COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME

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Transcrição:

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1

Fonte: Elaboração Própria, com base em dados de WTO (2014) International Trade Statistics, disponível em www.wto.org 2

Fonte: Elaboração Própria, com base em dados de WTO (2014) International Trade Statistics, disponível em www.wto.org 3

Fonte: WTO (2014) International Trade Statistics, p. 27, disponível em www.wto.org 4

5

Exportações Mundiais de Serviços (1980-2013) Fonte: Elaboração Própria, com base em dados statistics data base WTO (http://stat.wto.org/statisticalprogram/wsdbviewdata.aspx?language=e) 6

Cadeias Globais de Valor http://www.supplychain247.com/images/article/supply_chain_silent_threat_visibility_image.jpg 7

Globalização 1980 2007 Comércio Bens e Serviços / PIB 42,1% 62,1% 1980 2006 IED / PIB 6,5% 31,8% 1965 2001 Trabalhadores estrangeiros (Milhões) 78 191 Trabalhadores estrangeiros (% Pop Mundial) 2,40% 3,00% FMI (2008) Globalization a Brief Overview, p.2 8

Organização Mundial do Comércio WTO (2014) International Trade Statistics, p. 6 9

Acordos Regionais https://www.wto.org/english/tratop_e/region_e/regfac_e.htm 10

Questões 1. Qual a relevância do comércio internacional para os países? 2. Por que os países trocam? 3. Qual o padrão de comércio (quem compra e quem vende)? 4. Quais os impactos do comércio? 5. Qual deve ser o papel dos governos em relação ao comércio internacional? - Quais os instrumentos de política comercial? - Quais os impactos da utilização desses instrumentos? 6. Qual o papel da regulamentação internacional sobre o comércio? 11

Programa INTRODUÇÃO UNIDADE I: TEORIAS DO COMÉRCIO 1.1. Ricardo e as Vantagens Comparativas (O Modelo Ricardiano) 1.2. Dotação de Fatores e Comércio Internacional: O Modelo Hecksher Ohlin 1.3. Termos de Troca e Comércio Internacional: O Modelo Geral de Comércio 1.4. Novas Teorias do Comércio 1.4.1. Economias de Escala, Diferenciação de produto e comércio internacional 1.5. Cadeias Globais de Valor e as Teorias de Comércio 1.6. Indicadores de Competitividade UNIDADE II: MOVIMENTO INTERNACIONAL DE FATORES 2.1. Migração de mão-de-obra 2.2. Capitais de empréstimo 2.3. Empresa Transnacional e IED UNIDADE III: POLÍTICA COMERCIAL 3.1. Os Instrumentos de Política Comercial 3.2. A Economia Política da Política Comercial 3.3. Regulamentação Internacional Os Acordos da OMC 3.4. Arranjos Preferenciais de Comércio e Política Comercial 3.5. O Protecionismo e a Política Comercial nos Países em Desenvolvimento 3.6. Controvérsias em Política Comercial 12

Bibliografia Bibliografia Obrigatória: Krugman, P. & Obstfeld, M. Economia Internacional Teoria e Política, São Paulo: Ed. Pearson (6ª Edição), 2005 Caps. 1 a 11 Haguenauer, L. (1989). Competitividade: Conceitos e Medidas Uma Resenha da Bibliografia Recente com Ênfase no Caso Brasileiro. Texto para Discussão nº 211, IEI/UFRJ Baumann, R., Canuto, O. e Gonçalves, R. Economia Internacional Teoria e Experiência Brasileira, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004 WTO Entender la OMC (www.wto.org) Bibliografia Complementar: Krugman, P. Internacionalismo Pop. Caps. 1 e 8 (Ed. Campus) Ricardo, D. Princípios de Economia Política e Tributação, Cap. 7 Keynes, J.M. As Consequências Econômicas da Paz (Cap. V: As reparações). Ed. Universidade de Brasília 13

INTRODUÇÃO 1. Visão Mercantilista (séculos XVI a XVIII) = > Comércio como fonte de riqueza: Balança Comercial Favorável - Atividade econômica como jogo de soma zero - Política comercial ativa estímulo às exportações e restrição às importações http://jacksonbbrown.com/ss/2013/05/13/8-5-impacts-of-exploration/ 14

INTRODUÇÃO 2. Crítica de Hume (1752) Mecanismo Preço - Fluxo Espécie Superavit Balança Comercial Entrada Moeda Aumento Preços Internos - X e + M Perda de Competitividade Equilíbrio BComl 15

INTRODUÇÃO 3. Adam Smith e a Teoria das Vantagens Absolutas Riqueza não consiste em dinheiro, ou ouro e prata, mas naquilo que o dinheiro pode comprar (Smith, A. Riqueza das Nações, 1976, p. 459) Comércio internacional somente se justifica quando for mais barato adquirir um bem produzido em outra economia. Alimentos Tecidos País A 20 hs trabalho/ unidade 10 hs de trabalho / m País B 10 hs trabalho / unidade 20 hs de trabalho / m Especialização Completa gera Ganhos com o Comércio 16

INTRODUÇÃO 3. David Ricardo e a Teoria das Vantagens Relativas 1815 Sobre a influência do baixo preço do trigo sobre os lucros do capital Defesa da liberalização do comércio Percepção do impacto da liberalização sobre distribuição de renda 1817 - Princípios de Economia Política e Tributação Existência de economias mais eficientes na produção de todos os bens. Ainda assim, comércio internacional (com ganhos para as economias maior nível de consumo) é possível Custos de Produção (unidades de trabalho) Vinho Tecidos V / T Portugal 80 90 80/90 = 0,89 Inglaterra 120 100 120/100 = 1,20 17