RELATÓRIO DE ATIVIDADES

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Transcrição:

RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2012

INDICE 1. Caracterização da unidade 1.1 Localização, características, enquadramento 1.2 Recursos disponíveis 1.2.1 Recursos físicos 1.2.2 Recursos materiais 1.2.3 Recursos humanos 1.3 População inscrita 1.3.1 Numero de utentes inscritos em 31.12.2012 1.3.2 Caracterização dos utentes por género e grupo etário 2. Atividade realizada em 2012 2.1 Consultas médicas 2.2 Atividade de enfermagem 2.3 Desempenho administrativo 2.4 Outras atividades 2.4.1 Formação 2.4.2 Participação em programas 2.4.3 Sitio eletrónico da USF Monte Pedral 2.4.4 Inquéritos de Satisfação 3. Analise dos indicadores 3.1 Resultados obtidos nos indicadores contratualizados em 2012 3.2 Identificação das principais condicionantes e estratégias de melhoria 4. Análise detalhada dos indicadores por programa de saúde e estratégias de melhoria 4.1 Saúde Infantil e juvenil 4.2 Saúde da mulher 4.3 Saúde do adulto 4.4 Vacinação 4.5 Domicílios 5. Resultados obtidos nos indicadores monitorizados pelo ACES 6. Conclusão 1

1. Caracterização da unidade 1.1 Localização, características, enquadramento A USF Monte Pedral pertence à ARSLVT, ACES Lisboa Central A USF Monte Pedral está localizada na Rua Adolfo Coelho, n.º 9, 1900-010 Lisboa telefone n.º 218115090, fax n.º 218115100, e-mail: usf.montepedral@cssaojoao.min-saude.pt. A área de influência da Unidade de Saúde Familiar Monte Pedral corresponde às freguesias de Santa Engrácia, Beato e São João A freguesia de São João tem uma área de 151 hectares e uma população residente de 15187 habitantes, distribuídos por 7233 famílias (INE, Censos 2011). A freguesia do Beato é uma das mais antigas da cidade de Lisboa (1770), compreende uma superfície de 143 hectares,, 12429 habitantes residentes e 5759 famílias (INE, Censos 2011). A freguesia de Santa Engrácia teve a sua origem no século XVI, tem uma área de 59 hectares, com uma população residente de 5249 habitantes, traduzindo 2680 famílias (INE, Censos 2011). 1.2 Recursos disponíveis 1.2.1 Recursos físicos A USF Monte Pedral ocupa 2 pisos (r/c e 1º andar) da Extensão Júlia Moreira. Dispõe de: 1º andar sala de espera 10 gabinetes médicos, sala de tratamentos dividida em 3 setores (pensos, injetáveis e aerossóis), atendimento administrativo sala de enfermagem 2

r/c atendimento administrativo sala de espera saúde infantil com sala de espera,1 gabinete medico e 1 de enfermagem saúde da mulher com 2 gabinetes médicos e 1 de enfermagem vacinação sala de movimento gabinete de enfermagem gabinete polivalente (psicólogas e assistente social) As instalações são amplas e cómodas quer para os técnicos quer para os utentes e o espaço envolvente é arborizado, calmo e limpo. 1.2.2 Recursos materiais São utilizados como suportes informáticos, o VITACARE, o RNU e o SINUS. Todos os postos de trabalho estão equipados com mobiliário apropriado, computador, impressora e telefone. O setor administrativo possui recurso a fax e fotocopiadora 1.2.3 Recursos humanos A equipa sofreu várias alterações ao longo de 2012 - Em Julho de 2011, a Dra. Marta Cardoso entrou de Licença de Maternidade tendo apenas regressado ao serviço em Fevereiro de 2012. Neste período, foram concedidas horas extraordinárias a alguns médicos para dar resposta às necessidades dos utentes da lista da Dra. Marta. Até Agosto de 2012 gozou de redução de horário em cumprimento da Licença de Amamentação. 3

- Em Dezembro de 2011, o Dr. Fragoso com um horário de 42h, reformou-se. - Em Fevereiro de 2012, veio integrar a equipa o Dr. Nelson Pereira com horário de 35h que assumiu uma parte da lista do Dr. Fragoso. Esteve ausente durante o mês de dezembro por licença de paternidade - Em Abril de 2012, a Dra. Aida Desterro entrou de Baixa por Acidente em Serviço até Novembro de 2012. Neste período da sua ausência, não foram concedidas horas extraordinárias aos restantes médicos, pelo que a capacidade de resposta às necessidades dos utentes da lista da Dra. Aida, foram sendo efetuadas dentro dos horários médicos já estabelecidos. - Em Junho a equipa até aí constituída por 8 médicos, 5 enfermeiros e 5 secretários clínicos foi reforçada com a entrada de 1 medico com 21 horas, 3 enfermeiros e 1 secretario clinico Assim, a equipa é constituída atualmente por: 9 médicos, 3 dos quais com horário reduzido por exercerem outras funções dois no Concelho Clinico do ACES e uma como Diretora do Internato Medico de Medicina Geral e Familiar 8 enfermeiros 6 secretários clínicos. conta ainda com: 1 assistente operacional, 2 psicólogas (8 horas), 1 assistente social (3 horas) segurança e serviço de limpeza nº de horas/ano MEDICOS ENFERMEIROS SEC. CLINICOS JANEIRO - JUNHO 12690 8550 7875 JUNHO - DEZEMBRO 13680 13860 9450 Quadro I - Ganho de horas de cada grupo profissional ao longo de 2012 4

1.3 População inscrita 1.3.1 Numero de utentes inscritos em 31.12.2012 Médico Freq. Não Freq. Total AIDA DESTERRO GUSMAO 803 183 986 GUILHERME FERREIRA 845 122 967 LUÍSA PIRES 1743 211 1950 MARIA VIRGÍNIA MUNHÁ 1742 212 1954 MARTA CARDOSO 1737 417 2154 NÉLSON PEREIRA 1728 260 1988 RAUL GIRAO 1763 440 2203 ROSALINA RAMOS 1671 241 1912 SILVIA GONCALVES 1742 171 1909 TOTAL 13774 2257 16031 Quadro II -Numero de utentes inscritos por médico de familia (fonte SIARS) O atual número de 16031 total de inscritos engloba os utentes que na sequencia da experiencia realizada no ACES Lisboa Oriental em 16 de março de 2012 foram colocados como não frequentadores. Estes utentes foram substituídos por utentes frequentadores da lista de utentes sem médico da UCSP de S. João mas não foram retirados das listas podendo a qualquer momento reocupar o anterior lugar nas mesmas. Assim, a USF recebeu num só dia cerca de 2500 utentes. Em Dezembro de 2012 a USF recebeu ainda mais cerca de 450 utentes vindos de uma lista de um colega da UCSP de S João que se reformou. De acordo com esta fonte, em dezembro de 2012, 85,92% dos utentes inscritos eram frequentadores. 5

1.3.2 Caracterização dos utentes por género e grupo etário Homens Mulheres TOTAL U.P. 0 / 6 anos 485 488 973 1459,5 7 / 64 anos 5162 5665 10827 10827 65 / 74 anos 855 1143 1998 3996 >75 anos 822 1411 2233 5582,5 TOTAL 7324 8707 16031 21865 Quadro III - Distribuição dos utentes por género e grupo etário (fonte SIARS) PIRAMIDE ETÁRIA dezembro 2012 >85 80-84 75-79 70-74 65-69 60-64 55-59 50-54 45-49 40-44 35-39 30-34 25-29 20-24 15-19 10-14 05-09 0-04 Homens Mulheres -700-600 -500-400 -300-200 -100 0 100 200 300 400 500 600 700 fonte SIARS 6

2. Atividade realizada em 2012 2.1 Consultas médicas Médico Saúde Adultos Saúde Infantil Saúde Materna P. Familiar TOTAL AIDA DESTERRO GUSMAO 529 59 6 23 617 GUILHERME FERREIRA 969 111 60 88 1228 LUÍSA PIRES 4486 525 35 521 5567 MARTA CARDOSO 3554 278 36 287 4155 NÉLSON PEREIRA 3084 299 80 134 3597 RAUL GIRAO 4950 484 52 766 6252 ROSALINA RAMOS 2799 315 125 427 3666 SILVIA GONCALVES 3483 456 146 441 4526 MARIA VIRGÍNIA MUNHÁ 4711 362 17 53 5143 TOTAL 28565 2889 557 2740 34751 Quadro IV - Numero de consultas realizadas por cada médico (fonte SIARS) Médico 1ªs Consultas Consulta aberta Domicílios Total cons. S. Adulto Total de consultas AIDA DESTERRO GUSMAO 336 27 1 558 618 GUILHERME FERREIRA 432 205 5 1115 1229 LUÍSA PIRES 1381 306 58 5003 5548 MARTA CARDOSO 834 471 13 3872 4157 NÉLSON PEREIRA 1013 504 37 3297 3600 RAUL GIRAO 1833 681 33 5745 6257 ROSALINA RAMOS 1020 175 4 3324 3667 SILVIA GONCALVES 1243 262 32 4051 4538 MARIA VIRGÍNIA MUNHÁ 1211 458 25 4794 5162 TOTAL 9303 3089 208 31759 34776 Quadro V - Numero de consultas realizadas por cada médico (fonte VITACARE) 7

As primeiras consultas incluem consulta de saúde do adulto, saúde infantil, saúde materna e planeamento familiar. A consulta aberta inclui todas as consultas anteriores quando não programadas e, efetuadas no próprio dia. Das 34776 consultas médicas, 24723 foram consultas presenciais, 9900consultas não presenciais e 153 foram atendimentos telefónicos. 2.2 Atividade de enfermagem SAUDE INFANTIL 1081 SAUDE MATERNA 330 PLANEAMENTO FAMILIAR 1431 VACINAÇÂO 2964 VISITAS DOMICILIARIAS 1059 DIABETES /DOENTE CRÒNICO 398 ENFERMAGEM CURATIVA 5018 ATENDIMENTO TELEFONICO 21 TOTAL 12302 Quadro VI - Numero de atos de enfermagem realizados (fonte VITACARE) A escassez de recursos humanos na equipa de enfermagem entre janeiro e junho de 2012 e a necessidade de assumir a partir de Junho os doentes de CCI condicionou a atuação da equipa e portanto alguns destes valores. Enfermagem Curativa - Sala de Tratamentos A Sala de tratamentos funciona durante todo o ano, 11 horas por dia, em dois períodos, das 8h às 13h e das 14h às 20h, existindo um período de 1 hora, a meio do dia, para uma limpeza mais intensa da sala. Os utilizadores da Sala de Tratamento, são utentes inscritos na USF Monte Pedral, que necessitam de cuidados específicos, em situação aguda ou crónica por marcação ou não programada. As Marcações na sala durante o ano de 2012, foram feitas com intervalo de 30 minutos, de forma a ser possível atender situações não programadas, com ou sem consulta médica associada. É importante ter em conta, que por vezes um doente apresenta não só um tratamento a realizar, mas vários, e nestas situações o atendimento vai para além dos 30 minutos previstos. 8

O objetivo principal em 2012 foi o atendimento de todos os utentes com necessidade de cuidados curativos de enfermagem. Por cada utente atendido foi estabelecido um plano de cuidados de enfermagem. Os registos foram elaborados em suporte informático imediatamente após a conclusão do tratamento do utente. O atendimento nesta sala é feito por todos os enfermeiros da USF, existindo o cuidado de uniformização de procedimentos e continuidade de cuidados, com a ajuda dos registos e de comunicação verbal se necessário, para que o utente, mesmo quando não atendido pelo mesmo profissional, sinta essa continuidade de cuidados. Homens Mulheres Total 431 761 1192 Quadro VII - Numero de utentes atendidos na sala de tratamentos (fonte VITACARE) Existe o cuidado dos profissionais em conseguir uma melhor satisfação dos utentes, fazendo a marcação prévia dos tratamentos de acordo com o horário que lhes é mais conveniente. Durante o ano de 2012, os cuidados prestados foram diversificados sendo em maior número os atendimentos precedidos de consulta médica, num total de 446, logo seguido dos utentes com pensos num total de cerca de 331. 300 250 200 150 100 50 0 Homens Mulheres Gráfico 1 - Distribuição da atividade de enfermagem na sala de tratamentos 9

Sala Tratamentos Homens Mulheres Total Algaliação 1 5 6 Oxigenioterapia 0 5 5 Tratamentos/Pensos 159 172 331 Avaliação de sinais vitais 12 22 34 Doente crónico 18 24 42 Administração de medicamentos Planeamento familiar Pós Consulta médica 59 117 177 1 29 30 159 287 446 Vacinação 3 4 8 Outros 16 17 33 Quadro VIII - Distribuição da atividade de enfermagem na sala de tratamentos (fonte VITACARE) Os utentes que necessitaram de cuidados imprescindíveis e inadiáveis ao fim de semana, foram encaminhados para as UCSP Olivais ou UCSP Marvila. 2.3 Desempenho administrativo A quantificação das atividades desempenhadas pelos secretários clínicos, pode ser avaliada através dos dados retirados do VitaCare de acordo com o tipo de senha retirada pelo utente no Quiosque da USF. O Quiosque disponibiliza 5 tipo de senhas diferentes: A-Consulta marcada, B-Marcação de consulta, C-Pedir e levantar receituário, D- Inscrições/Cartão de Utente e E-Consultas de urgência. Desta forma durante o ano de 2012 foram realizados 62197 atendimentos administrativos, distribuídos de acordo com o seguinte quadro. 10

Marcação de consulta Com consulta marcada Consulta de urgência Tratamentos e injetáveis Tratamentos e injetáveis sem marcação Vacinação sem marcação Planeamento familiar sem marcação Pedir receituário Levantar receituário Informações Inscrições/Cart ão de Utente Pagamento de taxa moderadora Janeiro 1155 132 171 2 62 115 13 586 715 596 152 560 Fevereiro 1131 155 146 0 40 94 13 518 651 475 74 5380 Março 1253 163 173 1 37 139 14 554 739 782 149 637 Abril 1315 209 120 2 51 136 13 544 972 910 485 899 Maio 1425 283 151 2 62 146 18 612 749 564 835 922 Junho 1164 263 62 1 43 132 15 612 713 276 339 733 Julho 562 257 494 21 74 85 11 545 626 436 235 800 Agosto 431 185 472 35 66 123 20 438 547 459 210 759 Setembro 533 235 603 18 77 173 8 605 644 553 245 788 Outubro 1053 445 662 49 89 147 16 792 860 387 830 1273 Novembro 521 388 655 27 71 217 23 611 789 709 298 1130 Dezembro 927 295 472 21 73 236 16 479 578 459 179 692 TOTAL 11470 3010 4181 179 745 1743 180 6896 8583 6606 4031 14573 Quadro IX - Atividade dos secretários clinicos distribuida ao longo do ano (fonte VITACARE) Estes valores podem ser mais elevados visto que muitas vezes um utente utiliza apenas uma senha para resolver mais do que uma questão (por exemplo levanta receituário e marca consulta retirando apenas uma senha). Para alem destas são efetuadas outras tarefas não contabilizadas, nomeadamente: - Envio de referenciação hospitalar (ALERT); - Emissão de cheques dentista; - Verificação e envio de documentos para reembolso; - Organização de arquivos e ficheiros; - Requisição, armazenamento e distribuição de material administrativo; - Convocatórias; - Transferência e entrada de processos; - Gestão de SGTD; - Registo, arquivo e distribuição de legislação, normas, ofícios e circulares. 2.4 Outras atividades 2.4.1 Formação A formação especializada é uma área de grande interesse por parte do grupo médico e de enfermagem da USF Monte Pedral sendo motor e incentivo para uma atualização contínua de conceitos e procedimentos e momento único de partilha de experiências. 11

A USF Monte Pedral participa desde 2010 da formação de internos do internato médico da Especialidade de Medicina Geral e Familiar. Assim, têm na sua equipa médica 4 orientadores de formação, cada um com 1 interna. Durante o ano de 2012, a USF Monte Pedral recebeu alunos do 5º ano do Curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas(em estágios de 3 dias) e internos do ano comum para a realização de estágio de MGF (durante 3 meses). Recebeu 2 alunos do 4º ano da Escola Superior de Enfermagem de Lisboa e 1 do 4º ano da ERISAZ. sessões clínicas Foram apresentadas pela Dra. Priscila Pereira (interna do 3º anos do Internato medico de MGF) as seguintes sessões clínicas intituladas: - Intervenções para a cessação do tratamento prolongado com benzodiazepinas - Exames complementares de diagnóstico de rotina - quando e a quem pedir? Foi apresentada pela Dra. Clara Mendes (interna do 1º ano do Internato medico de MGF) a sessão intitulada Enurese noturna na idade pediátrica. Foi também apresentada a sessão intitulada Hiperglicemias e Hipoglicemias pela Dra. Delcia Pina (interna do 2º ano do Internato medico de MGF) Foi realizado pela Dra. Priscila Pereira e em conjunto com a Dra. Luisa Pires e a Enf Mercedes Oliveira, um protocolo de atuação intitulado: Abordagem da asma aguda no adulto em cuidados de saúde primários. 2.4.2 Participação em programas Após inscrição da USF Monte Pedral no grupo de colaboradores do Plano Nacional de Leitura, foi iniciado em Março de 2012 a intervenção nas consultas médicas e de enfermagem de Saúde Infantil. Esta consistiu na abordagem do Programa Ler + dá saúde, com o objetivo de sensibilizar e incentivar os pais/encarregados de educação e as crianças até aos 6 anos, na criação de hábitos de manuseamento de livros e de leitura desde os 6 meses de idade. Verificou-se com agrado que 127 das famílias intervencionadas tinha bons hábitos de leitura. 12

A USF participou no programa "Juntos é mais Fácil" direcionado para a educação para a saúde dos utentes diabéticos. Consistiu na realização de 7 sessões de grupo (com duração média de 2 horas cada) orientadas pelas Enf Raquel Branquinho, a Enf.ª. Leopoldina Inácio e a Enf.ª. Cibele Rodrigues, dirigidas a utentes com diabetes e acompanhantes, sobre Motivação, Alimentação, Atividade Física e Manutenção. Decorreram entre 16 de Março a 11 de Setembro. Os resultados das avaliações das sessões, bem como parâmetros biométricos (e outros) avaliados em cada sessão, fizeram parte de comparativo nacional. 2.4.3 Sítio eletrónico da USF monte pedral No decorrer do ano de 2012, num conjunto de estratégias elaboradas para melhorar a acessibilidade aos nossos utentes, foi criado o sítio eletrónico da USF Monte Pedral através da plataforma Docvadis. Neste encontra-se disponível para consulta por parte dos utentes informação sobre a equipa multidisciplinar da USF, informação geral sobre o funcionamento da Unidade e os serviços prestados, bem como um conjunto de documentos visando a prevenção da saúde orientados para o utente. Encontra-se também disponível para consulta o Regulamento Interno e o Relatório de Atividades da USF. 2.4.4 Inquéritos de satisfação No ano de 2012 foram aplicados os questionários europep de satisfação dos profissionais e de satisfação dos utentes. Foram recolhidos e analisados os questionários aplicados a todos os profissionais e os aplicados durante um dia aos utentes que aleatoriamente recorreram à USF. Foi elevado o grau de satisfação apurado em ambos os grupos. 13

3. Analise dos indicadores 3.1 Resultados obtidos nos indicadores contratualizados em 2012 N.º Nome Numerador Denominador Executado Contratualizado 3.12 Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família 20796 24771 83,95 85 3.15 Taxa de utilização global de consultas 9282 16935 54,81 70 4.18 4.30 5.10M i 5.1M 5.2 5.4M 2 6.12 6.1M 1 6.1M 2 6.9M 7.6 d1 7.7 d1 Taxa de visitas domiciliárias médicas por 1000 inscritos Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem por 1000 inscritos % hipertensos com registo de pressão arterial em cada semestre % de mulheres entre os 50-69 anos com mamografia registada nos últimos 2 anos % de mulheres entre os 25 e os 64 anos com colpocitologia atualizada (uma em três anos) % de diabéticos com pelo menos duas HbA1C registadas nos últimos 12 meses (1 por semestre) % 1as consultas na vida feitas até aos 28 dias % crianças c/pnv atualizado aos 2 anos % crianças c/pnv atualizado aos 7 anos % 1as consultas de gravidez no 1º trimestre Custo médio faturado com medicamentos por utilizador SNS Custo médio faturado com MCDT por utilizador SNS 200 16935 11,81 30 723 16935 42,69 50 1842 2786 66,12 80 1095 2166 50,55 65 1254 4577 27,4 50 333 571 58,32 75 85 122 69,67 80 157 175 89,71 98 137 156 87,82 98 75 97 77,32 86 1478562 8245 179,33 150 327474 8245 39,72 52 Quadro X - Indicadores contratualizados para 2012 (fonte SIARS) 3.2 Identificação das principais condicionantes e estratégias de melhoria A alteração efetuada em Março de 2012, pela ARSLVT, com a passagem de utentes para Não Frequentadores e a transferência imediata de utentes sem médico para as vagas deixadas em aberto, 14

levou a que o universo dos utentes inscritos na USF sofresse modificações que dificultaram o controlo das listas. Segundo informação do Serviço da Contratualização da ARSLVT haveria da sua parte uma leitura dos resultados dos indicadores que teria em conta todo esse processo. Essa avaliação ainda não é conhecida. O que conseguimos apurar é que esta entrada de cerca de 2500 utentes e a instabilidade do grupo de profissionais da USF (ausências de médicos por problemas de saúde e Licença de Maternidade/ Amamentação/Paternidade, e enfermeiros em número menor que o preconizado, isto é, 5 enfermeiros para 8 médicos), que só em Junho de 2012 normalizou, foram fatores condicionantes para o não atingimento das metas contratualizadas. A entrada súbita de um número elevado de utentes, de crianças com mais de 1 mês de idade, de gravidas com mais de 12 semanas, utentes sem médico com algum descontrolo clinico das suas patologias crónicas e do consumo em medicamentos, foram seguramente fatores negativos no desempenho da USF. Também verificamos que em termos organizacionais temos de evoluir, readaptando, e remodelando procedimentos, melhorando as práticas e prestando especial cuidado com os registos informáticos dos atos praticados. Algumas medidas foram já tomadas como a reorganização da consulta aberta, e a reformulação dos horários médicos com vista a melhorar a acessibilidade. Foram efetuadas avaliações quanto aos registos informáticos. Foi Iniciado o processo de trabalho com enfermeiro de família e foram reformulados os horários de enfermagem no sentido de agilizar a articulação médico/enfermeiro a concretizar em 2013. Desde Junho que não havendo UCC para cuidar os doentes em CCI os enfermeiros da USF organizaram o trabalho no sentido de obter a cobertura necessária a todos os doentes que necessitam de cuidados no domicílio. Foram já pensadas estratégias para assegurar VD a RN e puérperas embora a redução de 5310 horas de enfermagem em 2013 com a passagem para 35h dos enfermeiros de 42 h vai obrigar a uma organização cuidada e a um esforço acrescido. Quanto aos secretários clínicos foi melhorado o atendimento ao utente, restruturando o espaço de atendimento, e alguns procedimentos. Foi também reorganizado o trabalho criando a figura de secretário clinico de família. 15

4. Análise detalhada dos indicadores por programa de saúde e estratégias de melhoria 4.1 Saúde Infantil e juvenil A consulta de Saúde Infantil é dirigida a todas as crianças e jovens dos 0 aos 17 anos e 364 dias, de idade, inscritos na USF Monte Pedral Grupo Etário Total de crianças inscritas Total de consultas (Vigilância e doença) 0-11meses 92 489 12-23meses 110 359 2-14anos 1854 1575 15-17anos 362 591 TOTAL 2418 (fonte: SINUS) 3014 (Fonte: VITACARE) Quadro XI - nº de atendimentos médicos no programa de saúde infantil Das 92 crianças dos 0-11 meses 32 tiveram pelo menos 5 consultas médicas de vigilância (34,4%). (VITACARE) O numero medio de consultas medicas de vigilância por criança dos 0-11 meses foi de 2,69.(SIARS) Das 110 crianças dos 12-23 meses 55 tiveram pelo menos 3 consultas médicas de vigilância (50%) (VITACARE) Grupo Etário Total de crianças inscritas Total de consultas 0-11meses 92 525 12-23meses 110 2-14anos 1854 1801 15-17anos 362 TOTAL 2418 (fonte: SINUS) 2326 (Fonte: VITACARE) Quadro XII - nº de atendimentos de enfermagem no programa de saúde infantil 16

O nº medio de consultas de vigilância de enfermagem por criança de 0 a 11 meses foi de 4.1 OBJECTIVOS em 2012 Garantir que 80% das crianças tenham a primeira consulta de vida até aos 28 dias de vida (meta contratualizada com o ACES) Cumprir em pelo menos 60% das crianças e jovens o programa de vigilância preconizado pela DGS Indicadores e Metas Indicadores Histórico Contratualiza Referência Nome Numerador Denominador 2011 2012 do para 2012 6.12 Percentagem de primeiras consultas na vida feitas até aos 28 dias 85 122 (SIARS) 78,38% 69.67% 80% Quadro XIII - Indicadores contratualizados (fonte SIARS) COMENTÁRIOS: Pela observação do quadro anterior constata-se um decréscimo da taxa de execução do indicador 6.12 Percentagem de primeiras consultas na vida efetuadas até aos 28 dias, ficando aquém da meta contratualizada. As condicionantes já referidas condicionaram este indicador já que recebemos 10 crianças nascidas em 2012, cujas famílias não iniciaram o percurso de vigilância na nossa unidade o que impossibilitou a realização de uma primeira consulta no primeiro mês de vida. Constatou-se também alguma dificuldade na marcação da primeira consulta de vida em tempo útil por recusa dos pais, alegando que a criança iria ser vigiada noutra instituição de saúde. A interpretação desses números deve assim ser feita sob reserva. 17

Delineou-se um conjunto de estratégias para atingir a meta contratualizada: Quando recebemos a notícia de nascimento, entramos imediatamente em contacto com a família para a realização do diagnóstico precoce (TSHPKU); Simultaneamente incentivamos a marcação da primeira consulta de vida em tempo útil, verificando ou efetivando esta marcação aquando da realização do teste de diagnóstico precoce. Convocamos telefonicamente ou por carta todas as crianças que faltam à consulta Indicadores monitorizados pelo ACES (não contratualizados) Indicadores Histórico Referência Nome Numera dor Denomi nador 2011 2012 6.13 4.9M 1m 4.9M 2e Percentagem de diagnósticos precoces (TSHPKU) realizados até ao 7.º dia de vida do recém-nascido % crianças com 6 ou mais consultas de vigilância de saúde infantil entre os 0 e 11 meses % crianças com 6 ou mais consultas de vigilância de enfermagem em saúde infantil entre os 0 e 11 meses 95 122 89.71 77,87 258 96 40,63 394 96 36,46 Quadro XIV - Indicadores não contratualizados (fonte SIARS) A informação estatística enviada pelo ACES não refere a percentagem de crianças com 6 ou mais consultas de vigilância de saúde infantil entre os 0 e 11 meses, mas sim a média de consultas que cada criança teve. ESTRATÉGIAS PARA 2013 Cumprir o Programa tipo de atuação em saúde infantil e juvenil (DGS); Sensibilizar os pais para a importância das consultas nas idades-chave de desenvolvimento; Assegurar o rastreio neonatal de doenças metabólicas a todos os recém-nascidos (Informando a grávida da importância do rastreio; efetuando a marcação atempadamente. 18

Aumentar o numero de visitas domiciliarias a recém-nascidos e puérperas Agendar e/ou efetuar a primeira consulta de vida da criança na altura da realização do rastreio de doenças metabólicas; Assegurar que no fim de cada consulta ficam agendadas as próximas consultas de vigilância previstas para aquela criança; Contactar os pais sempre que se verifique que uma criança vigiada na USF faltou a uma consulta programada, no sentido de fazer um novo agendamento. Convocar todas as crianças e jovens em que não esteja a ser cumprido o programa de vigilância 4.2 Saúde da mulher INDICADOR 2012 5.1M Percentagem de mulheres entre os 50-69 anos com mamografia registada nos últimos 2 anos Meta contratualizada 50,55 65 5.2 Percentagem de mulheres entre os 25 e os 64 anos com colpocitologia atualizada 27,4 50 6.9M Percentagem de 1ªs consultas de gravidez no 1º trimestre 77,32 86 Quadro XV - Indicadores contratualizados (fonte SIARS) Consulta de Planeamento Familiar De acordo com os dados do Vitacare foram realizadas, no ano 2012, 1050 primeiras consultas médicas de PF e 725 primeiras consultas de enfermagem, o que corresponde a uma taxa de cobertura em PF de 28.2 e 19.5% respetivamente (estatística do ACES: 28.58 e 19.27%). Estes valores são considerados pela equipa como sendo baixos e um aspeto a melhorar no futuro. A diferença encontrada entre a consulta médica e de enfermagem poderá ser justificada pela escassez de recursos humanos no grupo de enfermagem, que só a meio do ano foi reforçado com novos elementos 19

Outros motivos que poderão justificar a baixa cobertura em Planeamento Familiar prendem-se para alem das condicionantes já referidas com o elevado absentismo nestas consultas Salienta-se ainda que foram identificadas no programa Vitacare apenas 209 mulheres não acompanhadas neste programa por vários motivos (vigilância noutro local, histerectomizadas\). Pensamos no entanto que, este número será superior, uma vez que o programa informático assume por defeito que todas as mulheres são acompanhadas na unidade mesmo que nunca tenham vindo à consulta. ESTRATÉGIAS PARA 2013 Os factos acima descritos obrigaram-nos a refletir e a delinear estratégias para melhorar a cobertura, nomeadamente: - Convocar as mulheres do grupo-alvo, o que permitirá a identificação das que são acompanhadas fora da unidade. - Aquando da dispensa do anticoncecional, confirmar a data da última consulta de PF e agendar nova consulta se a última foi há mais de 1 ano. - Marcação oportunistica quando a utente vem a consulta de Saúde Adulto ou Saúde Infantil - Folhetos e cartazes de divulgação/sensibilização para o PF. No quadro seguinte encontra-se sistematizada a dispensa de contracetivos às utentes da USF durante o ano 2012. Tipo 1º atendimento Seguintes Contracetivo oral 485 399 preservativos 104 30 DIU 22 4 Quadro XVI - Dispensa de contracetivos (fonte VITACARE) Saúde Materna De acordo com a informação estatística do ACES, de 97 primeiras consultas de gravidez, 75 foram realizadas no 1º Trimestre (77.32%). No entanto, segundo o Vitacare 125 mulheres tiveram 1ª consulta de 20

gravidez, destas 87 no 1º Trimestre, tendo sido identificadas 38 grávidas sem consulta no 1º Trimestre. Analisamos individualmente cada uma destas situações, encontrando-se esquematizadas no quadro seguinte as causas identificadas de início tardio da vigilância da gravidez. Não acompanhadas na USF Seguidas a nível privado 12 Seguidas no SNS 3 Erro de registo/codificação da DUM 12 Utentes transferidas a 16/3/13 8 Idade Gestacional avançada no 1º contacto na USF Provenientes de outro país 4 Outros 2 Desconhecimento da gravidez 2 Motivo não identificado / sem registo no sistema 2 Quadro XVII - Motivos do inicio de vigilância de saúde materna tardio O grupo mais numeroso é constituído pelas grávidas não acompanhadas na USF (N=15) que frequentemente recorrem tardiamente aos cuidados primários por motivos administrativos (isenção de taxas moderadoras, certificação médica do tempo de gravidez, cheque-dentista, CIT\). Este grupo é logo seguido pelas mulheres com idade gestacional avançada aquando do primeiro contacto (inscrição/transferência) na USF (N=14); destas, 8 pertencem ao grupo de utentes transferidos administrativamente a 16.03.2013, e 4 foram vigiadas inicialmente noutros países, onde residiam anteriormente à inscrição na USF. De referir que este grupo não reflete uma má qualidade na vigilância da gravidez, uma vez que maioritariamente estas mulheres foram acompanhadas desde o primeiro trimestre, embora noutra unidade de saúde. Salientamos ainda o elevado número de erros de registo/codificação identificados, sendo os mais frequentes a ausência de registo da data da última menstruação e da data do parto, aspeto a melhorar pela equipa. Do exposto anteriormente facilmente se percebe que o facto de não ter sido atingido o indicador contratualizado referente à precocidade da 1ªconsulta de gravidez, bem como a sua descida relativamente 21

ao ano anterior não traduzem uma má prática dos profissionais, são sim inerentes às condicionantes da situação. De acordo com dados do Vitacare, 35 mulheres efetuaram revisão puerpério em 2012. Nestas a média de consultas durante a gravidez foi 6.77. Segundo a estatística do ACES, destas apenas 19 tiveram 6 ou mais consultas de enfermagem (54.29%). Parece-nos que estes dados refletem um bom desempenho na vigilância da gravidez, tendo em conta as limitações já referidas (grávidas transferidas no final da gravidez, escassez de recursos humanos de enfermagem no primeiro semestre do ano\) No global consideramos os resultados obtidos na área de Saúde Materna bastante satisfatórios atendendo ao contexto, propondo-nos melhorar em 2013 atendendo a um denominador mais estável e a um melhor conhecimento dos novos utentes. Pensamos que um maior envolvimento da população no Planeamento Familiar e a promoção da consulta pré-concecional poderão ajudar a aumentar a precocidade da primeira consulta, mesmo nas grávidas q1ue optem por ser vigiadas noutras unidades. A melhoria dos registos informáticos nesta área é também fundamental, para que a estatística possa efetivamente refletir o trabalho realizado. Rastreio neoplasia ginecológica (colo útero e mama) A percentagem de mulheres entre os 25 e os 64 anos com colpocitologia atualizada (uma em três anos) foi de 27.4%, bastante aquém do contratualizado e apenas com ligeira subida relativamente ao ano anterior. As causas identificadas para esta situação são semelhantes às referidas para o PF: absentismo às consultas, novas utentes a quem foi priorizado o atendimento em Saúde de Adultos. Salienta-se ainda que estão identificadas no Vitacare 293 mulheres não acompanhadas (6.4% do grupo-alvo), sendo que este valor é seguramente inferior ao real pois o programa informático assume por defeito que todas são acompanhadas, conforme já referido. Também no rastreio da neoplasia da mama os resultados ficaram aquém do contratualizado, com apenas 50.55% das mulheres entre os 50 e os 69 anos com registo de mamografia nos últimos 2 anos, tendo este indicador registado uma descida relativamente ao ano anterior, o que pensamos estar em parte relacionado com a receção de novos utentes já referida. ESTRATÉGIAS PARA 2013 22

À semelhança do que se verificou no Planeamento Familiar, também aqui a equipa decidiu delinear estratégias de melhoria, nomeadamente: - Convocar as mulheres dos grupos-alvo, o que permitirá a identificação das que são acompanhadas fora da unidade; - Marcação oportunista quando a utente e familiares vêm a consulta de Saúde Adulto; - Folhetos e cartazes de divulgação/sensibilização para a importância do rastreio; - Melhoria dos registos informáticos. 4.3. Saúde do adulto INDICADOR 2012 3.12 Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família Meta contratualizada 83,95 85 3.15 Taxa de utilização global de consultas 54,81 70 5.10M i % hipertensos com PA em cada semestre 5.4M 2 % diabéticos com pelo menos 2 HbA1c registadas nos últimos 12 meses (1 por semestre) 66,12 80 58,32 75 Quadro XVIII - Indicadores contratualizados: (fonte SIARS) Em 2012, no programa de Saúde do Adulto, foram efetuadas um total de 28565 consultas médicas. Em relação ao indicador Percentagem de consultas ao utente pelo seu próprio médico de família o resultado obtido em 2012 foi de 83,95% o que correspondeu a uma taxa de execução de 98,76%. Este resultado foi positivo no sentido em que se observa que a maioria das vezes os utentes têm as consultas com o seu médico de família, tal como é previsível, mas a organização dos horários dos médicos com consultas abertas e/ou de intersubstituição permite dar uma resposta às necessidades de consulta dos utentes, não sendo obrigatoriamente o respetivo médico de família a fazê-lo. A Taxa de utilização global de consultas atingida em 2012, 54,81%, ficou aquém da meta contratualizada de 70%. 23

Na análise mais detalhada deste indicador verificamos que o numerador foi de 9282 primeiras consultas e o denominador foi de 16935 inscritos na USF. Este número total de inscritos engloba os utentes que foram colocados como não frequentadores, mas não foram de facto retirados das listas conforme atras referido No indicador Percentagem de hipertensos com PA em cada semestre, executámos 82,65% da meta contratualizada. Ficámos aquém do esperado, mas realçamos a variação positiva de 14,56% em relação ao ano de 2011. Verificámos que estes utentes por vezes até vieram a mais de uma consulta/ano, no entanto podem ter ocorrido no mesmo semestre. Este indicador avalia os utentes hipertensos acompanhados, e por vezes esta informação pode estar desatualizada no programa informático Vitacare o que leva a contabilizar utentes cuja hipertensão não é acompanhada na USF. Para melhorar a prestação de cuidados nesta área, as estratégias que começámos a implementar nos últimos meses do ano de 2012, mas que pretendemos que sejam melhor cumpridas no ano de 2013 foram as seguintes: - Atualização dos registos no que diz respeito ao facto de o problema de saúde Hipertensão ser ou não acompanhado na USF - Sempre que possível, o utente com uma Hipertensão, considerada como acompanhada e desde que controlada, deve ter pelo menos 2 consultas médicas/ano, em semestres diferentes; - A todos os utentes hipertensos que recorrem a um atendimento de enfermagem, deve ser efetuado um registo da pressão arterial - Sempre que os utentes hipertensos solicitem renovação de receituário, o médico deve verificar os registos de pressão arterial, e caso seja necessário agendar uma consulta ou solicitar o registo de pressão arterial por um enfermeiro aquando do levantamento do receituário. A Percentagem de diabéticos com pelo menos 2 HbA1c registadas nos últimos 12 meses (1 por semestre), atingida foi de 58,32%. Também aqui ficámos aquém do esperado, mas mais uma vez realçamos a variação positiva de 20,66% em relação ao ano de 2011. Por intermédio de um laboratório farmacêutico foi disponibilizada nos meses de Maio e Novembro de 2012 uma máquina para determinação da HbA1c. 24

Para rentabilizar este equipamento foram feitas convocatórias para os utentes diabéticos se deslocarem à USF nestes períodos, mas verificou-se ainda assim que muitos não aderiram a estas convocatórias e faltaram. Por outro lado foram identificados vários casos em que não foi possível convocar os utentes porque os contactos telefónicos se encontravam desatualizados. Para a melhoria de cuidados prestados nesta área começámos ainda em 2012 a implementar algumas estratégias semelhantes às acima referidas para os utentes hipertensos, até porque uma elevada percentagem destes utentes têm as duas patologias: - Atualização dos registos no que diz respeito ao facto de o problema de saúde Diabetes ser ou não acompanhado na USF; - O utente com uma Diabetes Mellitus, considerada como acompanhada e desde que controlada, deve ter pelo menos 2 consultas médicas/ano, em semestres diferentes. A consulta médica deve, sempre que possível, ficar logo agendada de um semestre para o semestre seguinte e deve ser dada ao utente a requisição para a avaliação analítica necessária que este deve trazer na consulta seguinte; - Sempre que os utentes diabéticos solicitem renovação de receituário, o médico deve verificar os registos de HbA1c, e caso seja necessário deve agendar uma consulta. A Percentagem de diabéticos entre os 18 e os 75 anos com consultas de enfermagem não foi um indicador contratualizado, mas o resultado monitorizado pelo ACES que alcançámos foi de 22,78%. Um valor baixo que se justifica pelo facto de no ano de 2012 não ter estado organizada uma consulta de enfermagem para estes utentes. No primeiro semestre de 2012 com o número de enfermeiros que tínhamos na USF (apenas 5 elementos), não foi possível a organização de uma consulta de enfermagem para os utentes diabéticos. No segundo semestre com a entrada de 3 novos enfermeiros foi possível iniciar um novo modelo de organização interna, com a criação de microequipas Médico/Enfermeiro de família. A existência destas microequipas permitiu definir uma estratégia para o ano de 2013 que foi a de implementar um horário para consulta médica e de enfermagem de diabetes. Assim, cada médico tem no seu horário um período dedicado à consulta para diabéticos, sendo que estas consultas serão precedidas de uma consulta de enfermagem realizada pelo respetivo enfermeiro de família. 25

4.4 Vacinação Indicador executado contratualizado % crianças com PNV atualizado aos 2 anos 89,71 98 % crianças com PNV atualizado aos 7 anos 87,82 98 Quadro XIX Indicadores contratualizados (fonte SIARS) A equipa de enfermagem e os secretários clínicos, na tentativa de aumentar a taxa de cobertura vacinal das crianças inscritas, contactaram telefonicamente, ao longo de todo o horário de funcionamento da USF e por várias vezes, os utentes. Mas os contactos não estavam atualizados. A equipa de enfermagem realizou visitas domiciliárias para sensibilizar os encarregados de educação da importância da atualização do PNV. Muitas vezes, não se encontrava ninguém em casa e os vizinhos não sabiam de ninguém com essa identificação. Outros utentes quando contactados e após solicitação para vir atualizar o PNV, não apareciam nem enviavam o Boletim de vacinas por fax como solicitado. Foram identificados utentes que por opção não querem vacinar os filhos, apesar do aconselhamento do contrário por parte da equipa médica e de enfermagem. Existem crianças não acompanhadas na USF (seguidas em consulta privada) com indicação médica para não realizar vacinas segundo o plano (ex: tratamento com corticosteroides). Relativamente às vacinas do tétano, apesar dos vários e-mails e pedidos telefónicos para o ACES, o número de vacinas que era disponibilizado era sempre inferior ao pedido, o que impossibilitou a atualização desta vacina a um maior número de utentes inscritos. Como estratégias para minimizar estes contratempos, a equipa de enfermagem e secretários clínicos mantiveram o esforço para atualização do registo vacinal das crianças e utentes da USF. Foram identificados e convocados telefonicamente ou por carta os utentes com 2 e 7 anos de idade com PNV desatualizado solicitando a entrega de cópia do boletim de vacinas ou envio do mesmo por fax. Cruzaram-se dados do registo centralizado de vacinas com RNU, SINUS e Vitacare de modo a atualizar os dados dos utentes bem como o registo vacinal. 26

Foram colocados como Passivo os utentes não residentes nas moradas indicadas no processo clínico e RNU, após confirmação de que não moravam na área de influência do ACES. Foi realizada vacinação aquando da consulta de saúde infantil, saúde materna, planeamento familiar e saúde de adultos (com especial atenção na consulta de atualização da carta de condução). Foi colocada indicação escrita para atualização do PNV no receituário dos utentes com vacina antitetânica em falta. Apesar de existir horário diário preferencial de vacinação (para melhor gestão de recursos humanos de enfermagem) e deste ser fornecido em papel aos utentes (pelos médicos, enfermeiros e secretários clínicos) e estar afixado e bem visível nas instalações da USF, quando solicitado foi feita a atualização oportunistica do PNV. Os utentes que vieram fazer a vacina da gripe sazonal, fizeram atualização da Td sempre que esta estava disponível. Foi colocada informação interna no programa Vitacare, nos utentes com consulta marcada e cujos familiares tinham PNV desatualizado para serem informados do mesmo de modo a virem proceder à sua atualização. Foram feitos pedidos telefónicos e por e-mail semanais com pedido de vacina Td ao ACES e ARSLVT, uma vez que o número de doses que chegava era sempre inferior ao solicitado. Estratégias para 2013 A equipa da USF Monte Pedral vai continuar empenhada em manter o esforço de atualizar os dados de todos os utentes. Vai também manter a convocatória por telefone e carta e visitas domiciliárias para as crianças com vacinas em atraso. Vai continuar a deixar indicação nos CNP dos utentes com PNV desatualizado. A equipa vai continuar a realizar vacinação aquando das consultas de saúde infantil, saúde materna, PF e S adultos, e de forma oportunistica no horário de funcionamento da USF e sempre que haja stock de vacinas. Vão continuar os esforços e pedidos de vacinas Td de modo a poder aumentar a taxa de cobertura vacinal. A equipa da USF Monte Pedral, entendendo a que o esforço que tem levado a cabo bem como as razões de alguns utentes para não cumprir o PNV não deverão estar refletidos no indicador contratualizado, tenciona solicitar o apoio à equipa de Saúde Pública do ACES no intuito de ser criado um critério para colocar as crianças em Passivo no SINUS quando não se consegue contactar, não se tem acesso aos boletins (apesar de estes serem pedidos aos familiares por telefone ou carta ou presencialmente), em caso de indicação médica para não realizar vacinas ou por opção do utente. 27

4.5 Domicílios Indicador executado contratualizado Taxa de execução 4.18 Taxa de visitas domiciliárias médicas/1000 inscritos 4.30 Taxa de visitas domiciliárias de enfermagem/1000 inscritos 11.8% 30% 39,87% 42.69% 50% 85,38% Quadro XX - Indicadores contratualizados (fonte SIARS) O aumento de utentes já descrito veio aumentar também o número de doentes identificados como dependentes a necessitar de cuidados médicos e de enfermagem no domicilio. Cabe à micro-equipa de família (médico e enfermeiro) a identificação e gestão do apoio domiciliário aos utentes dependentes da sua lista de acordo com as patologias identificadas Sempre que se verificou que o utente não era observado há mais de 3 meses foi agendada visita domiciliária sempre que possível conjunta. Com a existência da viatura do ACES verificou-se uma melhoria na otimização dos recursos de enfermagem na realização de visitas domiciliárias no tempo que tinham para a realização dos mesmos. O facto da taxa de execução do indicador 4.18 ter sido apenas de 39,87% deve-se à ausência prolongada de alguns médicos já atras descrita. Ainda assim, quando a situação clinica o justificava, foi contactado médico de IS para a realização de domicilio a utentes cujo médico de família se encontrava ausente. Durante o ano de 2012, a USF Monte Pedral realizou as visitas domiciliárias de enfermagem, em moldes diferentes nos 1º e 2º semestres. No 1º semestre, as visitas domiciliarias para Cuidados Continuados eram realizadas por um grupo de enfermeiros, do CS São João. Em virtude de apenas existirem na equipa da USF 5 enfermeiros, não foi possível alargar os domicílios para alem dos cuidados ocasionais (pensos e tratamentos). No 2º semestre, com a integração na equipa de mais 3 enfermeiros, a equipa viu reunidas as condições adequadas á correta prestação de cuidados. Ainda assim e por imposição da direção do ACES, foram assumidos não só os cuidados no domicilio aos utentes previstos na Lei das USFs, como também a todos os outros, mais dependentes, próprios de uma unidade de cuidados continuados integrados ( ecci ). 28

Foram realizadas 1059 visitas domiciliárias de enfermagem a utentes da USF, conforme quadro: Atendimentos no domicilio Faixa etária Homens Mulheres Subtotal 65 anos 287 538 825 45-64 106 29 135 15-44 7 80 87 7-14 1 1 2 5-6 anos 5 3 8 24 meses- 4 anos 1 1 2 12-23 meses 0 0 0 28 dias 11 meses 0 0 0 28 dias 0 0 0 TOTAL 407 652 1059 Quadro XXI - Domicilios de enfermagem (fonte VITACARE) No Vitacare, só foram contabilizadas 723 visitas domiciliárias de enfermagem, existindo, portanto, um diferencial de 336 visitas. Este facto deve-se a erro de registo apenas verificado em fevereiro de 2013- Por engano registaram-se visitas domiciliárias com local de prestação, no ambulatório. Ainda assim, e apesar das condicionantes descritas, os objetivos aos quais a USF se propôs, foram praticamente atingidos, dado que a meta do indicador contratualizado foi de 50%, tendo sido atingido 47.5 % ( a que corresponde uma taxa de execução de 85,38%). Como estratégias para 2013, vamos otimizar os registos efetuados, e realizar sempre que possível, visitas médicas e de enfermagem de vigilância e/ou doença a utentes com incapacidade e a recém-nascidos e puérperas, tal como descrito no capitulo da Saúde Infantil. 29

5. Resultados obtidos nos indicadores monitorizados pelo ACES Indicador Descrição Numer. Denomin. Executad o Média do ACES LC 2013.074.V1 3.22 d1 3.22M 4.22M 4.9M 1m 4.9M 2e 5.3 d1 6.13 6.19M 6.1M d3 6.4 7.6 d3 Proporção cons. méd. presenciais, com ICPC-2 Tx consultas médicas de Planeamento Familiar (Mulheres 15-49 anos) Tx consultas de enfermagem de planeamento familiar (Mulheres 15-49 anos) % grávidas com 6 ou mais consultas de enfermagem de Saúde da Mulher % crianças com 6 ou mais consultas de vigilância de saúde infantil entre os 0 e os 11 meses % crianças com 6 ou mais cons.de vig. de enfermagem em saúde infantil entre os 0 e os 11 meses % inscritos entre os 50 e 74 anos com registo de colonoscopia nos últimos 2 anos % diagnósticos precoces (THSPKU) até 7º dia de vida % diabéticos entre os 18 e os 75 anos com consultas de enfermagem % crianças com PNV atualizado aos 14 anos % grávidas com revisão puerpério efetuada % consumo (quantidade de embalagens) de medicamentos genéricos 20171 24771 81,43 63,52 1063 3720 28,58 14,67 717 3720 19,27 13,75 19 35 54,29 40,62 258 96 2,69 12,26 394 96 4,1 21,78 921 5041 18,27 7,16 95 122 77,87 60,67 149 654 22,78 31,55 92 139 66,19 61,5 30 34 88,24 56,89 50883 127955 39,77 37,64 Quadro XXII - Indicadores monitorizados pelo ACES (fonte SIARS) 30

6. Conclusão Com o objetivo de prestar cuidados de excelência aos nossos utentes, temos a certeza de ser capazes de fazer mais e melhor e a esperança de que as estratégias atras descritas nos ajudem a cumprir esse desafio. A estabilidade por um lado da equipa em termos de recursos humanos, e por outro da lista de utentes é, por certo um importante marco deste caminho. Importante e imprescindível é também o apoio atempado e a correta integração da USF nas estruturas do ACES, da ARSLVT e em suma, nas unidades facilitadoras de um bom desempenho. Detetado e analisado o erro e encontrada a solução resta-nos percorrer com determinação e entusiasmo o espaço que resta para atingir os objetivos a que nos propusemos. 31