G A B A R I T O. Concurso: RESIDÊNCIA DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA Ano: 2016

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Transcrição:

G A B A R I T O Concurso: RESIDÊNCIA DE ENFERMAGEM OBSTÉTRICA Ano: 2016 Conteúdo: QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO 1 (valor total: 15,0 pontos): Nessa questão o candidato deverá estar apto à responder de forma clara, objetiva e concisa as condutas preconizadas para a administração da vacina inativada contra poliomielite (VIP) em um bebê com atraso de um mês em relação ao calendário vacinal recomendado e que possui como doença de base uma discrasia sanguínea. a) Via de administração da VIP (3,0 pontos): Conquanto a via de administração preferencial da VIP seja a intramuscular, entretanto, como o bebê do caso possui discrasia sanguínea a via subcutânea deve ser usada preferencialmente em lugar da intramuscular. b) Temperatura recomendada para conservação e o prazo de validade da VIP após aberta (3,0 pontos): A vacina deverá ser conservada sob refrigeração, entre +2 C e +8 C e não deve ser congelada. Após aberta a vacina pode ser utilizada em até 6 horas, desde que armazenada na temperatura mencionada. c) Recomendações para uso simultâneo (3,0 pontos): A VIP pode ser administrada simultaneamente com qualquer outra vacina recomendada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), sendo contudo observado o cuidado de serem utilizadas diferentes agulhas e sítios de administração em caso de administração concomitante. d) Eventos adversos pós-vacinação (EAPV) mais descritos (3,0 pontos): Enquanto uma vacina injetável e quando administrada isoladamente, reações

no local de aplicação podem ocorrer e são os EAPV mais descritos, dos quais o candidato poderá escolhe dois: - Eritema: pode ocorrer em 0,5% a 1,5% dos menores vacinados; - Enduração: ocorre em 3% a 11% dos vacinados, e; - Hiperestesia ou sensibilidade local aumentada ao toque manual: de 14% a 29% dos vacinados. e) Eventos adversos pós-vacinação (EAPV) graves e de notificação obrigatória (3,0 pontos): Todos os profissionais da saúde que tiverem conhecimento da suspeita de EAPV, incluindo erros programáticos ou operacionais (problemas na cadeia de frio, erros de preparação da dose ou erros na via de administração), deverão notificar os mesmos às autoridades de saúde. Atenção especial deve ser dada à notificação dos seguintes eventos adversos graves, os quais deverão todos ser investigados e que o candidato poderá escolher dois: - Anafilaxia; - Convulsões em geral; - Óbitos súbitos inesperados; - Outros EAPV graves ou inusitados, e; - Erros programáticos ou operacionais. Referência: BRASIL. Informe técnico da introdução da vacina inativada poliomielite. Brasília: Ministério da Saúde. 2012, p. 8-11. Disponível em: http://www.sgc.goias.gov.br/upload/arquivos/2012-08/informetecnicointroducao-da-vacina-inativada-poliomielite-vip-2012.pdf. Serão atribuídos os seguintes valores atribuídos para cada item: a) Até 3,0 pontos. b) Até 3,0 pontos. c) Até 3,0 pontos. d) Até 3,0 pontos. e) Até 3,0 pontos.

QUESTÃO 2 (valor total: 15,0 pontos): Nessa questão o candidato deverá estar apto à responder de forma clara, objetiva e concisa as condutas relativas à profilaxia da transmissão vertical do HIV em recém nascidos de gestantes/parturientes infectadas por esse vírus com base no Ministério da Saúde (2010, p. 121-128) em seu manual intitulado Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes: guia de bolso. a) Dentre os principais cuidados com o manejo do parto vaginal de parturientes infectadas pelo HIV descritas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2010, p. 113), o candidato deverá citar cinco dentre os seguintes (1,0 ponto para cada item correspondente, totalizando no máximo 5,0 pontos): - Havendo condições favoráveis para o parto vaginal e estando este indicado, iniciar o AZT intravenoso logo que a parturiente chegar ao serviço, conforme o protocolo estabelecido, e manter a infusão até a ligadura do cordão umbilical. - Diante da integridade da bolsa amniótica, a progressão normal do trabalho de parto é preferível à sua indução, pelo risco de ruptura artificial das membranas e aumento de risco de transmissão vertical do HIV. - Monitorar o trabalho de parto cuidadosamente, evitando toques desnecessários e repetidos (usar o partograma). - Evitar que as parturientes permaneçam com bolsa rota por tempo prolongado, visto que a taxa de transmissão vertical aumenta progressivamente após 4 horas de bolsa rota. O uso de fármacos que aumentam a atividade uterina não está contraindicado, mas deve ser utilizado segundo os padrões de segurança já conhecidos. - A amniotomia artificial deve ser evitada, a menos que extremamente necessária. - Evitar, sempre que possível, a episiotomia. Quando necessária, o campo cirúrgico deve ser protegido por compressas embebidas em substâncias degermantes. - Assim como na gestação, estão contraindicados todos os procedimentos invasivos durante o trabalho de parto (amniocentese, amnioscopia, amniotomia, escalpo cefálico). O parto instrumentalizado deve ser evitado, mas quando indicado, o fórceps deve ser preferido ao vácuo-extrator. A aplicação do fórceps (ou vácuo-extrator) só será admitida se houver uma indicação

obstétrica precisa e que supere os riscos maiores de contaminação da criança pelo procedimento. - A ligadura do cordão umbilical deve ser imediata à expulsão do feto, não devendo ser executada, sob nenhuma hipótese, a ordenha do cordão. - Utilizar antibiótico profilático materno, dose única de 2g intravenosa de cefalotina ou cefazolina, logo após a expulsão fetal. b) Dentre os principais cuidados gerais com o RN exposto ao HIV recomendados pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2010, p. 125-126), o candidato deverá citar cinco dentre os seguintes (1,0 ponto para cada item correspondente, totalizando no máximo 5,0 pontos): - Limpar, com compressas macias, todo sangue e secreções visíveis na superfície corporal do RN, logo após o nascimento, e encaminhá-lo imediatamente para banho em água corrente. Está contraindicado o primeiro banho em banheiras pediátricas. - Quando for necessária a realização de aspiração de vias aéreas do recémnascido, deve-se proceder delicadamente, evitando traumatismo em mucosas. - Iniciar a primeira dose do AZT solução oral, preferencialmente, ainda na sala de parto, logo após os cuidados imediatos, ou nas primeiras 2 horas após o nascimento. - Dada a possibilidade de ocorrência de anemia no recém-nascido em uso de AZT, recomenda-se a realização de hemograma completo, possibilitando avaliação prévia ao início da profilaxia e o monitoramento após 6 e 16 semanas. - É recomendado o alojamento conjunto em período integral, com intuito de aprimorar o vínculo mãe-filho. - Recomenda-se a não amamentação e substituição do leite materno por fórmula infantil após o aconselhamento. Em situações especiais, pode ser utilizado leite humano pasteurizado, proveniente de Banco de Leite credenciado pelo Ministério da Saúde, como é o caso de recém-nascidos prétermo ou de baixo peso. - Para informações sobre alternativas ao uso de fórmula infantil e a introdução de outros alimentos, deve-se consultar o Guia prático de preparo de alimentos para crianças menores de 12 meses que não podem ser amamentadas e o Manual normativo para profissionais de saúde de maternidades referência para mulheres que não podem amamentar, do Ministério da Saúde, disponíveis na página web www.aids.gov.br

- São terminantemente contraindicados o aleitamento cruzado (amamentação da criança por outra nutriz), o aleitamento misto e o uso de leite humano com pasteurização domiciliar. - A criança deve ter alta da maternidade com consulta agendada em serviço especializado para seguimento de crianças expostas ao HIV. A data da primeira consulta não deve ultrapassar 30 dias após o nascimento. Devem-se anotar no resumo de alta do recém-nascido as informações do pré-natal, as condições do parto, o tempo de uso do AZT injetável na mãe, tempo de início de AZT xarope para o RN com dose e periodicidade, além das mensurações antropométricas, o tipo de alimento fornecido à criança e outras informações importantes relativas às condições do nascimento. Essas informações deverão ser anotadas em papel timbrado da maternidade e encaminhadas ao serviço de assistência especializado (SAE), juntamente com o resumo de alta. - Deve-se preencher, na ficha de notificação da Gestante HIV+ e Criança Exposta, os dados inerentes ao nascimento da criança (ver capítulo Vigilância Epidemiológica do HIV em Gestantes e Crianças Expostas, à pág. 133), e enviá-la ao núcleo de vigilância epidemiológica da maternidade (quando houver) ou do município. - A partir de 4 a 6 semanas de vida até a definição do diagnóstico da infecção pelo HIV, a criança deve receber quimioprofilaxia para pneumonia pelo P. jiroveci, com sulfametoxazol (SMX) + trimetoprima (TMP), na dosagem de 25-40mg/kg/dia de SMX ou 5-10mg/kg/dia de TMP, divididos em duas doses diárias, três vezes por semana, ou em dias alternados. - Indica-se a consulta e o seguimento das Recomendações para terapia antirretroviral em crianças e adolescentes infectados pelo HIV - 2009, do Ministério da Saúde, quanto ao acompanhamento, diagnóstico de infecção pelo HIV e monitoração de efeitos adversos associados à exposição perinatal a drogas antirretrovirais e uso de alimentação por fórmula infantil. c) (Valor máximo 5,0 pontos) Na resposta quanto o esquema completo de quimioprofilaxia antirretroviral para RN s diante de um diagnóstico de infecção pelo HIV em parturientes, o candidato deverá incluir os seguintes itens (BRASIL, 2010, p. 127): c.1 Medicamento e apresentação (1,0 ponto): O antirretroviral recomendado nesses casos é a Zidovudina (AZT), na apresentação solução oral de 10mg/ml. c.2 Prazo para início do tratamento (1,0 ponto): O início dessa medicação deverá ser realizado preferencialmente até a 2ª hora após o parto.

c.3 Dose e aprazamento (2,0 pontos): A dose recomendada é de 2mg/kg, dividida em 4 tomadas diárias (de 6 em 6 horas). c.4 Duração do tratamento (1,0 ponto): Esse esquema deverá ser mantido por 6 semanas (42 dias). Referência: BRASIL. Recomendações para Profilaxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Antirretroviral em Gestantes: manual de bolso. Brasília: Ministério da Saúde. 2010, p. 113; 125-127. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/consenso_gestantes_2010_vf.pdf. Serão atribuídos os seguintes valores atribuídos para cada item: a) Até 5,0 pontos. b) Até 5,0 pontos. c) Até 5,0 pontos.