Mercantilismo. Prof. Nilton Ururahy
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1 Mercantilismo Prof. Nilton Ururahy
2 Definição: Prática econômica adotada pelos Estados Absolutistas Europeus que marcou a transição entre feudalismo e capitalismo nos séculos XVI a XVIII. Características gerais: a. Metalismo. b. Balança comercial favorável. c. Protecionismo. d. Pacto Colonial. e. Intervencionismo estatal.
3 I. Metalismo: Parte do princípio que o enriquecimento de um país dependia da quantidade de metais preciosos que ele possuísse. II. Balança comercial favorável: Garantir que os ganhos com exportações fossem maiores do que os gastos com importações.
4 I. Metalismo: Parte do princípio que o enriquecimento de um país dependia da quantidade de metais preciosos que ele possuísse. II. Balança comercial favorável: Garantir que os ganhos com exportações fossem maiores do que os gastos com importações.
5 III. Protecionismo: Cobrar altos impostos sobre os produtos estrangeiros de modo encarecê-los para incentivar o consumo de produtos nacionais. IV. Pacto Colonial: As metrópoles proibiam suas colônias de comercializar livremente. Assim, as colônias poderiam vender matérias-primas apenas para suas metrópoles e não poderiam produzir manufaturas, tendo que comprálas exclusivamente das suas metrópoles. Quadro de Claude Lorrain, que representa um porto de mar francês de 1638.
6 V. Intervencionismo estatal: A economia dos países mercantilistas e das colônias era controlada pelo Estado. Os governos absolutistas tomavam decisões sobre exportação e importações, impostos cobrados sobre os produtos importados, produção de manufaturados e exploração colonial.
7 A definição mais aceita de mercantilismo informa que esse termo compreende um conjunto de ideias e práticas econômicas dos Estados da Europa ocidental entre os séculos XV, XVI e XVIII voltados para o comércio, principalmente, e baseados no controle da economia pelo Estado. [...] As teorias e práticas mercantilistas estão inseridas no contexto da transição do Feudalismo para o Capitalismo, possuindo ainda características marcantes das estruturas econômicas feudais e já diversos fatores que serão mais tarde identificados como características capitalistas, não sendo nenhum dos dois sistemas, no entanto. O termo mercantilismo define os aspectos econômicos desse processo de transição. [...] Muitas vezes, a definição de mercantilismo vem acompanhada de um esboço das principais práticas do período, como o metalismo, a balança comercial favorável e protecionismo. Mas devemos ter cuidado com o anacronismo ao abordar essas práticas. O metalismo, por exemplo, é definido frequentemente como uma concepção que atrelava a riqueza de um Estado à quantidade de metais preciosos por ele acumulado. Mas o metalismo, que como prática econômica predominou na França e Espanha do século XVI, dificilmente queria dizer que riqueza era igual à moeda acumulada. As concepções metalistas [...] interpretavam a moeda como um meio para obter riqueza em terras e em títulos, não a riqueza financeira em si. Para a mentalidade capitalista, moeda e riqueza são sinônimos, mas não para a mentalidade barroca do Antigo Regime [...]. (SILVA, K. V.; SILVA, M. H. Dicionário de Conceitos Históricos. São Paulo: Contexto, 2006, p ).
8 Princípios do Mercantilismo 1- Que cada pedaço de terra de um país deva ser utilizado para agricultura, mineração ou indústria; 2- Que toda matéria prima encontrada em um país seja usada na manufatura doméstica, porque bens acabados têm valor maior do que matérias primas; 3- Que uma grande população trabalhadora seja encorajada; 4- Que toda exportação de ouro e prata seja proibida e todo dinheiro doméstico seja mantido em circulação; 5- Que toda importação de bens estrangeiros seja desencorajada tanto quanto possível; 6- Onde houver certas importações indispensáveis, que sejam obtidas em primeira mão, em troca de outros bens domésticos em vez de em troca de ouro e prata; 7- Que tanto quanto possível as importações sejam restringidas a matérias primas que possam ser finalizadas domesticamente; 8- Que as oportunidades de vender o excedente de manufaturas de um país sejam constantemente procuradas; 9- Que nenhuma importação seja permitida se tais bens forem produzidos internamente de forma suficiente e adequada. (Phillip Wilhelm von Hornick )
9 Antigo Regime Europeu Características: - Política: Monarquia Absolutista. - Economia: Mercantilista. - Sociedade: de ordens ou privilégios. - Soberania: formação do Exército Permanente e Nacional. - Definição territorial: unificação administrativa (burocracia). - Símbolos nacionais: moeda, idioma e tributação nacional. Expressão surgida ao findar o século XVIII para indicar um conjunto de instituições características do absolutismo francês. O emprego da expressão, feito no início da Revolução Francesa, procurava demonstrar repúdio dos revolucionários a um tipo de governo que era imperioso extinguir. As instituições básicas do Antigo Regime eram a monarquia absolutista, as ordens e os estados, a corte. Não obstante, o que caracteriza essencialmente o Antigo Regime é o modo pelo qual determinado grupo de pessoas vivia e que pode ser resumido numa palavra: o privilégio. Essa palavra, na época, não possuía o sentido atual, isto é, a aquisição de vantagens obtidas sem esforço ou sem apoio legal. Este significado pejorativo foi obra do Iluminismo. No Antigo Regime, o privilégio era entendido como um direito usufruído legitimamente, comportando territórios privilegiados (aldeias, província, cidades) dotados de direitos especiais que atingiam, inclusive, os seus habitantes. Os privilegiados por excelência eram uma centena de famílias que formavam a sociedade parisiense, as quais, por séculos, os franceses chamavam de os grandes. Os privilégios desse pequeno grupo eram vastíssimos, concedidos ou comprados, possibilitando aos seus componentes ocuparem os principais lugares e cargos públicos que traziam poder, prestígio e fortuna. [...] (AZEVEDO, A. C. do A. Dicionário de nomes, termos e conceitos históricos, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997, p ).
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