (n = 12) 300 200 100 0 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 Time, minutes post-niacin dose Laropripant recupera ácido nicotínico Adapted from Cheng K et al. Proc Natl Acad Sci U S A. 2006;103:6682 6687. 54

Eficácia relativas das estatinas sobre c-hdl

Para uma estratégia global de prevenção c-ldl c-hdl inflamação Estatinas terapêutica de largo espectro no domínio da prevenção Quanto mais baixo melhor Quanto mais alto melhor?? Normalização é o objectivo