Aulas práticas: Óptica relativista. Problema 1 Considere as equações de Maxwell. grupo da magnetodinâmica. grupo da electrodinâmica

Documentos relacionados
Aulas práticas: Transformação de Lorentz

Instituto de Fıśica UFRJ Mestrado em Ensino profissional

Física Geral I. 1º semestre /05. Nas primeiras seis perguntas de escolha múltipla indique apenas uma das opções

Teste de Fotónica Resolução 27 de Abril de Duração: 1 hora 30 minutos Teste de 27 de Abril de 2017 Ano Lectivo: 2016 / 2017

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Teórica

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA

INSTITUTO POLITÉCNICO DE BRAGANÇA ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA E DE GESTÃO FÍSICA III. Exercícios teórico-práticos FILIPE SANTOS MOREIRA

Fotónica. Nesta primeira parte do trabalho pretende-se obter uma representação gráfica da curva lemniscata de Bernoulli.

Física e Tecnologia dos Plasmas Movimento de par.culas individuais

Aula 2: Relatividade Restrita

Série IV - Momento Angular (Resoluções Sucintas)

Mecânica e Ondas 1º Ano -2º Semestre 2º Exame 26/06/ :30h. Mestrado Integrado em Engenharia Aeroespacial

Problemas de Mecânica e Ondas 10

Física 1. Rotação e Corpo Rígido Resumo P3

Física IV Relatividade. Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A

Relatividade Especial & Geral

Adição Simples x = x vt y = y z = z t = t

DEEC Área Científica de Telecomunicações Instituto Superior Técnico. Propagação & Antenas Prof. Carlos R. Paiva SOBRE O CONCEITO DE SIMULTANEIDADE

Aula de Problemas 1. Problema 1. Demonstre o teorema de Pitágoras (geometria euclidiana):

1º Exame de Mecânica e Ondas

Lista 1 - FIS Relatividade Geral Relatividade especial

Exercícios de Relatividade Restrita

Aula do cap. 16 MHS e Oscilações

Conceitos Fundamentais Aula 2

Teoria da Relatividade Restrita (1905) Parte III. Física Geral IV - FIS503

Aula 18. Teoria da Relatividade Restrita (1905) Física Geral IV - FIS503. Parte I

Física. Física Moderna

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Teórica

MOVIMENTO OSCILATÓRIO

Lista 3 - FIS Relatividade Geral Curvatura, campos de Killing, fluidos, eletromagnetismo.

NOTAS DE AULAS DE FÍSICA MODERNA CAPÍTULO 1. Prof. Carlos R. A. Lima INTRODUÇÃO AO CURSO E TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL

Física IV P1-1 de setembro de 2016

8ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT e LMAC

4 a Série de problemas de Mecânica Geométrica

1. Movimento Harmônico Simples

Física IV Relatividade. Prof. Helena Malbouisson Sala 3018A

Resumo para Mecânica e Ondas (Hugo Serôdio, 2010) Não é permitido o uso destas folhas no exame.

Mecânica Geral 2016/17

Linhas. Integrais de Linha

Vectores e Geometria Analítica

O Electromagnetismo e a Teoria da Relatividade

11ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC

TÓPICOS DE RELATIVIDADE E COSMOLOGIA

Universidade Federal Rural do Semi Árido UFERSA Pro Reitoria de Graduação PROGRAD Disciplina: Física II Professora: Subênia Medeiros

Ondas. Jaime Villate, FEUP, Outubro de 2005

Relatividade Restrita. Adaptação do curso de Sandro Fonseca de Souza para o curso de Física Geral

Olimpíadas de Física Selecção para as provas internacionais. Prova Teórica

Mecânica 1. Guia de Estudos P2

FEP Física para Engenharia II

Física II Ondas, Fluidos e Termodinâmica USP Prof. Antônio Roque Aula

Prova Teórica 1 de Outubro de 2002

10ª Série de Problemas Mecânica e Ondas (Relatividade) MEBM, MEFT, LEGM, LMAC

Equação de Schrödinger

Uma onda se caracteriza como sendo qualquer perturbação que se propaga no espaço.

Cinemática relativística et al. Carlos Alexandre Wuensche Processos Radiativos I

Mecânica e Ondas. Docentes da disciplina: João Seixas e Mario J. Pinheiro MeMEC Departmento de Física e Instituto de Plasma e Fusão Nuclear,

CONCEITOS DE RELATIVIDADE RESTRITA

Capítulo 9 - Rotação de Corpos Rígidos

ESPAÇO PARA RESPOSTA COM DESENVOLVIMENTO

Diagramas de Minkowski: dilatação do tempo e contracção do espaço

Aula 5: Gravitação e geometria

Cada questão objetiva vale 0,7 ponto

MESTRADO INTEGRADO EM ENG. INFORMÁTICA E COMPUTAÇÃO 2011/2012. EIC0010 FÍSICA I 1o ANO 2 o SEMESTRE

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA PS 3 de dezembro de 2015

Num primeiro programa MATLAB, intitulado PA_1, ilustre a demonstração gráfica do teorema de Pitágoras.

Mecânica Quântica:

Física I 2010/2011. Aula 13 Rotação I

Conceitos pré-relativísticos. Transformações de Galileu. Princípio da Relatividade de Galileu. Problema com a dinâmica newtoniana

Notas de aula - Espaço Tempo

1) Verdadeiro ou falso:

Física para Engenharia II - Prova de Recuperação

Mecânica Geral 2012/13

FEP Física Geral e Experimental para Engenharia I

3. Mecânica de Newton

Propagação e Antenas Teste 14 de Novembro de Duração: 1 hora 30 minutos 14 de Novembro de 2016

Movimento circular e movimento relativo

Física IV Escola Politécnica PS 14 de dezembro de 2017

Cinemática do ponto material (PM)

ESTUDO DA LUZ POLARIZADA

Theory Portuguese (Portugal) Antes de iniciar este problema, leia cuidadosamente as Instruções Gerais que pode encontrar noutro envelope.

Escolas Secundárias de S. João da Talha Casquilhos e Miguel Torga

Licenciatura em Engenharia Civil MECÂNICA II

Física 4. Guia de Estudos P2

O Electromagnetismo e a Teoria da Relatividade Restrita

EO-Sumário 16. Raquel Crespo Departamento Física, IST-Tagus Park

Física para Engenharia II - Prova P a (cm/s 2 ) -10

Quinta Lista - Campos Magnéticos

9 Integrais e Primitivas.

3. Considere as duas diferentes situações em que uma mala está suspensa por dois dinamómetros como representado na Fig.1.

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino*

FEP Física para Engenharia II

Questionário de Física IV

Física IV Escola Politécnica GABARITO DA SUB 06 de dezembro de 2018

Física IV-A: Segunda Chamada (12/07/2018)

RELATIVIDADE ESPECIAL

Figura 3.2: Quadro artisticamente suspenso

x Fica claro que este trecho de corda de massa m, comprimento l, permanece em repouso.

Lista 8 : Cinemática das Rotações NOME:

3ª Ficha Global de Física 12º ano

Transcrição:

Aulas práticas: Óptica relativista Problema Considere as equações de Mawell grupo da magnetodinâmica B E= t B = grupo da electrodinâmica E B=µ j+ε t ρt E = ε (a) Mostre que a escrita do segundo grupo de equações (ie, o grupo da electrodinâmica) é equivalente a D H = J+ t D =ρ desde que se introduzam os campos induzidos D=ε E+ P H = B M µ em que ρ =ρ+ρ t p = + + j J j j m p e onde se fez ρ = P, j = M e m jp = P t p (b) Mostre que, numa transformação de Galileu, em que r = r vt t = t

a invariância da força de Lorentz em relação aos referenciais de inércia só poderá verificar-se desde que B= B E = E + v B (c) Usando o resultado da alínea anterior, mostre que as equações de Mawell não são covariantes numa transformação de Galileu Problema Mostre que o operador de d Alembert (ou d alembertiano) = c t não é invariante numa transformação de Galileu Mostre, então, que se se admitir que ( ) = A Bt y = y z = z t = C t D ( ) o d alembertiano já é invariante, desde que se tenha B = v, A C v c = =γ = e D = v c (ie, numa transformação de Lorentz) Problema 3 Mostre que as equações de Mawell são covariantes numa transformação de Lorentz ( ) =γ vt y = y z = z v t =γ t c e determine a transformação entre as componentes do campo electromagnético

Problema 4 Um aluno está a resolver um eame cuja duração, medida pelo relógio do professor, deve ser de uma hora O professor, que se move com a velocidade v= 8c em relação ao aluno, emite um sinal quando o relógio indica que decorreu uma hora desde o início do eame O aluno pára de escrever quando é alcançado pelo sinal Quanto tempo teve para fazer o eame? Problema 5 Uma régua de comprimento L é mantida inclinada com um ângulo θ em relação à direcção do movimento num referencial móvel Determine o seu comprimento L e a sua inclinação θ, medidos no referencial do laboratório, para uma velocidade relativa v L = m, θ = 45 e β = 8 = β c Concretize para 3

Aulas práticas: Óptica relativista Problema 6 Considere um referencial S que se desloca, em relação ao referencial S, com velocidade v Mostre que, para qualquer instante t do referencial S, eiste um único plano no qual os relógios de S estão em sincronismo com os relógios de S Determine o plano em questão e a sua velocidade u em relação ao referencial S Qual é a relação desse plano com o chamado referencial intermédio S em relação ao qual tanto S como S se deslocam com a mesma velocidade embora em sentidos diametralmente opostos? Problema 7 No referencial S do laboratório dois referenciais de inércia S e S deslocam-se com velocidades ordinárias (ie, tridimensionais) v e v respectivamente Mostre que a velocidade relativa dos dois referenciais S e S é v= v v ˆ tal que v = c v v c ( v v ) ( v v )

Problema 8 Um espelho plano move-se na direcção da sua normal com velocidade uniforme v =β c em relação a um referencial S Um raio de luz com uma frequência ω incide no espelho com um ângulo θ e é reflectido com um ângulo φ tendo então uma frequência ω Mostre que e que se tem ainda ( θ ) ( φ ) tan + β = tan β ω sin θ +βcosθ cosθ+β = = = ω sin φ βcosφ cosφ β Problema 9 Seja v= v v, ˆ em que ˆv é o versor do vector v, a velocidade relativa do referencial de inércia S em relação ao referencial de inércia S Mostre que a transformação de Lorentz de quadrivectores posição = ( ct, ) = ( c t, ) R r R r, em que R = R = s e onde s é uma constante (positiva, negativa ou nula), pode ser escrita na seguinte forma diádica em que, como é habitual, r = I+ ( γ ) vv ˆˆ r γ vt, t =γ t v r c γ= v c e onde I representa a diádica identidade Problema Pretende-se, neste problema, discutir o chamado paradoo dos gémeos também conhecido na literatura como paradoo dos relógios Na verdade, não se trata de um verdadeiro paradoo: durante algumas décadas continuaram a aparecer na literatura interpretações erradas deste efeito com base em aplicações incorrectas do princípio da relatividade Justifica-se, portanto, um tratamento deste efeito Consideremos dois observadores A e B O observador A parte do local onde se encontrava junto a B e alcança, num tempo (de aceleração) desprezável, uma velocidade v = β c constante Após decorrido algum tempo, o viajante A inverte subitamente o sentido do seu movimento e volta a encontrar-se com o observador B aproimando-se deste novamente com

a mesma velocidade v =β c Suponhamos que cada um dos observadores envia ao outro sinais electromagnéticos uniformemente espaçados no respectivo tempo próprio Seja f a frequência de emissão, ie, o número de sinais que cada um envia na unidade de tempo próprio C ct ct B ct D ct ( ) c T = c T + L A L= vt No referencial S onde se encontra o observador B, a linha de universo de B ADC O tempo total corresponde a ( ABC ) enquanto que a linha de universo de A é ( ) que dura a viagem, tal como medido por B, é T = L v Usando o efeito Doppler (relativista) mostre que, do ponto de vista do viajante A, o tempo que dura a viagem é T = L γ v< T Verifique, ainda, que ao contrário do que uma interpretação errada da reciprocidade poderia sugerir ambos os observadores estão de acordo em relação a esta diferença 3

Aulas práticas: Óptica relativista Problema Pretende-se mostrar neste problema que, em geral, a transformação de Lorentz não é comutativa ie, o grupo de Lorentz não é abeliano Com efeito, seja Λ ( v ) a transformação de Lorentz associada à mudança de referenciais S v S em que = v ˆ v e ( ) Λ v a transformação de Lorentz associada à mudança de referenciais Mostre que Λ( ) Λ( ) Λ( ) Λ( ) v v v v S v S em que v ˆ = v y Problema Considere um disco em rotação, relativamente ao seu eio, com uma velocidade angular ω constante Mostre que, para um referencial solidário com o disco e colocado a uma distância r do centro, o comprimento de uma circunferência não é l = π r (como na geometria euclidiana) mas antes dado por l tal que l l = π r l = > l ωr c Com efeito, o espaço físico solidário com o disco não tem uma geometria euclidiana mas sim um geometria riemanniana

Problema 3 Considere uma partícula movendo-se com velocidade u= u ˆ + u yˆ + u z ˆ num referencial S y z (a) Determine a velocidade u= u ˆ + u yˆ + u z ˆ da partícula em relação ao referencial S que y z se move com uma velocidade v= v ˆ em relação ao referencial S (b) Seja u = u + u + u e y z u = u + u + u Mostre que y z γ γ ( u ) ( u) uv = γ ( v) c, γ γ ( u) ( u) uv = γ ( v) + c, u u = c Problema 4 R o quadrivector posição de uma partícula no referncial S do laboratório Seja = ( ct, r) (a) Mostre que, no seu referencial próprio, a quadrivelocidade U = dr dτ é dada por U = ( c, ) de modo que U = c Mostre, ainda, que a quadriaceleração A = du dτ A =, a em que a= du dt e u= dr dt de modo que A = a : = α onde é dada por ( ) α é a chamada aceleração própria da partícula (b) Mostre que a aceleração própria α obedece às seguintes epressões em que u : = du dt γ c c 6 4 6 α = uu + γ a = γ a ( u a) (c) No caso do movimento circular uniforme em que ( t) = ρ cos( ωt) ˆ + sin ( ωt) mostre que a aceleração própria é dada por α = γ u ρ r y ˆ, (d) Para um referencial S o movimento de uma partícula é caracterizado pelas equações = wt, y = gt, z = em que w e g são constantes Determine a aceleração própria α e o tempo próprio τ da partícula em função do tempo t Admita que t e τ se anulam simultaneamente

Problema 5 Considere uma partícula que, num referencial S, tem uma aceleração du du du y duz a= = a ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ ˆ + ayy + azz = + y + z dt dt dt dt (a) Determine a aceleração a = du dt no referencial S que se move em relação a S com uma velocidade v ao longo de (b) Para uma partícula que tem uma aceleração própria α = du dt constante, com u = u, mostre que a equação do movimento unidimensional (ie, segundo ) é dada pela hipérbole ( + X) ( ct ct ) = X X em que X = c α Admita que = e u = para t = t Note que, no referencial próprio instantâneo S, se tem u = pelo que u = v Problema 6 Vamos considerar mais uma vez, embora sob uma perspectiva diferente, o caso particular analisado no problema precedente e que é conhecido por movimento hiperbólico Trata-se de um movimento que se realiza apenas segundo uma dimensão espacial A aceleração própria é constante e o movimento descreve no plano (, ct ) uma hipérbole daí o nome de movimento hiperbólico Considere uma partícula que se move ao longo do eio no referencial S Admita que o referencial S, com a configuração habitual, se move em relação a S com velocidade v segundo o eio Seja u a velocidade da partícula no referencial S e u a sua velocidade em relação a S Assim, a aceleração da partícula é du dt em S e du dt em S (a) Mostre que d ( u) d ( u ) dt ζ = ζ dt dt dt em que ζ ( u) = tanh ( u c) e ( u ) tanh ( u c) ζ = (b) Prove que a transformação de acelerações obedece à equação 3

γ du dt ( u) = γ ( u ) 3 3 du dt (c) Seja α a aceleração própria da partícula, ie, tal que u = e du dt =α Admitindo que u = para t =, mostre que a equação do movimento é dada pela equação onde se fez = c α+ para c c t = α ( ) universo deste movimento para = (d) Fazendo = c α, ie, ao conhecido limite newtoniano quando se faz c 4 t = Represente graficamente no plano (, ) ct a linha de = para t =, mostre que a equação do movimento se reduz = α t (e) Considere o movimento hiperbólico descrito por ct = X com X = c α e admita que o tempo próprio t τ= se anula quando t também se anula Nestas condições mostre que e ainda que ( u) ζ = α τ c α τ c ατ u( τ ) = ctanh, ( τ ) = cosh c α c c α τ du 3 ατ t ( τ ) = sinh, =αsech α c dτ c 4

Aulas práticas: Óptica relativista Problema 7 Uma nave espacial parte da Terra no ano Um de dois gémeos nascidos em 8 permanece na Terra enquanto que o outro viaja a bordo da nave espacial De forma a que os viajantes se sintam como no planeta Terra, a nave movimenta-se sempre com uma aceleração própria g A viagem decorre do seguinte modo: na primeira fase acelera ao longo de uma linha recta durante anos (medidos no seu tempo próprio); numa segunda fase desacelera durante mais anos; numa terceira fase, depois de inverter a marcha, acelera durante anos; numa quarta e última fase desacelera durante anos até que, por fim, aterra O gémeo astronauta tem, portanto, 8 anos de idade aquando do seu regresso à Terra (a) Qual é a idade do gémeo que ficou na Terra? (b) Até que distância viajou a nave espacial? Problema 8 Num referencial S de inércia eiste um campo eléctrico E = E ˆ y uniforme e constante Uma partícula de massa (em repouso) m e carga eléctrica q é projectada neste campo na direcção com uma quantidade de movimento (ou momento) inicial p mv Mostre que o movimento da partícula é caracterizado por uma trajectória γmc qe y = cosh qe γmvc = γ em que ( v ) γ = γ

Problema 9 No efeito Compton um fotão de comprimento de onda λ colide com um electrão estacionário de massa m e é desviado de um ângulo θ (medido no sentido directo) tal como se indica na figura O electrão, por sua vez, inicia um movimento ao longo de uma direcção que faz um ângulo φ (medido no sentido retrógrado) com a direcção do fotão incidente λ λ θ m φ (a) Sendo λ o comprimento de onda do fotão desviado, mostre que sin θ λ λ= λc em que λ : = hmcé o chamado comprimento de onda de Compton C (b) Prove que a energia cinética do electrão desviado é dada por em que α= : ωmc e onde f ( cos ) ( ) α θ T = ( ω ) + α cos θ ω= π é a frequência do fotão incidente (c) Prove que a energia cinética do electrão desviado também poder ser determinada através de T αcos φ = ( ω) ( ) + α α cos φ (d) Mostre que os ângulos θ e φ estão relacionados através da epressão θ cot φ= ( +α) tan (e) Calcule o valor máimo da energia cinética do electrão

Problema Num referencial S uma partícula tem uma velocidade u= u ˆ + u yˆ + u z ˆ e está sujeita a y z uma força ordinária f = f ˆ + f yˆ + f z ˆ Ainda no referencial S a energia total da partícula é y z E a que corresponde uma potência Q = de dt Admita então que, no referencial S que se move em relação ao referencial S com uma velocidade v= v, ˆ a força ordinária é dada por f = f ˆ + f yˆ + f z ˆ e a potência por Q= de dt Nestas condições, mostre que y z f f f f f vq c y fz =,, y = z = uv c γ v uvc γ v uvc e ainda que Q vf Q = uv c ( )( ) ( )( ) Problema Considere uma força ordinária f que conserva a massa m (em repouso) de uma partícula Prove que se se essa força for inversamente proporcional ao quadrado da distância, ie, se se tiver 3 f = kr r em que k é a constante de proporcionalidade, então em que a é uma constante γmc = a r k Problema Uma partícula de energia própria (ou intrínseca) E é acelerada até que a sua energia total seja E=γE (a) Determine a velocidade da partícula de forma que a sua energia cinética seja igual à sua energia intrínseca (b) Determine a velocidade v da partícula (c) Compare a variação relativa da velocidade v com a variação relativa da energia E (d) Mostre que, fazendo = T E e y = p mc, se tem y = + 3